“Pacto corvina”: O que significa essa expressão?

Muitos acreditam que é possível antecipar a herança de um ente querido, mas o pacto corvina mostra que essa ideia pode ser um grande erro. Saiba por que esse tipo de acordo é considerado inválido.

pacto corvina


Saiba o que é pacto corvina e o que a lei diz sobre!

Em situações de herança e sucessão, é comum surgirem dúvidas sobre o que pode ou não ser acordado entre familiares e herdeiros.

Muitas vezes, o desejo de garantir uma parte da herança ou de antecipar decisões patrimoniais pode levar a situações delicadas e até mesmo a práticas que o direito brasileiro considera ilegais.

Uma dessas práticas é o chamado pacta corvina, que envolve promessas ou acordos sobre a herança de uma pessoa ainda viva.

Neste artigo, vamos explicar o que é o pacto corvina, por que ele é proibido pela lei e quais são as consequências jurídicas para quem tenta realizar esse tipo de acordo.

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O que é pacto corvina?

O termo “pacta corvina” ou ainda “pacta corvina” refere-se a um tipo de acordo ou pacto sucessório que não é permitido pelo direito brasileiro.

Trata-se de um acordo feito entre duas ou mais pessoas, onde uma delas promete ou se compromete a transferir a herança de alguém que ainda está vivo.

A expressão “pacta corvina” tem origem na analogia com o comportamento dos corvos, aves conhecidas por aguardarem a morte de vítimas para se alimentarem.

No contexto do direito sucessório, essa analogia é utilizada para descrever uma situação em que alguém, como o corvo, fica à espreita da morte de outra pessoa, esperando para se aproveitar de sua herança.

Essa comparação é feita porque, em tais acordos, as partes envolvidas estariam antecipando a morte do titular dos bens para se beneficiarem de sua herança, o que é eticamente e juridicamente inaceitável.

Em outras palavras, é como se alguém fizesse um pacto para obter a herança de uma pessoa, antes mesmo dela falecer, e se compromete a aproveitar-se de seus bens ou direitos.

No direito brasileiro, esse tipo de pacto é considerado inválido porque vai contra o princípio de que ninguém pode negociar a herança de uma pessoa viva.

A legislação protege o direito da pessoa de dispor de seus bens livremente enquanto estiver viva, e qualquer tentativa de antecipar essa disposição por meio de pactos desse tipo é nula.

A razão para essa proibição é evitar que alguém se aproveite da situação vulnerável de outra pessoa, tentando influenciar ou se beneficiar de sua herança antes da hora.

Portanto, se alguém tentar firmar um pacto corvina, esse acordo não terá validade jurídica e será considerado sem efeito.

O que é o pacto sucessório?

O pacto sucessório é qualquer tipo de acordo que envolve a transferência de bens ou direitos de herança, feitos ainda em vida, entre o herdeiro e o titular dos bens.

Esse tipo de pacto pode ser complexo e, muitas vezes, entra em conflito com a legislação vigente, especialmente quando há intenção de comprometer bens de uma pessoa que ainda está viva, como ocorre no pacto corvina.

No Brasil, a maioria dos pactos sucessórios é proibida, exatamente para proteger a liberdade da pessoa em gerir seu patrimônio até o fim de sua vida e evitar influências externas.

No entanto, existem exceções, como o pacto antenupcial que trata da sucessão de bens entre cônjuges, mas essas situações são regulamentadas pela lei de maneira específica para evitar abusos.

Em resumo, enquanto o pacto corvina é um exemplo de pacto sucessório ilegal, outros tipos de pactos podem ser válidos, desde que respeitem os limites estabelecidos pela lei.

Qual a diferença entre a cessão de direitos hereditários e a “pacta corvina”?

A cessão de direitos hereditários e o pacto corvina são conceitos relacionados ao direito sucessório, mas possuem diferenças fundamentais.

A cessão de direitos hereditários ocorre após a morte do titular dos bens. Nesse caso, os herdeiros podem ceder ou transferir seus direitos sobre a herança para outra pessoa, seja por venda, doação ou outro tipo de acordo.

Esse tipo de cessão é legal e acontece dentro das regras estabelecidas pelo direito sucessório, ou seja, após a abertura do inventário e a determinação dos bens que compõem a herança.

