Post de advogada pode levar Nego Di de volta à prisão? Descubra como uma simples foto nas redes sociais gerou polêmica e colocou a liberdade provisória em risco.

Nego Di pode ser preso após post de sua advogada?

O caso envolvendo Nego Di, influenciador digital e ex-BBB, gerou grande repercussão por levantar questões sobre medidas cautelares judiciais.

A polêmica começou após uma publicação de sua advogada nas redes sociais, que levantou dúvidas sobre o respeito às condições impostas para sua liberdade provisória.

Neste artigo, você vai entender o que aconteceu, por que a liberdade provisória foi concedida, os desdobramentos jurídicos e as possíveis consequências.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: https://forms.gle/GmG5qjiVa2tpoejf7

Quem é Nego Di e por que ele foi preso?

Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di, ficou famoso em 2021 ao participar do reality show Big Brother Brasil (BBB). Na casa, ele fez parte do grupo Camarote e se destacou por seu humor ácido.

No entanto, sua jornada no programa foi curta. Após apenas 22 dias, ele foi eliminado com 98,76% dos votos, um dos índices mais altos de rejeição da história do BBB.

Depois do programa, Nego Di continuou sua carreira como comediante e influenciador digital.

Usando sua imagem pública, ele ampliou sua base de fãs e começou a promover produtos e serviços, incluindo rifas online. Foi justamente nessa atividade que surgiram as primeiras acusações.

Em julho de 2024, Nego Di foi preso sob as seguintes acusações:

• Estelionato: Ele teria promovido rifas fraudulentas por meio de redes sociais, oferecendo prêmios como carros de luxo (incluindo uma Porsche avaliada em R$ 500 mil), que nunca foram entregues.
• Fraude eletrônica: Segundo o artigo 171, §2º-A do Código Penal, a pena é aumentada quando o crime envolve redes sociais ou outros meios eletrônicos.
• Lavagem de dinheiro: A movimentação financeira suspeita chegou a R$ 5 milhões em contas ligadas ao esquema, segundo a investigação.

Além disso, ele e seu sócio, Anderson Boneti, também foram acusados de vender produtos como televisores e celulares em um site chamado Tadizuera, sem entregar as mercadorias aos compradores. O prejuízo estimado foi de mais de 370 vítimas.

As rifas promovidas por Nego Di ilustram como redes sociais podem ser usadas de forma indevida para aplicar golpes.

Segundo a investigação, ele usava sua imagem pública para ganhar a confiança de seguidores, que compravam números acreditando que poderiam ganhar prêmios.

No entanto, os prêmios nunca eram entregues, e os compradores ficavam no prejuízo.

Esse caso reforça a importância de:

• Verificar a idoneidade de quem promove rifas ou vendas online.
• Desconfiar de ofertas que parecem boas demais para ser verdade.
• Denunciar práticas suspeitas às autoridades competentes.

Por que Nego Di foi solto?

Em novembro de 2024, Nego Di conseguiu liberdade provisória por meio de um habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ministro Reynaldo Soares da Fonseca fundamentou sua decisão com base em:

• Ausência de contemporaneidade dos fatos: Os supostos crimes aconteceram em 2022, mas a prisão foi decretada apenas em 2024.
• Primariedade e residência fixa: Nego Di não tinha antecedentes criminais e apresentava condições pessoais favoráveis.
• Alegação de ressarcimento às vítimas: A defesa argumentou que parte das vítimas já havia recebido devoluções de valores.

Embora tenha sido liberado, sua liberdade foi condicionada ao cumprimento de medidas cautelares, como:

• Proibição de frequentar ou usar redes sociais.
• Comparecimento periódico em juízo.
• Entrega do passaporte.
• Proibição de mudar de endereço sem autorização judicial.

O que aconteceu após sua soltura?

Logo após deixar a prisão, Nego Di participou de uma confraternização com amigos e advogadas.

Durante a comemoração, uma das advogadas, Tatiana Borsa, publicou no Instagram uma foto na qual aparece ao lado do cliente e de outra advogada, Camila Kersch, segurando taças de espumante. A legenda dizia: “Como esperamos para postar este retrato”.

Embora a postagem tenha sido apagada rapidamente, ela gerou repercussão. O Ministério Público do Rio Grande do Sul começou a investigar se essa publicação poderia configurar uma violação da medida cautelar que proibia Nego Di de usar ou frequentar redes sociais.

A publicação foi mesmo uma violação das medidas cautelares?

A questão é complexa e depende de como o juiz interpretará o caso. O ponto central está na determinação do STJ, que proíbe o acusado de frequentar ou usar redes sociais.

Mesmo que a postagem não tenha sido feita diretamente por Nego Di, ele apareceu na imagem, o que levantou dúvidas sobre o cumprimento da ordem judicial.

Dois entendimentos são possíveis:

• A violação ocorreu: Alguns especialistas apontam que Nego Di utilizou um terceiro, no caso a advogada, para burlar a determinação. Nesse cenário, a medida cautelar estaria sendo desrespeitada.
• A violação não ocorreu: Outros juristas argumentam que ele não teve envolvimento direto na publicação, e que a responsabilidade recai exclusivamente sobre a advogada que postou a foto.

A interpretação final cabe ao juiz, que deverá avaliar se houve intenção de descumprir a ordem judicial.

Nego Di pode ser preso após o post da advogada?

Sim, Nego Di pode ser preso novamente se o juiz entender que ele violou as medidas cautelares impostas pelo STJ, por meio do post de sua advogada.

A proibição de uso de redes sociais é uma condição essencial de sua liberdade provisória, e qualquer indício de descumprimento pode levar à revogação dessa condição.

No entanto, até o momento, o Ministério Público do Rio Grande do Sul está apenas analisando os fatos e não solicitou formalmente a revogação do habeas corpus. Caso o juiz decida que houve desrespeito à medida cautelar, a prisão pode ser decretada.

Por que a advogada foi demitida da defesa de Nego Di após postar foto com o cliente?

Após a repercussão negativa do caso, Nego Di decidiu destituir a advogada Tatiana Borsa de sua equipe jurídica. A justificativa dada pela defesa foi o descontentamento com a publicação feita por ela sem autorização e o impacto negativo que isso trouxe ao caso.

A outra advogada que integrava a defesa, Camila Kersch, continua representando o influenciador. Segundo informações, Tatiana ainda presta suporte nos bastidores, mas oficialmente não faz mais parte da equipe

Conclusão

O caso de Nego Di é um exemplo de como decisões judiciais podem ser colocadas à prova no contexto das redes sociais. As medidas cautelares têm como objetivo evitar a reincidência de condutas criminosas e proteger o processo legal.

Para o acusado, respeitar essas condições é fundamental para manter a liberdade provisória.

Se você acompanha casos como esse, lembre-se da importância de cumprir rigorosamente as determinações judiciais e entender os limites que elas impõem.

O descumprimento, mesmo que indireto, pode ter consequências graves, incluindo o retorno à prisão.

Um recado final para você!

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada.

Sabemos que o tema “Nego Di pode ser preso após post de sua advogada?” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

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