8 dicas para realizar um inventário tranquilo

Como transformar um processo burocrático em algo simples? Confira nossas 8 dicas para realizar um inventário tranquilo e evite dores de cabeça.

8 dicas para realizar um inventário tranquilo

8 dicas para realizar um inventário tranquilo

Lidar com a perda de um ente querido é sempre um momento difícil. Além de todas as questões emocionais, muitas vezes surge a necessidade de organizar o inventário, um processo legal necessário para que os bens, direitos e dívidas deixados sejam divididos entre os herdeiros.

Para quem não está familiarizado, o inventário pode parecer complicado e cheio de burocracias, mas a verdade é que, com organização e as orientações certas, ele pode ser realizado de forma tranquila e sem grandes dores de cabeça.

Neste artigo, vamos compartilhar 8 dicas práticas para facilitar o processo de inventário, explicando tudo de forma simples e direta.

Se você quer entender como funciona o inventário, como evitar conflitos entre os herdeiros e até como escolher o tipo certo de inventário, continue lendo. Essas orientações podem fazer toda a diferença para que o procedimento seja rápido, eficiente e, acima de tudo, sem complicações.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

1. Entenda o que é o inventário e sua importância

Para que o inventário seja tranquilo, é fundamental entender o que ele significa e qual sua importância.

O inventário é um processo que formaliza a divisão dos bens, direitos e dívidas de uma pessoa que faleceu.

Sem esse procedimento, os herdeiros não conseguem acessar os bens deixados pelo falecido, como imóveis, contas bancárias, veículos ou investimentos.

Além disso, o inventário é essencial para regularizar a situação patrimonial do falecido, permitindo que os herdeiros utilizem legalmente os bens.

Por exemplo, se um imóvel precisa ser vendido, ele só poderá ser negociado após a conclusão do inventário.

Iniciar o inventário dentro do prazo legal de 60 dias após o falecimento é uma exigência do artigo 611 do Código de Processo Civil (CPC).

O descumprimento desse prazo pode gerar multas que variam de acordo com o estado, causando prejuízos financeiros desnecessários aos herdeiros.

2. Escolha o tipo de inventário correto

Escolher o tipo de inventário adequado é um passo decisivo para evitar complicações. Existem três opções no Brasil: judicial, extrajudicial e o arrolamento sumário. Cada um é aplicável a situações específicas:

Priorizar o inventário extrajudicial, sempre que possível, é uma estratégia eficiente para economizar tempo e dinheiro, mas isso dependerá das circunstâncias.

3. Reúna toda a documentação necessária

Ter os documentos certos desde o início evita atrasos no processo de inventário. Para isso, é essencial reunir:

Esse cuidado inicial é uma forma de agilizar o andamento do inventário, principalmente em processos extrajudiciais. Não deixe para reunir os documentos durante o processo, pois isso pode atrasar a conclusão.

4. Resolva dívidas e tributos antes da partilha

Antes que os bens sejam divididos entre os herdeiros, é necessário quitar dívidas e tributos pendentes do falecido.

Entre essas obrigações, está o pagamento do ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação), um tributo estadual que incide sobre a transferência de bens e direitos.

Cada estado brasileiro tem suas próprias regras para calcular o ITCMD, mas geralmente a alíquota varia entre 2% e 8% do valor total do espólio.

Além disso, dívidas como financiamentos e impostos atrasados devem ser resolvidas para que a partilha seja efetivada sem complicações.

Resolva essas pendências logo no início do processo para evitar que elas prejudiquem a finalização do inventário.

5. Priorize a comunicação entre os herdeiros

Manter a comunicação clara entre os herdeiros é fundamental para evitar conflitos, que são a principal causa de atrasos nos inventários.

Todos devem estar informados sobre o andamento do processo e dispostos a dialogar sobre a divisão dos bens.

Conflitos costumam surgir em situações de desacordo, principalmente sobre a partilha de bens mais valiosos, como imóveis.

Estabeleça um ambiente de transparência e diálogo desde o início, e, se necessário, conte com a mediação de um advogado para lidar com divergências de forma equilibrada.

6. Considere fazer o inventário extrajudicial sempre que possível

Optar pelo inventário em cartório, sempre que permitido, é uma excelente forma de tornar o processo mais rápido e econômico.

Por ser menos burocrático, ele costuma ser concluído em poucas semanas, ao contrário do judicial, que pode levar meses ou até anos.

Para que o inventário extrajudicial seja uma opção viável, é indispensável que todos concordem com a divisão dos bens, além de não haver testamento.

Uma minuta preparada previamente por um advogado especializado é essencial para garantir que o processo seja aceito pelo cartório sem problemas.

7. Consulte especialistas

Contar com o suporte de um advogado especializado em direito sucessório é indispensável em qualquer tipo de inventário. Esse profissional será responsável por conduzir o processo, preparar a documentação necessária e lidar com possíveis imprevistos.

Em situações mais complexas, como a presença de empresas no espólio, um contador também pode ser necessário para organizar as finanças e auxiliar na apuração dos valores a serem partilhados.

Investir em profissionais qualificados evita erros e traz mais tranquilidade para os herdeiros.

8. Verifique o impacto financeiro e planeje-se

O inventário pode envolver custos consideráveis, especialmente em casos judiciais. Entre os gastos mais comuns estão:

O custo total do inventário dependerá do valor dos bens deixados pelo falecido e do tipo de processo escolhido. Planeje-se financeiramente com antecedência para evitar imprevistos.

Dúvidas frequentes sobre inventário

1. O que significa fazer um inventário?

Fazer um inventário significa organizar e formalizar a distribuição dos bens, direitos e dívidas de uma pessoa falecida entre seus herdeiros. Esse processo é obrigatório para que os herdeiros possam utilizar os bens deixados.

2. Como funciona o inventário de um falecido?

O inventário começa com a abertura do processo (judicial ou em cartório). Em seguida, os bens são identificados e avaliados, as dívidas são pagas, e o ITCMD é recolhido. Após essas etapas, os bens são divididos entre os herdeiros, conforme acordado ou determinado por lei.

3. O que acontece quando não se faz o inventário?

Quando o inventário não é realizado, os bens do falecido ficam bloqueados. Isso significa que não podem ser vendidos, alugados ou transferidos. Além disso, a falta de inventário pode gerar multas e conflitos familiares.

4. Quais são os 3 tipos de inventário?

Inventário Judicial (em caso de testamento ou desacordo);

Inventário Extrajudicial (feito em cartório, quando permitido);

Arrolamento Sumário (modalidade simplificada do judicial, para casos com consenso e menor valor do espólio).

5. Qual a forma mais barata de fazer um inventário?

O inventário extrajudicial é geralmente a opção mais barata, pois evita custas judiciais e pode ser concluído rapidamente. No entanto, só é possível se todos os requisitos forem cumpridos.

6. Qual o valor de um inventário no cartório em 2025?

O custo do inventário em cartório varia entre 2% e 6% do valor total dos bens, além dos honorários advocatícios. Esse valor depende do estado e das tabelas de emolumentos.

7. Qual o tipo de inventário mais rápido?

O inventário extrajudicial, feito em cartório, é o mais rápido, podendo ser finalizado em semanas, desde que todos os herdeiros estejam de acordo e a documentação esteja completa.

Um recado final para você!

imagem representando advogado para inventário

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica!

Sabemos que o tema “8 dicas para realizar um inventário tranquilo” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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