Prescrição Intercorrente: Conceitos e Implicações Legais
 A prescrição intercorrente ocorre durante o curso do processo e pode extinguir o direito de ação. Entenda seus conceitos e implicações legais.
Você já se perguntou o que acontece com um processo judicial que fica parado por muito tempo sem que ninguém tome uma ação?
A prescrição intercorrente é um tema que desperta grande interesse e, ao mesmo tempo, gera muitas dúvidas.Â
Esse é um importante mecanismo jurÃdico que visa evitar a eternização dos processos judiciais devido à inércia das partes envolvidas.
Se, por exemplo, um processo ficar suspenso por um ano e, depois, ninguém tomar nenhuma ação por cinco anos, essa ação pode ser extinta.
Neste artigo, nós vamos te explicar tudo sobre o que é Prescrição Intercorrente, como ela funciona, sua fundamentação legal e as principais discussões a respeito. Acompanhe para saber mais sobre o tema!
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Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
O que é prescrição intercorrente?
A prescrição intercorrente ocorre quando um processo judicial, já em andamento, fica parado por falta de ação das partes envolvidas.
Ela ocorre quando, após o inÃcio do processo, a parte que detém o direito não toma as medidas necessárias para dar andamento ao caso, resultando na extinção do processo pela passagem do tempo sem movimentação.
Isso é comum em processos de execução fiscal, onde a Fazenda Pública tenta cobrar dÃvidas de impostos.
Se o processo ficar inativo por um determinado perÃodo, ele pode ser extinto, ou seja, o direito de cobrar a dÃvida desaparece.
Fundamentação Legal
A prescrição intercorrente está principalmente regulada pela Lei de Execuções Fiscais (Lei nº 6.830/1980), especificamente em seu artigo 40.
Além disso, o Código de Processo Civil (CPC) também traz dispositivos relevantes sobre o tema. O artigo 40 da LEF determina que, não sendo localizados bens penhoráveis do devedor, o processo deve ser suspenso por um ano.
Passado esse perÃodo, se ainda não forem encontrados bens ou o devedor, inicia-se a contagem do prazo prescricional.
Funcionamento da prescrição intercorrente
Para entender melhor como funciona a prescrição intercorrente, vamos detalhar o procedimento tÃpico em processos de execução fiscal:
- InÃcio do Processo: A Fazenda Pública ajuÃza uma ação de execução fiscal para cobrar um crédito tributário.
- Tentativa de Citação e Penhora: O devedor é citado, e busca-se localizar bens penhoráveis. Se não houver sucesso, o processo é suspenso por até um ano.
- Suspensão e Arquivamento: Se, após um ano, o credor não consegue localizar bens ou o devedor, o juiz arquiva o processo.
- ReinÃcio da Contagem da Prescrição: A partir do arquivamento, inicia-se a contagem do prazo de prescrição intercorrente (cinco anos).
- Extinção do Processo: Caso o processo permaneça sem movimentação durante o prazo prescricional, o juiz pode declarar a prescrição intercorrente, extinguindo a ação.
Impactos da prescrição intercorrente
A prescrição intercorrente tem impactos significativos tanto para o credor quanto para o devedor:
- Para o devedor: A prescrição intercorrente pode significar a extinção de sua obrigação de pagamento, livrando-o da dÃvida.
- Para o credor (Fazenda Pública): Implica na perda do direito de cobrar judicialmente o crédito devido à falta de diligência no andamento do processo.
É um mecanismo que incentiva a diligência das partes em resolver as pendências judiciais de forma eficiente.
Jurisprudência e entendimentos dos tribunais
Os tribunais superiores, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF), têm decisões importantes que orientam a aplicação da prescrição intercorrente.
A jurisprudência destaca a necessidade de equilÃbrio entre a proteção ao devedor e a eficiência do processo judicial.
Um ponto de discussão relevante é a responsabilidade do Poder Judiciário em movimentar o processo, mesmo diante da inércia do credor.Â
Os tribunais têm reconhecido que, em alguns casos, a demora processual não pode ser atribuÃda exclusivamente ao credor, mas também à estrutura judiciária.
Casos práticos e exemplos
Para ilustrar a aplicação da prescrição intercorrente, vejamos alguns exemplos práticos:
Execução Fiscal Sem Bens Penhoráveis:
Um municÃpio inicia uma ação para cobrar impostos atrasados de uma empresa. A empresa não tem bens penhoráveis e não é localizada. O processo fica suspenso por um ano. Passado esse tempo, se nada mudar em cinco anos, o juiz pode declarar a prescrição intercorrente, extinguindo a dÃvida.
Inércia do Credor:
Um banco tenta cobrar uma dÃvida de um cliente, mas não consegue localizar o cliente ou seus bens. Após a suspensão do processo por um ano, o banco ainda não toma nenhuma ação. Se passar mais cinco anos sem movimentação, o processo pode ser extinto por prescrição intercorrente.
Desafios e crÃticas
A prescrição intercorrente enfrenta alguns desafios e crÃticas, especialmente no que diz respeito à eficiência do sistema judiciário e à necessidade de diligência dos credores. Alguns pontos de debate incluem:
- Morosidade do Judiciário: A lentidão do sistema judiciário pode contribuir para a ocorrência da prescrição intercorrente, prejudicando os credores.
- Diligência dos Credores: A falta de proatividade dos credores na busca de bens ou na localização dos devedores é um fator crucial para a aplicação da prescrição intercorrente.
- EquilÃbrio de Direitos: Garantir o equilÃbrio entre a proteção dos direitos dos devedores e a efetividade da cobrança judicial é um desafio constante.
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