Racismo no Futebol: O impacto das ofensas em campo!

Nos últimos anos, a mídia tem acompanhado diversos casos de racismo no futebol que chocaram o mundo. Leia este artigo e entenda as consequências desse ato criminoso em campo e fora dele.

racismo no futebol

Foto de Mateo Villalba/Quality Sport Images/Getty Images

O futebol, há muito tempo, é mais do que um jogo. É uma paixão compartilhada por milhões ao redor do mundo, uma fonte de inspiração e esperança para muitos.

No entanto, por trás dos aplausos e dos momentos de glória, há uma sombra persistente que assombra o esporte: o racismo. 

Este é um tema que se tornou urgentemente necessário de ser abordado, pois suas raízes se entrelaçam profundamente no tecido do futebol global, corroendo os valores de inclusão e igualdade que deveriam ser a espinha dorsal deste esporte tão amado.

Basta olhar para os nomes proeminentes que adornam as manchetes: Daniel Alves, Taison, Dentinho, Neymar, Roberto Carlos, Malcom, Richarlison, Hulk etc.

Todos eles já foram vítimas de racismo na Europa, enfrentando insultos odiosos e gestos discriminatórios que destroem não apenas a sua autoestima, mas também a integridade do jogo.

Mesmo em solo espanhol, onde a Liga de Futebol Profissional deveria ser um bastião de justiça e igualdade, das dez denúncias feitas pelo Vinicius (desde 2021), três foram inexplicavelmente arquivadas, lançando uma sombra sobre os esforços para erradicar o racismo dentro das quatro linhas.

No Brasil, o cenário não é menos alarmante.

De acordo com o levantamento do Observatório da Discriminação Racial do Futebol, os casos de ofensas raciais aumentaram de forma preocupante, passando de 64 em 2021 para 90 em 2022, representando um aumento alarmante de 40%.

Assim, esse é um problema que exige não apenas atenção, mas ação imediata e decisiva. A urgência em abordar o racismo no futebol não pode ser ignorada, pois cada incidente não resolvido é uma mancha na alma do esporte e uma ferida na nossa sociedade.

Neste artigo, iremos tratar das nuances principais sobre esse tema. Já está familiarizado com o assunto e quer consultar um especialista? Então fale conosco agora mesmo para ajustarmos uma estratégia para seu caso! Basta clicar aqui: https://forms.gle/GmG5qjiVa2tpoejf7

O que é o racismo no mundo do futebol?

O racismo no futebol refere-se a qualquer forma de discriminação, preconceito ou tratamento injusto baseado na raça, etnia ou cor da pele de uma pessoa.

Isso pode se manifestar de várias maneiras, desde insultos verbais até gestos racistas e discriminação sistemática dentro e fora dos campos.

O crime de racismo é definido como qualquer conduta que tenha como objetivo discriminar, ofender, inferiorizar ou prejudicar uma pessoa ou grupo de pessoas com base em sua raça, cor, etnia, religião ou origem nacional.

Além desses dados em relação ao racismo relacionado à cor e à raça dos jogadores, o futebol também tem histórico de racismo religioso.

Os números sobre a falta de respeito religioso também mostram o tamanho do problema. Quase todas as pessoas que seguem religiões africanas dizem que não são respeitadas em sua fé no mundo do futebol. Isso se dá especialmente porque a maioria dos jogadores são praticantes do catolicismo ou da religião protestante e evangélica.

O Levantamento sobre a Diversidade no Futebol Brasileiro realizou uma pesquisa que demonstra que quaisquer manifestação e homenagem aos orixás é vetada das partidas, mas é permitido o uso do nome de Jesus e Cristo, por exemplo.

Vale ressaltar que em janeiro de 2013, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovou a Lei 14.532, que torna a injúria racial um crime de racismo. Isso significa que agora é crime insultar alguém por causa de sua raça, o que já era ilegal no Brasil desde 1989, pela Lei 7.716.

Além disso, o Regulamento Geral de Competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para 2023 estabelece punições para casos de discriminação, que podem variar de uma advertência até a perda de pontos.

Quem sofreu racismo no futebol?

Os casos de racismo no futebol, infelizmente, estão presentes no histórico do esporte desde os primórdios.

Entretanto, escolhemos alguns casos a partir de 2011 que tiveram grandes repercussões.

Em 2011, enquanto defendia o Anzhi no Campeonato Russo, Roberto Carlos foi alvo de racismo pela torcida do Krylya Sovetov, que atirou bananas em sua direção, levando-o a deixar o campo após o incidente.

No mesmo ano, Neymar, durante um amistoso da seleção brasileira contra a Escócia, em Londres, teve uma casca de banana jogada em sua direção ao final da partida, demonstrando mais uma vez a presença do racismo no futebol.

