Contabilização do período de prisão domiciliar

A contabilização do período de prisão domiciliar é essencial para entender como o tempo em que o condenado permanece cumprindo pena em casa é computado!

Imagem representando prisão domiciliar.

Contabilização do período de prisão domiciliar

A prisão domiciliar tem ganhado cada vez mais destaque no sistema penal brasileiro e gera muitas dúvidas sobre como funciona e quais são seus efeitos na execução da pena.

Por ser uma medida que permite cumprir a restrição de liberdade em casa, ela pode ser aplicada em situações específicas, tanto antes da condenação definitiva quanto durante a execução da pena.

No entanto, o que pouca gente sabe é que o período passado nessa condição pode interferir diretamente no cálculo da pena, na progressão de regime e até na data final do cumprimento.

Entender como a prisão domiciliar é contabilizada é essencial para evitar que você cumpra mais tempo de pena do que deveria e para garantir que seus direitos sejam respeitados.

Questões como o que conta para detração, quando esse tempo pode ser revisado e quem decide sobre os cálculos são fundamentais e exigem atenção.

Neste artigo, vamos explicar tudo de forma clara e direta: desde o funcionamento da prisão domiciliar até o papel decisivo do advogado nesse processo.

Com a informação correta e o apoio jurídico adequado, você pode garantir uma execução penal justa e precisa.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato aqui!

Como funciona o período de prisão domiciliar?

A prisão domiciliar é uma medida alternativa prevista no Código de Processo Penal e na Lei de Execução Penal que permite que você cumpra a pena ou a medida cautelar em casa, em vez de permanecer no presídio.

Essa modalidade é aplicada tanto antes da condenação quanto durante a execução da pena, desde que haja uma decisão judicial autorizando.

No caso da fase processual, ela substitui a prisão preventiva quando há situações específicas, como idade avançada, doença grave, gestação, ou quando você é o responsável exclusivo por filhos pequenos ou pessoas com deficiência.

Nessas hipóteses, entende-se que o cumprimento da prisão em regime fechado seria excessivo.

Na fase de execução da pena, a prisão domiciliar é autorizada, por exemplo, para condenados em regime aberto ou que apresentem condições especiais, como saúde debilitada.

Mesmo sendo cumprida fora do presídio, a prisão domiciliar impõe regras rígidas.

É necessário permanecer no endereço indicado, não sair sem autorização do juiz e, em muitos casos, usar monitoramento eletrônico para garantir o cumprimento da medida.

O que se considera na contabilização da prisão domiciliar?

A contabilização da prisão domiciliar serve para definir quanto tempo será abatido da pena.

Para isso, o período em que você permaneceu com restrição de liberdade pode ser usado para detração penal, desde que tenha sido imposto judicialmente.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já reconhece que o tempo de prisão domiciliar integral, recolhimento noturno ou uso de tornozeleira eletrônica deve ser computado.

Nesses casos, as horas cumpridas podem ser convertidas em dias e descontadas da pena, com frações inferiores a 24 horas sendo desconsideradas.

Por outro lado, se não houver restrição real da liberdade, como fiscalização ativa ou ordem judicial formal, esse período não é contabilizado.

É fundamental que haja comprovação das condições para que o tempo seja validado.

O tempo da prisão domiciliar interfere na progressão de regime?

O período de prisão domiciliar influencia diretamente a progressão de regime, pois o tempo reconhecido na detração antecipa o direito de cumprir a pena em regime mais brando.

IMAGEM

O STJ já decidiu que o recolhimento domiciliar noturno, com ou sem tornozeleira, reduz o tempo necessário para progressão.

Isso ocorre porque a medida limita a liberdade de forma significativa, equiparando-se, em parte, ao cumprimento da pena em regime fechado ou semiaberto.

Assim, se você permaneceu meses sob essa restrição, esse tempo será considerado no cálculo da execução penal, facilitando a mudança para um regime mais leve, desde que todos os requisitos sejam atendidos.

A contabilização do período da prisão domiciliar pode ser revisada?

A contabilização da prisão domiciliar pode ser revista sempre que houver erro, omissão ou cálculo incorreto no abatimento da pena.

Isso é importante para evitar que você permaneça preso por mais tempo do que deveria.

Se, por exemplo, o juiz não considerou períodos de recolhimento domiciliar noturno ou deixou de incluir o uso de tornozeleira eletrônica, é possível solicitar a revisão por meio de uma petição fundamentada.

Essa revisão é feita pelo juiz da execução penal e exige a apresentação de documentos que comprovem o cumprimento da medida, como relatórios de monitoramento ou decisões anteriores.

Assim, o cálculo pode ser corrigido e a pena reduzida.

Quem decide como será feita a contabilização da prisão domiciliar?

Quem decide sobre a contabilização do período de prisão domiciliar é o juiz da execução penal.

Cabe a ele analisar os documentos apresentados e determinar quanto tempo será considerado para detração e progressão de regime.

Em alguns casos, o juiz sentenciante pode aplicar a detração no momento da condenação, mas, na prática, o cálculo detalhado é feito durante a execução, com base no período efetivamente cumprido.

A decisão leva em conta a lei, as provas apresentadas e o entendimento do STJ, que orienta que recolhimentos noturnos e monitoramento eletrônico devem ser convertidos em dias e abatidos da pena, sempre que houver restrição comprovada.

Qual o papel do advogado na contabilização da prisão domiciliar?

O advogado tem papel fundamental para garantir que o período de prisão domiciliar seja corretamente contabilizado.

Ele acompanha todo o processo, desde a aplicação da medida até a execução da pena, para evitar erros ou omissões.

É o advogado quem identifica falhas nos cálculos e, quando necessário, peticiona ao juiz solicitando a revisão.

Ele também apresenta documentos e argumentos jurídicos para garantir que todos os dias de restrição sejam reconhecidos.

Além disso, o advogado usa a jurisprudência atual do STJ para fundamentar os pedidos, assegurando que os seus direitos sejam respeitados.

Com uma defesa técnica, é possível reduzir o tempo de cumprimento da pena e acelerar a progressão de regime.

Um recado final para você!

Imagem representando advogado.

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada em seu caso!

Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura. Saiba como garantir o melhor apoio para suas decisões.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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