Como contestar uma medida protetiva?

Você sabia que é possível contestar uma medida protetiva? Descubra os passos, prazos e estratégias para garantir seus direitos neste processo delicado.

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Como contestar uma medida protetiva?

Medidas protetivas são ferramentas importantes criadas para proteger vítimas de violência doméstica e familiar, garantindo sua segurança e integridade.

Contudo, quando alguém é acusado injustamente ou acredita que as medidas aplicadas são excessivas, surgem muitas dúvidas: é possível contestar uma medida protetiva? Como funciona esse processo?

Se você está enfrentando essa situação, saiba que a legislação brasileira prevê o direito de defesa e a possibilidade de questionar decisões judiciais.

Ainda assim, é comum que o tema gere confusão, especialmente porque envolve processos judiciais e prazos que precisam ser respeitados.

Pensando nisso, neste artigo, vamos explicar de forma simples e detalhada como contestar uma medida protetiva, quais os prazos, as possibilidades de defesa e os recursos disponíveis.

Além disso, você entenderá quais passos podem ser tomados para buscar justiça e como proceder de maneira correta e segura. Acompanhe!

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

O que é medida protetiva?

A medida protetiva é um instrumento legal previsto na Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), criado para proteger vítimas de violência doméstica ou familiar.

Seu principal objetivo é prevenir novas agressões, garantindo a segurança física, psicológica, patrimonial e moral das pessoas que se encontram em situações de risco.

Medidas protetivas podem impor restrições ao suposto agressor, como afastamento do lar, proibição de contato com a vítima e manutenção de uma distância mínima.

Essas determinações são temporárias, mas têm efeito imediato, buscando proteger a vítima enquanto o caso é apurado.

Quando falamos em contestar uma medida protetiva, nos referimos ao direito do acusado de apresentar sua versão dos fatos, defendendo-se e, eventualmente, pedindo a revogação ou cancelamento da medida.

Como funciona a medida protetiva?

As medidas protetivas funcionam como uma ordem judicial de caráter urgente. Após o registro de uma situação de violência, como ameaças, agressões ou abusos psicológicos, a vítima pode solicitar proteção diretamente em uma delegacia, junto ao Ministério Público ou na Defensoria Pública. Em seguida, o caso é encaminhado para análise de um juiz.

O juiz tem o prazo de 48 horas para decidir sobre o pedido. Se deferir, ele determina as condições que o suposto agressor deve cumprir, como proibição de contato, afastamento do lar conjugal ou mesmo suspensão do direito de visitas aos filhos. A vítima é informada sobre as medidas, e o acusado é formalmente citado.

Esse processo é extremamente ágil, pois o objetivo principal é prevenir novos atos de violência. No entanto, o acusado tem o direito de contestar a medida protetiva apresentando sua defesa, o que pode levar à revisão ou revogação da ordem.

Quais são as regras de medida protetiva?

As medidas protetivas seguem as regras previstas na Lei Maria da Penha e são aplicadas para proteger a integridade da vítima. Entre as principais regras, destacam-se:

Se você for acusado, é essencial respeitar as regras enquanto prepara sua defesa para contestar a medida protetiva. O desrespeito pode agravar sua situação e prejudicar o andamento do caso.

É possível reverter uma medida protetiva?

Sim, é possível reverter uma medida protetiva, mas isso exige uma análise judicial detalhada. Para isso, o acusado deve protocolar um pedido formal solicitando a revogação ou cancelamento da medida.

Esse pedido deve ser bem fundamentado e, preferencialmente, acompanhado por um advogado.

Existem algumas situações em que o juiz pode revogar a medida:

Contestar uma medida protetiva é um processo que requer atenção aos detalhes. Além de apresentar provas ou testemunhas que desqualifiquem as acusações, o advogado deve demonstrar que a manutenção da medida não é necessária.

Qual o prazo para contestar uma medida protetiva?

O prazo para contestar uma medida protetiva depende da decisão judicial. Em geral, o acusado tem até 5 dias úteis para apresentar sua defesa.

Esse prazo é fundamental para preparar um documento sólido, que explique por que a medida deve ser reconsiderada.

O ideal é buscar orientação jurídica imediatamente após ser citado, pois uma defesa bem fundamentada é essencial para contestar a medida protetiva com sucesso.

Tem como derrubar medida protetiva?

Sim, há formas de derrubar uma medida protetiva. Isso acontece quando o juiz entende que ela não é mais necessária ou que foi aplicada de forma inadequada.

Para alcançar esse objetivo, o acusado deve apresentar provas claras e argumentos convincentes.

Alguns fatores que podem levar à derrubada incluem:

Lembre-se de que apenas o juiz pode revogar uma medida protetiva. Qualquer tentativa de desrespeitar as determinações pode ser interpretada como descumprimento e resultar em consequências legais mais graves.

Qual a defesa contra medida protetiva?

A defesa contra medida protetiva consiste em apresentar argumentos que demonstrem que a medida não é necessária ou foi aplicada injustamente. Uma defesa eficaz pode incluir:

É importante que a defesa seja conduzida com seriedade e respeito às regras judiciais. Além disso, durante o processo de contestar uma medida protetiva, o acusado deve cumprir todas as determinações impostas, mesmo que discorde delas.

O que anula uma medida protetiva?

Uma medida protetiva pode ser anulada quando o juiz entende que ela não é mais necessária. Isso pode acontecer, por exemplo, quando:

Outro fator importante é a quebra da medida protetiva por parte da vítima. Se for demonstrado que a vítima entrou em contato com o acusado por vontade própria, isso pode influenciar na decisão de anular ou ajustar as condições da medida.

Qual recurso cabível contra medida protetiva?

O principal recurso cabível contra medida protetiva é o Recurso em Sentido Estrito, utilizado para questionar a decisão judicial.

Caso o recurso seja negado, é possível impetrar um Habeas Corpus, especialmente se houver indícios de abuso de poder ou ilegalidade na imposição das medidas.

Esses recursos devem ser apresentados dentro dos prazos legais e com argumentos consistentes.

Um advogado experiente pode ajudar a identificar o melhor caminho para contestar uma medida protetiva e proteger os direitos do acusado.

Desse modo, contestar uma medida protetiva é um direito garantido pela legislação brasileira. Entretanto, é essencial agir com cautela e respeitar todas as determinações judiciais.

Descumprir uma medida pode agravar a situação e trazer sérias consequências legais. Se você está enfrentando esse tipo de situação, procure um advogado de confiança, organize sua defesa e apresente suas razões de forma clara e objetiva.

Um recado final para você!

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Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica!

Sabemos que o tema “como contestar uma medida protetiva?” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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