Quais doenças permitem o saque do FGTS?
Descubra quais condições de saúde permitem que você saque o FGTS e entenda seus direitos sem complicação.
Saber que é possível usar o saldo do FGTS em momentos delicados, como durante o enfrentamento de uma doença grave, traz um certo alívio em meio à turbulência.
Em situações assim, ter acesso ao seu próprio dinheiro pode representar não apenas uma ajuda financeira, mas também dignidade, tranquilidade e força para lutar.
Neste artigo, você vai entender exatamente quando é possível sacar o FGTS, quais doenças são reconhecidas para esse fim, como fazer o pedido, como saber se foi aprovado e o que fazer caso o pedido seja negado.
Se você ou alguém da sua família está passando por isso, leia com atenção até o fim.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
O que é o saque do FGTS?
O saque do FGTS é o direito do trabalhador de retirar os valores depositados pelo empregador em sua conta vinculada.
Isto é, o FGTS é constituído por depósitos mensais equivalentes a 8% do salário do empregado, realizados pelo empregador em contas individuais na Caixa Econômica Federal.
Esses valores ficam acumulados ao longo do tempo e podem ser utilizados pelo trabalhador em momentos estratégicos, como no caso de doenças graves.
Além disso, o saque do FGTS pode ocorrer de forma programada ou emergencial, dependendo da modalidade de acesso.
Por exemplo, existe o saque-aniversário, que permite retirar uma parte do saldo no aniversário do trabalhador, e o saque emergencial, para situações excepcionais.
Para realizar o saque, é necessário apresentar documentos como Carteira de Trabalho, RG, CPF e cartão do FGTS, podendo o procedimento ser feito presencialmente ou no digital.
Quando é possível sacar o FGTS?
As regras para saque do FGTS são definidas por lei e incluem várias situações específicas. Entre os casos mais comuns estão:
→ Demissão sem justa causa
→ Aposentadoria
→ Compra de imóvel
→ Rescisão por acordo entre as partes
→ Falecimento do titular (saque pelos herdeiros)
→ Conta inativa por mais de três anos
→ Trabalhador com 70 anos ou mais
→ Saque-aniversário (opcional)
→ Doenças graves, tanto do trabalhador quanto de seus dependentes
Cada uma dessas situações tem seus próprios critérios e documentos exigidos.
No caso das doenças graves, a liberação é possível mediante comprovação médica e apresentação de documentos específicos, que falaremos mais adiante.
Quais doenças permitem sacar o FGTS?
A legislação e as normas da Caixa Econômica Federal reconhecem uma lista de doenças graves que permitem o saque do FGTS.
Para ser liberado, o trabalhador (ou seu dependente) precisa estar com a doença comprovada por laudos médicos detalhados, com exames e documentos válidos. Abaixo, estão as principais doenças reconhecidas:
- Neoplasia maligna (câncer)
- HIV/AIDS
- Tuberculose ativa
- Hanseníase
- Cardiopatia grave
- Nefropatia grave
- Hepatopatia grave
- Paralisia irreversível
- Cegueira
- Alienação mental
- Contaminação por radiação
- Doença de Parkinson
- Espondiloartrose anquilosante
- Osteíte deformante
- Esclerose múltipla
- Autismo
- Estágio terminal de vida
Importante lembrar que essa lista pode ser atualizada por normativas da Caixa, e o grau de severidade da doença também é avaliado.
Ou seja, não basta ter a doença: é preciso comprovar que ela se encontra em estágio grave ou incapacitante.
Como sacar o FGTS por motivo de doença?
O processo pode ser feito de forma presencial na Caixa ou online pelo aplicativo FGTS. Em ambos os casos, é necessário reunir a documentação correta e seguir as orientações do banco.
Veja o passo a passo para solicitar o saque:
1. Obtenha um laudo médico completo
O primeiro e mais importante passo é conseguir um laudo médico atualizado. Ele precisa conter:
→ O diagnóstico com CID (Código Internacional de Doenças)
→ Descrição da gravidade da doença
→ Necessidade de tratamento prolongado ou incapacitante
→ Assinatura e carimbo do médico, com o número do CRM
→ Indicação de que o paciente se enquadra nas condições previstas para saque do FGTS
A Caixa possui um modelo de relatório médico próprio, que pode ser exigido em alguns casos. É fundamental consultar isso antes de enviar qualquer documentação.
2. Reúna os documentos pessoais
Você vai precisar dos seguintes documentos:
→ Documento de identidade com foto
→ CPF
→ Número do PIS/PASEP/NIS
→ Carteira de trabalho
→ Exames médicos complementares
→ Comprovante de vínculo empregatício (quando necessário)
→ Se for dependente doente, documentos que comprovem a dependência (certidão de nascimento, declaração de imposto de renda, entre outros)
3. Faça a solicitação
Você pode seguir dois caminhos: presencialmente na agência Caixa ou aplicativo FGTS.
Presencialmente, leve todos os documentos originais e cópias para análise. Em alguns casos, pode ser exigida perícia médica oficial.
No app, vá até a seção “Meus Saques” → “Outras situações de saque” → “Doenças graves”. Envie os documentos escaneados e acompanhe o andamento do pedido diretamente por lá.
Como saber se o saque por doença foi aceito?
Após enviar os documentos, você pode acompanhar o andamento pelo próprio aplicativo FGTS, na opção “Meus Saques”.
Também é possível consultar presencialmente na agência onde o pedido foi feito.
O prazo de análise costuma ser de até 5 dias úteis, mas pode variar. Em alguns casos, a Caixa pode solicitar complementação de documentos ou perícia médica oficial.
Se aprovado, o valor é liberado direto para conta ou para saque presencial.
Se houver pendências ou recusa, o sistema deve informar o motivo, permitindo correções ou recurso.
Saque do FGTS negado por doença, o que fazer?
Se o seu pedido for negado, o primeiro passo é entender o motivo.
Pode ser um laudo incompleto, exames insuficientes ou documentação incorreta. Essas falhas são comuns e podem ser corrigidas.
Você pode apresentar um novo pedido com a documentação ajustada ou entrar com um recurso administrativo junto à Caixa.
Existe um formulário próprio para isso, e o prazo costuma ser de até 30 dias após a negativa.
Se mesmo com o recurso a resposta for negativa, é possível buscar orientação jurídica.
Muitas vezes, um advogado consegue identificar erros na análise e apresentar uma ação judicial, garantindo o saque por via judicial.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.
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Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.
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