8 dicas para realizar um inventário tranquilo
Fazer um inventário pode ser um processo delicado e complexo. A seguir, reunimos 8 dicas práticas que ajudam famílias a evitar conflitos!
Lidar com a perda de um ente querido nunca é fácil, e a parte burocrática que vem depois pode tornar o momento ainda mais delicado.
O inventário é o procedimento que formaliza a transferência dos bens deixados pelo falecido aos seus herdeiros, mas muitas famílias enfrentam dificuldades por falta de orientação ou por conflitos que poderiam ser evitados.
Saber como agir desde o início, reunir os documentos certos, escolher o tipo de inventário adequado e contar com o apoio de um advogado especializado faz toda a diferença para que o processo seja rápido, claro e sem desgastes emocionais.
Com algumas medidas simples e estratégicas, é possível reduzir custos, evitar discussões e garantir que todos os direitos sejam respeitados.
Continue a leitura e descubra 8 dicas fundamentais para realizar um inventário de forma tranquila e segura.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- O que é o inventário?
- 1. Organize a documentação do inventário
- 2. Escolha o tipo de inventário adequado
- 3. Procure um advogado para inventário
- 4. Defina o inventariante em consenso
- 5. Regularize todos os bens do inventário
- 6. Fique atento aos impostos e custos do inventário
- 7. Mantenha diálogo entre os herdeiros do inventário
- 8. Sugira um planejamento sucessório ainda em vida!
- Um recado final para você!
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O que é o inventário?
O inventário é o processo legal que organiza todos os bens, dívidas e direitos deixados por uma pessoa que faleceu, servindo para apurar o valor do patrimônio e transferi-lo aos herdeiros de forma justa e segura.
Ele pode ser feito de duas maneiras: na Justiça (inventário judicial), quando há menores de idade, testamento ou falta de acordo entre os herdeiros; ou em cartório (inventário extrajudicial), quando todos estão de acordo e não há impedimentos legais.
Realizar o inventário é fundamental para evitar conflitos familiares, regularizar a situação dos bens e garantir que cada herdeiro receba o que tem direito.
Além disso, esse procedimento possibilita que os bens herdados sejam vendidos, transferidos ou utilizados sem pendências jurídicas, trazendo tranquilidade e segurança para toda a família.
1. Organize a documentação do inventário
Reunir a documentação certa logo no início é o passo mais importante para um inventário tranquilo.
Isso porque cada documento comprova uma etapa do processo e evita que o procedimento fique parado por falta de informações.
Além da certidão de óbito, são necessários os documentos pessoais do falecido e dos herdeiros.
Também é preciso apresentar comprovantes de estado civil, certidões de nascimento ou casamento e os documentos dos bens, como matrículas de imóveis, documentos de veículos, extratos bancários, aplicações financeiras e comprovantes de dívidas.
Também é útil reunir comprovantes de despesas funerárias e eventuais seguros de vida, pois alguns valores podem ser usados para abater tributos.
A organização antecipada desses papéis facilita a atuação do advogado e do cartório, acelera a conferência dos dados e evita custos extras com correções e diligências posteriores.
2. Escolha o tipo de inventário adequado
Antes de iniciar o processo, é preciso entender qual modalidade se aplica ao caso.
O inventário judicial é conduzido perante o Poder Judiciário e é obrigatório quando há herdeiros menores ou incapazes, testamento válido ou conflito entre os herdeiros.
Já o inventário extrajudicial, feito em cartório, é indicado quando todos os herdeiros são maiores, capazes e estão de acordo sobre a divisão dos bens.
Essa opção é mais ágil — pode ser concluída em poucos dias — e costuma ter um custo menor. Porém, para ser válida, exige assistência de um advogado e a quitação dos tributos.
A escolha correta evita retrabalho e garante que o procedimento siga o caminho mais eficiente.
Um erro comum é iniciar o processo judicial sem necessidade, o que pode aumentar o tempo e as despesas. Por isso, é importante que o advogado analise a situação familiar, a documentação e os bens envolvidos antes de decidir qual via seguir.
3. Procure um advogado para inventário
O acompanhamento jurídico é indispensável. O advogado de inventário é quem orienta sobre cada etapa, prepara os documentos, redige petições, faz o cálculo dos impostos, acompanha os prazos e resolve pendências que possam surgir.
Além disso, ele atua como mediador entre os herdeiros, ajudando a evitar desentendimentos e garantindo que todos compreendam seus direitos.
