Câncer dá direito à aposentadoria? Como pedir?

O diagnóstico de câncer pode transformar a vida de qualquer pessoa, limitando suas condições de trabalho e afetando a qualidade de vida. Saiba como se aposentar!

Imagem representando pessoa com câncer.

Câncer dá direito à aposentadoria? Como pedir?

Receber o diagnóstico de câncer é um momento delicado que pode afetar não apenas a saúde, mas também a vida profissional e a estabilidade financeira.

Muitos pacientes têm dúvidas sobre quais são os direitos previdenciários garantidos pela lei e se é possível solicitar a aposentadoria por invalidez ou o auxílio-doença durante o tratamento.

Este artigo foi elaborado para explicar quando o câncer dá direito à aposentadoria, quais são os requisitos, como funciona o processo no INSS e qual a importância de reunir a documentação correta.

Continue a leitura e entenda como buscar seus direitos de forma segura e amparada pela legislação.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

Quais tipos de câncer dá direito à aposentadoria?

A aposentadoria por câncer não depende do tipo específico da doença, mas da neoplasia maligna e da forma como ela afeta a capacidade para o trabalho.

De acordo com a lei, a neoplasia maligna está na lista de doenças graves que dispensam o cumprimento de carência. Ou seja, você pode solicitar benefícios do INSS sem precisar de mínimo de contribuições.

Quando o câncer compromete totalmente e de forma permanente a capacidade de trabalhar, o paciente pode ter direito à aposentadoria por incapacidade permanente, conhecida como aposentadoria por invalidez.

A análise do direito a esse benefício é feita com base na perícia médica do INSS, que avalia a gravidade do quadro clínico, os tratamentos realizados e os impactos funcionais.

Não importa se o câncer está em estágio inicial ou avançado: o que realmente define a concessão é a existência de incapacidade total e permanente.

Por isso, reunir exames atualizados, laudos médicos detalhados e o histórico completo do tratamento é essencial para que o pedido seja analisado corretamente.

Quem faz tratamento de câncer pode se aposentar?

Quem está em tratamento de câncer pode sim se aposentar, desde que a doença cause incapacidade permanente para o trabalho.

A legislação prevê que o segurado do INSS, durante o tratamento oncológico, tem direito a pedir benefícios como auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, dependendo do caso.

Normalmente, o pedido começa com o auxílio-doença. Durante a perícia médica, se o perito concluir que a incapacidade é definitiva e não haverá possibilidade de reabilitação, o benefício é convertido para aposentadoria.

A neoplasia maligna, por estar prevista na legislação, permite que o segurado solicite o benefício mesmo sem cumprir o período mínimo de contribuições.

Isso vale tanto para empregados registrados quanto para autônomos, contribuintes individuais e facultativos.

É importante agir com rapidez. Atrasar o pedido pode gerar perda de valores retroativos e dificultar a comprovação da incapacidade, especialmente se houver períodos sem documentação médica recente.

Buscar orientação logo no início do tratamento ajuda a garantir que todos os documentos necessários sejam reunidos desde cedo, evitando negativas injustas.

Qual o valor da aposentadoria por invalidez por câncer?

O valor da aposentadoria por invalidez para quem tem câncer é calculado com base na média de todas as contribuições realizadas desde julho de 1994.

Após a Reforma da Previdência, o cálculo padrão passou a ser 60% da média de todos os salários de contribuição, acrescidos de 2% para cada ano de contribuição que exceder 20 anos para homens ou 15 anos para mulheres.

No entanto, quando a incapacidade permanente é causada por acidente de trabalho, doença ocupacional ou doença grave prevista em lei, como é o caso da neoplasia maligna, o segurado tem direito a 100% da média salarial.

Isso torna o benefício mais vantajoso para pacientes com câncer, assegurando uma renda compatível com o histórico contributivo.

Além disso, a Lei 8.213/1991, no artigo 45, prevê o acréscimo de 25% no valor do benefício quando o aposentado precisar de assistência permanente de terceiros.

Essa análise também passa pela perícia médica e pode aumentar significativamente a renda mensal.

Ter os cálculos feitos por um especialista evita erros e garante que o valor recebido esteja correto, considerando todos os direitos previstos na legislação.

Como solicitar minha aposentadoria no INSS por câncer?

