O que é cálculo trabalhista e quem deve fazer?

O cálculo trabalhista é essencial para saber se todos os seus direitos foram pagos corretamente. Entender como ele funciona pode evitar prejuízos.

imagem representando cálculo trabalhista.

O que é cálculo trabalhista e quem deve fazer?

Quando um contrato de trabalho chega ao fim ou surge uma disputa na Justiça, saber exatamente quanto o trabalhador tem a receber pode evitar prejuízos e injustiças. 

É aí que entra o cálculo trabalhista — um levantamento minucioso de todas as verbas devidas, como salários, férias, 13º, horas extras, adicionais, FGTS e indenizações.

Mais do que números, esse cálculo representa o reconhecimento de direitos conquistados ao longo da relação de trabalho e garante que nenhum valor seja esquecido ou pago a menor.

O cálculo correto não protege apenas o trabalhador, mas também o empregador, que evita ações judiciais e pagamentos indevidos.

No entanto, erros nessa conta podem significar perda de dinheiro para um e despesas extras para o outro.

Por isso, entender como funciona e quem deve realizá-lo é fundamental para que o resultado seja justo, seguro e totalmente amparado pela lei.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

O que é o cálculo trabalhista?

O cálculo trabalhista é a apuração detalhada de todos os valores que um trabalhador tem direito a receber em razão do contrato de trabalho, seja no momento da rescisão, em ações judiciais ou em acordos extrajudiciais.

Ele inclui verbas como salário, férias proporcionais e vencidas, 13º salário, horas extras, adicionais, FGTS, multas e indenizações previstas em lei ou em convenções coletivas.

Esse cálculo é feito com base na legislação trabalhista, no contrato assinado e, quando aplicável, em decisões judiciais.

Sua função é garantir que o empregado receba exatamente o que lhe é devido e que o empregador cumpra suas obrigações corretamente.

Evitando prejuízos, cobranças indevidas e futuros processos.

Mais do que um procedimento contábil, o cálculo trabalhista é uma ferramenta de justiça, pois transforma direitos previstos na lei em valores concretos que podem ser pagos e recebidos.

Quais verbas entram no cálculo trabalhista?

Quais verbas entram no cálculo trabalhista?

Principais parcelas em rescisões, ações e acordos

Verba Descrição
Salário Mensal, saldo de dias e diferenças salariais.
Férias Vencidas/proporcionais + 1/3 constitucional.
13º salário Integral ou proporcional ao período trabalhado.
Horas extras Valor da hora + adicional e reflexos.
Adicionais Noturno, insalubridade, periculosidade etc.
FGTS Depósitos e multa de 40% na dispensa sem justa causa.
Aviso-prévio Trabalhado ou indenizado, proporcional ao tempo.
Multas/indenizações Ex.: multa do art. 477 e verbas convencionais.
Juros e correção Atualização e juros legais até o pagamento.

Dica: conferir reflexos evita perdas. Guarde holerites, TRCT e extratos do FGTS.

No cálculo trabalhista, são consideradas todas as verbas que o empregado tem direito conforme a CLT, o contrato de trabalho e, quando aplicável, acordos ou convenções coletivas.

Essas verbas podem variar conforme o caso, mas geralmente incluem:

O conjunto dessas parcelas garante que o trabalhador receba tudo o que conquistou durante o vínculo empregatício.

É um cálculo correto evita tanto perdas para o empregado quanto gastos indevidos para o empregador.

Quando é necessário fazer cálculo trabalhista?

O cálculo trabalhista é necessário sempre que for preciso saber, de forma precisa e fundamentada, quais valores um trabalhador tem a receber ou a pagar em razão de uma relação de emprego.

Ele costuma ser feito em situações como rescisão de contrato, para definir todas as verbas rescisórias em ações trabalhistas.

Para comprovar na Justiça os valores devidos; e em acordos extrajudiciais, quando as partes querem encerrar o vínculo de forma amigável, mas com segurança jurídica sobre os valores.

Também é importante calcular quando há reclamações de verbas não pagas durante o contrato, como horas extras, adicionais, férias e 13º; em casos de diferença salarial.

