Câncer dá direito à aposentadoria? Como pedir?
O diagnóstico de câncer pode transformar a vida de qualquer pessoa, limitando suas condições de trabalho e afetando a qualidade de vida. Saiba como se aposentar!
Receber o diagnóstico de câncer é um momento delicado que pode afetar não apenas a saúde, mas também a vida profissional e a estabilidade financeira.
Muitos pacientes têm dúvidas sobre quais são os direitos previdenciários garantidos pela lei e se é possível solicitar a aposentadoria por invalidez ou o auxílio-doença durante o tratamento.
Este artigo foi elaborado para explicar, de forma clara e acessível, quando o câncer dá direito à aposentadoria, quais são os requisitos, como funciona o processo no INSS e qual a importância de reunir a documentação correta.
Continue a leitura e entenda como buscar seus direitos de forma segura e amparada pela legislação.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- Quais tipos de câncer dá direito à aposentadoria?
- Quem faz tratamento de câncer pode se aposentar?
- Qual o valor da aposentadoria por invalidez por câncer?
- Como solicitar minha aposentadoria no INSS por câncer?
- Como funciona a perícia médica da aposentadoria por câncer?
- O que fazer se o pedido de aposentadoria por câncer for negado?
- Um advogado pode ajudar a conseguir aposentadoria para câncer?
- Um recado final para você!
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Quais tipos de câncer dá direito à aposentadoria?
A aposentadoria por câncer não depende do tipo específico da doença, mas da neoplasia maligna e da forma como ela afeta a capacidade para o trabalho.
A Lei 8.213/1991, no artigo 151, inclui a neoplasia maligna na lista de doenças graves que dispensam o cumprimento da carência, o que significa que não é necessário o mínimo de 12 contribuições para solicitar benefícios do INSS.
Quando o câncer compromete totalmente e de forma permanente a capacidade de trabalhar, o paciente pode ter direito à aposentadoria por incapacidade permanente, conhecida como aposentadoria por invalidez.
Caso a incapacidade seja apenas temporária, o benefício adequado é o auxílio-doença.
A análise do direito é feita com base na perícia médica do INSS, que avalia a gravidade do quadro clínico, os tratamentos realizados e os impactos funcionais.
Não importa se o câncer está em estágio inicial ou avançado: o que realmente define a concessão é a existência de incapacidade total e permanente.
Por isso, reunir exames atualizados, laudos médicos detalhados e o histórico completo do tratamento é essencial para que o pedido seja analisado corretamente.
Quem faz tratamento de câncer pode se aposentar?
Quem está em tratamento de câncer pode sim se aposentar, desde que a doença cause incapacidade permanente para o trabalho.
A legislação prevê que o segurado do INSS, durante o tratamento oncológico, tem direito a pedir benefícios como auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, dependendo do caso.
Normalmente, o pedido começa com o auxílio-doença. Durante a perícia médica, se o perito concluir que a incapacidade é definitiva e não haverá possibilidade de reabilitação, o benefício é convertido automaticamente em aposentadoria por incapacidade permanente.
A neoplasia maligna, por estar prevista na legislação, permite que o segurado solicite o benefício mesmo sem cumprir o período mínimo de contribuições.
Isso vale tanto para empregados registrados quanto para autônomos, contribuintes individuais e facultativos.
É importante agir com rapidez. Atrasar o pedido pode gerar perda de valores retroativos e dificultar a comprovação da incapacidade, especialmente se houver períodos sem documentação médica recente.
Buscar orientação logo no início do tratamento ajuda a garantir que todos os documentos necessários sejam reunidos desde cedo, evitando negativas injustas.
Qual o valor da aposentadoria por invalidez por câncer?
O valor da aposentadoria por invalidez para quem tem câncer é calculado com base na média de todas as contribuições realizadas desde julho de 1994.
Após a Reforma da Previdência, o cálculo padrão passou a ser 60% da média de todos os salários de contribuição, acrescidos de 2% para cada ano de contribuição que exceder 20 anos para homens ou 15 anos para mulheres.
