O que é planejamento familiar? Tudo o que você precisa saber
Você sabe quais são seus direitos sobre o planejamento familiar? Descubra como escolher o melhor método contraceptivo e quando buscar ajuda médica.
O planejamento familiar é um conjunto de ações e informações destinadas a ajudar indivíduos ou casais a decidirem o número de filhos e o momento ideal para a chegada deles.
Ele se baseia em garantir que cada pessoa tenha o direito de viver sua sexualidade e saúde reprodutiva de forma consciente e segura.
Neste artigo, vamos explicar detalhadamente tudo sobre planejamento familiar, abordando as questões mais comuns sobre o tema, como a legislação relacionada, os direitos de acesso e os diferentes métodos disponíveis.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: https://forms.gle/GmG5qjiVa2tpoejf7
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- O que é feito no planejamento familiar?
- O que a lei diz sobre planejamento familiar?
- Quem tem direito ao planejamento familiar?
- Qual a importância do planejamento familiar?
- O que fazer em um planejamento familiar?
- Como é feito o planejamento familiar pelo SUS?
- Como fazer um planejamento de família?
- Como fazer planejamento passo a passo?
- Um recado final para você!
- Autor
O que é feito no planejamento familiar?
O planejamento familiar envolve um conjunto de medidas e orientações para que os indivíduos ou casais possam controlar sua fertilidade de maneira responsável e informada.
O primeiro passo no planejamento familiar é a orientação sobre métodos contraceptivos, para que o casal ou a pessoa individualmente possa escolher o mais adequado ao seu estilo de vida e saúde.
Os métodos podem variar desde os tradicionais, como a pílula anticoncepcional e o preservativo, até métodos mais permanentes, como a vasectomia e a laqueadura.
Além disso, o planejamento familiar também pode incluir a orientação sobre saúde sexual e reprodutiva em geral, abordando aspectos importantes, como a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e o aconselhamento pré-natal, caso o casal decida ter filhos no futuro.
A ideia é fornecer todas as informações necessárias para que a pessoa ou o casal possa tomar decisões com base em sua saúde física e emocional, além de seus projetos de vida.
O planejamento familiar também envolve um acompanhamento contínuo, com revisões periódicas, para garantir que o método escolhido continue adequado às necessidades e mudanças no estilo de vida do paciente.
O que a lei diz sobre planejamento familiar?
A Lei nº 9.263/1996, que regula o planejamento familiar no Brasil, garante que todos os cidadãos têm o direito de decidir sobre a quantidade e o momento de ter filhos.
A legislação assegura que o planejamento familiar seja acessível a todos, sem discriminação, e define direitos importantes, como o acesso a métodos contraceptivos e a possibilidade de esterilização voluntária.
A Lei do Planejamento Familiar também aborda a questão da esterilização cirúrgica, permitindo que as pessoas que tenham capacidade civil plena, sejam maiores de 25 anos e já tenham pelo menos dois filhos vivos possam optar por vasectomia ou laqueadura tubária.
No entanto, a lei estipula que deve haver um período de reflexão de 60 dias entre a manifestação da vontade de esterilização e o procedimento em si, garantindo que a decisão seja tomada de forma consciente.
Essa legislação também assegura que os métodos contraceptivos sejam fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Portanto, de acordo com a Lei do Planejamento Familiar, a escolha dos métodos contraceptivos e a esterilização são direitos garantidos e devem ser acessíveis a todos que busquem regulagem de sua fecundidade.
Quem tem direito ao planejamento familiar?
Todos os cidadãos brasileiros têm direito ao planejamento familiar, sem qualquer tipo de discriminação.
Isso significa que qualquer pessoa, seja solteira, casada ou em qualquer outra situação de relacionamento, pode acessar serviços de orientação e métodos contraceptivos para controlar sua fecundidade.
A legislação não faz distinção entre os sexos, idades ou orientações sexuais, assegurando o direito de todos os indivíduos escolherem a melhor forma de planejar suas vidas reprodutivas.
No caso do SUS, os direitos ao planejamento familiar são universalizados, garantindo que qualquer pessoa tenha acesso gratuito a métodos contraceptivos, orientações sobre saúde reprodutiva e, caso necessário, procedimentos de esterilização.
Isso inclui, por exemplo, mulheres que estão gestantes e desejam discutir o momento ideal para uma nova gravidez, bem como os homens que desejam realizar a vasectomia ou mulheres que optam pela laqueadura tubária.
Vale destacar que o acesso ao planejamento familiar, no contexto do SUS, também se estende a populações específicas, como mulheres lésbicas ou bissexuais, que têm direito a tratamentos de fertilização assistida, quando desejam se tornar mães.
O planejamento familiar SUS busca garantir que todos tenham acesso às tecnologias reprodutivas e à orientação adequada, sem exclusões.
Qual a importância do planejamento familiar?
A importância do planejamento familiar vai além da simples regulação da fecundidade. Ele está diretamente relacionado à saúde física, emocional e financeira das pessoas.
Quando realizado de forma responsável, o planejamento familiar contribui para a saúde reprodutiva, ao prevenir gravidezes não planejadas, que podem trazer complicações para a saúde da mulher e da criança.
