Juros abusivos: como identificar e se proteger?

Saiba quando as taxas cobradas são ilegais, como contestá-las e quais medidas tomar para reduzir sua dívida. Leia agora e entenda seus direitos!

Imagem representando juros abusivos.

Juros abusivos: como identificar e se proteger?

Os juros abusivos são um problema recorrente em contratos de financiamento, empréstimos e cartões de crédito, prejudicando consumidores que acabam pagando valores excessivos.

Quando as taxas cobradas estão muito acima da média do mercado e tornam a dívida praticamente impagável, há indícios de abusividade.

O Código de Defesa do Consumidor e a jurisprudência dos tribunais permitem a contestação dessas cobranças, garantindo o direito à revisão contratual.

Neste artigo, explicamos como identificar juros abusivos, quais medidas podem ser tomadas para se proteger e quando é possível buscar a redução da dívida por vias administrativas ou judiciais.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

Como funcionam os juros?

Os juros representam o custo do dinheiro emprestado e são aplicados em financiamentos, empréstimos, cartões de crédito e outras operações financeiras.

Eles podem ser classificados em juros simples e juros compostos.

Nos juros simples, a taxa incide apenas sobre o valor inicial da dívida (capital), sem acréscimos sobre os montantes acumulados.

Já nos juros compostos, a taxa é aplicada sobre o saldo atualizado, fazendo com que os encargos cresçam exponencialmente ao longo do tempo.

Quando as taxas cobradas são excessivamente altas ou desproporcionais, configuram-se juros abusivos, que podem ser contestados com base no Código de Defesa do Consumidor (CDC) e na regulamentação do Banco Central.

Para evitar cobranças indevidas, é importante comparar as taxas praticadas no mercado, analisar o Custo Efetivo Total (CET) do contrato e utilizar ferramentas como a Calculadora do Cidadão.

Caso sejam identificados valores abusivos, o consumidor pode buscar revisão contratual ou até mesmo recorrer à Justiça.

Como saber se os juros são abusivos?

Para saber se os juros são abusivos, é necessário analisar se a taxa cobrada é excessiva ou desproporcional, causando um prejuízo financeiro ao consumidor.

Os juros abusivos ocorrem quando as instituições financeiras impõem encargos muito acima da média do mercado, tornando a dívida praticamente impagável.

O Código de Defesa do Consumidor (CDC) classifica como prática abusiva qualquer cobrança que explore a vulnerabilidade do consumidor, resultando em vantagens exageradas para o fornecedor.

Para identificar se uma taxa de juros é abusiva, algumas medidas podem ser tomadas: comparar a taxa contratada com a média do mercado, verificando se está dentro dos limites praticados por outras instituições; analisar o Custo Efetivo Total (CET) do financiamento, que inclui todos os encargos envolvidos na operação.

Ler atentamente o contrato, verificando cláusulas que possam indicar cobranças excessivas; consultar o Banco Central, que divulga periodicamente as taxas médias praticadas por bancos e financeiras

Utilizar a Calculadora do Cidadão, ferramenta disponibilizada pelo Banco Central para simular e conferir se os juros aplicados são compatíveis com os parâmetros legais.

Caso sejam identificadas cobranças indevidas, o consumidor pode buscar a revisão do contrato, negociar a redução dos encargos ou ingressar com uma ação judicial para contestar os juros abusivos e readequar o valor da dívida.

Qual a taxa de juros máxima permitida pela lei?

No Brasil, não existe uma taxa de juros fixa máxima para todas as operações, mas há limites estabelecidos por normas específicas e jurisprudência.

A regulamentação dos juros é feita pelo Banco Central e pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), além de decisões judiciais que impedem abusos por parte das instituições financeiras.

Historicamente, a Constituição Federal de 1988, no artigo 192, §3º, previa um teto de 12% ao ano, mas essa limitação foi revogada em 2003.

Atualmente, as taxas são reguladas de acordo com o tipo de operação:

Se os juros cobrados forem excessivos e desproporcionais, o consumidor pode contestar judicialmente, com base no Código de Defesa do Consumidor (CDC) e na Súmula 596 do STF, que impede que bancos alegam isenção da legislação sobre juros abusivos.

