Insalubridade para soldador: como pedir?
Você arrisca a saúde todos os dias no calor da solda, mas será que está recebendo o adicional que merece? Entenda como garantir a insalubridade para soldador!
Trabalhar como soldador não é fácil. Além do esforço fÃsico, a exposição diária a calor intenso, fumaça tóxica, ruÃdo e agentes quÃmicos pode trazer riscos sérios à saúde — muitos deles silenciosos, mas cumulativos.
Por isso, a legislação trabalhista reconhece que essa atividade é insalubre e garante direitos especÃficos ao trabalhador, como o adicional de insalubridade.
No entanto, muita gente que atua na área não sabe que tem esse direito ou não sabe como solicitar.
E, por falta de informação, acaba deixando de receber um valor que pode fazer toda a diferença no salário no fim do mês.
Se esse é o seu caso, este artigo é pra você.
Vamos te mostrar, de forma clara e direta, como funciona a insalubridade para soldador e o que fazer para pedir esse direito sem complicações.
Sabemos que questões jurÃdicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- O que é adicional de insalubridade?
- O soldador tem direito à insalubridade?
- Qual o valor da insalubridade para o soldador?
- Como funciona a insalubridade para o soldador?
- Quais são os requisitos para insalubridade do soldador?
- Como pedir adicional de insalubridade para o soldador?
- Como consigo comprovar a insalubridade como soldador?
- Qual a importância do advogado para insalubridade do soldador?
- Um recado final para você!
- Autor
O que é adicional de insalubridade?
O adicional de insalubridade é um valor extra pago ao trabalhador que exerce suas atividades em condições que colocam sua saúde em risco.
Como exposição a calor excessivo, ruÃdos altos, substâncias quÃmicas, radiação, poeira tóxica, agentes biológicos ou qualquer outro fator prejudicial.
Definido pelas normas do Ministério do Trabalho.
Esse adicional é regulamentado pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e tem como objetivo compensar financeiramente o trabalhador.
Que mesmo com todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), ainda está sujeito a ambientes insalubres.
Ele é calculado com base no salário mÃnimo vigente, e o valor varia conforme o grau de insalubridade da função:
- 10% para grau mÃnimo
- 20% para grau médio
- 40% para grau máximo
Ou seja, além do salário normal, o trabalhador que atua em condições insalubres tem direito a receber esse adicional mensalmente, enquanto permanecer exposto ao risco.
E o soldador é uma das profissões que mais frequentemente se enquadra nessa situação.
O soldador tem direito à insalubridade?
Sim, o soldador geralmente tem direito ao adicional de insalubridade, justamente por estar exposto a diversos agentes nocivos à saúde durante a jornada de trabalho.
A atividade de soldagem envolve contato direto com fumaças metálicas, radiações, calor extremo, ruÃdo constante e até produtos quÃmicos, dependendo do tipo de solda utilizada.
Todos esses fatores são considerados insalubres pelas normas do Ministério do Trabalho.
O direito ao adicional de insalubridade, no caso do soldador, não depende apenas da função, mas da avaliação do ambiente de trabalho feita por um engenheiro ou médico do trabalho.
Essa avaliação técnica é que vai classificar o grau de insalubridade — mÃnimo, médio ou máximo — e indicar se o trabalhador tem direito ao adicional, e qual o percentual.
Mesmo que a empresa forneça EPIs (como máscaras, luvas e protetores auriculares), se a proteção não for suficiente para eliminar o risco, o direito ao adicional continua válido.
O que muita gente não sabe é que, se o empregador não pagar o adicional corretamente, o trabalhador pode cobrar na Justiça até 5 anos retroativos, com correção e juros.
Ou seja, o soldador não só pode ter direito ao adicional de insalubridade, como deve exigir que ele seja pago de forma correta e compatÃvel.
Com o risco a que está exposto. E se isso não acontecer, a orientação jurÃdica é o melhor caminho.
Qual o valor da insalubridade para o soldador?
O valor da insalubridade para o soldador varia conforme o grau de exposição aos riscos no ambiente de trabalho, podendo ser classificado como mÃnimo, médio ou máximo.
Esse adicional é calculado com base no salário mÃnimo vigente — que em 2025 é de R$ 1.518,00 — e pode representar 10%, 20% ou 40% desse valor, o que equivale, respectivamente, a R$ 151,80, R$ 303,60 ou R$ 607,20 por mês.
A maior parte dos soldadores, devido ao contato direto com calor intenso, fumaça metálica, ruÃdos e agentes quÃmicos, costuma ser enquadrada nos graus médio ou máximo.
Mesmo quando a empresa fornece equipamentos de proteção, se os riscos não forem completamente eliminados, o adicional continua sendo devido.
