Reforma da Previdência: Principais Alterações Explicadas!

Você com certeza já ouviu falar da Reforma da Previdência! Mas quais foram as principais alterações após a reforma? O que mudou? Como impacta você?

Reforma da Previdência: Principais Alterações Explicadas!

Reforma da Previdência: Principais Alterações Explicadas!

A Reforma da Previdência é um tema que gera muitas dúvidas, especialmente por trazer mudanças significativas no momento da aposentadoria e no cálculo de benefícios.

Com novas exigências de idade mínima e tempo de contribuição, ela alterou regras que afetarão tanto os trabalhadores atuais quanto as gerações futuras.

Por isso, entender como essas modificações impactam os diferentes perfis de segurados é essencial para quem deseja se planejar financeiramente e garantir uma aposentadoria tranquila.

Além disso, a reforma também trouxe mudanças nas pensões e outros benefícios previdenciários, o que torna o planejamento ainda mais importante.

Neste artigo, vamos explicar as principais alterações e como elas afetam cada trabalhador, seja você um servidor público, um trabalhador rural ou da iniciativa privada.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: https://forms.gle/GmG5qjiVa2tpoe

Como a Reforma da Previdência alterou a idade mínima para a aposentadoria?

A Reforma da Previdência trouxe uma mudança importante na idade mínima para a aposentadoria, unificando as exigências e alterando as regras para que a sustentabilidade do sistema fosse garantida.

Antes da reforma, era possível se aposentar por tempo de contribuição, sem a exigência de idade mínima. Agora, para trabalhadores urbanos, a idade mínima é de

Além disso, o tempo de contribuição necessário também mudou.

Mulheres precisam de, pelo menos, 15 anos de contribuição para se aposentar, enquanto os homens devem contribuir por 20 anos.

Esse aumento de exigências foi projetado para manter o equilíbrio do sistema previdenciário, considerando o aumento da expectativa de vida no Brasil e a necessidade de maior arrecadação para custear os benefícios.

O segurado que cumpriu os requisitos para sua aposentadoria antes de 13/11/2019, data da Reforma, ainda pode se aposentar pelas regras antigas.

Existem regras de transição para quem estava perto de se aposentar quando a reforma entrou em vigor, o que suaviza o impacto para quem já estava próximo da aposentadoria. Vamos explicá-las em um próximo tópico.

Agora, vejamos um exemplo de como funciona a aposentadoria após a reforma!

Um homem que já contribuiu por 30 anos, mas tem 60 anos, não poderá se aposentar por tempo de contribuição como antes. Ele deverá trabalhar até completar 65 anos de idade, mesmo já tendo tempo de contribuição suficiente.

Essas mudanças afetam diretamente o planejamento de aposentadoria de milhões de brasileiros, sendo fundamental estar atento às novas regras para evitar surpresas no momento de requerer o benefício.

Quais são as principais regras de transição da Reforma da Previdência?

As regras de transição da Reforma da Previdência foram criadas para proteger trabalhadores que estavam próximos da aposentadoria quando a reforma entrou em vigor, oferecendo diferentes modalidades que permitem a adaptação às novas normas.

Estabelecidas pela Emenda Constitucional nº 103/19, elas são oferecidas para trabalhadores que eram filiados à Previdência antes da Reforma. Atualmente, são 4 principais regras.

  1. Regra de Pontos

Nessa regra, o trabalhador pode se aposentar quando a soma da idade e do tempo de contribuição atingir um número pré-determinado, chamado de “pontos”.

Essa modalidade não impõe uma idade mínima, mas exige que o tempo de contribuição combinado com a idade alcance um determinado total de pontos.

O número de pontos vai aumentando gradualmente a cada ano.

Essa regra permite que o trabalhador se aposente sem precisar cumprir uma idade mínima, desde que atinja a pontuação necessária.

  1. Regra do Pedágio de 50%

Essa regra se aplica aos trabalhadores que estavam a menos de dois anos de cumprir o tempo de contribuição (30 anos para mulheres e 35 anos para homens) quando a reforma foi implementada.

