Benefícios do INSS para crianças e adolescentes

Crianças e adolescentes também têm direito a benefícios do INSS. Descubra quais são esses benefícios e como garantir os direitos da sua família.

Imagem representando benefícios do INSS para crianças e adolescentes.

Benefícios do INSS para crianças e adolescentes?

Muitos pais e responsáveis não sabem que crianças e adolescentes podem ter direito a benefícios do INSS, mesmo sem nunca terem contribuído.

A legislação brasileira prevê essa proteção em situações de vulnerabilidade, como quando há a perda de um provedor da família, a prisão de um segurado ou a existência de deficiência que comprometa a vida diária do menor.

Entender essas regras é fundamental para garantir segurança e apoio financeiro em momentos delicados.

Neste artigo, você vai conhecer de forma clara quais são os benefícios do INSS destinados a crianças e adolescentes, como funcionam e o que fazer para solicitar.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

Crianças e adolescentes podem ter benefícios no INSS?

Crianças e adolescentes podem sim ter benefícios no INSS, mesmo que nunca tenham contribuído para a Previdência Social.

Esses direitos existem porque o sistema previdenciário e assistencial brasileiro prevê proteção para dependentes e para pessoas em situação de vulnerabilidade, assegurando o amparo necessário em momentos delicados.

Na prática, isso significa que menores podem ser amparados em casos como a morte de um segurado e a prisão de um provedor da família.

Ou quando a própria criança ou adolescente possui uma deficiência de longo prazo que compromete sua participação plena na sociedade.

O amparo está previsto em legislações como a Lei nº 8.213/1991, que regula os benefícios da Previdência Social, e a Lei nº 8.742/1993 (LOAS), que organiza a assistência social no Brasil.

Esses diplomas jurídicos garantem que, mesmo sem contribuição própria, menores possam acessar benefícios fundamentais para sua sobrevivência e dignidade.

A compreensão desses direitos é essencial porque muitos responsáveis desconhecem que crianças e adolescentes podem ter proteção previdenciária e assistencial.

Agir de forma rápida é importante: em alguns casos, o benefício só gera pagamento retroativo se o pedido for feito dentro de determinado prazo.

Buscar informações claras e orientação jurídica pode evitar a perda de valores que fazem diferença no orçamento familiar.

Quais são os benefícios do INSS para crianças e adolescentes?

Os benefícios do INSS para crianças e adolescentes se dividem entre assistenciais e previdenciários.

Os assistenciais, como o BPC LOAS, não exigem contribuição prévia ao INSS, mas sim a comprovação de vulnerabilidade social.

Já os previdenciários, como a pensão por morte e o auxílio-reclusão, dependem da qualidade de segurado do trabalhador falecido ou preso.

Cada um desses benefícios possui regras próprias de acesso, valores e exigências de documentação.

Entender as diferenças é essencial para que os responsáveis consigam reunir corretamente os documentos e solicitar no momento certo.

Entre os principais benefícios disponíveis estão:

Benefícios do INSS para menores: assistenciais e previdenciários.

Quais benefícios do INSS para menores?

→ BPC LOAS para menores com deficiência em famílias de baixa renda;

→ Pensão por morte, paga a dependentes de segurados falecidos;

→ Auxílio-reclusão, destinado a dependentes de segurados de baixa renda que estejam presos em regime fechado.

Esses três benefícios são os mais frequentes quando se trata de direitos de crianças e adolescentes junto ao INSS. Cada um será detalhado a seguir, com explicação clara e atualizada.

01. BPC LOAS para crianças e adolescentes

O BPC LOAS para crianças e adolescentes é um benefício assistencial pago a quem tem deficiência de longo prazo e vive em situação de vulnerabilidade econômica.

Diferentemente dos benefícios previdenciários, ele não exige contribuições ao INSS, sendo custeado pela União.

Para ter direito, é preciso cumprir alguns requisitos:

Ser criança ou adolescente com deficiência física, intelectual, mental ou sensorial que limite a participação plena na sociedade;

Viver em família com renda mensal per capita de até ¼ do salário-mínimo;

Estar com o Cadastro Único (CadÚnico) atualizado, pois esse registro é usado para verificar a situação socioeconômica da família.

O valor do benefício corresponde a um salário-mínimo por mês, que em 2025 é de R$ 1.518,00, conforme a portaria interministerial que definiu o reajuste para este ano.

O benefício não gera 13º salário, por se tratar de prestação assistencial.

A concessão passa por avaliação médica e social no INSS, conforme prevê o artigo 20 da Lei nº 8.742/93.

Essa etapa é fundamental para comprovar a deficiência e as condições de vulnerabilidade.

A urgência em solicitar o BPC é evidente: famílias que demoram podem enfrentar dificuldades financeiras graves.

Além disso, eventuais pagamentos retroativos só contam a partir da data do requerimento, reforçando a importância de agir sem demora.

Em situações em que o INSS nega o benefício, é possível buscar revisão administrativa ou até mesmo judicial, sempre com auxílio de advogado especializado.

