Investigação criminal: quais são os procedimentos?

Entenda os principais procedimentos da investigação criminal, os direitos do investigado e a importância do advogado nesse processo.

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Investigação criminal: quais são os procedimentos?

A investigação criminal é um processo fundamental para o sistema de justiça, utilizado para apurar a ocorrência de um crime, identificar os responsáveis e reunir evidências para o julgamento.

Ela envolve uma série de etapas detalhadas, cada uma com o objetivo de garantir que a verdade seja apurada da melhor forma possível.

Neste artigo, vamos explorar os principais procedimentos da investigação criminal, o papel de diferentes profissionais envolvidos, a importância da perícia criminal, os direitos do investigado e a relevância do advogado nesse processo.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

O que se faz na investigação criminal?

A investigação criminal é um procedimento conduzido pela autoridade policial com o objetivo de apurar a ocorrência de um crime, identificar seus responsáveis e reunir provas que fundamentem a ação penal.

A investigação tem início com a notícia de crime, que pode ser informada de diversas formas, como denúncia, prisão em flagrante ou comunicação direta pela vítima. Ao ser informada, a polícia inicia o processo para identificar a materialidade do crime e verificar a autoria.

O primeiro passo na investigação criminal é o deslocamento ao local do crime. A polícia chega à cena para preservar o local, coletar evidências e evitar que o crime seja alterado.

O trabalho dos policiais e dos peritos criminais é fundamental nesse momento, pois as provas precisam ser coletadas de forma adequada para garantir sua validade no processo judicial.

Em seguida, a coleta de provas é essencial para a investigação. Isso inclui exames de vestígios como impressões digitais, amostras de sangue, drogas ou substâncias químicas e outros objetos relacionados ao crime.

Além disso, são realizadas as ouvidas das testemunhas e do investigado, com o objetivo de esclarecer os fatos e obter mais informações.

O trabalho de perícia também desempenha um papel fundamental. Peritos criminais são chamados para analisar as evidências materiais e biológicas encontradas no local do crime.

Esses exames podem incluir a análise de arma do crime, cabelo ou DNA, e a determinação de causa da morte, se for um caso de homicídio, por exemplo.

Portanto, a investigação criminal busca reunir todas as evidências possíveis para esclarecer o ocorrido e formar a base para uma ação penal subsequente.

Quais são os principais procedimentos na investigação criminal?

A investigação criminal segue procedimentos legais e técnicos que buscam garantir a apuração precisa dos fatos.

O primeiro procedimento é o deslocamento ao local do crime. Isso é fundamental para preservar a cena e evitar que provas sejam contaminadas ou destruídas.

O local do crime precisa ser isolado para impedir que pessoas não autorizadas entrem e comprometam a investigação.

Após isso, o coleta de provas é feita, com a análise de impressões digitais, vestígios biológicos, documentos e outros objetos que possam ajudar a entender o que aconteceu.

É importante garantir que todas as provas sejam adequadamente documentadas para evitar questionamentos sobre sua validade no futuro. A arma do crime, por exemplo, precisa ser cuidadosamente analisada para determinar se há evidências de que o suspeito a tenha usado.

Outro procedimento importante é a ouvida das testemunhas e do investigado. As testemunhas são essenciais para dar detalhes sobre o ocorrido, e o investigado é ouvido para apresentar sua versão dos fatos.

Além disso, se necessário, a perícia técnica entra em ação para realizar exames mais profundos, como a análise de substâncias químicas ou a identificação de DNA.

Por fim, após essas diligências, é elaborado o relatório de conclusão, conhecido como inquérito policial.

O delegado responsável pela investigação compila todas as provas, depoimentos e perícias realizadas no decorrer do processo e encaminha o relatório ao Ministério Público para que o promotor decida se oferece a denúncia ou não.

O que são investigação forense e perícia criminal?

Investigação forense e perícia criminal são conceitos essenciais na apuração de crimes, e embora relacionados, eles se concentram em aspectos diferentes do processo investigativo.

A investigação forense envolve a aplicação de técnicas científicas e tecnológicas para analisar as provas. Ela engloba áreas como biologia, química, física e até informática, dependendo da natureza do crime.

Essa abordagem é usada especialmente em casos como fraudes digitais ou crimes cibernéticos, em que o uso de tecnologia é um fator central.

Por outro lado, a perícia criminal foca especificamente na análise técnica de evidências materiais, como impressões digitais, vestígios de sangue ou armas do crime.

Os peritos criminais são responsáveis por examinar as evidências e fornecer laudos técnicos que ajudem na elucidação do caso.

