Revogação de prisão preventiva por roubo: como conseguir?
Ter um familiar preso por roubo é angustiante, mas a prisão preventiva não é definitiva. Em muitos casos, é possível pedir a revogação e devolver a liberdade com base na lei.
Ser preso preventivamente por roubo é uma situação que impõe medo, instabilidade e urgência.
Essa medida cautelar não significa condenação, mas sim uma prisão provisória, e é exatamente por isso que a atuação da defesa logo no início do processo é fundamental para evitar injustiças.
Muitos acusados são surpreendidos pela decretação da prisão preventiva sem compreender que, na prática, ela pode ser questionada, revista e até revogada, caso já não existam os motivos legais que a justificaram.
E é justamente nesse ponto que entra o papel estratégico do advogado criminalista: saber o momento certo, a fundamentação correta e as provas adequadas para pedir a revogação da prisão e garantir o direito de o réu responder em liberdade.
Se você, ou alguém próximo, está preso por roubo, entender a revogação da prisão preventiva pode ser o primeiro passo para recuperar a liberdade com base na lei.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: Clique aqui!;
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- O que é a revogação de prisão preventiva por roubo?
- Quando posso pedir revogação de prisão preventiva por roubo?
- A revogação da prisão preventiva por roubo significa absolvição?
- Pode trocar a prisão preventiva por roubo por medidas cautelares?
- Preciso de advogado para revogação de prisão preventiva por roubo?
- Um recado final para você!
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O que é a revogação de prisão preventiva por roubo?
A revogação da prisão preventiva por roubo é o pedido feito ao juiz para que a prisão cautelar seja encerrada, com base na cessação dos motivos que justificaram essa medida extrema.
No Direito Penal, a prisão preventiva só pode ser decretada quando estão presentes os requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal, como:
- Risco à ordem pública ou econômica;
- Risco à instrução do processo (ex: ameaçar testemunhas);
- Risco de fuga ou dificuldade de aplicação da lei penal.
Se nenhum desses fundamentos permanecer presente, ou se houver novas provas que enfraquecem esses riscos, a prisão pode ser revogada, ou seja, o acusado pode ser colocado em liberdade, sem que isso interfira no andamento do processo.
Importante lembrar: a prisão preventiva por roubo não é automática. Ela depende de decisão judicial fundamentada.
E a revogação também segue essa lógica, o juiz só autoriza com base em provas de que a prisão se tornou desnecessária.
Quando posso pedir revogação de prisão preventiva por roubo?
A revogação pode ser pedida a qualquer momento, desde que existam elementos que demonstrem a perda da necessidade da prisão.
Exemplos de situações que justificam o pedido:
- Já foram ouvidas as testemunhas, e não há mais risco de interferência na investigação;
- O acusado tem residência fixa, trabalho e bons antecedentes, o que afasta risco de fuga;
- A defesa apresentou provas que enfraquecem a acusação ou demonstram fragilidade do inquérito;
- O processo ficou paralisado sem andamento por culpa do Estado, o que gera ilegalidade da prisão;
- O juiz deixou de reavaliar a prisão preventiva no prazo de 90 dias (revisão obrigatória conforme art. 316, parágrafo único, do CPP).
Essas situações precisam ser bem demonstradas em um pedido formal, feito pelo advogado, que será analisado pelo juiz do caso.
Prisão preventiva não é condenação! Se os motivos que levaram à prisão deixaram de existir, o acusado tem direito de responder o processo em liberdade.
A revogação da prisão preventiva por roubo significa absolvição?
Não. A revogação da prisão preventiva não significa que o acusado foi absolvido.
Ela apenas suspende os efeitos da prisão provisória, permitindo que o réu responda ao processo em liberdade.
O processo penal segue normalmente, com audiências, provas, manifestação do Ministério Público e eventual sentença. A revogação não extingue a acusação, tampouco garante que o réu será considerado inocente ao final.
Em outras palavras: é perfeitamente possível que a pessoa seja solta preventivamente e, ainda assim, venha a ser condenada futuramente. Também é possível o oposto: ser solta e depois absolvida.
É comum que familiares e até mesmo o acusado confundam a soltura com uma decisão definitiva, mas a revogação não representa julgamento de inocência.
Por isso, mesmo após a libertação, é fundamental manter a estratégia de defesa ativa e bem conduzida, pois o risco de condenação persiste até o fim do processo.
Pode trocar a prisão preventiva por roubo por medidas cautelares?
Sim, o juiz pode substituir a prisão preventiva por medidas cautelares diversas da prisão, desde que essas medidas sejam suficientes para garantir o bom andamento do processo.
Essas medidas estão previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal e podem incluir:
- Comparecimento periódico em juízo;
- Proibição de manter contato com testemunhas;
- Proibição de frequentar determinados locais;
- Monitoração eletrônica (tornozeleira);
- Recolhimento domiciliar em período noturno;
- Fiança (quando cabível).
Nos casos de roubo, que têm pena mínima superior a 4 anos, a substituição só será aceita se o juiz entender que não há necessidade de manter a prisão para garantir a ordem pública, a investigação ou a aplicação da lei penal.
Essas alternativas podem ser aplicadas isoladamente ou em conjunto, conforme a gravidade do caso e o perfil do acusado.
A defesa deve apresentar esse pedido com fundamentação concreta, apontando, por exemplo, a inexistência de antecedentes, laços familiares fortes e ausência de periculosidade social.
Preciso de advogado para revogação de prisão preventiva por roubo?
Sim. A atuação de um advogado criminalista é fundamental para o pedido de revogação da prisão preventiva por roubo.
O pedido deve ser feito por meio de petição técnica, com base no artigo 316 do Código de Processo Penal, e exige argumentação jurídica consistente, anexação de provas e eventual apresentação de documentos que reforcem a confiança do juiz de que o réu não representa risco à sociedade.
Sem essa atuação profissional, o pedido pode ser indeferido ou nem sequer analisado de forma adequada.
Mesmo quando a família acredita que o caso é simples ou injusto, não basta alegar inocência. O sistema penal exige o cumprimento de prazos, a observância de requisitos legais e a apresentação de provas adequadas.
Um pedido mal feito ou sem sustentação pode ser indeferido pelo juiz, o que mantém o acusado preso por mais tempo.
É importante destacar que o acusado tem o direito constitucional de ser defendido por um advogado desde o início do processo (art. 5º, inciso LV, da Constituição Federal).
Mesmo quando o habeas corpus pode ser impetrado sem advogado, na prática, contar com defesa técnica aumenta muito as chances de sucesso.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema “revogação de prisão preventiva por roubo” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. Clique aqui!
O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.
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