02. Pensão por morte para crianças e adolescentes

A pensão por morte para crianças e adolescentes é um benefício previdenciário previsto na Lei nº 8.213/91, destinado a dependentes de segurado do INSS que venha a falecer.

Esse benefício assegura que os menores não fiquem sem amparo financeiro após a perda de um provedor.

São considerados dependentes diretos:

→ Filhos menores de 21 anos;

→ Filhos com deficiência ou invalidez, mesmo que maiores de 21 anos, desde que comprovada a condição;

→ Enteados e menores tutelados, desde que comprovada a dependência econômica.

Para que o benefício seja concedido, é necessário que o falecido tivesse qualidade de segurado no momento da morte.

Isso significa estar contribuindo para o INSS ou dentro do chamado período de graça, que mantém a cobertura mesmo após cessar as contribuições por certo tempo.

O valor da pensão varia conforme a situação. Se o segurado já recebia aposentadoria, a pensão parte desse valor.

Se ainda não era aposentado, o cálculo considera a aposentadoria por invalidez a que teria direito. O valor nunca pode ser inferior a um salário-mínimo.

O benefício é dividido entre todos os dependentes habilitados. O pagamento se mantém até que o dependente complete 21 anos, salvo em casos de invalidez ou deficiência, quando pode ser vitalício ou até a cessação da incapacidade.

Agir rápido é essencial. Embora o direito à pensão não prescreva, os efeitos retroativos podem ser limitados.

O pedido feito após muito tempo pode significar perda de valores acumulados.

A atuação de um advogado pode ser decisiva para orientar a documentação correta e evitar negativas indevidas.

03. Auxílio-reclusão para crianças e adolescentes

O auxílio-reclusão para crianças e adolescentes é garantido pela Lei nº 8.213/91 e tem como objetivo amparar dependentes de segurado preso em regime fechado.

Esse benefício busca proteger a família em um momento de fragilidade, já que a ausência do provedor pode comprometer a subsistência.

Têm direito:

Filhos menores de 21 anos;

Dependentes inválidos ou com deficiência, mesmo maiores de 21 anos;

Enteados e tutelados, desde que comprovada a dependência econômica.

Entre os requisitos para a concessão estão:

O segurado deve estar em regime fechado de prisão;

Deve ter qualidade de segurado no momento da prisão;

É necessário cumprir carência de 24 contribuições, nos casos aplicáveis;

O segurado não pode receber outro benefício ou remuneração;

A renda bruta do segurado deve ser inferior ao limite definido em portaria interministerial. Para 2025, esse limite é de R$ 1.906,04.

O valor pago corresponde a um salário-mínimo por mês, que em 2025 é de R$ 1.518,00, dividido igualmente entre os dependentes.

Esse benefício precisa ser requerido rapidamente. Se o pedido demorar, a família pode perder meses de pagamento.

Além disso, é necessário apresentar documentação específica, como certidão de recolhimento à prisão e declarações emitidas pela unidade prisional, o que pode gerar atrasos se não for providenciado de forma ágil.

Como solicitar benefícios do INSS para crianças e adolescentes?

A solicitação de benefícios do INSS para crianças e adolescentes segue um processo que exige atenção a detalhes.

O primeiro passo é verificar qual benefício se aplica ao caso, avaliando se é situação de deficiência, morte ou prisão do segurado.

O segundo passo é reunir a documentação necessária. Para o BPC, são exigidos documentos como laudos médicos, CadÚnico atualizado e comprovantes de renda.

Para a pensão por morte, são fundamentais a certidão de óbito e os documentos de identificação dos dependentes.

Já no auxílio-reclusão, é indispensável a certidão de recolhimento à prisão e declarações da unidade prisional.

Em seguida, o responsável deve cadastrar-se como representante legal do menor no INSS, quando for o caso, apresentando documentos que comprovem a tutela, guarda ou filiação.

O requerimento pode ser feito pelo site ou aplicativo Meu INSS, pela Central 135 ou diretamente em uma agência.

É essencial acompanhar o processo e comparecer a eventuais perícias médicas ou avaliações sociais, que são obrigatórias em alguns benefícios.

O tempo é um fator crítico. Em casos como pensão por morte e auxílio-reclusão, o pagamento retroativo pode ser reduzido se o pedido for feito muito tempo depois do fato gerador.

Isso reforça a importância de agir rápido e buscar apoio especializado para não correr o risco de perder valores devidos.

Cada etapa tem detalhes técnicos que podem gerar dúvida, como a definição de dependência econômica, a análise da qualidade de segurado e a comprovação de renda familiar.

É nesse ponto que a consulta com advogado previdenciário ou defensor público se mostra fundamental para dar segurança ao processo.

Um recado final para você!

Imagem representando um advogado.

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica!

Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

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Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • rafa menor

    •Advogada Especialista em Diversas áreas do Direito. Pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui formação em Liderança pela Conquer Business School. Atualmente é coordenadora da equipe jurídica do VLV Advogados.

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