Crimes hediondos: o que são e suas consequências!

Crimes hediondos são os mais graves do direito penal, com penas mais severas e restrições de benefícios. Saiba quais são, como a lei os trata e as consequências para os condenados!

Imagem representando crime hediondo.

Crimes hediondos: o que são e suas consequências!

Os crimes hediondos representam as infrações penais de maior gravidade no ordenamento jurídico brasileiro, sendo tratados com maior rigor pela legislação.

Tipificados na Lei 8.072/90, incluem delitos como homicídio qualificado, estupro e latrocínio, entre outros.

Devido à sua natureza cruel e ao alto grau de lesividade, esses crimes possuem penas mais severas e restrições a benefícios como progressão de regime e indulto.

Neste artigo, vamos explorar o conceito, os principais exemplos e as consequências jurídicas dessa categoria penal.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: https://forms.gle/GmG5qjiVa2tpoejf7

O que é crime hediondo e qual a pena?

Crime hediondo é uma infração penal considerada de extrema gravidade pelo ordenamento jurídico brasileiro, devido à sua crueldade, violência ou risco à vida.

A Lei 8.072/90 estabelece quais crimes são classificados como hediondos, incluindo homicídio qualificado, latrocínio, estupro, extorsão mediante sequestro, entre outros.

Esses crimes possuem um tratamento penal mais severo, com restrições a benefícios legais.

A pena varia conforme o crime específico. Por exemplo:

Além disso, a progressão de regime é mais rígida, exigindo o cumprimento de pelo menos 40% ou 50% da pena, dependendo do caso, antes que o condenado possa progredir para um regime mais brando.

Quais são os crimes hediondos?

Os crimes hediondos estão previstos na Lei 8.072/90 e são considerados os mais graves do ordenamento jurídico brasileiro.

Eles possuem penas mais severas e restrições a benefícios legais, como progressão de regime e indulto. São eles:

Por serem considerados de extrema gravidade, esses crimes possuem punições mais rigorosas e exigem o cumprimento de uma fração maior da pena antes da progressão de regime.

Qual a diferença entre crime normal e crime hediondo?

A principal diferença entre um crime normal e um crime hediondo está na gravidade do delito e no tratamento jurídico que ele recebe.

Gravidade

Crimes hediondos são considerados mais violentos, cruéis ou socialmente inaceitáveis, como homicídio qualificado, latrocínio e estupro.

Crimes normais podem ser tanto leves quanto graves, mas não têm a mesma severidade no impacto à sociedade.

Pena e progressão de regime

No crime normal, o condenado pode progredir de regime após cumprir 16% da pena (primário) ou 20% (reincidente).

No crime hediondo, a progressão é mais rígida: exige o cumprimento de 40% da pena para primários e 50% a 60% para reincidentes.

Indulto e anistia

Crimes normais podem ser beneficiados por indulto ou anistia.

Crimes hediondos não permitem indulto, anistia ou graça.

Regime inicial de pena

Crimes normais podem permitir o início do cumprimento da pena em regimes aberto ou semiaberto, dependendo da gravidade.

Crimes hediondos exigem o regime inicial fechado, mesmo para réus primários.

Fiança

Crimes normais podem ter fiança, dependendo da pena prevista.

Crimes hediondos são inafiançáveis, ou seja, não há possibilidade de pagar fiança para responder em liberdade.

Ou seja, um crime hediondo recebe um tratamento mais rigoroso devido à sua gravidade, enquanto crimes normais podem ter punições mais brandas dependendo do caso.

Quais são os crimes hediondos contra a vida?

Crime hediondo representado por imagem.

Quais são os crimes hediondos contra a vida?

Os crimes hediondos contra a vida são aqueles que atentam diretamente contra a existência ou integridade física das vítimas e são considerados de extrema gravidade pelo ordenamento jurídico.

De acordo com a Lei 8.072/90, os principais crimes hediondos contra a vida são:

i. Homicídio qualificado (art. 121, §2º, CP) – Quando há agravantes como motivo torpe, meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima, entre outros.

ii. Homicídio praticado por grupo de extermínio, mesmo que na forma simples (art. 121, §6º, CP).

iii. Latrocínio (art. 157, §3º, CP) – Roubo seguido de morte.

iv. Extorsão mediante sequestro com resultado morte (art. 159, §3º, CP).

v. Epidemia com resultado morte (art. 267, §1º, CP).

vi. Genocídio (Lei 2.889/56) – Quando há intenção de exterminar, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso.