Nessa situação, é possível se aposentar sem precisar atingir uma idade mínima, mas é necessário contribuir por um período adicional equivalente a 50% do tempo que faltava para se aposentar no momento da reforma.

Assim, são requisitos:

O “pedágio” é o tempo adicional de 50% do que faltava para atingir o tempo mínimo de contribuição.

Por exemplo, se um homem precisava de dois anos a mais para completar os 35 anos de contribuição, agora ele precisará trabalhar três anos no total (2 anos + 50% = 1 ano adicional).

  1. Regra do Pedágio de 100%

Essa regra exige que o tempo de contribuição seja dobrado em relação ao que faltava para completar o período exigido no momento da reforma. Ou seja, se faltavam dois anos para a aposentadoria, será necessário contribuir por mais quatro anos.

Além disso, ela exige uma idade mínima! São 60 anos de idade para homens e 57 anos de idade para mulheres.

Ou seja:

  1. Regra da Idade Mínima Progressiva

Nessa regra, o trabalhador poderá se aposentar quando atingir a idade mínima, que vai aumentando gradualmente a cada ano.

Para homens, exige-se 35 anos de contribuição e uma idade mínima que aumenta de 61 anos (em 2019) até 65 anos (em 2027).

Para mulheres, é necessário 30 anos de contribuição e a idade mínima aumenta de 56 anos (em 2019) até 62 anos (em 2031). A cada ano, a idade mínima avança em seis meses.

Desse modo, em 2024:

Vale destacar que, além dessas regras, em 2019 foi criada uma regra relacionada à aposentadoria por idade das mulheres. O intuito era que, a partir de 2020, fosse acrescido seis meses na idade mínima da mulher até alcançar 62 anos de idade.

Atualmente, em 2024, essa idade já foi alcançada.

Como a Reforma da Previdência impacta o cálculo dos benefícios do INSS?

A Reforma da Previdência trouxe mudanças importantes no cálculo dos benefícios do INSS. Antes, o cálculo era feito com base na média dos 80% maiores salários de contribuição, descartando os 20% menores, o que aumentava o valor final do benefício.

Com a reforma, a média passou a considerar 100% dos salários de contribuição, incluindo os mais baixos, o que geralmente reduz o valor da aposentadoria.

Além disso, o trabalhador passa a receber 60% dessa média, com um acréscimo de 2% para cada ano que ultrapassar os 15 anos de contribuição para mulheres e 20 anos para homens.

Por exemplo, se uma mulher contribuiu por 20 anos, ela terá direito a 70% da média salarial, o que pode representar uma redução significativa em comparação ao sistema anterior.

Para receber 100% do valor da média, seria necessário trabalhar por 40 anos, o que pode ser difícil para muitos trabalhadores.

Além disso, o novo cálculo afeta diretamente benefícios como pensões por morte e aposentadorias por invalidez, que também passaram a seguir a nova metodologia.

A aposentadoria por invalidez, por exemplo, passou a ser calculada com base em 60% da média salarial, mais o acréscimo de 2% por cada ano de contribuição que exceder 20 anos (no caso dos homens).

Para quem tem menos tempo de contribuição, o impacto pode ser mais significativo, reduzindo substancialmente o valor do benefício.

Essas mudanças foram feitas com o objetivo de garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário brasileiro, mas, na prática, acabam exigindo um maior tempo de contribuição ou uma adaptação ao novo valor do benefício.

Por sua vez, isso afeta muitos trabalhadores, especialmente aqueles com salários variáveis ou períodos de baixa contribuição ao longo da carreira.

O que mudou na aposentadoria por tempo de contribuição com a Reforma da Previdência?

Com a Reforma da Previdência de 2019, a aposentadoria por tempo de contribuição sofreu mudanças significativas.

Antes da reforma, homens podiam se aposentar após 35 anos de contribuição, e mulheres após 30 anos, sem a necessidade de idade mínima. Isso permitia que trabalhadores se aposentassem mais cedo, dependendo do tempo de contribuição acumulado.