Um advogado experiente também pode propor estratégias de economia tributária e auxiliar na regularização de bens que não estejam formalmente registrados, o que é muito comum em imóveis antigos ou heranças complexas.
Em casos de inventário judicial, ele representa os herdeiros em audiência, apresenta defesas e assegura o cumprimento das normas legais.
Em outras palavras, o advogado é quem transforma a burocracia em um processo organizado, transparente e juridicamente seguro.
4. Defina o inventariante em consenso
O inventariante é a pessoa que ficará responsável por administrar o espólio — o conjunto de bens e direitos deixados pelo falecido — até o fim do inventário.
Ele deve prestar contas, cuidar da documentação, representar o espólio perante órgãos públicos e acompanhar o andamento do processo.
Escolher esse nome de forma consensual é fundamental, já que o inventariante lida com informações sensíveis e precisa agir com imparcialidade.
Normalmente, o cargo é ocupado por um dos herdeiros, preferencialmente alguém com perfil organizado e de confiança, capaz de manter a harmonia entre os familiares.
Em casos de conflito, o juiz pode nomear um inventariante judicial, o que torna o processo mais burocrático.
Por isso, é importante que os herdeiros cheguem a um acordo logo no início, evitando disputas desnecessárias e atrasos na conclusão da partilha.
5. Regularize todos os bens do inventário
Um erro comum é incluir no inventário bens com documentação irregular. Imóveis sem matrícula atualizada, veículos não transferidos ou aplicações financeiras não declaradas podem atrasar o processo por meses.
Por isso, antes da partilha, é preciso verificar a titularidade e a situação de cada bem.
Em alguns casos, será necessário corrigir registros antigos, solicitar segundas vias, atualizar cadastros no cartório, banco ou Detran.
Essa etapa também é o momento de avaliar o valor de mercado de cada bem, o que serve de base para o cálculo do imposto e para garantir uma divisão justa entre os herdeiros.
Uma regularização bem feita previne impugnações e evita que a partilha seja contestada posteriormente.
6. Fique atento aos impostos e custos do inventário
O inventário gera obrigações financeiras que devem ser cumpridas para que o processo avance.
O principal imposto é o ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação), cobrado pelos estados, que varia entre 2% e 8% do valor dos bens herdados.
É essencial pagar esse tributo dentro do prazo legal, pois o atraso pode gerar multas e juros elevados.
Além disso, há custas judiciais ou cartorárias, honorários advocatícios, taxas de registro e despesas com certidões e avaliações.
Ter uma noção clara desses custos desde o início ajuda os herdeiros a se planejarem e evita surpresas.
Em alguns estados, é possível solicitar parcelamento do ITCMD ou abatimento em situações específicas, como quando o inventário envolve um único imóvel de moradia familiar.
Um bom planejamento financeiro é a chave para não transformar o inventário em um fardo econômico.
7. Mantenha diálogo entre os herdeiros do inventário
O inventário é um momento emocionalmente delicado, e a falta de diálogo pode transformar uma simples burocracia em uma disputa familiar prolongada.
Manter a comunicação aberta entre os herdeiros é essencial para que decisões sejam tomadas de forma conjunta e transparente.
Reuniões presenciais ou virtuais ajudam a esclarecer dúvidas, compartilhar informações sobre os bens e chegar a acordos equilibrados.
Quando surgem impasses, o advogado pode atuar como mediador, facilitando o consenso.
Evitar disputas judiciais é a melhor forma de preservar a harmonia familiar, economizar tempo e reduzir custos. O diálogo é o pilar de um inventário pacífico e deve ser cultivado do início ao fim do processo.
8. Sugira um planejamento sucessório ainda em vida!
A melhor forma de ter um inventário tranquilo é começar o planejamento antes mesmo de ele ser necessário.
O planejamento sucessório permite organizar a transmissão de bens de forma estratégica, evitando conflitos, reduzindo impostos e garantindo que a vontade do titular seja respeitada.
Entre as possibilidades estão o testamento, as doações em vida com reserva de usufruto, a criação de holdings familiares e a definição prévia de administradores de bens e empresas.
Com a orientação de um advogado, é possível estruturar um plano que proteja o patrimônio e assegure estabilidade financeira aos herdeiros.
Esse cuidado demonstra responsabilidade e amor, pois reduz a carga emocional e jurídica que normalmente acompanha a perda de um ente querido.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.
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Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia
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