Recebeu uma carta, SMS ou notificação do INSS para o pente-fino? Calma. Essa convocação significa que seu benefício está sendo revisado, mas isso não quer dizer que ele será cortado.

O que fazer se fui convocado para o pente-fino do INSS?

Receber uma convocação do INSS assusta, não é? Muita gente pensa que, ao ser chamada para o chamado “pente-fino”, o benefício será cortado de forma automática ou que isso significa que algo está errado com o seu processo.

Mas a verdade é que essa convocação faz parte de um processo de revisão regular, que o próprio INSS realiza para verificar se os benefícios estão sendo pagos corretamente.

Se você foi convocado, respira fundo. Isso não significa que você vai perder o benefício. Na verdade, é uma chance de mostrar que ainda tem direito a ele.

O segredo aqui é agir com rapidez, atenção e organização. E se for o caso, contar com o apoio de um profissional que entenda o que está em jogo pode fazer toda a diferença.

Vamos explicar tudo isso com calma.

A seguir, você vai entender como funciona o pente-fino, quem pode ser chamado, como confirmar se a convocação é verdadeira, quais documentos você precisa reunir, quais os prazos para se manifestar, o que acontece se você não comparecer, e, claro, como se preparar para manter o que é seu por direito.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato aqui!

Como saber se vou passar pelo pente-fino do INSS?

Você pode saber se vai passar pelo pente-fino do INSS observando alguns sinais que indicam quem está dentro dos critérios de revisão.

O INSS costuma convocar quem está há muito tempo recebendo benefício por incapacidade sem passar por perícia médica, como é o caso de pessoas com auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez que não se submetem a avaliações há mais de dois anos.

Também entram na lista os beneficiários do BPC LOAS com o CadÚnico desatualizado por mais de 48 meses, ou aqueles que apresentam algum tipo de inconsistência nos dados.

Mesmo quem recebe pensão ou auxílio-reclusão pode ser chamado, se houver dúvidas sobre a documentação ou condição atual.

Por outro lado, alguns grupos são isentos. Quem tem mais de 60 anos, recebe o benefício há mais de 15 anos e tem 55 anos ou mais, ou vive com HIV/AIDS geralmente não é convocado.

Essas situações são protegidas por normas que visam preservar a dignidade dessas pessoas.

A melhor forma de acompanhar se você será chamado é consultando o aplicativo ou o site Meu INSS, onde notificações e exigências são exibidas de forma oficial e atualizada.

O que significa ser convocado pelo pente-fino do INSS?

Ser convocado pelo pente-fino do INSS significa que o seu benefício entrou em um processo de revisão administrativa, com o objetivo de verificar se os critérios que justificaram a concessão ainda são válidos atualmente.

Essa revisão é parte de uma política nacional para fiscalizar o uso correto dos recursos da Previdência.

Essa convocação pode ocorrer por vários motivos, como falta de perícia recente, indícios de irregularidade, necessidade de atualização de cadastro ou ausência de documentos essenciais.

Mesmo que tudo esteja certo com o seu benefício, você ainda pode ser chamado apenas por falta de atualização no sistema.

Por isso, receber uma convocação não significa que você perderá o benefício.

Na verdade, é uma oportunidade para demonstrar que você continua atendendo aos requisitos legais.

O mais importante nesse momento é não ignorar a comunicação e seguir com atenção cada orientação recebida.

Como saber se a convocação do pente-fino é verdadeira?

Para saber se a convocação do pente-fino do INSS é verdadeira, é preciso verificar se ela foi enviada por canais oficiais.

O INSS não utiliza WhatsApp, redes sociais ou e-mails solicitando dados pessoais como CPF, senha ou número de conta. Isso costuma ser golpe.

As notificações legítimas são feitas diretamente por:

• Notificação no aplicativo ou site Meu INSS;
• Carta enviada ao endereço que consta no cadastro;
• Mensagem de texto via SMS oficial (como o número 280-41);
• Aviso no extrato bancário do benefício;
• Em último caso, publicação em Diário Oficial ou edital.

Caso você receba alguma correspondência ou mensagem e tenha dúvidas sobre a veracidade, entre no Meu INSS ou ligue para o número 135. Se a convocação for real, ela também aparecerá no sistema oficial.

Além disso, é possível confirmar se um documento foi realmente emitido pelo INSS usando a função “Verificar autenticidade de documentos” dentro da própria plataforma.

Assim, você evita cair em fraudes e garante que está seguindo uma orientação legítima.

