12 principais dúvidas sobre pensão alimentícia respondidas  

Quem tem direito à pensão alimentícia? Descubra como as regras funcionam e quem pode solicitar esse suporte financeiro tão necessário.

12 principais dúvidas sobre pensão alimentícia

Saiba a resposta para as 12 principais dúvidas sobre pensão alimentícia!

Com tantas mudanças nas famílias modernas, é comum surgirem dúvidas sobre responsabilidades financeiras, especialmente quando o assunto é o sustento dos filhos.

Questões sobre como garantir que todas as necessidades das crianças sejam atendidas de forma justa e equilibrada podem deixar muita gente confusa. 

A pensão alimentícia é um dos temas que mais gera incertezas, seja para quem precisa pagar, seja para quem vai receber.

Você já se perguntou qual é o valor correto da pensão? Até quando ela deve ser paga? O que acontece se houver atraso no pagamento? Essas são apenas algumas das dúvidas que muitas pessoas enfrentam no dia a dia.

É importante entender como funciona esse direito, para que todos possam garantir o bem-estar dos filhos e cumprir com as obrigações legais.

Neste artigo, vamos responder as 12 principais dúvidas sobre pensão alimentícia, de forma clara e acessível, para que você possa entender tudo o que precisa sobre esse tema tão relevante.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: https://forms.gle/GmG5qjiVa2tpoejf7.

1. O que é a pensão alimentícia?

A pensão alimentícia é um valor que uma pessoa deve pagar para garantir o sustento de outra.

Geralmente, é paga pelo genitor que não tem a guarda do filho, mas também pode ser devida em casos de ex-cônjuges ou parentes, conforme as situações previstas na lei.

 Seu principal objetivo é cobrir despesas essenciais como alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário e lazer.

A pensão é determinada pelo juiz, de acordo com o artigo 1.694 do Código Civil, levando em consideração a necessidade de quem recebe e a capacidade de quem paga.

Importante lembrar que pensão alimentícia não é apenas “alimento” no sentido estrito da palavra, mas um conjunto de despesas necessárias para o bem-estar do dependente.

2. O que preciso saber sobre pensão alimentícia?

Aqui estão alguns pontos que você deve ter em mente sobre a pensão alimentícia:

3. Quando o filho perde o direito à pensão alimentícia?

A regra geral é que a pensão alimentícia cessa quando o filho atinge a maioridade, ou seja, aos 18 anos.

No entanto, a lei permite que o pagamento seja estendido até os 24 anos, se o filho estiver cursando ensino superior ou técnico e ainda não conseguir se sustentar financeiramente.

Se o filho for incapaz de prover seu próprio sustento por motivo de doença ou deficiência, a pensão pode ser devida por tempo indeterminado.

É importante ressaltar que, mesmo após atingir a maioridade, o filho precisa comprovar que ainda depende financeiramente da pensão para continuar recebendo o benefício.

4. Qual o valor que o pai tem que pagar de pensão?

Não existe um valor exato e único para a pensão alimentícia. O valor é decidido pelo juiz, com base no princípio da proporcionalidade.

Isso significa que o juiz avalia tanto a capacidade financeira de quem paga quanto as necessidades de quem recebe.

Em muitos casos, utiliza-se uma referência de 30% dos rendimentos líquidos do pagador, mas isso pode variar.

É importante frisar que o valor final vai depender da análise individual de cada situação.

Se o pagador tiver uma renda elevada, o valor pode ser maior para cobrir todas as necessidades do dependente.

5. Quais são as regras da pensão alimentícia?

As principais regras da pensão alimentícia incluem:

Regras pensão alimentícia

6. Como funciona a pensão alimentícia para 1 filho?

Se houver apenas um filho, o cálculo da pensão segue a mesma lógica de proporcionalidade.

O juiz avalia as necessidades do filho e a capacidade financeira do genitor que vai pagar. 

Como cada caso é único, o valor será ajustado de acordo com as despesas fixas da criança, que incluem desde os custos com moradia e alimentação, até gastos com escola e atividades extras.

É importante lembrar que a pensão pode ser revista a qualquer momento, caso a situação financeira dos pais mude ou as necessidades do filho aumentem.

7. O que o pai é obrigado a pagar além da pensão alimentícia?

Além da pensão fixada judicialmente, o pai (ou mãe) pode ser obrigado a arcar com despesas extraordinárias, como:

Essas despesas extras são geralmente negociadas durante o processo judicial e vão depender da capacidade financeira de quem paga e das necessidades específicas da criança.

