Princípio da legalidade: o que é e como se aplica?

Você sabia que o princípio da legalidade protege seus direitos? Ele garante que nenhuma regra pode ser imposta sem previsão legal. Descubra como isso afeta seu dia a dia!

Princípio da legalidade: o que é e como se aplica?

Princípio da legalidade: o que é e como se aplica?

O princípio da legalidade é um dos pilares do sistema jurídico brasileiro e garante que nenhuma pessoa pode ser obrigada a fazer ou deixar de fazer algo sem que haja uma lei determinando isso.

Em outras palavras, as regras que impactam sua vida – como obrigações, direitos e até penalidades – devem ser estabelecidas por leis formais, previamente definidas.

Esse princípio é essencial para garantir segurança jurídica, transparência e proteção contra arbitrariedades, tanto para os cidadãos quanto para o próprio Estado.

Você já parou para pensar em como esse princípio afeta o seu dia a dia? Ele está presente em diversas áreas do Direito, desde o momento em que um imposto é cobrado até a forma como as autoridades públicas tomam decisões.

Compreender a legalidade é fundamental para entender seus direitos e deveres, além de saber quando o Estado está agindo dentro ou fora da lei.

Se você tem dúvidas sobre esse tema, continue a leitura para entender tudo o que precisa saber!

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O que é o princípio da legalidade?

O princípio da legalidade é uma garantia fundamental do ordenamento jurídico brasileiro e um dos pilares do Estado Democrático de Direito.

Ele estabelece que ninguém pode ser obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, exceto se houver uma lei determinando isso.

Esse princípio está expresso no artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal de 1988, que prevê:

“ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.

Esse princípio garante previsibilidade e segurança jurídica, pois impede que normas arbitrárias sejam impostas sem respaldo legal.

No Brasil, as leis são criadas por um processo legislativo formal, garantindo que todas as regras aplicáveis aos cidadãos sejam previamente estabelecidas.

Dessa forma, o princípio protege contra abusos de poder e assegura que os direitos individuais sejam respeitados.

O princípio da legalidade não se aplica apenas aos cidadãos, mas também limita a atuação do próprio Estado.

O poder público só pode agir conforme previsto em lei, sem extrapolar suas funções. Isso significa que decisões administrativas, tributárias, penais e outras devem ter base legal, evitando excessos e arbitrariedades.

Dessa forma, o princípio da legalidade reforça o equilíbrio entre os direitos individuais e a autoridade estatal, promovendo um sistema jurídico justo e estável.

Quais são os 5 princípios da legalidade?

O princípio da legalidade se desdobra em diferentes áreas do Direito, sendo aplicado de forma específica em cada uma delas.

Ele se manifesta principalmente em cinco grandes ramos jurídicos:

No Direito Constitucional, o princípio da legalidade assegura que qualquer restrição aos direitos individuais ou obrigação imposta ao cidadão deve estar prevista em lei.

Nenhuma pessoa pode ser punida ou obrigada a seguir normas que não tenham sido formalmente criadas pelo Poder Legislativo.

Esse princípio protege contra arbitrariedades e garante a previsibilidade das normas jurídicas.

No Direito Administrativo, a aplicação do princípio da legalidade significa que a administração pública só pode agir conforme expressamente autorizado por lei.

Diferentemente dos cidadãos, que podem fazer tudo o que a lei não proíbe, os agentes públicos só podem atuar nos limites da legislação vigente.

Isso impede abusos e assegura que a gestão pública seja transparente, controlável e previsível.

No Direito Penal, o princípio da legalidade estabelece que não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.

Isso significa que uma pessoa só pode ser punida por um crime se houver uma norma penal vigente no momento do fato.

Essa regra está no artigo 1º do Código Penal Brasileiro e garante que ninguém possa ser condenado por uma conduta que não era considerada crime no momento em que foi praticada.

No Direito Tributário, a legalidade impede a criação ou aumento de tributos sem previsão legal específica.

De acordo com o artigo 150, inciso I, da Constituição Federal, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não podem exigir ou aumentar tributos sem que haja uma lei estabelecendo essa obrigação.

Isso protege os contribuintes de cobranças inesperadas e garante que qualquer mudança tributária passe pelo devido processo legislativo.

No Direito Civil, o princípio da legalidade assegura que os atos e contratos firmados entre particulares devem seguir as normas legais vigentes.

Ele garante que as relações jurídicas sejam previsíveis, proporcionando segurança nos negócios e proteção contra cláusulas abusivas ou interpretações arbitrárias da lei.

O que diz o princípio da legalidade na administração pública?

