Teimosinha do Sisbajud: o que é e como funciona?

 Seu processo está parado por falta de pagamento? A “teimosinha” do Sisbajud pode ser a chave para garantir o bloqueio dos valores devidos.

imagem representando a teimosinha do Sisbajud.

Teimosinha do Sisbajud: o que é e como funciona?

Imagina ganhar uma ação judicial, mas não conseguir receber porque o devedor não tinha saldo no momento do bloqueio. Frustrante, né?

É justamente para situações assim que existe a teimosinha do Sisbajud, uma ferramenta que faz jus ao nome: ela insiste, todos os dias, na busca por valores nas contas do devedor — mesmo quando o primeiro bloqueio falha.

Esse recurso permite que, com apenas uma ordem judicial, o sistema continue tentando localizar dinheiro por até 30 dias.

Ou seja: a Justiça não para na primeira tentativa, aumentando as chances de quem está esperando receber uma dívida, pensão ou indenização.

Se você está envolvido em um processo e quer saber como garantir que o devedor não fuja da obrigação, este artigo vai te explicar o que é a teimosinha, como ela funciona e por que é tão importante contar com um advogado nesse momento.

Siga na leitura e entenda como transformar a decisão judicial em resultado real.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

O que a teimosinha do Sisbajud?

A teimosinha do Sisbajud é um recurso automatizado que permite ao Judiciário buscar valores nas contas bancárias do devedor de forma repetida e diária, por um período de até 30 dias.

Com ela, o juiz autoriza apenas uma vez o bloqueio de valores, e o sistema continua tentando localizar dinheiro disponível ao longo do tempo, mesmo que, na primeira tentativa, o saldo tenha sido insuficiente ou inexistente.

Na prática, isso significa que, se o devedor não tinha saldo no momento do primeiro bloqueio, o sistema continuará tentando todos os dias, sem a necessidade de novo pedido do credor ou nova decisão judicial.

É como se a ordem de bloqueio ficasse “viva”, aumentando muito a chance de encontrar valores caso o devedor venha a receber depósitos posteriores.

Esse mecanismo é especialmente útil quando o devedor movimenta pouco dinheiro ou tenta esconder seus recursos.

A teimosinha age com discrição e persistência, evitando que o devedor tenha tempo para esvaziar a conta.

Assim, ela se torna uma ferramenta valiosa para quem precisa garantir que uma decisão judicial não fique só no papel, mas realmente seja cumprida.

Como funciona a teimosinha do Sisbajud?

imagem explicativa sobre como funciona a teimosinha.

Como funciona a teimosinha?

A teimosinha do Sisbajud funciona como uma ordem de bloqueio bancário automática e insistente, que continua tentando encontrar valores nas contas do devedor durante um período de até 30 dias, sem que o juiz ou o advogado precisem renovar o pedido.

Depois que o juiz autoriza o bloqueio via Sisbajud e ativa a Teimosinha, o sistema começa a verificar diariamente se há algum valor disponível nas contas vinculadas ao CPF ou CNPJ do devedor.

Assim que o sistema encontra dinheiro suficiente, o bloqueio é feito imediatamente e os valores ficam à disposição do processo.

Se, por exemplo, o devedor não tinha saldo no dia do primeiro bloqueio, mas recebeu um pagamento no banco dias depois, a teimosinha entra em ação e captura automaticamente esse valor, sem qualquer aviso prévio.

Isso torna o procedimento mais eficiente, menos previsível para quem tenta driblar a Justiça e mais favorável a quem tem valores a receber.

Ou seja: funciona como um bloqueio “vigilante”, que não desiste na primeira tentativa e segue monitorando os saldos bancários até conseguir cumprir a ordem judicial.

Qual é o prazo para a teimosinha no Sisbajud?

O prazo máximo para a teimosinha do Sisbajud é de 30 dias, e isso faz toda a diferença para quem luta para receber um valor reconhecido pela Justiça.

