Quanto pagar para o INSS? Guia prático 2025!
Você sabe quanto pagar para o INSS para garantir sua aposentadoria e benefícios? Entenda os valores, regras e como fazer sua contribuição corretamente.
Saber quanto pagar para o INSS é uma dúvida muito comum — e super válida — para quem quer garantir uma aposentadoria tranquila ou ter acesso aos benefícios da Previdência Social.
Acontece que a resposta para essa pergunta não é única, porque o valor da contribuição muda de acordo com o tipo de trabalho que você exerce, a sua renda e até se você está trabalhando ou não.
O que muita gente não sabe é que existem vários tipos de contribuintes, e cada um tem regras diferentes.
Enquanto quem tem carteira assinada tem desconto automático no salário, quem é autônomo, facultativo ou trabalhador rural precisa emitir a guia e pagar por conta própria.
E aí surgem outras dúvidas: qual alíquota escolher? Vale a pena pagar menos? Dá pra se aposentar com o mínimo?
Neste guia completo e atualizado para 2025, você vai descobrir quanto pagar para o INSS de acordo com o seu perfil, entender o que muda entre as alíquotas, conhecer os códigos da GPS e ainda ver como garantir sua proteção sem gastar mais do que o necessário.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- Quem deve pagar o INSS?
- Quem são os segurados obrigatórios e facultativos do INSS?
- Todos os contribuintes do INSS pagam o mesmo valor?
- Qual valor pagar para o INSS por conta própria?
- Qual o valor pagar para o INSS sendo contribuinte facultativo?
- Qual o valor pagar para o INSS sendo segurado especial?
- Quanto o empregado e trabalhador avulso pagam para o INSS?
- Qual o valor mínimo pagar para o INSS no carnê?
- Quanto devo pagar para o INSS para receber um salário mínimo?
- Conclusão
- Um recado final para você!
- Autor
Quem deve pagar o INSS?
Você deve pagar o INSS sempre que exerce alguma atividade remunerada formal ou informal no Brasil.
A obrigação atinge tanto quem trabalha com carteira assinada quanto quem atua por conta própria, como autônomos, profissionais liberais e empresários.
Nesses casos, o pagamento da contribuição é obrigatório por lei, pois garante o acesso aos benefícios previdenciários, como aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade e outros.
Por outro lado, também pode contribuir quem não tem renda, mas deseja garantir esses mesmos direitos.
Esse é o caso dos chamados contribuintes facultativos, como estudantes, donas de casa, desempregados e até brasileiros que vivem fora do país. Essas pessoas não são obrigadas a contribuir, mas podem optar por isso de forma voluntária.
Portanto, o INSS deve ser pago por todos que querem ou precisam manter sua qualidade de segurado, seja por obrigação legal, no caso dos trabalhadores remunerados, ou por decisão própria, no caso dos facultativos.
Quem são os segurados obrigatórios e facultativos do INSS?
Os segurados obrigatórios do INSS são todas as pessoas que trabalham e recebem remuneração no Brasil.
Isso inclui:
- Quem trabalha com carteira assinada (empregados urbanos e rurais);
- Quem é trabalhador avulso (prestador de serviço por sindicatos ou órgãos de classe);
- Quem trabalha como empregado doméstico;
- Quem é autônomo ou profissional liberal, prestando serviços por conta própria (contribuinte individual);
- Quem é empresário ou sócio de empresa;
- Pequenos agricultores, pescadores artesanais e indígenas (segurados especiais).
Essas pessoas devem contribuir ao INSS obrigatoriamente, pois estão legalmente vinculadas ao sistema.
Já os segurados facultativos são aqueles que não têm renda própria, mas querem contribuir por vontade própria para garantir seus direitos previdenciários. São pessoas como:
- Estudantes;
- Donas e donos de casa;
- Desempregados;
- Síndicos não remunerados;
- Pessoas que moram no exterior e não contribuem com previdência lá.
Em resumo, se você tem renda, é segurado obrigatório e precisa contribuir. Se não tem renda, mas quer ter acesso aos benefícios da Previdência, pode contribuir como segurado facultativo.
Todos os contribuintes do INSS pagam o mesmo valor?
Os contribuintes do INSS não pagam o mesmo valor, pois o cálculo da contribuição depende de vários fatores: categoria do segurado, tipo de vínculo, base de cálculo e alíquota escolhida.
Trabalhadores com carteira assinada, por exemplo, pagam conforme uma tabela de alíquotas progressivas, enquanto autônomos e facultativos podem escolher valores dentro de faixas permitidas.
Quem tem carteira assinada tem descontos que vão de 7,5% a 14%, de forma progressiva, conforme o salário.
