Ação de reconhecimento de direito: o que significa?

A ação de reconhecimento de direito é um instrumento jurídico usado para confirmar que você tem razão sobre um direito que foi desrespeitado ou negado. Veja como funciona!

Imagem representando ação de reconhecimento de direito.

O que significa uma ação de reconhecimento de direito?

A ação de reconhecimento de direito é o caminho judicial utilizado quando uma pessoa já possui um direito ou uma situação jurídica, mas precisa que isso seja formalmente declarado pela Justiça.

Esse tipo de processo não cria algo novo, apenas confirma e dá validade oficial ao que já existe, trazendo segurança e efeitos práticos na vida do cidadão.

Muitas dúvidas surgem sobre como funciona essa ação, quem pode utilizá-la e em quais situações ela é aplicada.

Se você busca entender melhor o tema e esclarecer suas principais questões, este conteúdo foi preparado para orientar de forma simples e direta.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

O que é o reconhecimento de direito?

O reconhecimento de direito é a forma pela qual uma pessoa pede que a Justiça declare oficialmente a existência de uma situação jurídica que já existe, mas que ainda não foi formalizada.

Trata-se de uma ação declaratória, usada quando o indivíduo tem um direito preexistente que não foi reconhecido por outra pessoa, empresa ou órgão público.

Esse tipo de ação não cria um direito novo, apenas torna oficial algo que já estava presente.

Por exemplo, quando alguém pede que seja reconhecida uma união estável, a relação já existia de fato, mas o juiz confirma e declara essa realidade de maneira formal.

O mesmo ocorre em ações de reconhecimento de paternidade, onde há um vínculo biológico comprovado que precisa ser oficializado para gerar efeitos legais, como herança ou pensão.

A lei brasileira prevê instrumentos específicos para esse tipo de ação.

O Código de Processo Civil (CPC), em seu artigo 19, deixa claro que o interessado pode propor ação declaratória para afirmar a existência ou inexistência de relação jurídica.

Na prática, o reconhecimento de direito traz segurança e evita discussões futuras, já que cria um registro oficial com validade jurídica.

O que é ação de reconhecimento de direito no INSS?

A ação de reconhecimento de direito no INSS é usada quando o segurado precisa que a Justiça confirme a existência de um direito previdenciário que não foi reconhecido na via administrativa.

Isso acontece, por exemplo, quando o trabalhador já tem provas de contribuição ou de tempo de serviço, mas o instituto não registra essas informações em seu sistema.

Esse processo tem natureza declaratória, mas gera reflexos práticos importantes, como a concessão de aposentadorias, auxílios ou pensões.

Muitas vezes, o pedido envolve o reconhecimento de tempo de contribuição que ficou de fora por erro cadastral, falta de registro em carteira ou pela necessidade de validar uma sentença trabalhista que comprovou a existência do vínculo empregatício.

A Lei nº 8.213/1991, que regula os benefícios da Previdência Social, garante que o trabalhador tem direito à contagem de todo o tempo de contribuição realizado.

Já a Instrução Normativa INSS nº 128/2022 orienta como devem ser processadas as informações no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).

Quando o INSS não reconhece esses períodos, a ação judicial é o caminho para corrigir a situação.

É importante entender que, sem o reconhecimento do direito, o segurado pode acabar recebendo um valor de benefício menor ou até mesmo ter o pedido negado.

Isso mostra a relevância de agir com rapidez, já que atrasos podem comprometer a segurança financeira da pessoa e de sua família.

Quem pode entrar com ação de reconhecimento de direito?

Qualquer pessoa com direito não reconhecido pode ajuizar ação.

Quem pode ajuizar ação de reconhecimento?

Quem pode entrar com ação de reconhecimento de direito é qualquer pessoa que tenha um direito existente, mas não reconhecido formalmente.

No campo previdenciário, isso vale tanto para o próprio trabalhador quanto para seus dependentes ou herdeiros.

No caso dos segurados do INSS, pode ser necessário mover a ação quando:

→ O tempo de contribuição não foi computado, mesmo havendo prova documental ou judicial.

→ A sentença trabalhista confirmou vínculo ou jornada especial e o INSS não incorporou essa decisão.

→ Há divergência no CNIS, como ausência de registros ou valores de contribuição errados.

→ Um dependente precisa que seja reconhecida sua condição para receber pensão por morte.

A lei assegura legitimidade ao titular do direito e, em situações específicas, também a quem dependa dele.

O artigo 17 do Código de Processo Civil estabelece que “para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade”.

Isso significa que apenas quem tem vínculo direto com o direito pode pedir o reconhecimento.

É comum que segurados tentem resolver primeiro na esfera administrativa, mas, diante da negativa do INSS, a via judicial se torna o único caminho.