É um direito garantido pela CLT e deve ser pago mensalmente, com reflexo em férias, 13º e demais verbas trabalhistas.
Se o pagamento não estiver sendo feito ou estiver com o percentual errado, o trabalhador pode cobrar judicialmente os valores retroativos dos últimos 5 anos.
Como funciona a insalubridade para o soldador?
A insalubridade para o soldador funciona como um direito trabalhista adicional, pago mensalmente, justamente porque essa profissão expõe o trabalhador a condições que oferecem risco direto à saúde.
Durante a atividade de soldagem, é comum a exposição contÃnua a agentes nocivos, como calor extremo, radiações, ruÃdo elevado, gases e partÃculas metálicas.
Todos eles listados como insalubres pelas normas do Ministério do Trabalho, especialmente pela NR-15.
O soldador, portanto, tem direito a receber o adicional de insalubridade enquanto estiver exercendo essa função em ambiente que ofereça tais riscos.
Para isso, o ambiente de trabalho deve passar por uma avaliação técnica, realizada por um engenheiro ou médico do trabalho, que emitirá um laudo indicando o grau de insalubridade: mÃnimo (10%), médio (20%) ou máximo (40%).
Esse percentual é aplicado sobre o salário mÃnimo e acrescido ao salário mensal do trabalhador.
É importante saber que o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como máscara com filtro, luvas, aventais e protetores auriculares, não exclui automaticamente o direito à insalubridade.
Somente se for comprovado que esses EPIs eliminam por completo o risco — o que é raro na atividade de solda — é que o adicional pode ser retirado.
Enquanto houver exposição ao risco, o pagamento é obrigatório.Â
Caso a empresa não pague corretamente, o soldador pode buscar seus direitos, inclusive cobrando valores retroativos dos últimos 5 anos.
Quais são os requisitos para insalubridade do soldador?
Para que o soldador tenha direito ao adicional de insalubridade, é necessário cumprir alguns requisitos especÃficos que comprovem a exposição a riscos no ambiente de trabalho.
Esse direito não é concedido automaticamente — ele depende de critérios técnicos, legais e da realidade prática das atividades exercidas. Veja abaixo os principais requisitos:
1. Exposição a agentes insalubres
O soldador precisa estar exposto, de forma habitual e contÃnua, a elementos que prejudicam a saúde.
Como fumaças metálicas, calor intenso, radiações, ruÃdos excessivos ou substâncias quÃmicas liberadas no processo de soldagem.
2. Atividade prevista na NR-15
A Norma Regulamentadora nº 15, do Ministério do Trabalho, lista os agentes que caracterizam insalubridade.
A soldagem está incluÃda em diversos anexos da norma, como calor, agentes quÃmicos e ruÃdo, o que fortalece o direito ao adicional.
3. Laudo técnico de condições ambientais (LTCAT)
A empresa deve possuir um laudo elaborado por um engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho, atestando a insalubridade da função.
Esse laudo é a base legal para o pagamento do adicional.
4. Avaliação do grau de insalubridade
O profissional responsável pelo laudo indicará se o risco é de grau mÃnimo (10%), médio (20%) ou máximo (40%), e isso definirá o valor mensal a ser pago ao soldador.
5. Ineficácia dos EPIs para neutralizar o risco
Mesmo que a empresa forneça equipamentos de proteção individual, se o risco não for totalmente eliminado, o adicional continua sendo devido.
O simples fornecimento dos EPIs não isenta a empresa do pagamento, se houver exposição contÃnua e efetiva aos agentes insalubres.
Cumpridos esses requisitos, o soldador tem direito ao adicional, que deve ser pago mensalmente com reflexo em férias, 13º e FGTS.
E caso o pagamento não esteja sendo feito, é possÃvel reivindicar judicialmente o reconhecimento da insalubridade e cobrar os valores atrasados.
Como pedir adicional de insalubridade para o soldador?
Para pedir o adicional de insalubridade como soldador, o primeiro passo é ter consciência de que esse direito pode não ser pago automaticamente pela empresa, mesmo quando a exposição a riscos é evidente.
Por isso, é fundamental agir com orientação e estratégia para garantir o que é seu por lei.
O caminho ideal começa dentro da própria empresa e pode chegar até a Justiça, se for necessário.
Você pode seguir os seguintes passos:
⮕ Verifique se o adicional está sendo pago no seu contracheque.
Ele deve aparecer discriminado de forma clara, com o percentual de 10%, 20% ou 40% sobre o salário mÃnimo. Se não constar, é um sinal de que algo está errado.
⮕ Peça à empresa o LTCAT (Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho) e o PPRA ou PGR, que são os documentos que avaliam os riscos no ambiente.