Esses crimes são punidos com maior rigor, exigindo regime inicial fechado e restringindo benefícios como progressão de regime e indulto.

Qual é o crime mais grave do Código Penal?

homicídio qualificado e latrocínio como crimes graves do CP

Qual é o crime mais grave do Código Penal?

O crime mais grave do Código Penal pode ser analisado sob diferentes aspectos, como a pena prevista, a crueldade do ato e o impacto social.

Um dos crimes de maior severidade é o homicídio qualificado, previsto no artigo 121, §2º, do Código Penal, que ocorre quando há agravantes como motivo torpe, meio cruel ou impossibilidade de defesa da vítima, sendo punido com reclusão de 12 a 30 anos.

Outro crime extremamente grave é o latrocínio, que é o roubo seguido de morte, previsto no artigo 157, §3º, com pena de 20 a 30 anos.

Além disso, crimes como estupro de vulnerável, extorsão mediante sequestro com morte e genocídio também figuram entre os mais severamente punidos, pois representam um alto grau de violência e impacto social.

Esses crimes, além das penas elevadas, são considerados hediondos e possuem restrições a benefícios como progressão de regime, indulto e anistia, refletindo a gravidade com que o ordenamento jurídico os trata.

Como funciona o processo judicial de crimes hediondos?

O processo judicial de crimes hediondos segue o rito comum do processo penal, mas com algumas particularidades devido à sua gravidade e às restrições impostas pela Lei 8.072/90. A tramitação ocorre da seguinte forma:

i. Tudo começa com a investigação policial, que pode ser conduzida pela Polícia Civil ou Federal, dependendo da competência.

O inquérito reúne provas e testemunhos para embasar a denúncia do Ministério Público, que, caso encontre indícios suficientes, oferece a denúncia ao juiz.

Se a denúncia for recebida, o acusado se torna réu e inicia-se a fase processual.

Os crimes hediondos, quando dolosos contra a vida, como homicídio qualificado e latrocínio, são julgados pelo Tribunal do Júri, onde um conselho de jurados decide sobre a culpa do réu.

Em outros casos, como estupro e extorsão mediante sequestro, o julgamento ocorre por um juiz singular, que analisa as provas e aplica a pena conforme a legislação.

ii. Se condenado, o réu inicia o cumprimento da pena obrigatoriamente em regime fechado, independentemente da pena aplicada.

Além disso, a progressão de regime é mais rígida, exigindo o cumprimento de 40% da pena para primários e 50% a 60% para reincidentes antes de poder progredir. Crimes hediondos também não permitem fiança, anistia, indulto ou graça, tornando a punição mais severa.

iii. Por se tratar de delitos de alta gravidade, o processo costuma tramitar com maior rigor e atenção do Judiciário, principalmente devido ao impacto social e à necessidade de garantir uma resposta penal proporcional ao crime cometido.

Qual a importância do advogado em casos de crimes hediondos?

O advogado tem um papel essencial na defesa de acusados de crimes hediondos, garantindo que o devido processo legal seja respeitado e que os direitos do réu sejam assegurados, independentemente da gravidade do crime.

Em primeiro lugar, ele atua desde a fase investigativa, acompanhando interrogatórios e orientando o cliente para evitar autoincriminação. 

Durante o processo, o advogado analisa as provas, questiona irregularidades e elabora estratégias defensivas, como a contestação da materialidade do crime, a inexistência de dolo ou a desqualificação da acusação.

No Tribunal do Júri, quando aplicável, ele é responsável por apresentar argumentos que possam influenciar a decisão dos jurados, buscando absolvição ou a redução da pena.

Caso haja condenação, o advogado pode atuar em recursos e revisão criminal, questionando eventuais nulidades ou penas desproporcionais.

Além da defesa técnica, o advogado também auxilia na progressão de regime, visitas familiares e outros direitos do preso, considerando que crimes hediondos possuem restrições específicas.

Em suma, seu papel vai além da defesa no tribunal, sendo fundamental para garantir que a justiça seja aplicada dentro dos limites da lei.

Um recado final para você!

Imagem representando advogado para defesa de crimes hediondos.

Em caso de dúvidas, busque assistência jurídica especializada para o seu caso.

Sabemos que o tema “Crimes hediondos” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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