Porém, essa modalidade foi extinta para novos segurados, e agora a regra principal passou a ser a aposentadoria por idade, exigindo também um tempo mínimo de contribuição.

Para quem já estava no mercado de trabalho antes da reforma, foram criadas regras de transição, permitindo que trabalhadores próximos de se aposentar não fossem abruptamente afetados.

Essas regras incluem o sistema de pontos progressivos, no qual é necessário somar a idade e o tempo de contribuição até atingir uma pontuação mínima, e a regra de idade mínima progressiva, que aumenta a idade de aposentadoria gradualmente a cada ano.

Além disso, foram introduzidos pedágios de 50% e 100%, que exigem que o trabalhador contribua por um tempo adicional proporcional ao que faltava para completar o período de contribuição no momento da reforma.

No caso do pedágio de 50%, se o trabalhador estava a menos de dois anos de se aposentar, ele deve contribuir por mais metade do tempo que faltava.

Já no pedágio de 100%, o trabalhador precisa dobrar o tempo que faltava para se aposentar e cumprir uma idade mínima (57 anos para mulheres e 60 anos para homens).

Quem se filiou ao INSS após a reforma deve seguir as novas regras, sem a possibilidade de se aposentar apenas pelo tempo de contribuição.

A Reforma da Previdência trouxe mudanças para pensões e outros benefícios?

A Reforma da Previdência trouxe mudanças importantes para pensões e outros benefícios, principalmente no cálculo e nas regras de acúmulo de benefícios.

Uma das principais alterações foi a forma de cálculo das pensões por morte.

Antes da reforma, os dependentes tinham direito a 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou teria direito. Agora, o valor da pensão corresponde a 50% desse benefício, acrescido de 10% por dependente, com o teto de 100%.

Ou seja:

Além disso, foi instituída uma regra mais rígida para o acúmulo de pensões e aposentadorias. Antes, o acúmulo dos benefícios não tinha muitas restrições, mas com a reforma, passou a ser permitido apenas em certos casos e com limitações no valor.

Por exemplo, um homem que recebe uma aposentadoria de R$3.200, e ao falecer, sua esposa, única dependente, tem direito à pensão por morte.

Seu benefício de aposentadoria é de R$2.700, que será mantido integralmente. A pensão por morte, calculada como 60% da aposentadoria do marido (R$3.200), será de R$1.920.

Aplicando-se as regras de acúmulo:

Ela receberá, no total, R$4.380 (R$2.700 da aposentadoria + R$1.680 da pensão por morte).

Assim, o beneficiário poderá optar pelo benefício de maior valor, e o segundo benefício será recebido de forma proporcional, com percentuais decrescentes conforme o valor total dos benefícios acumulados.

A Reforma também trouxe mudanças para benefícios como o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez. Agora, o valor da aposentadoria por invalidez, por exemplo, é calculado com base em 60% da média salarial, mais 2% por ano que exceder o tempo mínimo de contribuição.

Isso pode resultar em uma redução significativa no valor total do benefício, especialmente para quem tem menos tempo de contribuição.

Outro aspecto importante é a carência e o tempo de contribuição mínimo exigido para o acesso a esses benefícios.

A reforma elevou as exigências para algumas categorias, o que pode dificultar o acesso a benefícios para trabalhadores que contribuem por períodos mais curtos ou de forma intermitente.

Com essas mudanças, a reforma quer equilibrar as contas públicas e garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário a longo prazo.

No entanto, elas também significam que muitos segurados precisarão se planejar mais cuidadosamente para garantir sua aposentadoria e pensões em valores adequados.

Desse modo, tais mudanças afetam diretamente os segurados do INSS, sendo importante estar atento às novas regras para entender como cada benefício foi alterado e como isso pode impactar o valor final recebido pelos dependentes e pelo próprio trabalhador.

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Sabemos que o tema “Reforma da Previdência” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

Autor

  • Dr. João Valença

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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