Veículo quitado com alienação indevida: o que fazer?
Seu carro já está quitado, mas ainda consta com alienação indevida? Saiba o que isso significa e como resolver o problema de uma vez por todas.
Se você quitou o financiamento do seu veículo, mas ele ainda consta como alienado no registro do DETRAN, isso pode gerar vários problemas para você.
A alienação indevida acontece quando, após a quitação do débito, a restrição no veículo permanece ativa, o que impede sua venda, transferência ou até mesmo o uso do bem de maneira plena.
Neste artigo, vamos explicar o que é alienação indevida, como corrigir essa situação e se é possível pedir uma indenização pelos transtornos causados.
Se você está enfrentando esse problema, saiba que você tem direitos e é importante agir para regularizar o seu veículo.
Continue lendo para entender como resolver a alienação indevida e garantir seus direitos.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
O que é alienação indevida em veículo quitado?
A alienação fiduciária é uma modalidade de financiamento onde o veículo fica em garantia até o pagamento completo da dívida.
Quando você quita o financiamento, o banco ou instituição financeira deve retirar essa restrição no sistema do DETRAN.
Se isso não ocorre, ou se a alienação permanece mesmo após o pagamento, dizemos que o veículo tem alienação indevida.
Isso significa que o banco ou credor não fez a baixa do gravame após o pagamento da dívida.
Em outras palavras, mesmo com o veículo quitado, o banco continua registrado como proprietário, o que pode gerar problemas para você, como dificuldades para vender, transferir ou até financiar o veículo novamente.
Por que meu veículo quitado ainda consta alienado?
Seu veículo pode ainda constar alienado por algumas razões:
Demora ou erro do banco: Após a quitação, o banco tem até 10 dias para comunicar ao DETRAN a baixa do gravame.
Se o banco não cumprir essa obrigação, o veículo pode permanecer com a restrição indevida.
Falha no sistema: Às vezes, o sistema do banco ou do DETRAN pode falhar e não registrar a quitação corretamente, mantendo a alienação ativa.
Fraude ou erro administrativo: Em casos mais graves, pode ocorrer inclusão indevida de gravame sem que haja um contrato legítimo de financiamento, o que configura erro administrativo ou até fraude por parte do credor.
Por isso, é importante verificar com o banco e o DETRAN para entender o motivo da restrição e tomar as providências necessárias.
Como tirar a alienação indevida do veículo quitado?
Para resolver essa situação, você pode seguir os seguintes passos:
1. Verifique a quitação do veículo: Tenha em mãos o comprovante de pagamento integral ou a carta de anuência emitida pelo banco, que confirma que o financiamento foi quitado.
2. Entre em contato com o banco: Solicite formalmente a baixa do gravame junto à instituição financeira.
Caso haja demora ou recusa, você pode recorrer ao Procon ou iniciar uma ação judicial para exigir o cumprimento da obrigação.
3. Procure o DETRAN: Após a baixa do gravame pelo banco, vá até o DETRAN e solicite a emissão do CRV (Certificado de Registro de Veículo) e CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo) atualizados, sem a restrição.
4. Ação judicial, se necessário: Se o banco não retirar o gravame ou o DETRAN não registrar corretamente a baixa, você poderá ajuizar uma ação de obrigação de fazer para corrigir o erro.
Além disso, em casos de danos causados (como impedimento para vender o veículo), pode ser possível pleitear indenização por danos morais.
Este processo pode ser burocrático, por isso, a ajuda de um advogado especializado pode acelerar a resolução.
Quem corrige a alienação indevida no veículo quitado?
A correção da alienação indevida deve ser feita principalmente por três partes:
1. Banco ou instituição financeira: A responsabilidade inicial é do banco que deve solicitar a baixa do gravame junto ao DETRAN após o pagamento integral da dívida.
2. Órgão de trânsito (DETRAN): O DETRAN tem o dever de atualizar o registro do veículo, retirando a restrição, após a comunicação do banco.
Caso haja erro ou recusa, você pode solicitar judicialmente a remover a restrição.
3. Você, proprietário do veículo: Após o banco corrigir o erro e o DETRAN atualizar o registro, você deve monitorar o processo e, se necessário, recorrer ao Judiciário para garantir seus direitos.
Esses são os responsáveis pela correção da alienação indevida, mas, se algum deles falhar, você deve buscar auxílio jurídico para exigir a regularização.
Posso pedir indenização por alienação indevida do veículo?
Sim, em muitos casos, você pode pedir indenização por danos morais devido à alienação indevida do seu veículo.
No entanto, para que a indenização seja possível, é necessário demonstrar que o erro do banco ou do DETRAN gerou prejuízos concretos, como:
→ Impossibilidade de vender ou transferir o veículo.
→ Perda de oportunidades de negócio (se você estava tentando vender o veículo ou usar como garantia para um novo financiamento).
→ Dano à dignidade ou tranquilidade (como transtornos causados pela demora na resolução do problema).
Se houver dificuldade real de uso do veículo devido à alienação indevida, a indenização é viável. Segundo o Código Civil (art. 927), quem causa dano é obrigado a repará-lo.
Além disso, a jurisprudência do STJ tem reconhecido o direito à indenização por danos morais nesses casos, quando há prejuízo efetivo para o proprietário.
Em situações mais complexas, é importante contar com o apoio de um advogado especialista para garantir que seus direitos sejam plenamente respeitados.
Se você está enfrentando problemas com alienação indevida de um veículo quitado, busque ajuda especializada o quanto antes.
Um advogado pode agilizar a correção do registro e ajudar a garantir que você seja devidamente compensado pelos transtornos causados.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.
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Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia
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