Qual taxa de juros é considerada abusiva?

Uma taxa de juros é considerada abusiva quando é excessivamente superior à média do mercado, tornando a dívida desproporcional e prejudicando o consumidor.

No Brasil, não há um teto fixo para todas as operações financeiras, mas a abusividade dos juros pode ser constatada com base em critérios estabelecidos pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), pelo Banco Central e pela jurisprudência dos tribunais.

Para identificar se os juros são abusivos, é necessário compará-los com a taxa média praticada pelo mercado, que é divulgada regularmente pelo Banco Central.

Quando a taxa contratada for muito superior à média, sem justificativa plausível, pode ser questionada judicialmente.

Além disso, algumas operações possuem limites definidos:

Se houver indícios de abusividade, o consumidor pode buscar a revisão do contrato, solicitar a redução dos juros ou até ingressar com uma ação judicial para readequação da dívida.

Como calcular se o juro é abusivo?

Para calcular se os juros são abusivos, é necessário comparar a taxa aplicada no contrato com a taxa média de mercado divulgada pelo Banco Central.

Caso os juros cobrados sejam significativamente superiores à média praticada por outras instituições financeiras, podem ser considerados abusivos.

O primeiro passo é identificar a taxa de juros informada no contrato, tanto a mensal quanto a anual.

Em seguida, é preciso consultar a taxa média de mercado, que pode ser verificada diretamente no site do Banco Central.

Se a taxa contratada for muito superior à média praticada no mesmo tipo de operação financeira, há indícios de abusividade.

Outra forma de análise é calcular o Custo Efetivo Total (CET) do financiamento, que inclui não apenas os juros, mas também tarifas e encargos adicionais.

Ferramentas como a Calculadora do Cidadão, disponível no site do Banco Central, podem auxiliar nessa verificação.

Caso seja constatado excesso na cobrança, o consumidor pode buscar a revisão do contrato, renegociação da dívida ou até ingressar com uma ação judicial para a redução dos encargos financeiros.

Quando o CET é considerado abusivo?

O Custo Efetivo Total (CET) é considerado abusivo quando o valor total da dívida, incluindo juros, tarifas e encargos, excede de forma desproporcional a média de mercado, tornando o pagamento inviável para o consumidor.

O CET representa o custo real de um financiamento ou empréstimo, pois engloba não apenas a taxa de juros nominal, mas também todas as despesas adicionais, como seguros, taxas administrativas e encargos operacionais.

Para identificar se o CET é abusivo, é essencial compará-lo com a taxa média de mercado, que pode ser consultada no Banco Central do Brasil.

Se o CET for muito superior à média praticada por outras instituições financeiras para o mesmo tipo de crédito, há indícios de abuso.

Além disso, um CET excessivo pode indicar a inclusão de cobranças indevidas ou serviços adicionais não autorizados pelo consumidor.

Caso seja constatada abusividade, o consumidor pode solicitar a revisão do contrato, negociar a redução das taxas ou até ingressar com uma ação judicial para contestar os valores cobrados e ajustar o financiamento de forma justa e equilibrada.

Quando posso processar por juros abusivos?

Você pode processar por juros abusivos quando identificar que as taxas cobradas são excessivamente altas e desproporcionais ao mercado, prejudicando o seu poder de pagamento e configurando uma prática abusiva, conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Se os juros cobrados forem muito superiores à média de mercado ou estiverem fora dos limites legais, você tem o direito de contestá-los judicialmente.

Além disso, se o Custo Efetivo Total (CET) de um financiamento ou empréstimo for excessivo, incluindo taxas e encargos não acordados, também pode configurar abuso.

Para processar, é necessário verificar se a cobrança é desproporcional e ilegal, o que pode ser feito comparando a taxa contratada com a taxa média do mercado, disponível no Banco Central.

Caso haja indícios de abusividade, o consumidor pode entrar com uma ação judicial para solicitar a revisão do contrato, a redução dos juros ou a readequação da dívida.

O processo pode envolver a revisão de todas as cláusulas do contrato e até a devolução de valores pagos a mais, dependendo da decisão judicial.

Um recado final para você!

imagem representando advogado para juros abusivos.

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica.

Sabemos que o tema “juros abusivos” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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