Quanto antes essa decisão for tomada, menores são os riscos de prescrição de valores retroativos, já que a lei limita a cobrança de parcelas a até cinco anos anteriores à data do pedido judicial.

Quais são os direitos que podem ser reconhecidos nessa ação?

Os direitos que podem ser reconhecidos nessa ação são variados, e dependem da situação de cada pessoa. No âmbito previdenciário, os mais comuns são:

Tempo de contribuição: períodos de trabalho que não foram registrados corretamente no CNIS, mas que podem ser comprovados com documentos como carteiras de trabalho, contratos, carnês de contribuição ou sentenças judiciais.

Reconhecimento de vínculo trabalhista: situações em que o empregador não registrou a contratação, mas o juiz do trabalho confirmou a relação de emprego.

Aposentadoria especial: tempo de atividade em condições insalubres ou perigosas que precisa ser reconhecido para a concessão do benefício.

Pensão por morte: casos em que dependentes, como companheiros em união estável, precisam provar a relação para acessar o benefício.

Auxílios e benefícios assistenciais: quando o INSS nega por entender que não há os requisitos, mas as provas indicam o contrário.

No campo mais amplo do direito, também é possível buscar reconhecimento de união estável, paternidade, direitos autorais ou até a validade de atos jurídicos.

A regra é sempre a mesma: a ação serve para declarar oficialmente algo que já existia.

Citar exemplos ajuda a compreender a relevância prática:

→ sem o reconhecimento do tempo de contribuição, a aposentadoria pode ser adiada;

→ sem o reconhecimento de união estável, o companheiro pode perder o direito à pensão por morte.

Esses cenários mostram como a ação é decisiva na vida do cidadão.

Quanto tempo dura uma ação de reconhecimento de direito?

A duração de uma ação de reconhecimento de direito varia de acordo com fatores como a complexidade do caso, a quantidade de provas e a velocidade do Judiciário local.

Em média, processos dessa natureza podem durar de alguns meses até mais de dois anos.

Casos simples

meses

Com recursos

1–2+ anos

Retroativos

até 5 anos

Dica: organizar documentos antes da ação agiliza a tramitação.

Se o caso for simples, com documentos claros e não houver contestação, a decisão pode sair em menos de um ano.

No entanto, quando é necessária perícia, análise detalhada de documentos, contestação do INSS ou interposição de recursos, o processo tende a se alongar.

No âmbito previdenciário, também há influência da demanda sobre a Justiça Federal, que é responsável pela maioria desses processos.

Regiões com maior número de ações podem ter filas mais longas, impactando diretamente no tempo de resposta.

A legislação prevê alguns prazos que ajudam a entender a questão. O artigo 5º, inciso LXXVIII, da Constituição Federal garante a todos a “razoável duração do processo”.

Isso significa que o Judiciário deve buscar celeridade, mas, na prática, os prazos podem se estender.

Outro ponto é a prescrição: a lei previdenciária limita a cobrança de valores retroativos a cinco anos antes do pedido, o que reforça a importância de não adiar a ação.

Agir cedo evita perda de valores e dá mais segurança.

Quanto mais tempo você esperar, maior a chance de ver o processo se arrastar e deixar de receber parcelas que poderiam fazer diferença no dia a dia.

Preciso de advogado para ação de reconhecimento de direito?

A necessidade de advogado para ação de reconhecimento de direito é clara, porque se trata de um processo judicial que exige conhecimento técnico e cumprimento de prazos rigorosos.

Embora a legislação permita que, em causas de menor valor, algumas ações possam ser propostas nos Juizados Especiais sem advogado, isso não é recomendável em matéria previdenciária.

O processo envolve análise de provas, interpretação de leis e acompanhamento de recursos. Sem a assistência adequada, há grande risco de perda por questões formais.

O advogado especializado tem condições de identificar quais documentos são suficientes, solicitar perícias quando necessário, fundamentar o pedido com base na Lei nº 8.213/1991, no CPC e em decisões recentes dos tribunais.

Além disso, a presença de um advogado garante maior tranquilidade ao segurado, que não precisa se preocupar com prazos e procedimentos técnicos.

Isso representa segurança em um tema que afeta diretamente a renda e a estabilidade financeira da família.

A urgência em buscar apoio profissional se justifica porque cada mês perdido pode significar menos parcelas retroativas ou até prescrição de direitos.

O tempo é um recurso escasso e, em matéria previdenciária, pode mudar completamente o resultado do processo.

Portanto, procurar ajuda especializada não é apenas uma escolha prudente, mas uma medida necessária para assegurar que o direito seja reconhecido da forma correta e no menor tempo possível.

Um recado final para você!

Imagem representando um advogado.

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica!

Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura. Clique aqui!

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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