Ou quando há necessidade de atualizar valores atrasados com juros e correção monetária.

Em situações de acordo ou rescisão indireta, o cálculo garante que nenhum direito seja esquecido.

Mais do que uma questão matemática, o cálculo trabalhista é uma garantia de justiça, pois evita tanto que o trabalhador receba menos do que lhe é devido quanto que o empregador pague mais do que a lei exige.

E, para que ele seja feito de forma correta, a orientação de um advogado trabalhista ou contador especializado é fundamental.

Posso revisar um cálculo trabalhista que é antigo?

Sim. Um cálculo trabalhista antigo pode ser revisado, mas é preciso atenção ao prazo prescricional definido pela lei.

A CLT estabelece que o trabalhador tem até 2 anos após o fim do contrato para entrar com ação na Justiça do Trabalho.

Bem como cobrar valores que não foram pagos corretamente, podendo reivindicar verbas referentes aos últimos 5 anos de trabalho.

Isso significa que, se o contrato já terminou, ainda é possível revisar o cálculo, desde que o prazo de 2 anos não tenha passado.

Mesmo que o vínculo ainda esteja ativo, é possível questionar verbas dos últimos 5 anos.

A revisão é importante quando há suspeita de que valores como horas extras, adicionais, férias ou FGTS foram pagos de forma errada ou incompleta.

Contar com um advogado trabalhista nessa análise é essencial, pois ele saberá identificar erros, aplicar juros e correção monetária e calcular exatamente quanto pode ser recuperado.

Afinal, cada valor não recebido representa um direito que pode estar se perdendo com o tempo — e agir dentro do prazo é o que garante que você não fique no prejuízo.

Como saber se meu cálculo trabalhista está correto?

Saber se o cálculo trabalhista está correto exige mais do que olhar o valor final: é preciso conferir se todas as verbas devidas foram incluídas.

Se os percentuais aplicados estão corretos e se houve atualização monetária e juros de acordo com a lei.

O primeiro passo é comparar o que foi pago com o que está previsto na CLT, no contrato de trabalho e, se houver, em acordos ou convenções coletivas.

É importante verificar se foram calculados corretamente férias, 13º salário, horas extras, adicionais (noturno, insalubridade, periculosidade), FGTS e eventuais indenizações.

Também é essencial analisar documentos como holerites, extratos do FGTS, recibos de pagamento e TRCT (Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho) para identificar diferenças.

Muitas vezes, erros passam despercebidos porque envolvem detalhes técnicos, como a base de cálculo das horas extras ou o reflexo de verbas sobre outras.

Por isso, a forma mais segura de ter certeza é pedir que um advogado trabalhista ou perito contábil faça a conferência.

Eles usam métodos técnicos e atualizam valores conforme índices oficiais, evitando que você perca dinheiro ou que o empregador pague além do devido.

Afinal, quando se trata de direitos trabalhistas, cada centavo faz diferença.

O cálculo trabalhista deve ser feito por um advogado?

O cálculo trabalhista não é, por lei, exclusivo do advogado — ele também pode ser feito por um contador ou perito especializado.

No entanto, contar com um advogado trabalhista traz uma vantagem importante: ele não apenas realiza ou revisa os números.

Mas também interpreta a legislação, identifica quais verbas realmente são devidas e aplica corretamente direitos previstos na CLT, em acordos coletivos ou em decisões judiciais.

Além disso, o advogado pode defender os seus interesses caso o cálculo seja questionado, orientar sobre prazos e estratégias e, se necessário, ajuizar a ação trabalhista ou apresentar defesa.

Já o contador ou perito tem mais foco na precisão matemática, mas pode não analisar todas as nuances jurídicas do caso.

Por isso, embora não seja obrigatório, ter um advogado no processo garante segurança jurídica e aumenta as chances de um resultado justo, evitando que valores sejam esquecidos ou calculados de forma incorreta.

Afinal, um cálculo bem feito pode ser a diferença entre receber o que é seu por direito ou aceitar menos do que deveria.

Um recado final para você!

imagem representando advogado.

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada em seu caso!

Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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