Artigo 171: Mais de 2 milhões de brasileiros são vítima de “golpe” por ano

O Artigo 171 do Código Penal Brasileiro é uma norma crucial que visa proteger a sociedade contra o estelionato, um tipo de fraude que afeta inúmeras vítimas todos os anos. Neste artigo, exploraremos o que constitui o crime de estelionato, as consequências legais para os infratores e medidas preventivas para evitar ser vítima dessa prática enganosa

artigo 171

Saiba tudo sobre o artigo 171, o crime de estelionato!

Com certeza você já ouviu alguém chamar outra pessoa de “171”. Você sabe o que isso significa?

Esse número é uma referência ao crime previsto no artigo 171 do Código Penal Brasileiro. Trata-se, basicamente, de quando alguém engana outra pessoa para conseguir alguma vantagem, geralmente dinheiro, aplicando golpes.

Especificamente, esse artigo aborda o Estelionato, um delito complexo que envolve artifícios, ardil e fraude para obter vantagem ilícita em detrimento de outrem.

O Brasil é um dos países que mais registram casos de Estelionato, com uma média de 208 golpes por hora.

Ou seja, quando chamam alguém de 171, significa que está falando que aquela pessoa é golpista, estelionatário.

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Qual é o Crime do Artigo 171?

O Artigo 171 do Código Penal Brasileiro trata do crime de estelionato e outras fraudes, definindo as condutas que configuram essa infração penal. Vamos analisar o texto do artigo:

No Brasil, o artigo 171 do Código Penal versa sobre os crimes de estelionato, delineando que somente se procede mediante representação, ou seja, depende da manifestação da vítima para que a ação penal seja instaurada.

Assim, esse dispositivo abrange uma gama de condutas fraudulentas, incluindo o uso de meios total ou qualquer outro meio fraudulento análogo, abrangendo desde falsificação de documentos até artifícios enganosos para lesar o patrimônio alheio.

Estelionato

Art. 171 – Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:

Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa

Disposição de coisa alheia como própria

I – vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia como própria;

Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria

II – vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em prestações, silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias;

Defraudação de penhor

III – defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado;

Fraude na entrega de coisa

IV – defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém;

Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro

V – destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as conseqüências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro;

Fraude no pagamento por meio de cheque

VI – emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento.

O Artigo 171, portanto, abrange diversas condutas fraudulentas que têm como objetivo principal a obtenção de vantagem ilícita em detrimento de terceiros. Dessa forma, a pena para o estelionato pode variar de 1 a 5 anos de reclusão, além de multa.

Ademais, os parágrafos desse artigo detalham situações específicas que configuram estelionato, como a falsa qualidade de produtos, a venda de mercadorias falsificadas, suborno a empregados, pagamento a trabalhadores com moeda falsa, entre outros.

Como Provar o Crime de Estelionato?

O estelionato se configura quando alguém, agindo de má-fé, utiliza meios fraudulentos para enganar outrem, induzindo ou mantendo a vítima em erro.

Essa conduta visa alcançar vantagem financeira ilícita, prejudicando o patrimônio da pessoa ludibriada. Os elementos fundamentais desse crime são:

Sendo assim, para se configurar como estelionato, é preciso apresentar essas características. Diante delas, a vítima poderá buscar reparação judicial.

O que acontece quando uma pessoa é denunciada por estelionato?

As penalidades para o estelionato variam em função da gravidade do crime. A legislação prevê reclusão de um a cinco anos, além de multa. Quando o criminoso é funcionário público e comete o delito no exercício de suas funções, a pena pode ser agravada. A complexidade do estelionato permite diferentes gradações de punição, dependendo das circunstâncias.

Casos Exemplares de Estelionato:

Qual o agravante para Fraude Eletrônica?

A fraude online, adicionada ao crime de estelionato, representa uma preocupação crescente na era digital. Nesse contexto, o avanço tecnológico proporcionou novas formas de praticar golpes, explorando as vulnerabilidades do ambiente virtual.

O estelionato, por si só, já configura a obtenção de vantagem ilícita mediante artifícios, e a inclusão da fraude online ampliou ainda mais esse cenário.

A prática de fraudes online envolve o uso de meios eletrônicos, como a internet e dispositivos conectados, para ludibriar vítimas e obter ganhos indevidos. Isso pode ocorrer por meio de sites falsos, e-mails phishing, clonagem de cartões, entre outras artimanhas digitais.

Assim:

No contexto do estelionato, a fraude online aprimora as técnicas de engano, tornando mais sofisticadas as estratégias dos criminosos. Eles se aproveitam da confiança das pessoas na segurança digital, explorando brechas e falhas para cometer crimes cibernéticos.

É importante destacar que a inclusão da fraude online no estelionato não apenas aumenta a complexidade desse crime, mas também desafia as autoridades e sistemas de segurança a acompanharem as inovações dos golpistas.

Como evitar e se proteger de golpes de 171?

É importante falarmos sobre a formas de conscientizar e prevenir a ocorrência desses golpes. Primeiramente, entender os mecanismos do estelionato é crucial para se proteger contra possíveis golpes.

Dessa forma, a vigilância, verificação de informações e a desconfiança diante de propostas excessivamente vantajosas são estratégias eficazes. A internet é um lugar que frequentemente é palco para o crime de estelionato.

Antes de enviar dados, enviar valores ou qualquer outra coisa, é preciso checar a segurança daquele ato e para quem está sendo realmente destinado.

Caso haja suspeita de estar sendo vítima de estelionato, buscar a orientação de profissionais jurídicos é fundamental.

Portanto, o conhecimento, aliado à prevenção, é a chave para enfrentar os desafios que o estelionato impõe à integridade patrimonial e à segurança de todos.

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Artigo escrito por especialistas do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia | Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista

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