Quanto tempo de auxílio-doença transforma em aposentadoria?
O auxílio-doença é um benefício temporário, mas em alguns casos ele pode ser convertido em aposentadoria por invalidez. A dúvida de muitos segurados é: quanto tempo é necessário para que isso aconteça?
Transformar o auxílio-doença em aposentadoria por invalidez é uma das dúvidas mais comuns de quem enfrenta problemas de saúde que o impedem de trabalhar.
Se você está nessa situação, é natural querer entender quando o benefício temporário pode se tornar permanente, quais são os requisitos, quanto tempo isso leva e o que fazer se o pedido for negado pelo INSS.
Neste artigo, vamos explicar tudo isso de forma clara, acessível e detalhada, reunindo informações práticas e atualizadas para que você saiba exatamente como agir.
Também vamos mostrar como o auxílio de um advogado especializado em Direito Previdenciário pode fazer toda a diferença na hora de garantir o seu direito.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- Quando o auxílio-doença se torna permanente?
- Posso transformar o auxílio-doença em aposentadoria?
- Quanto tempo de auxílio-doença para tornar aposentadoria?
- Quais são os requisitos para o auxílio-doença virar aposentadoria?
- Posso pedir aposentadoria direto se já estou no auxílio-doença?
- O que fazer se a aposentadoria por auxílio-doença for negada?
- O advogado ajuda a tornar o auxílio-doença em aposentadoria?
- Um recado final para você!
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Quando o auxílio-doença se torna permanente?
O auxílio-doença é um benefício temporário, destinado a quem está incapaz de trabalhar por um período determinado.
Ele só se torna permanente quando, durante uma perícia médica do INSS, é constatado que a incapacidade é total e irreversível para qualquer atividade profissional.
Nesse caso, o benefício passa a ser convertido em aposentadoria por invalidez, também chamada de aposentadoria por incapacidade permanente.
É importante entender que essa transformação não acontece automaticamente com o tempo de recebimento do auxílio.
Ela depende exclusivamente do resultado da perícia médica. Se na avaliação inicial já for constatada a incapacidade definitiva, o INSS pode fazer a conversão imediatamente.
Caso contrário, você continua recebendo o auxílio e será convocado para novas avaliações periódicas até que haja melhora ou agravamento do quadro clínico.
Não existe, portanto, um prazo mínimo de auxílio-doença para que ele se torne permanente.
Tudo vai depender do seu estado de saúde e da comprovação médica de que você não pode mais exercer nenhuma atividade laboral, nem mesmo em outra função ou área.
Posso transformar o auxílio-doença em aposentadoria?
Você pode transformar o auxílio-doença em aposentadoria por invalidez, desde que comprove que sua incapacidade deixou de ser temporária.
A solicitação pode ser feita pelo próprio Meu INSS, agendando uma nova perícia médica e apresentando documentos atualizados que demonstrem a gravidade da sua situação.
Se, durante essa avaliação, for constatado que a incapacidade é total, permanente e irreversível, o INSS pode converter o benefício de forma administrativa, sem necessidade de abrir um novo pedido.
Essa análise é feita caso a caso, considerando laudos médicos, exames e relatórios de especialistas.
Se o INSS entender que você ainda pode se recuperar ou se reabilitar para outra função, o pedido de aposentadoria pode ser negado.
Nesse cenário, você pode recorrer na esfera administrativa ou buscar apoio jurídico para ingressar com uma ação judicial.
Ter um advogado previdenciário ao seu lado ajuda a organizar provas, apresentar argumentos sólidos e aumentar as chances de sucesso na conversão do benefício.
Quanto tempo de auxílio-doença para tornar aposentadoria?
Muitas pessoas acreditam que existe um tempo mínimo de recebimento do auxílio-doença para que ele se transforme em aposentadoria, mas isso não procede.
O que define a conversão é a comprovação da incapacidade permanente, e não o período de duração do benefício.
Se a primeira perícia médica do INSS constatar que não há possibilidade de retorno ao trabalho ou de adaptação em outra função, a conversão pode ocorrer imediatamente.
Caso a perícia identifique chances de recuperação, o auxílio é mantido, e o segurado pode ser convocado para novas avaliações. Essa análise acontece individualmente e depende do diagnóstico apresentado.
Vale lembrar que, mesmo após a conversão, o INSS pode marcar revisões periódicas para verificar se a incapacidade persiste.
