Violação da Medida Protetiva: Direitos De Quem Pede E Consequências Para Quem Viola!
A medida protetiva é uma ação judicial que visa proteger vÃtimas de violência e ameaça. Neste artigo, explicamos do que se trata e as consequências para quem quebra essa medida.
No Brasil, a violência doméstica é um problema sério que afeta milhares de pessoas, especialmente mulheres.
Dados recentes mostram que a violência doméstica continua a ser um problema grave. Em 2023, o Brasil registrou 1.463 feminicÃdios, um aumento de 1,6% em relação ao ano anterior​ (Agência Brasil)​.
Em 2023, pelo menos oito mulheres foram vÃtimas de violência doméstica a cada 24 horas, segundo monitoramento da Rede de Observatórios da Segurança.
Assim, a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) foi criada justamente para combater esse tipo de violência e proporcionar mecanismos legais para proteger as vÃtimas.
Entre esses mecanismos, as medidas protetivas de urgência desempenham um papel crucial.
Este artigo explora detalhadamente o conceito de medidas protetivas, suas implicações legais, casos de violação e as consequências associadas, com um enfoque especial no recente caso de Sorocaba.
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Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- O Que É e Em Quais Casos Pode Pedir Medida Protetiva?
- Quais São As Regras Da Medida Protetiva?
- Quanto Tempo Dura Uma Medida Protetiva?
- O Que É Preciso Para Pedir Uma Medida Protetiva?
- Como Derrubar Uma Medida Protetiva Pode Ser Uma Péssima Ideia?
- Entretanto, O Que Acontece Se A VÃtima Viola A Medida Protetiva?
- Violação De Medida Protetiva: Entenda Os Casos De Sorocaba
- Considerações Finais
- Um Recado Importante Para Você!
- Autor
O Que É e Em Quais Casos Pode Pedir Medida Protetiva?
As medidas protetivas de urgência são ordens judiciais emitidas para proteger vÃtimas de violência doméstica e familiar.
Ou seja, quando há casos de violência doméstica, na qual a vÃtima se sinta em perigo e ameaçada, o juiz pode solicitar, imediatamente, uma medida protetiva.
Estas medidas podem incluir uma série de restrições impostas ao agressor, visando garantir a segurança da vÃtima e prevenir novos atos de violência.
Assim, medidas protetivas podem ser solicitadas em casos de violência doméstica e familiar, conforme definido na Lei Maria da Penha. Esses casos incluem:
- Violência FÃsica: Qualquer forma de agressão que cause lesão corporal.
- Violência Psicológica: Ações que causem dano emocional e diminuição da autoestima.
- Violência Sexual: Qualquer conduta que constranja a vÃtima a manter ou participar de relação sexual não desejada.
- Violência Patrimonial: Retenção, subtração, destruição ou danos aos bens da vÃtima.
- Violência Moral: Calúnia, difamação ou injúria.
Quais São As Regras Da Medida Protetiva?
A Lei Maria da Penha é a principal legislação que regulamenta as medidas protetivas no Brasil. Seu objetivo é coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher.
A lei define a violência doméstica de forma abrangente, incluindo não apenas a violência fÃsica, mas também a psicológica, sexual, patrimonial e moral. A lei afirma que:
Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas:
I – conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência;
Assim, as principais regras incluem:
- Afastamento do Agressor: O agressor deve ser afastado do lar, domicÃlio ou local de convivência com a vÃtima (Art. 22, II).
- Proibição de Aproximação: O agressor não pode se aproximar da vÃtima, familiares e testemunhas, com um limite mÃnimo de distância estabelecido pelo juiz (Art. 22, III).
- Proibição de Contato: O agressor está proibido de manter contato com a vÃtima, familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação (Art. 22, III).
- Suspensão de Visitas aos Filhos: Em casos onde a segurança das crianças está em risco, o juiz pode suspender temporariamente as visitas do agressor (Art. 22, IV).
- Restrição ao Porte de Armas: Se o agressor possuir armas, ele deve entregá-las às autoridades competentes (Art. 22, I).
Quanto Tempo Dura Uma Medida Protetiva?
É muito comum que as pessoas se questionem sobre o prazo da medida protetiva, qual o tempo de uma medida protetiva.
Entretanto, a legislação não determina, de forma restrita, qual o tempo que deve durar a medida protetiva.
Desta forma, as medidas protetivas de urgência vigoram enquanto persistir o risco à integridade fÃsica, psicológica, sexual, patrimonial ou moral da vÃtima ou de seus dependentes (Art. 19, §6º).
