Progressão de regime no homicídio qualificado

Preso por homicídio qualificado? A progressão de regime pode garantir uma vida fora das grades mais cedo. Com bom comportamento e critérios legais, a liberdade começa a se aproximar.

Progressão de regime no homicídio qualificado

Progressão de regime no homicídio qualificado

Ser condenado por homicídio qualificado não significa que toda esperança de liberdade esteja perdida. 

Apesar da gravidade do crime e da pena elevada, o sistema de Justiça brasileiro permite, em determinadas condições, que o condenado avance para regimes menos rigorosos com o tempo. 

A isso chamamos de progressão de regime, um direito que depende do cumprimento de prazos legais e de um comportamento adequado dentro da prisão. 

Muita gente acredita que, após a sentença, nada mais pode ser feito, mas isso não é verdade

A vida pode mudar completamente depois de uma acusação criminal, mesmo quando tudo começou por um mal-entendido ou por decisões tomadas sem a devida orientação. 

E o problema é que o sistema penal não costuma perdoar, mesmo que o erro tenha sido isolado. 

As consequências de uma condenação longa são profundas: afetam a saúde mental, afastam o preso da família e encerram projetos de vida. 

Por isso, a defesa continua sendo essencial mesmo depois da condenação. Um advogado qualificado pode acompanhar a execução da pena, garantir o respeito aos prazos e evitar que o condenado permaneça mais tempo preso do que o necessário.

Neste artigo, você vai entender como funciona a progressão de regime no homicídio qualificado, quais são os requisitos e quando ela pode ser solicitada.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

A pessoa presa por homicídio qualificado começa em qual regime?

A pessoa condenada por homicídio qualificado inicia o cumprimento da pena no regime fechado, conforme determina a legislação brasileira. 

Isso ocorre porque o homicídio qualificado é considerado crime hediondo, conforme o art. 1º, inciso I, da Lei nº 8.072/1990, e os crimes dessa natureza, via de regra, não permitem a aplicação de regime mais brando no início do cumprimento da pena.

De acordo com o artigo 121, §2º do Código Penal, o homicídio qualificado tem pena de 12 a 30 anos de reclusão

Assim que a condenação se torna definitiva (transita em julgado), o juiz da execução penal expede a guia de execução definitiva, e o apenado é mantido ou transferido para uma unidade prisional de regime fechado.

Mesmo quando o condenado é primário, possui bons antecedentes ou confessa o crime, o regime fechado é obrigatório no início da pena.

Isso significa que, inicialmente, o preso não pode trabalhar fora da unidade prisional, tampouco ter saídas temporárias ou outro benefício de flexibilização.

O regime fechado é o mais rígido do sistema, mas não é definitivo. Com o cumprimento de parte da pena e um histórico de bom comportamento, o condenado poderá pleitear a progressão para o regime semiaberto, desde que atenda aos requisitos legais.

Quem foi condenado por homicídio pode ter progressão de regime?

Sim, o condenado por homicídio qualificado pode ter progressão de regime, mesmo que o crime seja considerado hediondo. 

A Constituição Federal, no artigo 5º, inciso XLIII, permite que os crimes hediondos tenham tratamento mais severo, mas não veda a progressão de regime

Essa possibilidade está expressamente prevista no artigo 112 da Lei de Execução Penal (LEP), com regras específicas para crimes hediondos.

A progressão de regime consiste na passagem do condenado de um regime mais rigoroso para outro mais brando, como do fechado para o semiaberto, e deste para o aberto. 

A permissão para essa progressão não depende do tipo de crime, mas sim do cumprimento de requisitos objetivos e subjetivos, os quais serão analisados pelo juiz da execução penal.

A grande mudança veio com a Lei nº 13.964/2019, conhecida como Pacote Anticrime, que alterou os percentuais de pena a serem cumpridos para progressão, especialmente para crimes hediondos com resultado morte, como é o caso do homicídio qualificado. 

O novo artigo 112 da LEP exige que o condenado cumpra um percentual maior da pena, o que exige planejamento defensivo adequado e atuação constante do advogado na execução penal.

  Entenda os prazos de progressão de regime no homicídio qualificado

  • 50% da pena: réu primário (com resultado morte);
  • 60% da pena: reincidente específico em crime hediondo;
  • Remição: dias de trabalho ou estudo podem reduzir o tempo de pena;
  • Bom comportamento: requisito indispensável para progressão;
  • Pedido judicial: precisa ser feito por advogado ao juiz da execução.

Quais os requisitos para progressão de regime no homicídio qualificado?

A progressão de regime no caso de homicídio qualificado depende de dois fatores principais: o requisito objetivo, que é o tempo mínimo de pena cumprido, e o requisito subjetivo, que está ligado ao comportamento e evolução do condenado dentro da prisão.

Quais os requisitos para progressão de regime no homicídio qualificado?

Quais os requisitos para progressão de regime no homicídio qualificado?

1. Requisito objetivo: tempo mínimo de pena:

De acordo com o artigo 112 da LEP, nos crimes hediondos com resultado morte, o condenado precisa cumprir:

Esse tempo é contado a partir do início da execução da pena e pode ser afetado por fatores como remição por trabalho ou estudo, que reduzem os dias efetivamente cumpridos.

2. Requisito subjetivo: comportamento e conduta prisional:

O preso precisa demonstrar bom comportamento carcerário, sem registro de faltas graves

Isso é verificado por meio de relatórios emitidos pela administração do presídio e avaliado pelo juiz da execução penal.

Além disso, o juiz pode levar em conta fatores como:

O pedido de progressão pode ser feito assim que os dois requisitos forem preenchidos. 

O Ministério Público será ouvido, e o juiz poderá solicitar parecer técnico, como relatório criminológico, antes de decidir.

O que pode impedir a progressão de regime no homicídio qualificado?

Alguns fatores podem impedir ou retardar a progressão de regime no caso de homicídio qualificado, mesmo quando o tempo de pena já foi cumprido.

A falta de um dos requisitos legais já é suficiente para indeferir o pedido.

Entre os principais impeditivos estão:

Além disso, o sistema penitenciário brasileiro enfrenta problemas estruturais que podem gerar demora na análise dos pedidos, agravando o sofrimento do preso e de sua família. 

Um advogado criminalista especializado em execução penal pode acompanhar o processo, pressionar pela movimentação e, se necessário, impetrar habeas corpus quando a ilegalidade na manutenção do regime for evidente. clique aqui!;

Preciso de advogado para progressão de regime por homicídio qualificado?

Sim, é indispensável a atuação de um advogado criminalista na fase de progressão de regime, especialmente em casos de homicídio qualificado

A complexidade das regras aplicáveis, somada à rigidez das exigências legais, torna essa etapa delicada e extremamente técnica.

Sem o apoio de um profissional qualificado, o condenado corre o risco de:

Por mais honesta que uma pessoa seja, não há garantias de justiça sem defesa qualificada.

O sistema penal é falho e impiedoso com quem não se defende. A progressão de regime é um direito legal, mas precisa ser pleiteada com base técnica e dentro do momento oportuno.

Se você ou alguém próximo se encontra nessa situação, não espere a oportunidade passar. Agir rápido pode significar sair da prisão meses ou anos antes.

Um recado final para você!

Imagem representando um advogado.

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada.

Sabemos que o tema “Progressão de regime no homicídio qualificado” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. clique aqui!

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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