Durante esse período, o sistema atua como um verdadeiro “vigia financeiro”, enviando ordens de bloqueio todos os dias, de forma automática, até encontrar saldo nas contas do devedor.

Isso significa que, mesmo que ele tente escapar ou esvazie a conta no momento da primeira tentativa, o sistema não desiste tão fácil.

É uma forma mais inteligente e persistente de garantir que o credor não saia no prejuízo.

E o melhor: tudo isso acontece sem que o advogado precise ficar solicitando novas ordens ao juiz, o que economiza tempo e reduz as chances de o devedor se antecipar.

Para quem já esperou demais por uma solução, saber que existe uma ferramenta ativa, automática e diária pode trazer um alívio — e a esperança de, enfim, ver a Justiça funcionando de verdade.

Quais os valores da teimosinha no Sisbajud?

O valor da “teimosinha” no Sisbajud corresponde ao custo da ordem de bloqueio por até 30 dias, que é uma taxa única por incidente.

No caso do Tribunal de Justiça de São Paulo, por exemplo, cada ordem (incluindo a repetição automática) custa 3 UFESPs, o que equivale hoje a R$ 111,06, pago em guia única, no começo do procedimento

Na prática isso significa:

Esse modelo é eficiente e econômico para quem quer garantir o bloqueio persistente sem ficar peticionando o tempo todo — além de evitar surpresas financeiras ao planejar a execução.

Quanto tempo dura um bloqueio judicial em teimosinha?

O bloqueio judicial realizado por meio da teimosinha do Sisbajud tem duração de até 30 dias corridos, a contar da emissão da ordem pelo juiz.

Durante esse período, o sistema atua automaticamente, enviando tentativas diárias de bloqueio para as instituições financeiras vinculadas ao CPF ou CNPJ do devedor.

Se o sistema identificar qualquer movimentação de saldo nesse intervalo, o valor é imediatamente retido e fica disponível para cumprimento da decisão judicial.

Essa atuação contínua é importante porque evita que o devedor consiga manipular ou esconder recursos após a primeira tentativa.

E mesmo que o bloqueio ocorra logo nos primeiros dias, a ordem se encerra automaticamente assim que o valor total for atingido ou quando o prazo máximo se esgotar.

É uma forma inteligente de manter a Justiça em ação, sem depender de petições repetitivas ou da sorte de um bloqueio único.

O que acontece depois de 30 dias de bloqueio com teimosinha?

O que acontece depois de 30 dias de bloqueio com teimosinha?
Encerramento automático O sistema para as tentativas de bloqueio após 30 dias corridos.
Valores bloqueados permanecem Se houver saldo retido, ele segue à disposição do processo.
Sem renovação automática É preciso solicitar nova ordem se quiser retomar as buscas.
Nova taxa pode ser cobrada A reemissão da Teimosinha exige novo pagamento judicial.
Atuação estratégica do advogado Com o fim do prazo, o advogado pode propor novas medidas para garantir o cumprimento da sentença.

Quando a teimosinha do Sisbajud é ativada, ela se torna uma aliada poderosa na hora de buscar valores nas contas do devedor.

Mas muitos credores e até mesmo partes do processo se perguntam: o que acontece depois que esses 30 dias terminam?

Entender essa etapa é essencial para garantir que o processo não perca força e que o seu direito continue sendo perseguido de forma eficaz.

Veja abaixo, de forma clara, como funciona o encerramento da teimosinha e o que pode ser feito a seguir:

  1. Encerramento automático do sistema:

Após 30 dias corridos da emissão da ordem, o Sisbajud interrompe todas as tentativas automáticas de bloqueio.

Mesmo que não tenha sido localizado nenhum valor, o ciclo termina por padrão.

  1. Bloqueios efetivados são mantidos:

Se algum valor foi localizado e bloqueado ao longo dos 30 dias, ele permanece retido à disposição do processo e poderá ser transferido para a conta judicial ou do credor, conforme decisão do juiz.

