Mês do divórcio: por que tem tantas separações em janeiro?
Janeiro não é só mês de recomeços, mas também de separações. Conheça os motivos que fazem dele o famoso mês do divórcio.
O início de um novo ano é sempre um momento de reflexão. Muitas pessoas aproveitam essa época para fazer mudanças importantes em suas vidas, seja criando novas metas, mudando hábitos ou tomando decisões difíceis.
Para muitos casais, janeiro é o momento de reavaliar o casamento e, em alguns casos, optar pelo término da relação.
Não é à toa que o mês de janeiro é conhecido como o mês do divórcio, já que é quando o número de separações atinge seu pico.
Mas por que tantas separações acontecem neste período? Fatores como o estresse das festas de fim de ano, o convívio intenso com familiares e as resoluções de Ano Novo costumam pesar na decisão.
Além disso, a possibilidade de começar o ano com uma nova perspectiva incentiva muitos casais a formalizarem o término do casamento.
Neste artigo, vamos explorar os motivos que tornam janeiro o mês do divórcio, explicar como funciona o processo de separação no Brasil, os custos envolvidos, o tempo que leva para finalizar um divórcio e muito mais.
Se você está passando por essa situação ou simplesmente quer entender mais sobre o assunto, continue lendo e tire todas as suas dúvidas.
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Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- O que é o mês do divórcio e por que ele acontece em janeiro?
- Qual o “dia do divórcio”?
- Por que as mulheres são maioria nos pedidos de divórcio durante o mês do divórcio?
- Quais são os 3 tipos de divórcio?
- Como funciona o divórcio no Brasil durante o mês do divórcio?
- O que é preciso fazer para se divorciar?
- Quantos meses demora para sair um divórcio?
- Qual o maior motivo de divórcio no Brasil?
- Um recado final para você!
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O que é o mês do divórcio e por que ele acontece em janeiro?
O mês do divórcio, conhecido por ser janeiro, é marcado pelo aumento significativo de separações logo após as festas de fim de ano.
Esse fenômeno ocorre em diversos países, incluindo o Brasil, e reflete tanto questões emocionais quanto práticas.
Janeiro é um período em que muitas pessoas reavaliam suas vidas, metas e relacionamentos, aproveitando o simbolismo de um “novo começo” para tomar decisões importantes, como o término de um casamento.
De acordo com o Dr. Luiz Vasconcelos, do VLV Advogados, o aumento dos divórcios nesse período está relacionado a fatores como:
- Convivência prolongada durante as festas de fim de ano
O Natal e o Ano Novo são momentos de maior interação familiar. Para casais com problemas não resolvidos, essa convivência pode amplificar os conflitos.
- Estresse financeiro e emocional
A pressão de organizar eventos perfeitos, lidar com despesas extras e conviver com familiares intensifica o desgaste em relações já fragilizadas.
- Reflexões de Ano Novo
Muitas pessoas aproveitam o início do ano para traçar novas metas e tomar decisões que consideram necessárias para seu bem-estar, incluindo o término de relacionamentos insatisfatórios.
Qual o “dia do divórcio”?
O “dia do divórcio” é uma data simbólica, geralmente observada na primeira segunda-feira útil de janeiro, em que há um pico de consultas e pedidos de separação em escritórios de advocacia.
Em 2025, o dia do divórcio ocorre em 6 de janeiro. Esse dia reflete a tendência de muitos casais aguardarem o final das festividades para iniciar o processo de separação, especialmente para evitar conflitos durante as celebrações familiares.
Segundo pesquisas internacionais, como as realizadas no Reino Unido, as buscas por termos como “divórcio rápido” ou “como me divorciar” aumentam até 100% na primeira semana de janeiro.
No Brasil, o mês de janeiro também é tradicionalmente conhecido como o período com maior número de pedidos de divórcio.
Embora o número exato de divórcios em janeiro varie anualmente, dados gerais do IBGE mostram que, em 2022, o Brasil registrou 420 mil divórcios, um aumento de 8,6% em relação a 2021.
Esse número reflete uma tendência crescente de separações no país, com destaque para os primeiros meses do ano.
O tempo médio de duração dos casamentos também tem diminuído. Em 2010, o intervalo entre o casamento e o divórcio era de 16 anos, mas em 2022 caiu para 13,8 anos.
Além disso, quase 47,7% dos casamentos terminam antes de completar 10 anos, indicando uma mudança nas dinâmicas conjugais.
Por que as mulheres são maioria nos pedidos de divórcio durante o mês do divórcio?
De acordo com as estatísticas, as mulheres representam 63% dos pedidos de divórcio.
Essa tendência pode ser atribuída ao fato de que, em muitos casos, elas assumem uma carga emocional e prática maior durante as festividades de fim de ano.
Organizar reuniões familiares, lidar com despesas e conciliar demandas podem ser tarefas que intensificam sentimentos de insatisfação em casamentos já problemáticos.
Após o período de festas, é comum que muitas mulheres percebam que não estão felizes no relacionamento e decidem priorizar seu bem-estar.
Além disso, o simbolismo de um “ano novo” serve como um incentivo para recomeçar e buscar uma vida mais equilibrada.
Quais são os 3 tipos de divórcio?
Os 3 tipos de divórcio no Brasil são definidos pela forma como o processo ocorre e as circunstâncias do casal. Durante o mês do divórcio, muitas pessoas se perguntam qual modalidade é mais adequada para o seu caso:
Divórcio extrajudicial:
- Realizado diretamente em cartório.
- Requisitos: consenso entre as partes e ausência de filhos menores ou incapazes (ou acordo prévio para filhos menores, conforme a Resolução CNJ 571/2024).
- Vantagens: rápido, menos burocrático e mais econômico.
