Cálculo da renda no BPC LOAS: saiba como funciona!

Entender como calcular a renda familiar para o BPC LOAS é essencial para quem deseja solicitar o benefício. O cálculo segue regras específicas e pode gerar dúvidas importantes.

Imagem representando cálculo da renda no BPC LOAS.

Como é feito o cálculo da renda no BPC LOAS?

Quando se fala em Benefício de Prestação Continuada (BPC), muitas pessoas pensam logo na ajuda mensal que o governo oferece para quem mais precisa.

Mas o que muita gente não entende é que o BPC não é um benefício qualquer: ele é uma política pública que garante o mínimo de dignidade a idosos e pessoas com deficiência.

E, para saber quem realmente tem direito, o governo analisa um dos critérios mais importantes, a renda familiar per capita.

Calcular essa renda parece simples, mas envolve detalhes que fazem toda a diferença. Afinal, basta um erro na soma ou na definição de quem faz parte da família para que o benefício seja negado.

Por isso, entender o cálculo da renda familiar é fundamental para quem deseja solicitar o BPC, especialmente se você está em uma situação delicada.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato aqui!

O que significa calcular a renda familiar para o BPC LOAS?

Calcular a renda familiar para o BPC LOAS significa verificar se a renda mensal da família está dentro do limite exigido para o benefício assistencial.

Esse cálculo é essencial para comprovar a situação de vulnerabilidade econômica do idoso ou da pessoa com deficiência que solicita o benefício.

Em outras palavras, trata-se de somar todos os rendimentos das pessoas que vivem na mesma casa e dividir pelo número total de integrantes do grupo familiar.

O resultado mostra quanto cada pessoa, em média, tem de renda mensal, o que permite ao INSS avaliar se há direito ao benefício.

Esse processo é fundamental, pois o BPC é destinado apenas a quem não tem condições de se sustentar ou de ser sustentado pela própria família, conforme previsto na lei.

Quem entra no cálculo da renda familiar para o benefício?

Quando se fala em quem entra no cálculo da renda familiar para o BPC LOAS, é importante entender que nem todos os parentes são considerados.

O grupo familiar é composto apenas pelas pessoas que vivem sob o mesmo teto e têm vínculo direto com o requerente.

Assim, fazem parte do cálculo:

Parentes que moram em outro endereço, mesmo que ajudem financeiramente, não entram na conta, já que o cálculo considera apenas a convivência doméstica e a dependência econômica direta.

Essa definição evita distorções e garante que apenas as pessoas efetivamente integrantes do núcleo familiar sejam consideradas no cálculo da renda per capita.

Quais rendas devem ser consideradas ao calcular o BPC LOAS?

As rendas consideradas no cálculo do BPC LOAS são aquelas que compõem a renda bruta mensal dos membros do grupo familiar.

O BPC LOAS considera a renda bruta mensal da família.

Quais rendas entram no cálculo do BPC LOAS?

Isso inclui salários de trabalhos formais e informais, aposentadorias, pensões, rendimentos de trabalho autônomo, comissões, pró-labore e aluguéis.

O objetivo é identificar todos os valores que entram mensalmente no orçamento familiar e servem para o sustento da casa.

Entretanto, a legislação traz exceções importantes. Alguns benefícios não entram nesse cálculo, como o Bolsa Família e o próprio BPC recebido por outro membro da família.

Esses rendimentos são excluídos porque possuem natureza assistencial e não configuram renda regular de manutenção.

Também podem ser desconsiderados auxílios eventuais, indenizações e outros valores temporários.

Por isso, é fundamental revisar com atenção quais rendas devem ou não ser incluídas, já que a inclusão indevida de valores pode elevar artificialmente a renda familiar e levar à negativa.

Como calcular a renda per capita da família?

O cálculo da renda per capita familiar é o passo central para definir o direito ao BPC LOAS.

Ele é feito somando-se todas as rendas mensais dos integrantes do grupo familiar e dividindo esse total pelo número de pessoas que moram na residência. A fórmula é simples:

Renda per capita = renda total da família ÷ número de pessoas da família.

Por exemplo, uma casa com quatro pessoas: uma idosa sem renda, um cônjuge que recebe R$1.200,00, uma filha autônoma que ganha R$800,00 e um filho sem renda. A soma é R$2.000,00.

Dividindo por quatro, o resultado é uma renda per capita de R$500,00. Agora, compare esse número com o critério exigido pela lei.

Em 2025, o salário mínimo é de R$1.518,00. Um quarto disso é R$379,50.

Como a renda per capita da sua família ficou acima desse valor, o INSS pode considerar que vocês não se enquadram no limite econômico exigido para o BPC.

Mas calma, isso não significa que tudo está perdido, como veremos adiante. Embora o cálculo pareça simples, é importante lembrar que a precisão dos dados é essencial.

Um pequeno erro na soma ou na definição do grupo familiar pode mudar completamente o resultado e o enquadramento no critério de baixa renda exigido pelo benefício.

Qual valor é aceito ao calcular a renda para o BPC LOAS?

O valor aceito ao calcular a renda familiar para o BPC LOAS é aquele que não ultrapassa ¼ do salário mínimo por pessoa.

Esse é o critério econômico estabelecido pela LOAS para indicar situação de extrema pobreza. Com o salário mínimo de R$ 1.518,00 em 2025, o limite é de R$ 379,50 por pessoa.

Portanto, se a renda média por integrante da família for igual ou menor que esse valor, o requisito econômico está cumprido.

Esse limite, contudo, não é absoluto. O Supremo Tribunal Federal já reconheceu que o critério pode ser flexibilizado quando a realidade da família demonstrar vulnerabilidade.

Por exemplo, famílias com altos gastos em saúde, medicamentos ou cuidados permanentes podem ter direito ao benefício, desde que comprovem essas despesas.

Nesses casos, o INSS deve considerar o contexto social e não apenas o número final do cálculo.

Assim, mesmo rendas um pouco acima do limite podem ser aceitas quando há prova concreta de necessidade.

O que acontece se o cálculo da renda familiar ultrapassar o limite?

Quando o cálculo da renda familiar ultrapassa o limite de ¼ do salário mínimo por pessoa, o pedido do BPC geralmente é negado pelo INSS, com base no critério objetivo de renda.

No entanto, essa negativa não é definitiva. O beneficiário pode recorrer e apresentar provas de que, apesar do valor estar acima do limite, a família vive em situação de vulnerabilidade social.

Nesses casos, a análise deixa de ser apenas numérica e passa a considerar o contexto real da vida do requerente, como despesas com medicamentos, tratamentos médicos, etc.

Há decisões judiciais que reconhecem o direito ao benefício mesmo com renda per capita superior ao limite, desde que comprovada a dificuldade de sobrevivência.

Por isso, se o cálculo ultrapassar o valor permitido, é importante não desistir. A pessoa pode recorrer administrativamente ou entrar com ação judicial.

Em ambos os casos, o acompanhamento de um advogado previdenciário é essencial, pois ele saberá apresentar as provas corretas e argumentar com base na jurisprudência.

O apoio jurídico especializado aumenta as chances de sucesso, principalmente quando a renda calculada não reflete a real condição da família.

Um recado final para você!

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Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica!

Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura. Clique aqui!

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.

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Autor

  • rafa menor

    •Advogada Especialista em Diversas áreas do Direito. Pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui formação em Liderança pela Conquer Business School. Atualmente é coordenadora da equipe jurídica do VLV Advogados.

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