Quais documentos devo apresentar no pente-fino do INSS?

Quais documentos levar no pente-fino do INSS?

Ao ser convocado para o pente-fino, os documentos que você deve apresentar variam conforme o tipo de benefício, mas existem alguns que são comuns a quase todos os casos.

A lista básica inclui:

→ Documentos pessoais: RG, CPF, comprovante de residência;

→ Documentação médica atualizada: laudos, exames, atestados, receitas médicas, relatórios com CID e carimbo/assinatura do médico (com CRM e data recente);

Para quem recebe o BPC LOAS:

→ Comprovante de inscrição no CadÚnico, documentos da composição familiar, comprovantes de renda ou ausência dela;

Se seu benefício foi concedido via processo judicial:

→  Leve cópia da sentença, laudo judicial e, se tiver, o acórdão.

Não é necessário esperar a perícia para reunir esses documentos. Faça isso com antecedência, mantendo tudo organizado. Quanto mais atual e completo o material, melhor será a análise.

Tenho prazo para responder minha convocação no pente-fino?

Sim, você tem prazo para responder à convocação do pente-fino, e ele começa a contar a partir da data em que a notificação é enviada ou registrada no sistema do INSS.

Normalmente, o prazo é de 30 dias corridos para trabalhadores urbanos e de 60 dias corridos para trabalhadores rurais.

Na prática, em 2025, o INSS passou a trabalhar com prazos um pouco mais flexíveis, que variam de 45 a 90 dias, especialmente em convocações com envio por carta.

Mesmo assim, o ideal é agir o quanto antes para não correr riscos. Lembre-se de que o sistema do INSS nem sempre é rápido e que deixar para a última hora pode comprometer sua defesa.

Durante esse prazo, você deve agendar a perícia médica (se for o caso), reunir a documentação solicitada e entregar tudo corretamente pelo site Meu INSS, de forma presencial ou pela Central 135, conforme indicado na convocação.

Perder esse prazo sem justificativa pode resultar em suspensão automática do seu benefício.

Por isso, esteja atento e não deixe passar nenhum detalhe. Se houver dificuldade para cumprir as exigências, busque apoio de um advogado previdenciário.

O que acontece se eu não ir a avaliação do pente-fino no INSS?

Se você não comparecer à avaliação marcada pelo INSS no processo do pente-fino, o seu benefício pode ser suspenso de forma imediata.

Essa ausência é interpretada como falta de interesse na continuidade do processo ou até mesmo como suspeita de irregularidade.

Caso você não regularize a situação logo após a suspensão, há o risco de cancelamento definitivo do benefício.

Isso significa que, mesmo que você reúna os documentos depois, será necessário entrar com pedido de reconsideração, recurso administrativo ou até ação judicial para tentar recuperar o que foi perdido.

Porém, se houver um motivo justificado para o não comparecimento, como um problema grave de saúde, é possível informar ao INSS pelo telefone 135 ou pelo aplicativo e tentar reagendar a avaliação.

É fundamental que a justificativa seja clara, com documentos que comprovem o impedimento.

Ignorar a convocação ou tentar resolver tudo sozinho, sem entender os prazos e exigências legais, pode te colocar em uma situação delicada.

Por isso, caso tenha dúvidas, procure orientação. Contar com um profissional que conheça o processo é uma forma de preservar seus direitos.

Preciso de um advogado se eu for convocado para o pente-fino?

Não é obrigatório ter um advogado para responder à convocação do pente-fino, mas a presença de um profissional pode ser extremamente útil, principalmente em situações mais delicadas ou quando há risco de perda do benefício.

Se você entende bem como o processo funciona, está com a documentação em dia e não enfrenta obstáculos, pode seguir com tudo por conta própria.

Mas se tiver dificuldades para acessar o sistema, se não souber exatamente quais laudos apresentar, ou se já teve o benefício negado antes, o ideal é buscar apoio de um advogado previdenciário.

Esse profissional pode te orientar desde o início, revisar sua documentação, preparar uma defesa sólida e, se necessário, recorrer administrativamente ou ingressar com ação judicial.

Além disso, se o benefício for suspenso, o advogado pode buscar a reversão com pagamento retroativo, garantindo que você não fique sem renda por tempo indeterminado.

Em um sistema com tanta burocracia, a ajuda técnica certa pode ser o que separa a manutenção de um benefício essencial do corte inesperado por um erro que poderia ser evitado.

Um recado final para você!

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada em seu caso.

Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

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Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.

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