8. Como é calculada a pensão alimentícia?

O cálculo da pensão alimentícia é baseado no binômio necessidade x possibilidade.

Isso significa que o juiz vai analisar as necessidades do filho e a capacidade financeira do pagador.

As necessidades incluem alimentação, moradia, saúde, educação e lazer, enquanto a possibilidade leva em conta o salário, renda extra e outras obrigações financeiras de quem paga.

A regra de “30% dos rendimentos líquidos” é comumente usada, mas não é obrigatória. Cada caso é analisado de forma individualizada, e o juiz tem discricionariedade para definir o valor justo.

9. Na guarda compartilhada tem que pagar pensão alimentícia?

Sim, mesmo na guarda compartilhada, um dos pais pode ter que pagar pensão alimentícia.

Isso acontece quando há uma diferença significativa de renda entre os pais.

Guarda compartilhada e pensão alimentícia

A guarda compartilhada divide a responsabilidade pela criação dos filhos, mas não significa que ambos tenham a mesma capacidade financeira.

Se o pai (ou mãe) que não tem condições financeiras iguais ao outro, o juiz pode determinar que ele pague a pensão para garantir o bem-estar do filho em ambas as casas, de forma equilibrada.

10. Como fazer para receber pensão alimentícia?

Para receber pensão alimentícia, é necessário entrar com um pedido na Justiça. Esse pedido pode ser feito durante o processo de separação ou após o nascimento do filho.

O juiz avaliará as condições financeiras de ambos os pais e determinará o valor que será pago mensalmente.

O pagamento geralmente é feito por depósito bancário em conta do responsável pela criança, e o juiz pode determinar um prazo para os pagamentos.

11. Qual a consequência para quem não pagar a pensão alimentícia fixada judicialmente?

O não pagamento da pensão alimentícia fixada judicialmente pode trazer graves consequências para o devedor. As principais são:

Prisão civil: A consequência mais severa é a prisão civil, que pode ser decretada pelo juiz por até 90 dias.

A prisão ocorre caso o devedor não efetue o pagamento dos valores atrasados após ser intimado.

Essa medida é um dos poucos casos em que o direito brasileiro admite a prisão por dívida.

No entanto, a prisão não extingue a dívida — ela continua sendo cobrada até que o pagamento seja feito.

Penhora de bens: Caso o devedor tenha bens, como imóveis, veículos ou contas bancárias, esses podem ser penhorados para saldar a dívida.

A penhora é uma medida que visa garantir o cumprimento da obrigação financeira.

Por meio dela, o juiz determina que os bens do devedor sejam leiloados ou suas contas sejam bloqueadas para assegurar o pagamento da pensão.

Suspensão da CNH e passaporte: Outra medida coercitiva prevista é a suspensão da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e do passaporte, impossibilitando o devedor de dirigir e viajar para o exterior.

Inscrição em cadastros de inadimplentes: O nome do devedor pode ser incluído em órgãos de proteção ao crédito, como SPC e Serasa, o que pode dificultar a obtenção de crédito e financiamentos no futuro.

Além dessas medidas, o valor da dívida pode ser atualizado com correção monetária e juros, o que faz com que a dívida aumente consideravelmente ao longo do tempo.

Portanto, é essencial que o devedor regularize sua situação o quanto antes para evitar essas penalidades.

12. Como agir em caso de atraso no pagamento da pensão alimentícia?

Se o pagamento da pensão alimentícia estiver em atraso, a parte que deveria receber (ou o responsável legal do menor) deve procurar a Justiça e solicitar a execução de alimentos.

Nessa ação, o juiz pode determinar medidas como a prisão do devedor, a penhora de bens e o bloqueio de contas. 

O importante é não deixar o tempo passar, já que a dívida pode se acumular rapidamente.

Um recado final para você!

Advogado especialista

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada.

Sabemos que o tema “12 principais dúvidas sobre pensão alimentícia respondidas” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

 

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Autor

  • Dr. Luiz Vasconcelos Jr

    •Advogado familiarista, cogestor do VLV Advogados Membro Associado do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM) Capacitação pela AASP em questões de direito civil, especialmente direito das famílias/sucessões e pela PUC/RJ em alienação parental e perícias psicológicas

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