Por outro lado, o pacto corvina é um acordo realizado em vida, onde alguém tenta negociar ou prometer a transferência de bens que ainda pertencem a uma pessoa viva, o que é proibido pela lei brasileira.

O pacto corvina é considerado nulo justamente por antecipar uma herança que ainda não foi aberta, infringindo o princípio de que ninguém pode dispor dos bens de outra pessoa enquanto ela ainda vive.

Em resumo, a cessão de direitos hereditários é um ato legal que acontece após a morte do titular dos bens, enquanto o pacto corvina é um acordo ilegal que tenta antecipar a herança de uma pessoa viva.

Pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva?

Não, a herança de uma pessoa viva não pode ser objeto de contrato. De acordo com a legislação brasileira, é proibido realizar qualquer acordo ou pacto que envolva a herança de alguém que ainda esteja vivo.

Esse tipo de contrato, conhecido como pacto corvina, é nulo e sem efeito, pois contraria o princípio de que ninguém pode dispor de bens que ainda pertencem a outra pessoa enquanto ela está viva.

A lei protege a liberdade do titular dos bens de decidir sobre seu patrimônio durante toda a sua vida, e qualquer tentativa de antecipar essa disposição por meio de um contrato envolvendo herança futura é ilegal.

A proibição de pactos que disponham sobre a herança de pessoa viva está expressa no Código Civil Brasileiro, especificamente no artigo 426. Vejamos o que diz o artigo 426 do Código Civil:

Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.

Portanto, qualquer contrato que tenha como objeto a herança de uma pessoa viva é considerado inválido e não tem valor jurídico.

É possível abrir mão de herança de pessoa viva?

Não, não é possível abrir mão de herança de uma pessoa viva. De acordo com a legislação brasileira, a herança só se constitui após a morte do titular dos bens.

Portanto, não se pode renunciar a algo que ainda não existe legalmente.

Qualquer tentativa de abrir mão de uma herança antes do falecimento da pessoa seria considerada juridicamente inválida e sem efeito.

É possível receber herança de pessoa viva?

Não, não é possível receber herança de uma pessoa viva. Herança, por definição, só existe após a morte do titular dos bens.

Enquanto a pessoa está viva, ela mantém o pleno direito de administrar, utilizar e dispor de seus bens como bem entender.

O conceito de herança pressupõe a transmissão de bens após o falecimento, e qualquer contrato ou acordo que tente antecipar essa transferência é nulo, como estabelecido pelo artigo 426 do Código Civil Brasileiro.

Perguntas frequentes:

Por que o pacto corvina é proibido no Brasil?

O pacto corvina é proibido porque vai contra o princípio de que ninguém pode dispor dos bens de outra pessoa enquanto ela ainda está viva.

A lei protege a liberdade do titular dos bens de administrá-los até o fim de sua vida.

Quais são as consequências jurídicas de um pacto corvina?

Um pacto corvina é considerado nulo e sem efeito jurídico. Isso significa que qualquer acordo desse tipo não tem validade perante a lei e não pode ser executado.

Existe alguma exceção para a proibição do pacto corvina?

Não, o pacto corvina é sempre proibido pela legislação brasileira. Não há exceções que permitam a negociação de herança de pessoa viva.

O que acontece se um pacto corvina for descoberto?

Se um pacto corvina for descoberto, ele será declarado nulo pela justiça, e qualquer benefício ou direito obtido com base nesse pacto será invalidado.

Conclusão

Em conclusão, o pacto corvina é um acordo proibido pelo direito brasileiro, pois tenta antecipar a herança de uma pessoa ainda viva, o que vai contra os princípios do direito das sucessões.

Esse tipo de pacto, em qualquer outra situação, é considerado nulo e sem valor jurídico.

É essencial que herdeiros legítimos ou legatários, e todas as partes envolvidas em questões sucessórias compreendam a importância de seguir a legislação vigente, como o previsto no artigo 426 do Código Civil.

Para garantir que todas as disposições sejam feitas de maneira correta, é recomendável buscar a orientação de um especialista em direito, que pode auxiliar no planejamento sucessório, incluindo a formalização de disposições através de uma escritura pública.

O Ministério Público também pode atuar na defesa dos direitos dos herdeiros em casos de irregularidades.

Assim, ao lidar com herança e sucessão, é fundamental estar bem informado e agir conforme a lei para evitar problemas futuros.

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Artigo escrito por especialistas do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia | Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário.

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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