Por exemplo, em um homicídio, a perícia pode ser chamada para determinar a causa da morte, a dinâmica do crime e até mesmo o perfil do agressor com base nas evidências encontradas.

Enquanto a investigação forense usa uma abordagem mais ampla e multidisciplinar, a perícia criminal é focada em exames técnicos que fornecem resultados concretos para serem utilizados durante o processo judicial.

O que é necessário para iniciar uma investigação criminal?

Para iniciar uma investigação criminal, é necessário que a autoridade policial tome ciência da ocorrência de um crime. Isso pode acontecer de várias formas:

A notícia de crime é o momento em que alguém (vítima, testemunha ou qualquer outra pessoa) informa a autoridade policial sobre um crime que foi cometido. Isso pode ocorrer por denúncia, prisão em flagrante ou comunicação direta pela vítima.

Caso o investigado seja preso em flagrante cometendo o crime, a investigação já pode ser iniciada imediatamente. Nesse caso, a polícia tem acesso imediato ao suspeito e pode começar a apurar os fatos sem a necessidade de espera.

Mesmo sem uma denúncia formal, a polícia pode iniciar uma investigação quando há indícios de que um crime tenha sido cometido, como uma encomenda suspeita ou uma denúncia anônima.

Uma vez que a autoridade policial toma conhecimento do crime, ela pode instaurar o inquérito policial, que é o procedimento legal para apurar o fato e reunir evidências.

Esse inquérito visa, essencialmente, identificar o autor do crime, reunir provas e esclarecer as circunstâncias do ocorrido.

Qual a duração de uma investigação criminal?

A duração de uma investigação criminal pode variar dependendo da complexidade do caso, da natureza do crime e dos recursos disponíveis para a polícia.

O Código de Processo Penal (CPP) brasileiro determina prazos para a conclusão do inquérito policial. Esses prazos dependem, principalmente, da situação do investigado.

Se o investigado estiver preso (em flagrante ou preventivamente), o prazo para concluir o inquérito é 10 dias para crimes comuns e 30 dias para crimes relacionados ao tráfico de drogas, podendo ser prorrogado por mais 30 dias.

No caso de investigado solto, o prazo é de 30 dias para crimes comuns e 90 dias para crimes envolvendo tráfico de drogas, podendo ser prorrogado por igual período.

Esses prazos podem ser estendidos se a autoridade policial justificar a necessidade de mais tempo para concluir a investigação.

Porém, a investigação não pode durar tempo indeterminado, e a prescrição pode ser uma consequência caso a investigação não seja finalizada dentro dos prazos legais.

Quais são os direitos do investigado?

O investigado em uma investigação criminal possui uma série de direitos constitucionais garantidos pela Constituição Federal e pela legislação. Esses direitos são essenciais para proteger o indivíduo contra abusos e garantir que o processo seja justo.

O investigado tem o direito de não produzir provas contra si mesmo. Ele pode optar por permanecer em silêncio durante o interrogatório, e esse silêncio não pode ser usado contra ele.

O investigado tem o direito de ser assistido por um advogado. Se não tiver condições de contratar um, o advogado será nomeado pela Defensoria Pública.

A Constituição garante que toda pessoa é inocente até que se prove sua culpa. O investigado não pode ser tratado como culpado até o trânsito em julgado de uma sentença condenatória.

O investigado tem o direito de ser informado sobre as acusações e de apresentar sua defesa. Ele pode questionar as provas e apresentar provas em seu favor durante o processo.

Qual a importância de um advogado na investigação criminal?

O papel do advogado na investigação criminal é crucial para garantir que o processo seja conduzido de maneira justa e que os direitos do investigado sejam respeitados.

O advogado tem a função de orientar o investigado sobre como proceder durante os depoimentos, garantir que ele não seja coagido ou torturado, e assegurar que todos os seus direitos constitucionais sejam cumpridos.

Além disso, o advogado pode acompanhar a investigação, solicitar a produção de provas que beneficiem seu cliente e questionar a legalidade das provas obtidas pela polícia.

Em casos de prisão preventiva, o advogado pode intervir, pedindo a revogação da prisão ou a substituição por medidas cautelares.

A presença do advogado também é fundamental para que o investigado tenha acesso aos elementos de prova que, eventualmente, serão utilizados contra ele, e para que ele não seja vítima de abusos ou violação de direitos.

Em resumo, a atuação do advogado é essencial para que o processo criminal seja conduzido de forma legal, ética e justa, evitando que o investigado seja prejudicado durante as investigações.

Um recado final para você!

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Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica.

Sabemos que o tema “investigação criminal” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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