  1. Não há renovação automática:

O sistema não recomeça o ciclo sozinho. Para continuar buscando os valores, é necessário que o advogado peticione novamente ao juiz, solicitando uma nova ordem de bloqueio com reativação da teimosinha.

  1. Necessidade de nova taxa judicial:

Como se trata de um novo incidente, geralmente é cobrada uma nova taxa para emissão da nova ordem, o que deve ser planejado com antecedência pela parte interessada.

  1. Análise do resultado anterior:

O advogado poderá avaliar se houve movimentação financeira ou tentativas frustradas e, com base nisso, sugerir outras estratégias, como ofícios a outros órgãos, bloqueios de bens ou protesto da dívida.

Encerrar o ciclo da teimosinha não significa o fim da chance de recuperar o que é seu. Pelo contrário, é nesse momento que a estratégia precisa ser revista e reforçada.

Muitos devedores contam com a desistência da outra parte, achando que uma tentativa frustrada basta para encerrar a cobrança.

Mas com o uso correto do sistema e o acompanhamento de um advogado comprometido, você pode insistir legalmente, de forma inteligente e contínua.

Seu direito só se concretiza quando o valor está nas suas mãos — e não apenas no papel da sentença.

O que fazer se meus bens forem bloqueados pela teimosinha?

Se os seus bens foram bloqueados pela teimosinha do Sisbajud, a primeira coisa é manter a calma e buscar entender a origem do bloqueio.

Isso acontece quando existe uma decisão judicial válida determinando o pagamento de alguma dívida, e o sistema identifica valores em suas contas durante as tentativas automáticas da teimosinha.

O bloqueio não acontece à toa: ele é resultado de um processo judicial onde você foi parte e, geralmente, já teve a oportunidade de se manifestar.

O mais indicado é consultar imediatamente um advogado de sua confiança para verificar qual processo originou o bloqueio, se o valor retido está correto e se há algo que possa ser contestado.

Em alguns casos, é possível apresentar um pedido de desbloqueio parcial ou total, principalmente se o dinheiro for proveniente de fontes protegidas por lei, como salário, aposentadoria, pensão ou valores que não pertencem ao devedor, mas estão em conta conjunta, por exemplo.

Também é importante reunir os extratos bancários e comprovantes que ajudem a comprovar a origem do valor bloqueado.

Com esses documentos, o advogado pode peticionar no processo e pedir a liberação total ou parcial dos valores, argumentando de forma técnica e fundamentada.

Ignorar o bloqueio ou tentar resolver sozinho pode piorar a situação, já que os prazos processuais continuam correndo. 

Por isso, agir rápido e com orientação jurídica é a melhor forma de proteger seus direitos e evitar prejuízos maiores.

Preciso de advogado para me ajudar com a teimosinha do Sisbajud?

Sim, contar com a ajuda de um advogado é fundamental quando se trata da teimosinha do Sisbajud, tanto para quem está buscando receber quanto para quem teve valores bloqueados.

Isso porque o funcionamento do sistema envolve decisões judiciais, prazos, petições técnicas e análise de documentos que exigem conhecimento jurídico específico. 

O advogado é quem pode solicitar a ativação da teimosinha de forma correta, acompanhar os resultados, renovar a ordem se necessário e adotar estratégias adicionais quando o bloqueio não for suficiente.

Se você é o credor, o advogado garante que todas as etapas da execução sejam bem conduzidas, evitando erros que poderiam atrasar ainda mais o recebimento.

Se, por outro lado, você teve bens bloqueados, ele é a pessoa certa para verificar a legalidade da medida e agir rapidamente para pedir o desbloqueio de valores protegidos por lei, como salário ou aposentadoria.

Ter orientação jurídica é o que transforma uma ferramenta como a teimosinha em um instrumento realmente eficaz e justo, protegendo seus direitos com segurança e estratégia.

Um recado final para você!

imagem representando advogado

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica!

Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • rafa menor

    •Advogada Especialista em Diversas áreas do Direito. Pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui formação em Liderança pela Conquer Business School. Atualmente é coordenadora da equipe jurídica do VLV Advogados.

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