Ele também permite que os indivíduos e casais possam ter filhos no momento certo, quando se sentem prontos tanto emocional quanto financeiramente, o que reflete diretamente na qualidade de vida da família.
O planejamento familiar também previne o risco de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), por meio da utilização de preservativos, além de possibilitar a escolha entre uma ampla gama de métodos contraceptivos.
Esse processo assegura que a pessoa ou o casal tenha um controle adequado sobre sua fertilidade, o que pode melhorar a qualidade de vida e proporcionar a autonomia sobre decisões reprodutivas.
Além disso, ele ajuda a garantir o direito à maternidade e paternidade responsáveis, promovendo condições para que a chegada de filhos seja um evento planejado e bem preparado.
Ao planejar a gestação, as pessoas têm mais oportunidades de se prepararem emocionalmente, financeiramente e fisicamente para a paternidade ou maternidade.
O que fazer em um planejamento familiar?
Quando você decide iniciar um planejamento familiar, o primeiro passo é buscar informações e orientações adequadas, para tomar decisões informadas sobre os métodos contraceptivos e o momento de ter filhos.
O ideal é consultar um médico, que possa fazer uma avaliação de sua saúde e orientar sobre as opções disponíveis para cada caso.
Durante essa consulta, o médico pode sugerir métodos como:
- Preservativos, que são eficazes na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravidezes não planejadas.
- Pílulas anticoncepcionais, indicadas para quem deseja regular o ciclo menstrual ou evitar a gravidez.
- DIU (Dispositivo Intra-Uterino), uma opção que pode ser colocada no útero para evitar a fecundação.
- Implantes hormonais, que liberam hormônios para evitar a gravidez por um período prolongado.
- Esterilização, como vasectomia ou laqueadura, para quem já tem filhos e não deseja mais ter filhos no futuro.
Após a escolha do método, é fundamental seguir as orientações médicas para garantir a eficácia do método escolhido e realizar acompanhamentos regulares para verificar se ele continua sendo o mais adequado às suas necessidades.
Como é feito o planejamento familiar pelo SUS?
O planejamento familiar SUS oferece a todos os cidadãos brasileiros o direito de acessar métodos contraceptivos gratuitos e orientações sobre a saúde reprodutiva.
O SUS, por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e outros centros de saúde, oferece consultas médicas, orientação sobre os métodos mais adequados e acesso a métodos como:
- Preservativos masculinos e femininos.
- Anticoncepcionais.
- DIU (Dispositivo Intra-Uterino).
- Implantes hormonais.
- Esterilização, como vasectomia e laqueadura, para aqueles que atendem aos requisitos legais da Lei 9.263/1996.
O SUS também realiza um acompanhamento pós-parto para orientar as mulheres sobre o momento adequado para uma nova gravidez e os métodos contraceptivos disponíveis após o nascimento de um filho.
Além disso, o planejamento familiar SUS busca garantir a equidade no acesso aos serviços de saúde, oferecendo opções também para mulheres que desejam fazer tratamentos de fertilização assistida, independentemente de sua orientação sexual.
Como fazer um planejamento de família?
O planejamento de família deve começar com a definição de metas e desejos em relação ao número de filhos e ao momento ideal para tê-los.
Isso deve ser uma decisão compartilhada, no caso de casais, levando em consideração fatores emocionais, financeiros e de saúde.
Consultar um médico é fundamental para entender quais são os métodos contraceptivos mais adequados. Durante o planejamento, é importante avaliar questões como:
- Quantos filhos você deseja ter.
- Quando você se sente pronto para ser pai ou mãe.
- Quais são suas condições financeiras e emocionais para criar uma criança.
- Quais métodos contraceptivos são mais seguros e adequados para você.
O planejamento de família deve ser flexível e adaptável conforme mudanças nas circunstâncias da vida. Lembre-se de que a saúde reprodutiva é uma jornada contínua e precisa de acompanhamento regular.
Como fazer planejamento passo a passo?
Para realizar um planejamento familiar de forma eficaz, siga este passo a passo:
- Avalie sua saúde: Faça uma consulta médica para entender sua saúde geral e reprodutiva.
- Escolha do método contraceptivo: Avalie com seu médico as opções de contracepção mais adequadas ao seu estilo de vida e saúde.
- Defina seus objetivos familiares: Decida quantos filhos você gostaria de ter e o momento mais adequado para isso.
- Planeje financeiramente: Avalie sua situação financeira e emocional para garantir que você esteja preparado para a chegada de filhos.
- Acompanhamento contínuo: Após a escolha do método contraceptivo, faça acompanhamento médico regular para garantir a eficácia e adequação ao longo do tempo.
Assim, você estará pronto para fazer escolhas informadas e responsáveis sobre sua vida reprodutiva, garantindo o bem-estar de toda a família.
Em resumo, o planejamento familiar é uma ferramenta poderosa para garantir o direito de todos decidirem sobre sua saúde reprodutiva, com o suporte do SUS, das orientações do Ministério da Saúde e da legislação que assegura esses direitos.
Ao tomar decisões informadas e com o apoio adequado, você pode alcançar uma vida reprodutiva saudável e planejar o momento certo para ampliar a família.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema “o que é planejamento familiar” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia
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