Aborto no Brasil: O que diz a lei e o que diz a população?
Explore informações imparciais, históricas e legais sobre o aborto no Brasil. Entenda os diferentes pontos de vista e as implicações sociais, políticas e de saúde, enquanto defendemos o direito à informação e à escolha.
O debate sobre o aborto é algo complexo e sensível, envolvendo questões éticas, morais, religiosas e legais.
No Brasil, a interrupção da gravidez é regulamentada pelo Código Penal e por interpretações judiciais que geram discussões acaloradas na sociedade e nos tribunais.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são realizados cerca de 25 milhões de abortos inseguros por ano em todo o mundo.
Neste artigo, vamos explorar os diferentes aspectos do aborto no contexto brasileiro, desde as situações em que é permitido por lei até as recentes movimentações no Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao tema.
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Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
O que é aborto?
O aborto é a interrupção da gravidez antes que o feto possa sobreviver fora do útero da mãe.
Isso pode acontecer naturalmente, sem intervenção médica, o que chamamos de aborto espontâneo, ou pode ser provocado, quando é feita uma ação para interromper a gravidez, chamado de aborto induzido.
Em alguns países, o aborto é considerado legal em certas circunstâncias, como em casos de estupro, risco para a vida da mulher ou anomalias fetais graves.
Por exemplo, países como Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, França e muitos outros da Europa têm leis que permitem o aborto em diferentes estágios da gravidez, com base em critérios específicos.
Em alguns desses países, a decisão sobre o aborto é principalmente uma questão entre a mulher e seu médico, enquanto em outros, há requisitos adicionais, como períodos de reflexão ou aprovação médica.
Por outro lado, há países onde o aborto é proibido em quase todas as circunstâncias, como em alguns países da América Latina e em nações com forte influência religiosa, como alguns países africanos e asiáticos.
Nessas regiões, o aborto geralmente é permitido apenas quando há risco para a vida da mulher.
Por que o aborto é ilegal no Brasil?
De acordo com a legislação brasileira, o aborto é um dos crimes contra a vida, previsto em lei, no Código Penal, mais especificamente em seu artigo 124.
Esse artigo estabelece que provocar aborto em si mesma ou consentir que outra pessoa o faça, sem que haja risco de vida para a gestante, é um crime sujeito a punição com detenção de um a três anos.
Além disso, o artigo 125 do Código Penal estipula que realizar aborto com o consentimento da gestante, quando não há risco de vida para ela, também é crime, punível com reclusão de um a quatro anos.
As discussões sobre aborto no Brasil têm sido intensas e frequentes, envolvendo debates políticos, jurídicos, sociais e de saúde pública. É necessário entender sobre o assunto e em quais casos o aborto é permitido.
Recentemente, algumas pesquisas e dados têm oferecido insights sobre a opinião pública e as tendências relacionadas a esse tema no país.
Movimentos feministas e de direitos humanos têm se mobilizado cada vez mais em prol da descriminalização e legalização do aborto no Brasil.
Manifestações, campanhas e debates têm sido realizados em diversas partes do país, buscando conscientizar a população e pressionar as autoridades a rever a legislação atual.
O que diz o artigo 128 do Código Penal?
O artigo 128 do Código Penal brasileiro trata especificamente das situações em que o aborto não é considerado crime. Assim, a legislação define como crime:
- provocar aborto em si mesma, ou consentir que alguém provoque: pena de 1 a 3 anos de detenção;
- provocar aborto em uma gestante sem o consentimento dela: pena de 3 a 10 anos de reclusão;
- provocar aborto em uma gestante com o consentimento dela: pena de 1 a 4 anos de reclusão.
Em quais situações o aborto é liberado no Brasil?
- Se não há outro meio de salvar a vida da gestante ou evitar grave dano à sua saúde, desde que essa intervenção seja precedida de diagnóstico médico e consentimento da mulher ou de seu representante legal, se incapaz.
- Nos casos de gravidez resultante de estupro, quando o aborto é realizado dentro do prazo de 20 semanas de gestação, não sendo necessário consentimento da mulher ou de seu representante legal.
- casos de gestação com feto diagnosticado com anencefalia (sem cérebro e, consequentemente, sem condições de sobrevivência).
Este último caso é uma das exceções de maior debate e a mais recente no Brasil. Foi apenas em 2012 que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a interrupção da gravidez de feto anencéfalo não pode ser criminalizada.
Como está a votação do aborto no STF?
O tema do aborto tem sido objeto de intensos debates e discussões no Supremo Tribunal Federal (STF).
Recentemente, houve movimentações importantes em relação a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO), ajuizada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).
Essa ação pede a regulamentação do aborto até a 12ª semana de gestação pelo Congresso Nacional.
A ADO, de número 26, argumenta que a inexistência de uma regulamentação específica sobre o aborto até a 12ª semana de gestação representa uma omissão do Congresso, o que violaria direitos fundamentais das mulheres.
O processo está em análise no STF. Embora ainda não tenha uma conclusão, já gerou debates significativos entre os ministros.
O que é ADPF do aborto?
Além da ADO, existe outra ação em andamento no STF relacionada ao aborto: a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442.
Desse modo, esta ADPF é uma proposta do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e busca a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação.
A ADPF 442 argumenta que a criminalização do aborto até a 12ª semana de gestação viola diversos preceitos fundamentais da Constituição Federal, como o direito à dignidade, à igualdade, à saúde, à autonomia da mulher e à não discriminação.
O processo está em tramitação no STF e tem gerado muita expectativa na sociedade, especialmente entre movimentos feministas e defensores dos direitos reprodutivos.
Conclusão
O debate sobre o aborto no Brasil é multifacetado, envolvendo questões jurídicas, éticas, sociais e de saúde pública.
A legislação atual permite a interrupção da gravidez em casos específicos, como estupro, risco de vida para a gestante e anencefalia fetal.
No entanto, movimentos judiciais, como a ADO 26 e a ADPF 442, buscam ampliar os direitos das mulheres, questionando a constitucionalidade da criminalização do aborto até a 12ª semana de gestação.
O Supremo Tribunal Federal desempenha um papel fundamental nesse cenário. Afinal, é o palco onde essas questões são debatidas e decididas, impactando diretamente a vida de milhares de mulheres em todo o país.
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