Posso ir a uma audiência sem um advogado?
Se você recebeu uma intimação e está em dúvida se pode ir à audiência sem um advogado, este texto vai te explicar quando isso é permitido e quais riscos considerar.
Muitas pessoas têm dúvidas quando recebem uma intimação para comparecer a uma audiência e não sabem se precisam estar acompanhadas de um advogado.
A verdade é que essa decisão depende muito do tipo de processo e do que será discutido, e entender isso é essencial para evitar prejuízos.
Embora existam situações em que a lei permita que alguém participe sozinho, a maior parte das audiências envolve regras e consequências que podem impactar seus direitos.
Por isso, antes de comparecer sem orientação, é importante compreender o que realmente está em jogo, quais riscos existem e por que a assistência jurídica pode fazer diferença no resultado.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
O que é resolvido em uma audiência?
Em uma audiência, o que se resolve são os pontos centrais do conflito que está sendo analisado pelo juiz, e isso pode envolver desde a tentativa de acordo até a definição de fatos.
É o momento em que as partes apresentam suas versões, esclarecem dúvidas, respondem perguntas do juiz e dos advogados, e demonstram, de forma prática, o que realmente aconteceu.
Também é na audiência que são ouvidas testemunhas, analisados documentos, exibidos vídeos, realizadas perícias orais e verificadas contradições entre as versões apresentadas.
Em muitos casos, o juiz usa esse contato direto com as partes para formar sua convicção sobre o caso, definir se haverá acordo, decidir questões urgentes ou até encerrar o processo.
Ou seja, a audiência é o coração do processo, onde tudo o que foi discutido no papel ganha forma concreta e onde o resultado final começa, de fato, a ser construído.
Posso ir sem advogado a uma audiência?
Você até pode ir a uma audiência sem advogado em algumas situações muito específicas, mas isso não significa que seja a escolha mais segura.
A lei permite que determinadas audiências ocorram sem a presença de um profissional, como em juizados especiais cíveis para causas de menor valor.
Porém, nos demais tipos de processo (especialmente criminais ou previdenciários), a ausência de um advogado pode gerar riscos sérios!
Afinal, a audiência é o momento em que você precisa apresentar provas, responder perguntas, fazer pedidos, contestar alegações e tomar decisões.
Sem orientação técnica, é comum que a pessoa deixe de falar algo importante, concorde com termos prejudiciais ou não saiba como reagir a situações inesperadas.
Por isso, mesmo quando a lei não obriga, ter o apoio de um advogado garante que você esteja protegido, saiba exatamente o que dizer e como agir, evitando prejuízos.
Quando é permitido audiência sem advogado?
A audiência sem advogado é permitida, principalmente, em situações em que a própria lei autoriza a pessoa a se defender sozinha, como em
➛ muitos casos dos Juizados Especiais Cíveis, quando o valor da causa é menor (até 20 salários mínimos, por exemplo),
➛ ou em audiências mais simples de conciliação, em que o foco é tentar um acordo rápido.
Nesses cenários, o objetivo do sistema de justiça é facilitar o acesso do cidadão, permitindo que ele vá diretamente ao fórum, explique o problema e tente resolver o conflito.
Mesmo assim, isso não significa que em todos os juizados ou em qualquer tipo de processo a presença do advogado seja dispensada:
➛ em causas de valor mais alto, em ações de família, trabalhistas, criminais ou previdenciárias, a regra geral é que você esteja acompanhado de um profissional.
Em resumo, a audiência sem advogado costuma ser permitida apenas em casos específicos e mais simples, em que a própria lei deixa claro que a pessoa pode comparecer sozinha.
Ir a uma audiência sem advogado me prejudica?
Ir a uma audiência sem advogado pode, sim, te prejudicar, porque ali não está em jogo apenas “contar a sua versão”, mas tomar decisões importantes e reagir ao que a outra parte diz.
Na prática, quem vai sozinho costuma
- não saber o que pode ou não aceitar em um acordo,
- acaba abrindo mão de direitos sem perceber,
- deixa de apresentar documentos ou testemunhas essenciais,
- perde prazos dentro da própria audiência,
- não sabe como contestar uma acusação injusta ou uma proposta ruim
- e, em muitos casos, sai com uma decisão desfavorável.
Além disso, muita coisa que você não fala na audiência ou fala de forma incompleta não pode ser “consertada” depois, porque o processo tem fases e oportunidades que se fecham.
Por isso, ainda que em alguns casos a lei permita ir sem advogado, o ideal é sempre ter um profissional ao seu lado para te orientar, proteger seus direitos e evitar um erro.
Como escolher um advogado antes da audiência?
Escolher um advogado antes da audiência é uma etapa importante, porque essa pessoa vai ser a sua voz e a sua proteção dentro do processo.
Para isso, o ideal é buscar um profissional que atue especificamente na área do seu caso, porque cada tipo de ação tem regras e estratégias próprias.
Vale pesquisar o nome do advogado ou do escritório na internet, ver avaliações de outros clientes, tempo de atuação e se há conteúdo informativo nas redes sociais ou no site.
Na conversa inicial, repare se o advogado te ouve com atenção, faz perguntas para entender melhor a situação, explica os termos e deixa claro quais são as possibilidades.
Também é importante alinhar tudo o que envolve honorários: como será cobrado, formas de pagamento, o que está incluso no valor combinado, se haverá custos extras, etc.
Outro ponto é observar se você se sente à vontade para tirar dúvidas, mandar documentos e falar sobre assuntos delicados, porque confiança e comunicação sincera são fundamentais.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.
O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia
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