Para solicitar a aposentadoria por câncer no INSS, é necessário seguir alguns passos simples, mas que exigem atenção para evitar indeferimentos.

1. Acesse o Meu INSS

Faça o requerimento pelo site oficial ou pelo aplicativo, com CPF e senha do site do Gov.

2. Escolha o benefício

Selecione “Benefício por Incapacidade Permanente” ou “Auxílio por Incapacidade Temporária”, conforme orientação médica.

3. Separe a documentação:

Tenha toda a documentação médica, trabalhista e pessoal em mãos. No preenchimento online, você deverá anexar esses documentos.

4. Agende a perícia médica

Após o pedido, o próprio sistema define data, hora e local. Você deverá comparecer a perícia com todos os documentos médicos. Seja sincero sobre sua condição.

5. Acompanhe o processo

O andamento pode ser consultado pelo Meu INSS ou pelo telefone 135. Caso seja aprovado, o benefício será concedido automaticamente. Se não, você pode contestar a decisão do INSS.

Um advogado previdenciário pode ajudar a preparar o processo, garantindo que nenhuma informação importante seja omitida.

Como funciona a perícia médica da aposentadoria por câncer?

A perícia médica do INSS é o ponto central para a concessão da aposentadoria por invalidez para quem tem câncer.

Mesmo que a neoplasia maligna seja considerada uma doença grave, a incapacidade precisa ser comprovada.

A análise é técnica e considera não apenas o diagnóstico, mas os efeitos da doença e do tratamento na capacidade funcional. Por isso, documentos médicos completos são fundamentais para embasar a conclusão do perito.

Quando há divergência entre o laudo do médico assistente e a decisão do INSS, é possível apresentar novos documentos e até solicitar reavaliação, sempre dentro dos prazos legais.

No geral, são documentos necessários na perícia médica do INSS por câncer:

Dica prática: salve em PDF, nomeando arquivos com “tipo_data_nome” (ex.: laudo_oncologista_2025-08-10.pdf) e leve originais à perícia médica.

Na perícia, seja sincero: fale das suas dores sem exagerar, mas também sem diminuir o que sente. Em caso de insegurança, você pode levar seu advogado para acompanhá-lo!

O que fazer se o pedido de aposentadoria por câncer for negado?

Se o pedido de aposentadoria por câncer for negado, existem caminhos administrativos e judiciais para tentar reverter a decisão. Ou seja, você tem duas opções:

  1. Recurso administrativo no próprio INSS
  2. Ação judicial contra o INSS

No recurso, você pode apresentar novos laudos, exames atualizados ou qualquer outro documento que reforce seu pedido. Esse pedido deve ser apresentado em até 30 dias após a recusa do benefício.

Se não der certo, ou você preferir, você pode optar por ingressar com uma ação judicial contra o INSS. Neste caso, você vai contestar a decisão sobre seu benefício para o juiz.

Na ação judicial, você poderá apresentar os documentos e ser avaliado por um perito judicial, desvinculado do INSS. No geral, as ações judiciais têm resultados positivos e rápidos.

Por isso, buscar auxílio especializado desde o início agiliza o processo e evita que você precise recorrer a medidas mais demoradas. Clique aqui!

Um advogado pode ajudar a conseguir aposentadoria para câncer?

Um advogado previdenciário pode ajudar em todas as etapas para conseguir a aposentadoria por invalidez decorrente de câncer. Entre as principais funções, estão:

O acompanhamento profissional é ainda mais importante em situações urgentes, como quando a incapacidade é evidente, mas o INSS insiste em conceder apenas auxílio-doença.

Um especialista conhece a legislação, as decisões mais recentes e as melhores estratégias para proteger seus direitos.

Agir rapidamente evita perda de valores retroativos e reduz os impactos financeiros do afastamento.

Quanto mais cedo o processo é iniciado com orientação técnica, maiores são as chances de garantir todos os benefícios disponíveis.

Um recado final para você!

Imagem representando advogado.

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada em seu caso!

Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista: clique aqui!

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

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Autor

  • rafa menor

    •Advogada Especialista em Diversas áreas do Direito. Pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui formação em Liderança pela Conquer Business School. Atualmente é coordenadora da equipe jurídica do VLV Advogados.

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