No entanto, quando a incapacidade permanente é causada por acidente de trabalho, doença ocupacional ou doença grave prevista em lei, como é o caso da neoplasia maligna, o segurado tem direito a 100% da média salarial.
Isso torna o benefício mais vantajoso para pacientes com câncer, assegurando uma renda compatível com o histórico contributivo.
Além disso, a Lei 8.213/1991, no artigo 45, prevê o acréscimo de 25% no valor do benefício quando o aposentado precisar de assistência permanente de terceiros.
Essa análise também passa pela perícia médica e pode aumentar significativamente a renda mensal.
Ter os cálculos feitos por um especialista evita erros e garante que o valor recebido esteja correto, considerando todos os direitos previstos na legislação.
Como solicitar minha aposentadoria no INSS por câncer?
Para solicitar a aposentadoria por câncer no INSS, é necessário seguir alguns passos simples, mas que exigem atenção para evitar indeferimentos.
1. Acesse o Meu INSS: faça o requerimento pelo site oficial ou pelo aplicativo.
2. Escolha o benefício: selecione “Benefício por Incapacidade Permanente” ou “Auxílio por Incapacidade Temporária”, conforme orientação médica.
3. Separe a documentação:
4. Agende a perícia médica: após o pedido, o próprio sistema define data, hora e local.
5. Acompanhe o processo: o andamento pode ser consultado pelo Meu INSS ou pelo telefone 135.
É essencial anexar toda a documentação médica possível para fortalecer o pedido. Em muitos casos, a ausência de laudos detalhados é a principal causa de negativas.
Um advogado previdenciário pode ajudar a preparar o processo, garantindo que nenhuma informação importante seja omitida.
Como funciona a perícia médica da aposentadoria por câncer?
A perícia médica do INSS é o ponto central para a concessão da aposentadoria por invalidez para quem tem câncer.
Mesmo que a neoplasia maligna seja considerada uma doença grave, a incapacidade precisa ser comprovada.
A análise é técnica e considera não apenas o diagnóstico, mas os efeitos da doença e do tratamento na capacidade funcional. Por isso, documentos médicos completos são fundamentais para embasar a conclusão do perito.
Quando há divergência entre o laudo do médico assistente e a decisão do INSS, é possível apresentar novos documentos e até solicitar reavaliação, sempre dentro dos prazos legais.
O que fazer se o pedido de aposentadoria por câncer for negado?
Se o pedido de aposentadoria por câncer for negado, existem caminhos administrativos e judiciais para tentar reverter a decisão.
Recurso administrativo: você pode apresentar novos laudos, exames atualizados e relatórios médicos mais detalhados no próprio sistema do INSS. O recurso precisa ser feito dentro do prazo indicado na carta de indeferimento.
Reconsideração da perícia: o segurado pode solicitar uma nova avaliação médica caso haja informações complementares relevantes.
Ação judicial: se a negativa persistir, é possível ingressar na Justiça. Nesse cenário, a prova pericial pode ser refeita por um perito independente indicado pelo juiz, aumentando as chances de análise justa.
Muitos pedidos são negados por falta de documentação completa ou por laudos superficiais.
Por isso, buscar auxílio especializado desde o início agiliza o processo e evita que você precise recorrer a medidas mais demoradas.
Um advogado pode ajudar a conseguir aposentadoria para câncer?
Um advogado previdenciário pode ajudar em todas as etapas para conseguir a aposentadoria por invalidez decorrente de câncer. Entre as principais funções, estão:
- Analisar a situação previdenciária do segurado;
- Avaliar a documentação médica e apontar lacunas;
- Preparar o pedido administrativo no INSS;
- Acompanhar a perícia médica e orientar o segurado;
- Elaborar recursos administrativos, se necessário;
- Atuar judicialmente em caso de negativa.
O acompanhamento profissional é ainda mais importante em situações urgentes, como quando a incapacidade é evidente, mas o INSS insiste em conceder apenas auxílio-doença.
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Agir rapidamente evita perda de valores retroativos e reduz os impactos financeiros do afastamento.
Quanto mais cedo o processo é iniciado com orientação técnica, maiores são as chances de garantir todos os benefícios disponíveis.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista: clique aqui!
O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia
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