Na administração pública, o princípio da legalidade determina que todo ato administrativo deve estar baseado em lei, impedindo que gestores públicos tomem decisões sem respaldo jurídico.

Isso significa que os agentes públicos não têm liberdade para agir conforme sua vontade, mas apenas nos limites estabelecidos pela legislação.

A legalidade administrativa está prevista no artigo 37 da Constituição Federal, que estabelece que a administração pública deve obedecer aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Esse dispositivo garante que o poder público atue dentro das normas legais e evite abusos.

Diferente dos cidadãos, que podem fazer tudo o que a lei não proíbe, os agentes públicos só podem fazer o que a lei expressamente permite.

Por exemplo, um servidor público só pode aplicar uma multa se houver uma lei que autorize essa penalidade.

Da mesma forma, uma prefeitura só pode cobrar taxas e impostos se houver previsão legal específica.

Se um gestor público adotar medidas sem base legal, ele pode ser responsabilizado por abuso de poder ou improbidade administrativa.

Como funciona a legalidade?

O princípio da legalidade funciona como um mecanismo de controle sobre a atuação do Estado e as relações jurídicas entre particulares.

Para os cidadãos, a legalidade garante liberdade, pois significa que você só precisa cumprir obrigações previstas em lei.

Para o Estado, a legalidade impõe limites, determinando que o governo só pode agir com base em normas previamente estabelecidas.

Na prática, isso significa que qualquer nova regra, obrigação ou penalidade só pode ser imposta por meio de uma lei formalmente aprovada pelo Poder Legislativo.

Além disso, a legalidade garante previsibilidade, permitindo que os cidadãos e empresas saibam de antemão quais são seus direitos e deveres.

Quando esse princípio não é respeitado, surgem situações de insegurança jurídica, em que regras são aplicadas de forma arbitrária.

Por isso, a legalidade é um dos pilares da justiça e da estabilidade do sistema jurídico.

Qual a função da legalidade?

A função do princípio da legalidade é garantir segurança jurídica e proteger os direitos individuais, estabelecendo que ninguém será punido ou obrigado a cumprir normas sem base legal.

Ele também tem a função de limitar o poder estatal, impedindo que autoridades ajam de maneira arbitrária.

A legalidade protege os cidadãos contra abusos de poder, garantindo que todas as regras sejam previamente estabelecidas e divulgadas.

Além disso, ela reforça a transparência na administração pública, exigindo que os atos do governo sejam fundamentados em leis.

A aplicação desse princípio também garante previsibilidade nas relações jurídicas, permitindo que empresas e indivíduos planejem suas ações sem receio de mudanças repentinas nas regras. Isso fortalece a confiança no sistema jurídico e econômico.

O que viola o princípio da legalidade?

O princípio da legalidade é violado sempre que uma obrigação ou penalidade é imposta sem respaldo em lei. Entre as principais formas de violação estão:

Quando esse princípio é violado, os atos podem ser anulados pelo Judiciário, protegendo os direitos dos cidadãos e restabelecendo a ordem legal.

Quais são as exceções ao princípio da legalidade?

Apesar de sua importância, existem algumas exceções ao princípio da legalidade previstas na própria Constituição. As principais são:

Medidas Provisórias, que podem ser editadas pelo Presidente da República em casos de urgência e relevância, com força de lei até sua aprovação pelo Congresso.

Estados de Defesa e Sítio, em que o governo pode adotar medidas excepcionais temporárias em situações graves.

Alteração de tributos por ato do Executivo, como no caso do IPI e do IOF, desde que previsto em lei.

Essas exceções são permitidas apenas em situações específicas e dentro dos limites constitucionais, garantindo que o princípio da legalidade não seja violado de forma arbitrária.

Qual a importância da legalidade?

O princípio da legalidade é essencial para a segurança jurídica e a proteção dos direitos individuais.

Ele impede que governos e instituições imponham regras sem respaldo legal, garantindo previsibilidade e justiça.

Além de proteger os cidadãos, a legalidade fortalece a democracia, assegurando que o Estado atue dentro dos limites legais e não abuse de seu poder.

Quando esse princípio é respeitado, há mais transparência, responsabilidade e equilíbrio no sistema jurídico.

Sem a legalidade, não haveria controle sobre o poder do Estado, o que levaria a um cenário de incertezas e injustiças.

Por isso, esse princípio é um dos pilares do Estado de Direito e deve ser sempre preservado.

Um recado final para você!

Em caso de dúvidas, busque assistência jurídica especializada para o seu caso.

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Sabemos que o tema “princípio da legalidade” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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