Provas técnicas em crimes sexuais: entenda como funcionam

Você sabe como são coletadas as provas técnicas em crimes sexuais? Descubra como a ciência ajuda a identificar agressores e garantir justiça.

Provas técnicas em crimes sexuais: entenda como funcionam

Provas técnicas em crimes sexuais: entenda como funcionam

Os crimes sexuais são um dos tipos mais graves de violação da dignidade e integridade das vítimas.

No Brasil, esses crimes são tratados com seriedade, e a investigação precisa ser conduzida com técnicas específicas para garantir a coleta de provas confiáveis e robustas.

Entre os principais recursos utilizados na apuração desses delitos, as provas técnicas desempenham um papel fundamental para assegurar a responsabilização do agressor.

Este artigo aborda as principais dúvidas sobre as provas técnicas em crimes sexuais, explicando o que são, quais os tipos existentes, como são coletadas, quais os procedimentos periciais e como o sistema legal brasileiro trata esses casos.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: https://forms.gle/GmG5qjiVa2tpoejf7

O que são provas técnicas?

As provas técnicas são aquelas obtidas por meio de métodos científicos e tecnológicos, analisadas por profissionais qualificados, como peritos criminais e médicos legistas.

Em crimes sexuais, essas provas são essenciais para fornecer evidências concretas sobre a ocorrência do delito e a possível identificação do agressor.

Diferentemente das provas testemunhais, que dependem exclusivamente dos relatos das vítimas e das pessoas envolvidas, as provas técnicas são objetivas e podem ser verificadas por meio de análises laboratoriais, exames físicos e outras ferramentas científicas. Isso faz com que tenham um peso significativo no processo judicial.

No contexto dos crimes sexuais, as provas técnicas incluem exames de DNA, laudos médicos, vestígios biológicos, registros digitais e qualquer outro tipo de evidência que possa ser analisada por meio da ciência forense.

Quais são as formas de provas existentes?

O Código de Processo Penal prevê diferentes tipos de provas que podem ser utilizadas para demonstrar a ocorrência de um crime.

Em casos de crimes sexuais, essas provas se dividem em prova testemunhal, prova documental, prova pericial, confissão e indícios.

Prova testemunhal: refere-se ao depoimento de pessoas que tenham presenciado os fatos ou que possam oferecer informações relevantes sobre a ocorrência do crime.

A palavra da vítima é uma das principais formas de prova em crimes sexuais, especialmente porque esses crimes geralmente ocorrem sem testemunhas diretas.

Prova documental: envolve registros escritos, mensagens de texto, áudios, vídeos ou qualquer outro documento que possa demonstrar a existência do crime.

Em casos de assédio ou importunação sexual, por exemplo, mensagens trocadas entre vítima e agressor podem ser fundamentais.

Prova pericial: engloba exames médicos, análises laboratoriais, laudos técnicos e qualquer outro estudo científico realizado por especialistas.

É um dos tipos de prova mais importantes nos crimes sexuais, pois pode comprovar agressões, atos libidinosos e a presença de material biológico do agressor.

Confissão: ocorre quando o próprio autor do crime admite sua culpa, seja espontaneamente ou durante a investigação policial.

Indícios: referem-se a elementos que, quando analisados em conjunto, apontam para a prática do crime.

Por exemplo, um exame pericial que detecta lesões compatíveis com violência sexual pode ser um indício importante para o caso.

Nos crimes contra a dignidade sexual, a soma dessas provas fortalece o processo e aumenta as chances de responsabilização do agressor.

Quais são os procedimentos e técnicas empregadas no exame de casos de crimes sexuais?

A investigação de crimes sexuais exige protocolos rigorosos para garantir a validade das provas e preservar a dignidade da vítima. Assim que a denúncia é feita, o procedimento segue algumas etapas fundamentais.

O exame de corpo de delito é um dos primeiros passos na apuração do crime. Ele é realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) e tem como objetivo identificar lesões, marcas de agressão, fluidos corporais e outros vestígios físicos que possam ter relação com o crime.

Esse exame deve ser realizado o mais rápido possível, pois a demora pode comprometer a coleta de evidências importantes.

Além do exame de corpo de delito, a coleta de vestígios biológicos é essencial para a identificação do agressor.

Amostras de sêmen, saliva, sangue e células epiteliais podem ser extraídas do corpo da vítima, de suas roupas e de objetos presentes no local do crime.

Esses vestígios são encaminhados para exames de DNA, que possibilitam a comparação com o material genético de suspeitos.

Outro método importante é a análise de vestimentas e objetos que possam conter fluidos ou material genético do agressor. Roupas rasgadas, roupas íntimas sujas ou qualquer outro objeto envolvido no crime devem ser preservados para exame pericial.

Nos casos em que a vítima não tem marcas físicas visíveis, a avaliação psicológica pode ser realizada por profissionais especializados, a fim de detectar sinais de trauma e reforçar a credibilidade do relato da vítima.

Quais são os tipos de crimes sexuais?

O Código Penal Brasileiro prevê diferentes tipos de crimes sexuais, cada um com suas características específicas. Os mais comuns são:

Estupro (Art. 213): ocorre quando há conjunção carnal ou outro ato libidinoso mediante violência ou grave ameaça.

Estupro de vulnerável (Art. 217-A): quando a vítima é menor de 14 anos, pessoa com deficiência mental ou que não tenha discernimento para consentir o ato.

Assédio sexual (Art. 216-A): ocorre quando alguém, aproveitando-se de uma posição hierárquica, constrange outra pessoa com o objetivo de obter vantagem sexual.

Importunação sexual (Art. 215-A): praticar contra alguém e sem seu consentimento ato libidinoso para satisfazer a própria lascívia.

Todos esses crimes são passíveis de pena de reclusão, variando conforme a gravidade do caso.

Como provar um ato libidinoso?

Os atos libidinosos podem ser comprovados por meio de provas técnicas, relatos da vítima, testemunhas e exames periciais.

O depoimento da vítima é de grande relevância, desde que seja coerente e compatível com os demais elementos do caso.

Quando há vestígios físicos, o exame de corpo de delito e a coleta de vestígios biológicos são fundamentais.

Em crimes sem contato físico direto, como casos de importunação sexual, mensagens, vídeos e registros digitais podem servir como provas.

Como provar que fui abusada?

Se você foi vítima de abuso sexual, é essencial agir rapidamente para garantir que as provas sejam coletadas e o agressor responsabilizado. Algumas medidas fundamentais incluem:

A denúncia pode ser feita em delegacias especializadas ou por meio do Disque 100.

O que diz o artigo 215-A do Código Penal?

O artigo 215-A do Código Penal trata do crime de importunação sexual, que consiste na realização de atos libidinosos sem o consentimento da vítima. Esse crime foi incluído pela Lei nº 13.718/2018 e prevê pena de 1 a 5 anos de reclusão.

Quais fontes biológicas podem ser analisadas para identificar o agressor de crimes sexuais?

As principais fontes biológicas analisadas incluem sêmen, saliva, sangue, pelos, células epiteliais e tecidos da vítima.

Essas amostras são utilizadas para exames de DNA, que permitem a identificação do agressor com alto grau de certeza.

A coleta dessas amostras deve ser feita o mais rápido possível, pois o tempo pode comprometer a qualidade das evidências.

As provas técnicas desempenham um papel crucial na apuração de crimes sexuais. O conhecimento sobre esses procedimentos ajuda vítimas e profissionais do direito a garantir que esses crimes sejam investigados com seriedade e justiça.

Um recado final para você!

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada.

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Sabemos que o tema “provas técnicas em crimes sexuais” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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