Já quem contribui por conta própria, como contribuinte individual ou facultativo, pode optar por alíquotas de 20%, 11% ou 5%, com base no salário mínimo ou outro valor até o teto do INSS.
Ou seja, o valor não é único nem fixo para todos. Ele é ajustado à realidade de cada trabalhador, e é por isso que entender seu enquadramento é tão importante.
Escolher a alíquota certa também influencia diretamente no valor da aposentadoria e de outros benefícios.
Qual valor pagar para o INSS por conta própria?
Quem trabalha por conta própria, como profissional autônomo ou prestador de serviço sem carteira assinada, se enquadra como contribuinte individual.
Essa categoria permite que você contribua ao INSS para garantir o acesso aos benefícios previdenciários, como aposentadoria, auxílio-doença, pensão por morte e outros.
O valor que você vai pagar como contribuinte individual depende da alíquota escolhida. Se optar pela alíquota de 20%, deve aplicar esse percentual sobre qualquer valor entre o salário mínimo (R$ 1.518,00) e o teto do INSS (R$ 8.157,41).
Com isso, o valor a ser pago varia de R$ 303,60 a R$ 1.631,48, de acordo com a sua base de contribuição. Essa opção dá direito à aposentadoria por tempo de contribuição, além de permitir o cálculo de um benefício maior no futuro.
Você também pode escolher a alíquota de 11% sobre o salário mínimo, o que resulta em R$ 166,98 por mês em 2025. Nesse caso, os benefícios são limitados ao valor de um salário mínimo, e você não poderá se aposentar por tempo de contribuição, apenas por idade.
O pagamento deve ser feito por meio da Guia da Previdência Social (GPS), usando os códigos 1007 para 20% e 1163 para 11%. A GPS pode ser gerada no site do Meu INSS ou preenchida manualmente com carnê comprado em papelaria. O prazo de vencimento é até o dia 15 do mês seguinte à competência.
Qual o valor pagar para o INSS sendo contribuinte facultativo?
Se você não trabalha nem tem renda, mas quer contribuir para o INSS, você pode ser um contribuinte facultativo.
É o caso de donas de casa, estudantes ou desempregados que querem manter sua qualidade de segurado e garantir benefícios como aposentadoria por idade, salário-maternidade e auxílio-doença.
Em 2025, com o salário mínimo em R$ 1.518,00, você pode escolher entre três planos:
- Plano normal (20%)
Você paga R$ 303,60 por mês (20% de R$ 1.518,00). Essa opção garante todos os benefícios, incluindo aposentadoria por tempo de contribuição e possibilidade de receber valor maior que o salário mínimo no futuro.
- Plano simplificado (11%)
Você paga R$ 166,98 por mês. Garante aposentadoria por idade e outros benefícios, mas não permite aposentadoria por tempo de contribuição, e o valor do benefício será sempre um salário mínimo.
- Facultativo baixa renda (5%)
Você paga só R$ 75,90 por mês. Mas atenção: é preciso não ter nenhuma renda própria, dedicar-se ao trabalho doméstico e estar com o CadÚnico atualizado. Também não permite aposentadoria por tempo de contribuição.
Essa modalidade é uma ótima alternativa para quem está fora do mercado de trabalho, mas não quer ficar desprotegido. E se no futuro a situação financeira melhorar, você pode migrar para uma alíquota maior.
A GPS pode ser gerada com os seguintes códigos: 1406 (20%), 1473 (11%) e 1929 (5%). Escolha com atenção, pois isso afeta diretamente o tipo e valor dos seus benefícios.
Qual o valor pagar para o INSS sendo segurado especial?
O segurado especial é aquela pessoa que trabalha no campo em regime de economia familiar, como pequenos agricultores, pescadores artesanais e indígenas, sem uso de empregados permanentes.
Esse grupo tem regras especiais de contribuição, justamente por estarem inseridos em uma realidade diferente dos trabalhadores urbanos.
Por padrão, o segurado especial contribui de forma automática com uma alíquota de 1,3% sobre a receita da comercialização de sua produção rural.
Ou seja, toda vez que vende sua produção, esse percentual é descontado e repassado ao INSS, o que garante o acesso à aposentadoria por idade e outros benefícios básicos.
Mas se esse trabalhador quiser melhorar o valor da aposentadoria ou garantir outros tipos de benefício, pode fazer uma contribuição adicional facultativa de 20% sobre um valor à sua escolha — entre o salário mínimo e o teto do INSS.
Isso permite que ele aumente sua média de contribuição e receba um valor maior no futuro.
