O que é o crime de falsificação de documentos e qual a pena

Você sabe como a falsificação de documentos pode afetar sua vida pessoal ou profissional? Descubra os riscos e o que a lei diz sobre o assunto.

O que é o crime de falsificação de documentos e qual a pena

O que é o crime de falsificação de documentos e qual a pena

A falsificação de documentos é um tema que gera muitas dúvidas e preocupações, principalmente quando se trata das consequências legais envolvidas.

Seja você vítima de um documento fraudado ou acusado de falsificá-lo, é essencial compreender o que a lei brasileira diz sobre isso e como agir diante dessa situação.

A seguir, você vai entender tudo que precisa saber sobre a falsificação de documentos.

Se você está passando por uma situação delicada, este conteúdo pode ser decisivo para te orientar. Leia até o final e evite tomar decisões precipitadas.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

O que é falsificação de documentos?

A falsificação de documentos é considerada um crime grave previsto no Código Penal Brasileiro.

Isso significa que falsificação de documentos é crime, sim, e envolve qualquer ação de criar, alterar, modificar ou reproduzir um documento com aparência de verdadeiro, mas com conteúdo falso ou adulterado.

Na prática, isso pode acontecer quando alguém falsifica uma identidade, altera dados em um contrato, emite diplomas ou atestados sem validade ou até insere informações falsas em um documento verdadeiro.

Não importa se a falsificação foi total ou parcial, o simples ato de comprometer a autenticidade de um documento já configura crime, mesmo que o documento nem chegue a ser utilizado.

Esse tipo de crime coloca em risco a confiança que a sociedade deposita nos documentos que circulam entre pessoas, empresas e órgãos públicos.

Por isso, é levado muito a sério pelas autoridades.

O que é crime de falsificação documental?

O crime de falsificação documental ocorre quando uma pessoa, de forma intencional, cria ou modifica um documento para enganar alguém ou obter vantagem indevida.

Esse tipo de crime se divide em dois grupos principais: a falsificação de documento público e a falsificação de documento particular.

O documento público é aquele emitido por um órgão oficial, como certidões, carteiras de identidade, carteiras de habilitação, certidões de nascimento ou casamento, e diplomas emitidos por instituições reconhecidas pelo governo.

Já o documento particular é qualquer outro que não tenha origem em um órgão público, como contratos, recibos, procurações, declarações ou atestados médicos particulares.

Em ambos os casos, a lei trata como crime, e a pena pode ser bastante severa.

Mesmo que você não tenha lucrado com a falsificação ou sequer usado o documento, a tentativa de falsificar já é suficiente para caracterizar o crime.

Isso mostra o quanto o sistema jurídico brasileiro leva a sério a preservação da fé pública.

Quais os principais tipos de falsificação de documentos?

Os principais tipos de falsificação de documentos são a falsificação de documento público, de documento particular e a falsidade ideológica.

A falsificação de documento público, prevista no art. 297 do Código Penal, envolve certidões, RG, CNH, diplomas e documentos oficiais.

Já a falsificação de documento particular, tratada no art. 298, abrange contratos, recibos, declarações médicas e documentos bancários.

A falsidade ideológica ocorre quando o conteúdo é falso, mesmo que o documento seja fisicamente verdadeiro, como em um atestado fraudado.

Em todos os casos, falsificação de documentos é crime e pode gerar penas severas, mesmo que o documento nem tenha sido utilizado.

É importante saber que qualquer tentativa de alterar ou criar um documento falso já configura crime.

O que diz a lei sobre os crimes de falsificação de documentos?

A lei de falsificação de documentos é bastante clara e abrangente no Brasil. Os crimes estão dispostos entre os artigos 297 a 305 do Código Penal.

Cada tipo de documento e conduta tem uma descrição específica e penas proporcionais à gravidade do ato.

Esses dispositivos visam proteger não apenas os interesses das partes envolvidas, mas também a confiança pública nos documentos que regem as relações jurídicas, comerciais e institucionais no país.

Cometer esse tipo de crime pode gerar consequências que vão muito além da prisão: pode haver bloqueio de bens, condenação a pagar indenizações, perda de emprego (no caso de servidores públicos), entre outras penalidades acessórias.

O que diz o artigo 297 do Código Penal?

O artigo 297 do Código Penal trata da falsificação de documento público, como certidões, RG, CNH, diplomas ou qualquer outro documento emitido por órgãos oficiais.

De acordo com a legislação, falsificar, no todo ou em parte, ou alterar um documento público verdadeiro, é crime.

Veja o que diz o artigo:

Art. 297 Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro: Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa.

A pena aumenta se o crime for cometido por funcionário público que se aproveita do cargo, o que mostra o peso da responsabilidade de quem tem a função de proteger o interesse público.

Esse dispositivo é um dos principais quando falamos que falsificação de documentos é crime, especialmente quando envolve documentos oficiais.

