Crime de explosão: entenda a lei e as penas
Você sabe quando o crime de explosão se consuma? Muitas pessoas acham que é só quando há uma detonação, mas a lei prevê algo bem diferente. Descubra agora!
O crime de explosão é um tema que desperta muitas dúvidas e preocupações, especialmente porque envolve riscos sérios à vida e ao patrimônio.
A legislação brasileira prevê punições severas para esse tipo de crime, mas muitos ainda não compreendem exatamente quais são os elementos que caracterizam a infração, quando ela se consuma e quais as penas previstas.
Além disso, dúvidas sobre as possibilidades de defesa em casos de acusações também são frequentes.
Este artigo traz uma explicação detalhada sobre todos os aspectos do crime de explosão, para que você compreenda melhor o que a lei determina sobre o assunto.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: https://forms.gle/GmG5qjiVa2tpoejf7
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- O que é crime de explosão?
- Quais são os 4 tipos de crime?
- Quando se consuma o crime de explosão?
- O que diz o artigo 251 do Código Penal?
- Quais são os tipos de explosão?
- Qual a pena por incêndio?
- O que é explosão de pagers?
- Qual a pena para o crime de explosão?
- Como me defender de uma acusação de crime de explosão?
- Um recado final para você!
- Autor
O que é crime de explosão?
O crime de explosão está previsto no artigo 251 do Código Penal Brasileiro e ocorre quando uma pessoa provoca uma explosão ou utiliza qualquer meio análogo que possa colocar em risco a vida, a integridade física ou o patrimônio de terceiros.
Esse crime pode ser cometido de diferentes maneiras, como pela detonação de explosivos, pelo arremesso de artefatos explosivos ou ainda pela colocação de substâncias que possam gerar uma explosão.
O fator determinante para a caracterização do crime de explosão não é apenas a detonação em si, mas o risco que a conduta representa para um número indeterminado de pessoas ou bens.
Mesmo que a explosão não ocorra efetivamente, se houver um perigo real e concreto, o crime já pode ser considerado consumado.
Além disso, a lei diferencia as condutas dolosas, quando há intenção de provocar o evento, e culposas, quando a explosão ocorre por negligência, imprudência ou imperícia.
A pena pode variar conforme a gravidade dos danos causados e as circunstâncias específicas do caso.
Quais são os 4 tipos de crime?
Dentro da tipificação do crime de explosão, a legislação estabelece diferentes formas de cometimento do delito, que podem ser classificadas em quatro categorias principais:
Explosão dolosa: Ocorre quando o agente tem intenção direta ou assume o risco de causar a explosão e gerar perigo.
Explosão com resultado agravado: Se a explosão resultar em lesão corporal grave, a pena aumenta. Caso leve à morte de uma ou mais pessoas, a pena é dobrada.
Explosão culposa: A explosão acontece por negligência, imprudência ou imperícia, sem que haja intenção criminosa, mas com potencial para causar danos.
Explosão em locais específicos: Se o crime for praticado contra edifícios públicos ou locais de grande circulação de pessoas, a pena pode ser agravada em até um terço.
A gravidade da punição dependerá das circunstâncias e consequências da explosão, sendo sempre analisada caso a caso.
Quando se consuma o crime de explosão?
O crime de explosão se consuma no momento em que a conduta do agente cria um risco real e iminente para a vida, a integridade física ou o patrimônio de um número indeterminado de pessoas.
Isso significa que não é necessário que a explosão ocorra efetivamente, basta que o ato realizado tenha potencial concreto de causar dano.
Por exemplo, se uma pessoa arremessa um explosivo em um local movimentado, mas ele não detona, o crime já pode ser considerado consumado, pois houve exposição ao perigo.
O mesmo ocorre se alguém coloca explosivos em um prédio, mesmo que não chegue a acionar a detonação.
Se houver apenas a intenção, mas sem risco real de explosão, pode ser discutida a tentativa de crime, mas não sua consumação.