No entanto, segurados com mais de 60 anos ou aqueles que já recebem o benefício há mais de 15 anos e possuem 55 anos ou mais geralmente têm a aposentadoria considerada definitiva, sem necessidade de passar por novas perícias.
Quais são os requisitos para o auxílio-doença virar aposentadoria?
Para que o auxílio-doença seja convertido em aposentadoria por invalidez, é necessário cumprir alguns requisitos legais.
O primeiro é manter a qualidade de segurado do INSS, ou seja, estar contribuindo regularmente ou estar dentro do período de graça. Esse prazo varia conforme cada situação e garante que você continue protegido mesmo sem realizar pagamentos recentes.
Outro requisito importante é a carência mínima de 12 contribuições mensais. Essa exigência, no entanto, não se aplica em casos de acidente de trabalho ou doenças graves previstas em lei, como câncer, esclerose múltipla ou tuberculose ativa, entre outras.
Nessas situações, o segurado tem direito ao benefício independentemente do número de contribuições feitas.
Por fim, é indispensável a comprovação da incapacidade total e permanente para o trabalho. Essa comprovação só pode ser feita através da perícia médica do INSS, que analisa laudos, exames e relatórios médicos.
Quanto mais detalhada for a documentação apresentada, maiores são as chances de aprovação do pedido e de evitar negativas indevidas.
Posso pedir aposentadoria direto se já estou no auxílio-doença?
Se você já recebe o auxílio-doença, é possível solicitar a aposentadoria por invalidez diretamente, sem precisar aguardar a renovação automática do benefício.
Isso pode ser feito pelo Meu INSS, agendando uma nova perícia médica para avaliar se o seu quadro se tornou definitivo.
Durante essa avaliação, o médico-perito analisará as provas médicas apresentadas e decidirá se a incapacidade realmente impede qualquer forma de trabalho.
Caso seja constatada a incapacidade total e permanente, o INSS converte o benefício automaticamente, e você passa a receber a aposentadoria.
Se o pedido for negado, você pode entrar com recurso administrativo ou buscar a via judicial.
Vale ressaltar que, enquanto a ação está em andamento, o auxílio-doença continua sendo pago normalmente, evitando que você fique sem renda até que haja uma decisão final sobre a aposentadoria.
O que fazer se a aposentadoria por auxílio-doença for negada?
Quando o INSS nega a aposentadoria por invalidez solicitada durante o período de auxílio-doença, você ainda tem caminhos para contestar a decisão.
O primeiro passo é apresentar um recurso administrativo, que deve ser protocolado em até 30 dias após a notificação.
Esse recurso pode ser feito pelo Meu INSS, pelo telefone 135 ou diretamente em uma agência. Nessa fase, é essencial anexar novos laudos médicos, exames recentes e qualquer documento que fortaleça o argumento de que a incapacidade é definitiva.
Caso o recurso administrativo também seja indeferido, a alternativa é ingressar com uma ação judicial.
Nesse processo, você poderá contar com uma perícia médica independente, realizada por um profissional nomeado pelo juiz, o que aumenta as chances de comprovar a incapacidade.
Além disso, se o pedido for aceito na Justiça, você pode garantir o pagamento retroativo desde a data em que a aposentadoria deveria ter sido concedida.
O advogado ajuda a tornar o auxílio-doença em aposentadoria?
O advogado previdenciário desempenha um papel fundamental na transformação do auxílio-doença em aposentadoria por invalidez.
Embora não seja obrigatório contratar um profissional, o acompanhamento jurídico pode agilizar o processo e reduzir as chances de negativa do pedido.
O advogado auxilia desde a análise inicial do caso, verificando se todos os requisitos legais estão preenchidos, até a organização da documentação médica necessária.
Ele orienta sobre os documentos que devem ser apresentados, prepara laudos complementares com médicos particulares, acompanha o processo administrativo e auxilia durante a perícia médica para que todos os detalhes importantes sejam considerados.
Se houver negativa do pedido, o advogado pode elaborar um recurso administrativo sólido ou ingressar com ação judicial.
Além disso, ele analisa se a conversão é realmente vantajosa, já que, após a reforma da Previdência, em alguns casos, o valor do auxílio-doença pode ser maior do que o da aposentadoria, principalmente quando não há relação com acidente de trabalho ou doença ocupacional.
Ter um profissional especializado ao seu lado garante mais segurança, aumenta as chances de sucesso e ajuda a evitar erros que poderiam atrasar a concessão do benefício ou reduzir o valor recebido.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.
O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura. Saiba como garantir o melhor apoio para suas decisões.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.
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