O código para essa contribuição adicional é 1503 (mensal) ou 1554 (trimestral). Essa estratégia é interessante para quem pode investir um pouco mais hoje para receber um benefício mais robusto amanhã — e pode ser muito bem planejada com o auxílio de um profissional.
Quanto o empregado e trabalhador avulso pagam para o INSS?
Se você é empregado com carteira assinada ou trabalhador avulso, a sua contribuição ao INSS é feita de forma automática, com desconto direto no contracheque.
Ou seja, você não precisa emitir guia nem fazer cálculos, pois tudo é responsabilidade do empregador ou do sindicato intermediador.
Em 2025, os valores são definidos com base em alíquotas progressivas, que variam conforme o valor do salário:
- 7,5% para salários até R$ 1.518,00;
- 9% para salários entre R$ 1.518,01 e R$ 2.793,88;
- 12% para salários entre R$ 2.793,89 e R$ 4.190,83;
- 14% para salários entre R$ 4.190,84 e R$ 8.157,41.
Essas alíquotas são aplicadas por faixa, e não de forma integral sobre o valor total do salário. Então, quanto maior o seu salário, mais você contribui — mas respeitando o limite do teto previdenciário.
Essa contribuição dá direito a todos os benefícios previdenciários, incluindo aposentadoria por idade e por tempo de contribuição, auxílio-doença, salário-maternidade, entre outros.
Qual o valor mínimo pagar para o INSS no carnê?
Se você vai pagar o INSS com o carnê (Guia da Previdência Social – GPS), o valor mínimo dependerá do plano de contribuição que você escolher. Com base no salário mínimo de 2025 (R$ 1.518,00), os valores mínimos são:
- R$ 75,90: para quem contribui com alíquota de 5% (facultativo baixa renda);
- R$ 166,98: para quem opta pela alíquota de 11% (plano simplificado);
- R$ 303,60: para quem escolhe contribuir com 20% (plano normal, mínimo possível).
Ou seja, o menor valor possível é para o facultativo de baixa renda, com alíquota de 5%, o que dá R$ 75,90 por mês. Mas lembre-se: é preciso estar inscrito no CadÚnico, não ter renda e se dedicar ao trabalho doméstico.
A segunda opção mais barata é o plano simplificado de 11%, que resulta em um pagamento de R$ 166,98. Essa opção está disponível para contribuintes individuais e facultativos que desejam contribuir sobre o salário mínimo, com benefícios limitados a esse valor.
Já quem quer contribuir com 20% sobre o salário mínimo pagará R$ 303,60. Essa é a opção mais completa e ideal para quem quer garantir um benefício mais alto ou se aposentar por tempo de contribuição.
Quanto devo pagar para o INSS para receber um salário mínimo?
Se a sua meta é se aposentar com um salário mínimo, basta contribuir com o valor correspondente à alíquota de 11% ou 5% sobre o salário mínimo vigente. Em 2025, isso representa:
- R$ 166,98 por mês, para quem contribui com 11%;
- R$ 75,90 por mês, para quem se encaixa no plano de 5% para baixa renda.
Essas contribuições garantem o acesso à aposentadoria por idade e outros benefícios básicos, mas o valor da aposentadoria será sempre limitado ao salário mínimo.
Agora, se você deseja uma aposentadoria maior, será necessário contribuir com alíquota de 20% sobre uma base mais alta, e isso exige planejamento.
Um advogado ou especialista previdenciário pode ajudar bastante a definir quanto pagar e por quanto tempo para alcançar o valor de benefício desejado.
Conclusão
Agora que você já entendeu quanto pagar para o INSS de acordo com o seu tipo de contribuição, fica mais fácil fazer escolhas conscientes e planejar seu futuro com segurança.
Seja você autônomo, facultativo, segurado especial ou trabalhador formal, o mais importante é não ficar sem contribuir, porque isso pode significar perder acesso a benefícios importantes como aposentadoria, auxílio-doença e pensão por morte.
A boa notícia é que existem opções acessíveis para todos os perfis, desde quem quer contribuir com o mínimo possível até quem deseja aumentar o valor da aposentadoria.
Mas atenção: a forma como você contribui impacta diretamente nos seus direitos, então vale a pena pensar com cuidado e, se possível, contar com a orientação de um advogado especialista em Previdência para montar uma estratégia sob medida para você.
Contribuir ao INSS é mais do que uma obrigação ou despesa mensal: é um investimento na sua segurança e no amparo da sua família. E agora que você sabe como fazer isso da forma certa, é só colocar em prática!
Um recado final para você!
Sabemos que o tema “quanto pagar para o INSS? ” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.
O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.
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