O entendimento da justiça é que o crime de explosão não exige um dano material concreto, apenas a existência do perigo provocado pela conduta do agente.
O que diz o artigo 251 do Código Penal?
O artigo 251 do Código Penal Brasileiro define o crime de explosão da seguinte forma:
Art. 251 – Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos
A pena base para esse crime é reclusão de três a seis anos e multa. No entanto, a legislação prevê diferentes agravantes:
Se houver lesão corporal grave como consequência da explosão, a pena será aumentada em um terço.
Se a explosão causar morte, a pena será dobrada.
Se o crime for praticado contra locais públicos ou edifícios destinados ao uso coletivo, a pena pode ser agravada em até um terço.
Se o crime for cometido de forma culposa, sem intenção, a pena é reduzida para detenção de seis meses a dois anos.
A interpretação desse artigo leva em consideração o perigo que a conduta representa e não apenas os danos efetivamente causados.
Quais são os tipos de explosão?
O crime de explosão pode ser cometido de diferentes formas, dependendo do tipo de explosivo ou do meio utilizado.
Alguns dos principais tipos de explosão que podem ser enquadrados na lei incluem a explosão de dinamite ou substância análoga, que geralmente causa destruição de grande proporção, a explosão criminosa intencional, quando o agente usa explosivos para prejudicar pessoas ou bens, e a explosão acidental, que ocorre sem intenção, mas por negligência ou imprudência.
Além disso, há explosões utilizadas em crimes como assaltos a bancos, uma situação frequente no Brasil, onde criminosos destroem caixas eletrônicos com explosivos para roubar dinheiro.
Independentemente do tipo de explosão, se houver risco à vida ou ao patrimônio, o ato pode ser enquadrado no crime do artigo 251.
Qual a pena por incêndio?
O crime de incêndio criminoso está previsto no Artigo 250 do Código Penal e ocorre quando alguém causa incêndio colocando em risco a vida, a integridade física ou o patrimônio de terceiros.
A pena para esse crime é reclusão de três a seis anos e multa, podendo ser agravada caso o incêndio ocorra em locais habitados, prédios públicos ou áreas com grande circulação de pessoas.
Se o incêndio resultar em morte, a pena poderá ser dobrada, assim como ocorre no crime de explosão.
O que é explosão de pagers?
O termo explosão de pagers não tem uma relação direta com o crime de explosão, mas refere-se a crimes que utilizam explosivos para arrombar caixas eletrônicos e cometer furtos.
Essa prática criminosa é comum em assaltos a bancos e geralmente envolve quadrilhas especializadas que utilizam explosivos para acessar compartimentos de dinheiro.
Nesses casos, além do crime de explosão, os criminosos podem responder por roubo qualificado, associação criminosa e dano ao patrimônio.
Qual a pena para o crime de explosão?
A pena para o crime de explosão varia conforme a gravidade da conduta. A pena base é reclusão de três a seis anos e multa, podendo ser aumentada em um terço caso haja lesão corporal grave.
Se houver morte, a pena é dobrada. Se o crime ocorrer contra bens públicos ou locais de grande circulação, a pena pode ser aumentada em até um terço.
Na modalidade culposa, sem intenção, a pena será de seis meses a dois anos.
Como me defender de uma acusação de crime de explosão?
Para quem responde a uma acusação de crime de explosão, a defesa pode ser feita por meio de diferentes estratégias.
Uma das principais formas de defesa é a demonstração da ausência de dolo, se não houver intenção de causar a explosão.
Além disso, pode ser alegada a inexistência de perigo real, caso a conduta não tenha exposto terceiros ao risco.
Também é essencial a análise das provas apresentadas, questionando a legalidade das investigações.
O ideal é buscar assistência de um advogado especializado, que poderá apresentar as melhores estratégias para evitar uma condenação injusta.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema “crime de explosão” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia
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