Em 2014, Daniel Alves, jogando pelo Barcelona no Campeonato Espanhol, notou que a torcida do Villarreal lançou uma banana em sua direção. Como um ato de resistência, ele pegou a fruta, descascou e a comeu, em um gesto de repúdio ao racismo.

Hulk, em 2015, enfrentou sons de macaco vindos dos torcedores do Torpedo Moscou durante uma partida contra o Zenit pelo Campeonato Russo. Em resposta, ao marcar um gol, ele mandou beijos para os racistas, mostrando sua determinação em enfrentar o preconceito.

No mesmo ano, Malcom foi alvo de racismo pelos fãs do Zenit em sua estreia na equipe. O clube tinha um histórico de não contratar jogadores negros, o que destaca a persistência do racismo institucional no futebol.

Em 2020, Neymar alegou ter sido alvo de insultos racistas por Álvaro Gonzáles do Olympique de Marselha, no campeonato francês, enquanto jogava pelo Paris Saint-Germain.

Em 2021, Vinícius Jr., durante um clássico entre Barcelona e Real Madrid, recebeu ofensas racistas dos torcedores.

Infelizmente, esse foi apenas o primeiro de vários casos de racismo enfrentados pelo jogador ao longo do ano.

Em 2022, durante um amistoso entre Brasil e Tunísia, após o gol de Vinícius Jr., atiraram uma banana no campo, demonstrando mais uma vez a presença do racismo no futebol.

Também em 2022, um dirigente espanhol teve uma fala racista direcionada a Vinícius Jr., falando para ele “parar com as macaquices”. Essa atitude reforça a persistência do preconceito dentro e fora dos campos.

Em 2023, Vinícius Jr. foi novamente alvo de racismo, dessa vez por torcedores do Valencia. Ele identificou os racistas e o jogo chegou a ser interrompido. Além disso, torcedores do Atlético de Madrid fizeram um boneco do jogador sendo enforcado, em uma clara referência a práticas supremacistas brancas da Ku Klux Klan.

Esses incidentes mostram que o racismo ainda é um problema sério no futebol, destacando a necessidade urgente de ações mais eficazes para combatê-lo e garantir um ambiente inclusivo e respeitoso para todos os jogadores.

Esses casos, infelizmente, não são excepcionais e não foram os únicos. Por isso, é sempre importante trazermos esse debate à tona, a fim de buscarmos justiça e soluções para combater o racismo dentro e fora dos campos.

Como podemos combater o racismo no futebol?

Combater o racismo dentro e fora dos campos de futebol é uma responsabilidade de todos nós. Aqui estão algumas maneiras simples e importantes de fazer isso:

Educação e Conscientização

É fundamental educar as pessoas sobre a importância da igualdade racial e os danos causados pelo racismo. Isso pode ocorrer por meio de palestras, campanhas educativas e programas de sensibilização em escolas, clubes esportivos e comunidades.

Promoção da Diversidade

Os clubes de futebol e as organizações esportivas devem promover a diversidade racial em todos os níveis, desde a base até o profissionalismo. Isso inclui recrutar jogadores de diferentes origens étnicas, bem como proporcionar oportunidades iguais de desenvolvimento e ascensão na carreira.

Tolerância Zero

As ligas esportivas e as federações devem adotar uma política de tolerância zero contra o racismo, aplicando penalidades severas a jogadores, torcedores e clubes que cometem atos racistas. Isso pode incluir multas, suspensões e até mesmo a perda de pontos ou desqualificação de competições.

Denúncia e Combate

É importante encorajar as vítimas de racismo a denunciar os incidentes e garantir tratamento com base no respeito e apoio. Além disso, é necessário investigar e punir os culpados de forma eficaz, mostrando que o racismo não será tolerado em nenhum contexto.

Liderança e Exemplo

Os líderes no mundo do futebol, incluindo jogadores, treinadores, dirigentes e autoridades esportivas, têm um papel crucial em combater o racismo. Eles devem dar o exemplo por meio de suas palavras e ações, promovendo a inclusão e o respeito em todos os aspectos do esporte.

Engajamento da Comunidade

As comunidades locais também desempenham um papel importante na luta contra o racismo no futebol. É essencial envolver os fãs, voluntários e líderes comunitários em iniciativas que promovam a diversidade e combatam o preconceito.

Ao adotar essas medidas e trabalhar juntos, podemos criar um ambiente onde todos os jogadores se sintam valorizados e respeitados, independentemente de sua raça ou origem étnica. O futebol tem o poder de unir pessoas de todas as origens, e é nosso dever garantir que seja um espaço de inclusão e igualdade para todos.

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Artigo escrito por especialistas do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia. Áreas de atuação: Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito do Trabalho.

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