Você tem direito a essas informações. Esses laudos devem indicar a exposição a agentes insalubres e o grau de insalubridade da função de soldador.
⮕ Se a empresa se recusar a fornecer os documentos ou não pagar o adicional, você pode denunciar ao Ministério do Trabalho ou procurar um sindicato da categoria para intermediar o diálogo.
⮕ Procure um advogado trabalhista para avaliar a viabilidade de entrar com uma ação judicial.
O profissional poderá pedir uma perÃcia técnica judicial, que comprovará a insalubridade e dará base para a cobrança dos valores retroativos (até os últimos 5 anos), além dos reflexos nas verbas rescisórias, férias, 13º e FGTS.
Lembre-se: você não está pedindo um favor, está exigindo um direito garantido por lei.
Se você trabalha soldando peças metálicas, lidando com calor, fumaça e ruÃdo, e a empresa não reconhece isso no seu salário, não aceite o silêncio como resposta.
Lutar por esse direito é proteger sua saúde, seu esforço e o valor justo pelo seu trabalho. Um advogado pode ser o aliado ideal nesse processo, guiando com segurança e aumentando suas chances de sucesso.
Como consigo comprovar a insalubridade como soldador?
Para comprovar a insalubridade como soldador, você precisa apresentar provas técnicas e documentais que mostrem sua exposição direta e habitual a agentes nocivos no ambiente de trabalho.
Essa comprovação é essencial tanto para negociar com a empresa quanto para acionar a Justiça, caso o adicional de insalubridade não esteja sendo pago corretamente.
O principal documento que comprova a insalubridade é o LTCAT (Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho), que deve ser elaborado por um engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho.
Nele, constam as condições do ambiente, os agentes insalubres presentes (como calor, ruÃdo e fumaça metálica) e a classificação do grau de insalubridade: mÃnimo (10%), médio (20%) ou máximo (40%).
Outro documento importante é o PPRA ou PGR (programas de prevenção de riscos), que também registram os perigos aos quais você está exposto.
Além disso, em uma eventual ação judicial, o juiz poderá determinar a realização de uma perÃcia técnica no local de trabalho.
Nessa perÃcia, um profissional nomeado pelo juiz visitará o ambiente de trabalho, verificará as condições reais da atividade de soldagem e elaborará um laudo imparcial, que servirá como base para o julgamento do caso.
Você também pode reunir outros tipos de prova.
Como fotos do ambiente de trabalho, declarações de colegas ou superiores, relatórios médicos, exames de saúde ocupacional, registros de entrega de EPIs e contracheques (para mostrar a ausência do pagamento do adicional).
Quanto mais provas você tiver, mais forte será seu pedido.
Comprovar a insalubridade é um passo decisivo para garantir seus direitos, especialmente se a empresa estiver negando ou pagando menos do que o devido.Â
Por isso, buscar apoio jurÃdico é fundamental, pois um advogado trabalhista saberá reunir as provas corretas e conduzir o processo de forma segura e eficaz.
Qual a importância do advogado para insalubridade do soldador?
A presença de um advogado trabalhista é essencial para o soldador que deseja garantir o pagamento correto do adicional de insalubridade.Â
Muitas empresas deixam de pagar esse direito por falta de fiscalização ou por acreditarem que o trabalhador não irá questionar.
E, de fato, sem orientação adequada, muitos profissionais acabam abrindo mão de valores que poderiam fazer uma grande diferença no orçamento mensal — e até mesmo em uma rescisão contratual.
O advogado tem um papel estratégico em analisar documentos, identificar falhas nos registros da empresa, como ausência do LTCAT ou laudos mal elaborados.
Além de reunir provas técnicas e testemunhais que comprovem a exposição do soldador a agentes nocivos.
Ele também pode requerer uma perÃcia judicial, se for necessário comprovar a insalubridade no processo, e acompanhar todas as etapas com o olhar técnico necessário para que o trabalhador não perca prazos, nem sofra prejuÃzos.
Além disso, o advogado é quem pode calcular corretamente os valores retroativos de até 5 anos, com reflexos em 13º, férias, FGTS e INSS.
Ou seja, não é só sobre ganhar um processo, mas garantir que o soldador receba tudo a que tem direito, sem deixar nada para trás.
Em resumo, o advogado transforma a indignação do trabalhador em ação concreta, com base na lei.
Ele conhece os caminhos, os documentos, os argumentos certos e está preparado para enfrentar as manobras das empresas que tentam se esquivar da responsabilidade.Â
Por isso, não caminhar sozinho é uma decisão inteligente e justa com o seu próprio esforço.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema auxÃlio-doença pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise especÃfica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.
O suporte jurÃdico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura. Clique aqui!
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia
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