Divórcio judicial consensual:
- Ocorre no Judiciário, mas ambas as partes estão de acordo sobre todos os termos.
- É uma opção em casos com filhos menores ou incapazes.
- Vantagens: menor tempo de resolução em comparação ao litigioso.
Divórcio judicial litigioso:
- Ocorre quando não há acordo entre as partes sobre aspectos como divisão de bens, guarda ou pensão.
- É decidido por um juiz após análise do caso.
- Desvantagens: mais demorado, caro e emocionalmente desgastante.
Como funciona o divórcio no Brasil durante o mês do divórcio?
No Brasil, o divórcio pode ser realizado de forma judicial ou extrajudicial, dependendo das circunstâncias:
O divórcio extrajudicial é realizado em cartório, de maneira rápida e sem a necessidade de uma ação judicial, desde que o casal esteja em consenso sobre tudo e os direitos dos filhos menores e incapazes sejam resguardados.
Após a publicação da Resolução CNJ 571/2024, ficou possível realizar divórcios extrajudiciais mesmo com filhos menores, desde que o acordo seja consensual e garanta os direitos das crianças.
Para tanto, é necessário que o acordo sobre os direitos das crianças seja homologado pelo Ministério Público (MP).
O divórcio judicial, por outro lado, é necessário em duas ocasiões:
- consensual, quando o casal opta por resolver todas as questões de filhos menores por meio de uma ação judicial;
- litigioso, quando há conflitos envolvendo tanto os filhos quanto a partilha de bens.
Sendo consensual, é mais rápido e amigável; sendo litigioso, é um processo mais demorado e custoso.
A legislação brasileira foi simplificada pela Emenda Constitucional 66/2010, que eliminou a exigência de separação judicial ou de um período mínimo de separação de fato antes do divórcio. Isso reduziu o tempo e os custos associados ao término do casamento.
O que é preciso fazer para se divorciar?
Para se divorciar no Brasil, é necessário seguir algumas etapas que podem variar dependendo da modalidade do divórcio (judicial ou extrajudicial).
O processo envolve decisões sobre divisão de bens, guarda dos filhos, pensão alimentícia e outras questões relacionadas.
Durante o mês do divórcio, janeiro, muitos casais buscam esclarecimento sobre essas etapas, aproveitando o simbolismo do recomeço para dar início ao processo.
Contratar um advogado:
A presença de um advogado é obrigatória, seja no divórcio judicial ou extrajudicial. No caso de divórcio consensual, as partes podem compartilhar o mesmo advogado.
Reunir os documentos necessários:
- Certidão de casamento.
- Documentos pessoais (RG, CPF).
- Comprovantes de bens adquiridos durante o casamento.
- Certidão de nascimento dos filhos, se houver.
Escolher o tipo de divórcio:
- Dependendo das circunstâncias, o divórcio pode ser judicial (quando um casal com filhos opta por essa via ou quando há desacordos) ou extrajudicial (quando há consenso e, em geral, sem filhos menores).
Elaborar um acordo ou ação judicial:
- No caso de divórcio consensual, o acordo é redigido e submetido ao cartório ou ao juiz.
- Em divórcios litigiosos, as partes apresentam suas demandas, e o juiz decide.
Qual o valor da taxa para se divorciar?
O custo de um divórcio no Brasil pode variar de acordo com o tipo de divórcio e o estado onde ele é realizado.
Divórcio extrajudicial (cartório):
- Taxas cartoriais, que variam dependendo do estado.
- Honorários do advogado, que podem variar dependendo da complexidade do caso.
Divórcio judicial:
- Os custos incluem taxas judiciais (podem ser isentas para quem comprovar baixa renda) e honorários advocatícios.
O divórcio consensual é geralmente mais econômico do que o litigioso.
Quantos meses demora para sair um divórcio?
O tempo necessário para concluir um divórcio no Brasil varia conforme o tipo de processo escolhido e a complexidade do caso. No mês do divórcio, a procura crescente pode influenciar prazos em escritórios e cartórios.
Divórcio extrajudicial: Pode ser finalizado em até 24 horas, desde que todos os documentos estejam em ordem e o acordo seja consensual.
Divórcio judicial consensual: Geralmente demora entre 1 e 3 meses, dependendo da rapidez do trâmite no Judiciário.
Divórcio judicial litigioso: Pode levar entre 6 meses e 3 anos, ou mais, dependendo da quantidade de disputas e recursos apresentados.
Qual o maior motivo de divórcio no Brasil?
O principal motivo de divórcios no Brasil está relacionado a incompatibilidades e conflitos conjugais, como apontam estudos e especialistas.
Durante o mês do divórcio, muitos casais decidem formalizar o término de relações já desgastadas.
Os fatores mais comuns incluem:
- Infidelidade: Um dos maiores gatilhos para a separação.
- Falta de diálogo e comunicação: Problemas na convivência diária frequentemente levam ao distanciamento emocional.
- Questões financeiras: Desacordos sobre finanças são um motivo recorrente para conflitos em casais.
- Incompatibilidades de objetivos e valores: Diferenças que se tornam irreconciliáveis ao longo do tempo.
Esses fatores são amplificados durante as festas de fim de ano, quando os casais passam mais tempo juntos, o que explica o aumento de separações em janeiro, o mês do divórcio.
Dessa maneira, o mês do divórcio, janeiro, destaca como fatores emocionais, sociais e práticos impactam os relacionamentos.
Se você está considerando se divorciar ou buscando informações sobre o processo, é essencial entender as opções disponíveis, os custos envolvidos e o tempo necessário para concluir o processo.
O divórcio não precisa ser um conflito; pode ser o início de uma nova etapa na vida de todos os envolvidos.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema “mês do divórcio: por que tem tantas separações em janeiro?” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia
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