Além disso, segundo o parágrafo único, cartões de crédito e débito também são considerados documentos particulares para fins penais, conforme alteração promovida pela Lei nº 12.737/2012, conhecida como Lei Carolina Dieckmann.

Isso amplia o escopo de proteção penal para crimes praticados no ambiente digital e financeiro.

O que diz o artigo 298 do Código Penal?

O artigo 298 do Código Penal trata da falsificação de documento particular, como contratos, declarações, atestados, recibos, cheques e até cartões de crédito ou débito.

Segundo o artigo:

Art. 298 – Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro: Pena – reclusão de um a cinco anos e multa.

Isso significa que qualquer tentativa de falsificar ou alterar um documento particular já é crime, mesmo que ele não tenha sido usado ou não tenha causado prejuízo.

A pena mostra que falsificação de documentos é crime sério, com consequências jurídicas relevantes.

O que caracteriza a falsidade de um documento?

A falsidade de um documento é caracterizada por qualquer ação que modifique a verdade ou crie um conteúdo enganoso com aparência de legitimidade.

Isso pode ocorrer de diferentes formas, mas as duas mais comuns são a falsidade material e a falsidade ideológica.

Na falsidade material, alguém altera fisicamente o documento. Pode ser uma assinatura copiada, um número trocado, um nome inventado ou uma rasura no conteúdo.

Já a falsidade ideológica ocorre quando o documento é verdadeiro em sua forma, mas seu conteúdo mente sobre algo essencial,  por exemplo, um atestado médico verdadeiro que declara uma doença inexistente.

Essas práticas são tipificadas na lei brasileira como crimes autônomos, ou seja, cada tipo tem sua própria definição e pena.

O importante é entender que qualquer documento que tenta induzir alguém ao erro é considerado falso, mesmo que esteja parcialmente correto.

Quando se consuma o crime de falsificação de documentos?

O crime de falsificação de documentos se consuma no exato momento em que o documento falso é confeccionado ou adulterado, mesmo que ele nunca seja usado ou entregue a outra pessoa.

Isso significa que, para configurar o crime, não é necessário que a fraude tenha causado um prejuízo concreto.

Basta que o documento seja falsificado com intenção de enganar, essa ação já é suficiente para configurar a prática criminosa.

Por isso, muitas pessoas acreditam que só cometem crime se o documento falsificado for usado, o que não é verdade.

A simples produção ou alteração com potencial de causar engano já permite que o autor seja responsabilizado criminalmente.

Qual a penalidade por falsificação de documentos?

A penalidade por falsificação de documentos vai depender do tipo de documento envolvido e das circunstâncias em que o crime foi cometido.

A lei diferencia os documentos públicos e particulares:

Saber qual a pena para falsificação de documentos é essencial para quem deseja entender a gravidade da conduta e as consequências legais envolvidas.

Além disso, é importante ressaltar que esses crimes não costumam ser passíveis de acordos simples, e a defesa jurídica exige preparo técnico e atenção aos detalhes do processo.

Como identificar um documento falsificado?

Para identificar um documento falsificado, observe a qualidade do papel, os carimbos, assinaturas e dados.

Inconsistências visuais ou informações incorretas já são um alerta. Em documentos digitais, verifique a presença de assinatura eletrônica com certificado digital.

Hoje, é possível usar tecnologia eficaz contra falsificação de documentos, com ferramentas que validam automaticamente a autenticidade.

Se houver dúvida, é essencial buscar auxílio técnico ou jurídico. A detecção precoce pode evitar prejuízos graves e responsabilizações indevidas.

Como e onde denunciar a falsificação de documentos?

Se você identificar uma falsificação, junte todas as provas possíveis e registre um Boletim de Ocorrência na delegacia mais próxima ou pela internet.

Dependendo do caso, também é possível acionar delegacias especializadas ou o Ministério Público.

A denúncia pode ser feita por qualquer pessoa, mesmo que não seja a vítima direta. Mas é fundamental agir rápido.

Quanto antes você denunciar, maiores são as chances de responsabilizar o autor e proteger seus direitos.

E lembre-se: o suporte jurídico é essencial nesse momento, tanto para representar seus interesses quanto para evitar decisões erradas.

Se você está envolvido em um caso que envolve falsificação de documentos, seja como vítima ou acusado, não espere o problema crescer.

A atuação nos primeiros momentos é essencial para proteger seus direitos, organizar sua defesa ou iniciar a responsabilização de quem cometeu o crime.

A depender do tipo de documento falsificado e da situação envolvida, cada detalhe pode fazer diferença no desfecho do processo.

Por isso, contar com apoio jurídico especializado e agir com rapidez são fatores que fazem toda a diferença.

Um recado final para você!

imagem representando advogado

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada.

Sabemos que o tema “falsificação de documentos” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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