O tempo é determinado pelo juiz, que pode prorrogar ou alterar as medidas conforme a necessidade da vÃtima.
O Que É Preciso Para Pedir Uma Medida Protetiva?
A vÃtima pode solicitar medidas protetivas ao registrar um boletim de ocorrência em uma delegacia de polÃcia, preferencialmente na Delegacia de Defesa da Mulher, ou diretamente no Ministério Público.
Em situações de emergência, pode-se acionar a polÃcia militar através do número 190. O pedido é encaminhado ao juiz, que pode conceder as medidas protetivas imediatamente, sem a necessidade de audiência prévia.
Como Derrubar Uma Medida Protetiva Pode Ser Uma Péssima Ideia?
A Lei 13.641/2018, que altera a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), cria o crime de descumprimento de medidas protetivas de urgência.
Segundo o Art. 24-A da Lei Maria da Penha, descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência implica pena de detenção de 3 meses a 2 anos.
Principais Pontos da Lei 13.641/2018:
Crime de Descumprimento de Medidas Protetivas:
- Pena: detenção de 3 meses a 2 anos.
- A configuração do crime é independente da competência civil ou criminal do juiz.
- Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial pode conceder fiança.
A Lei 13.641/2018 reforça a proteção à s vÃtimas de violência doméstica, garantindo que o descumprimento das medidas protetivas seja punido de forma mais rigorosa.
Isso visa garantir a segurança e a integridade das vÃtimas, tornando mais efetiva a aplicação das medidas protetivas.
Entretanto, O Que Acontece Se A VÃtima Viola A Medida Protetiva?
A lei não prevê sanções especÃficas para a vÃtima que viola a medida protetiva, já que essas medidas são destinadas a proteger a vÃtima.
No entanto, a violação pode complicar a situação legal e a segurança da vÃtima, e deve ser evitada para manter a proteção judicial.
Entretanto, as autoridades devem continuar a garantir a segurança da vÃtima, independentemente de ela ter violado ou não a medida protetiva.
Violação De Medida Protetiva: Entenda Os Casos De Sorocaba
Um exemplo significativo para ilustrar este tema é o recente caso de Sorocaba, onde duas pessoas foram presas por violarem medidas protetivas de urgência.
Caso Sorocaba
Em Sorocaba, dois casos de violação de medida protetiva resultaram em prisões.
No primeiro caso, uma mulher de 38 anos encontrou seu ex-marido esperando na rua com uma motocicleta. Ao entrar em casa, ela acionou a Guarda Civil Municipal (GCM) via um aplicativo de proteção. A GCM deteve o suspeito em flagrante.
No segundo caso, uma jovem de 18 anos chamou a GCM porque o agressor estava em sua casa. A equipe solicitou apoio e prendeu o homem.
Ambos os suspeitos foram levados para a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Sorocaba e foram presos por violação de medida protetiva e violência doméstica​ (Cruzeiro do Sul)​​ (Giro Sorocaba)​.
Este caso destaca vários pontos importantes:
- Eficácia das Medidas Protetivas: As medidas protetivas, quando devidamente fiscalizadas e aplicadas, podem efetivamente proteger as vÃtimas.
- Atuação Rápida das Autoridades: A resposta rápida da GCM foi crucial para a detenção dos agressores e para a segurança das vÃtimas.
- Importância de Ferramentas Tecnológicas: O uso de aplicativos de proteção ajudou as vÃtimas a contatar rapidamente as autoridades, demonstrando a importância de tecnologias de suporte em casos de violência doméstica.
Considerações Finais
As medidas protetivas de urgência são instrumentos legais vitais para a proteção das vÃtimas de violência doméstica no Brasil.
A legislação brasileira, particularmente a Lei Maria da Penha, fornece um embasamento robusto para a aplicação dessas medidas.
No entanto, a eficácia dessas medidas depende da atuação eficiente das autoridades policiais e do sistema judicial.
Casos como o de Sorocaba evidenciam a importância da fiscalização rigorosa e da pronta resposta das autoridades.
A implementação de tecnologias de apoio, como aplicativos de proteção, pode aumentar significativamente a eficácia das medidas protetivas.
Um Recado Importante Para Você!
Entendemos que a violação das medidas protetivas pode parecer um tema complicado.
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Artigo escrito por especialistas do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia | Direito Civil | Direito de FamÃlia | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista