O que é a recuperação extrajudicial e quais os requisitos?

Sua empresa enfrenta dificuldades financeiras? A recuperação extrajudicial pode ser a solução para renegociar dívidas sem um longo processo judicial.

O que é a recuperação extrajudicial e quais os requisitos?

O que é a recuperação extrajudicial e quais os requisitos?

Se a sua empresa está passando por dificuldades financeiras e precisa de uma solução para reorganizar suas dívidas sem enfrentar um longo processo judicial, a recuperação extrajudicial pode ser uma alternativa viável.

Esse procedimento permite que empresas renegociem diretamente com seus credores, buscando condições mais favoráveis para pagamento, sem precisar recorrer à recuperação judicial.

Ao contrário do que muitos imaginam, a recuperação extrajudicial não significa que a empresa está falindo.

Pelo contrário, ela é uma ferramenta legal que possibilita a continuidade das atividades empresariais, ajudando a evitar a falência e garantindo um caminho mais seguro para superar momentos de crise.

Mas como funciona esse processo? Quem pode utilizá-lo? Quais as vantagens e limitações?

Neste artigo, vamos esclarecer todas as suas dúvidas e explicar tudo o que você precisa saber sobre a recuperação extrajudicial.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: https://forms.gle/GmG5qjiVa2tpoejf7

O que é recuperação extrajudicial?

A recuperação extrajudicial é um mecanismo legal previsto na Lei nº 11.101/2005, que permite que empresas em dificuldades financeiras negociem suas dívidas diretamente com seus credores, sem a necessidade de um processo judicial completo.

Diferente da recuperação judicial, em que há uma intervenção mais rígida do Judiciário, na recuperação extrajudicial a empresa tem a oportunidade de negociar os termos do pagamento de suas dívidas de forma mais flexível, buscando um acordo que atenda aos interesses tanto da empresa quanto dos credores.

O principal objetivo da recuperação extrajudicial é evitar a falência, garantindo que a empresa consiga reorganizar suas finanças e continuar operando.

Para que tenha validade, o acordo feito com os credores precisa ser homologado pelo juiz, tornando-se obrigatório para todos os credores incluídos no plano.

Como funciona o processo de recuperação extrajudicial?

O funcionamento da recuperação extrajudicial envolve algumas etapas importantes. Primeiramente, a empresa precisa elaborar um plano de recuperação, no qual define as condições de pagamento das suas dívidas.

Esse plano pode incluir medidas como parcelamento, descontos sobre o valor devido, extensão de prazos e novas condições de pagamento.

Depois que o plano é elaborado, a empresa precisa negociar diretamente com seus credores. Para que o plano seja válido, é necessário que pelo menos 60% dos credores de cada classe de crédito envolvida concordem com os termos.

Após obter essa concordância, o plano é submetido à homologação judicial. Essa homologação é necessária para garantir que o acordo tenha força legal, tornando-se obrigatório mesmo para os credores que não concordaram com ele.

Caso o juiz homologue o plano, a empresa passa a seguir as condições negociadas, cumprindo os novos prazos e valores acordados.

Se o plano não for cumprido, os credores podem cobrar judicialmente a dívida ou até mesmo requerer a falência da empresa.

Qual a diferença entre recuperação judicial e extrajudicial?

A principal diferença entre a recuperação judicial e a recuperação extrajudicial está na condução do processo.

Na recuperação judicial, a empresa precisa entrar com um pedido na Justiça, que nomeia um administrador judicial para acompanhar todo o processo.

O plano de recuperação precisa ser aprovado em assembleia geral de credores e há um controle mais rígido sobre as finanças da empresa.

Já na recuperação extrajudicial, a empresa negocia diretamente com os credores, sem a necessidade de assembleias ou de um administrador judicial.

Isso torna o processo mais rápido, menos burocrático e mais barato, além de evitar o desgaste que um processo judicial prolongado pode causar na imagem da empresa.

Outro ponto importante é que, enquanto a recuperação judicial suspende automaticamente todas as cobranças e execuções, a recuperação extrajudicial não impede a continuidade das ações de cobrança, a menos que haja uma decisão específica do juiz nesse sentido.

Quem tem direito à recuperação extrajudicial?

A recuperação extrajudicial pode ser utilizada por empresas e empresários individuais que estejam enfrentando dificuldades financeiras e desejem renegociar suas dívidas sem recorrer ao processo judicial.

Para que a empresa tenha direito à recuperação extrajudicial, ela precisa cumprir alguns requisitos legais, como:

Além disso, é fundamental que a empresa tenha condições de apresentar um plano viável para pagamento das dívidas e que consiga obter a concordância dos credores necessários para a aprovação do plano.

Quais créditos não entram na recuperação extrajudicial?

Apesar da recuperação extrajudicial permitir a renegociação de diversas dívidas, algumas categorias de créditos não podem ser incluídas no plano.

Entre os créditos que não entram na recuperação extrajudicial, estão:

Essas limitações existem porque determinados tipos de dívida possuem regras específicas de negociação que não podem ser alteradas por meio de um acordo extrajudicial.

Quanto tempo dura uma recuperação extrajudicial?

O tempo necessário para concluir uma recuperação extrajudicial depende de diversos fatores, como a complexidade das negociações e a quantidade de credores envolvidos.

Por ser um procedim ento mais ágil que a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial pode ser concluída em poucos meses, especialmente se os credores concordarem rapidamente com os termos do plano.

Após a homologação do plano pelo juiz, a empresa deve cumprir os prazos e condições estabelecidos.

Caso descumpra o acordo, os credores podem tomar medidas judiciais para cobrar os valores devidos.

Qual a vantagem da recuperação extrajudicial?

A recuperação extrajudicial apresenta diversas vantagens para empresas em crise financeira.

Entre os principais benefícios, destacam-se:

Rapidez: como não exige tantas formalidades judiciais, o processo é concluído de forma mais ágil.

Menor custo: a ausência de um administrador judicial e de outras burocracias reduz os custos envolvidos.

Flexibilidade: a empresa e os credores podem negociar condições personalizadas para pagamento das dívidas.

Menor exposição pública: como o processo ocorre fora do Judiciário, evita-se a publicidade negativa que poderia prejudicar a imagem da empresa.

Por essas razões, a recuperação extrajudicial é uma excelente alternativa para empresas que buscam reestruturar suas dívidas sem recorrer a processos longos e complexos.

Como habilitar crédito na recuperação extrajudicial?

Os credores que desejam participar da recuperação extrajudicial devem negociar diretamente com a empresa e concordar com os termos do plano proposto.

Se um credor não concordar com o plano, mas a maioria dos credores (pelo menos 60%) aprovar a proposta, ele poderá ser obrigado a seguir os termos do acordo, desde que o plano seja homologado pelo juiz.

Uma vez que o plano seja homologado, os credores receberão os valores conforme as condições estabelecidas na negociação.

O que acontece após a recuperação extrajudicial?

Após a conclusão do processo, a empresa precisa cumprir rigorosamente o plano de recuperação extrajudicial, efetuando os pagamentos conforme as novas condições acordadas.

Se a empresa descumprir o plano, os credores podem entrar com ações judiciais para cobrar as dívidas ou até mesmo pedir a falência da empresa.

Por isso, é essencial que a empresa respeite os prazos e valores estipulados.

Preciso de advogado para a recuperação extrajudicial?

Embora a lei não exija a presença de um advogado, é altamente recomendável contar com um profissional especializado para conduzir as negociações, elaborar o plano e garantir que todas as exigências legais sejam atendidas.

Um advogado experiente pode aumentar significativamente as chances de sucesso da recuperação extrajudicial, ajudando a empresa a superar sua crise financeira e evitar problemas futuros.

Um recado final para você!

Em caso de dúvidas, busque assistência jurídica especializada para o seu caso.

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Sabemos que o tema “recuperação extrajudicial” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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