DPOC dá direito à aposentadoria? Como solicitar?

A DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) é uma condição que afeta gravemente a respiração. Em casos mais graves, essa doença pode garantir o direito à aposentadoria pelo INSS.

Imagem representando DPOC.

DPOC dá direito à aposentadoria? Como solicitar?

Conviver com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) pode ser um grande desafio.

A condição afeta diretamente a capacidade respiratória e, em muitos casos, limita a realização de atividades diárias e o desempenho no trabalho.

Por isso, é comum surgir a dúvida: será que a DPOC pode dar direito à aposentadoria?

Este artigo foi pensado para esclarecer, de forma simples e objetiva, quais os tipos de aposentadoria possíveis neste caso, como funciona a perícia médica do INSS e o que fazer caso o pedido seja negado.

Aqui, você encontrará orientações claras e informações confiáveis para entender melhor seus direitos e saber quais passos seguir.

Se você convive com a DPOC ou tem um familiar nessa situação, este conteúdo vai te ajudar a entender como funciona a solicitação da aposentadoria e quais cuidados tomar em cada etapa do processo.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

O que é a DPOC e o que causa?

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é uma condição respiratória progressiva que dificulta a entrada e saída de ar nos pulmões, prejudicando a respiração.

Quem convive com a DPOC apresenta sintomas como tosse crônica, falta de ar, chiado no peito e produção constante de muco, que pioram com o tempo.

A doença surge principalmente em pessoas expostas a fatores de risco como tabagismo, poluição do ar, poeira industrial, fumaça de queimadas e infecções respiratórias recorrentes.

É importante destacar que a DPOC é considerada doença crônica e incapacitante, ou seja, tende a limitar atividades diárias e, em muitos casos, a capacidade de trabalho.

A Legislação brasileira, especialmente a Lei nº 8.213/91, que trata dos benefícios previdenciários, reconhece a possibilidade de aposentadoria quando a incapacidade para o trabalho é comprovada.

No caso, se você compra a incapacidade para trabalho, o conhecimento sobre a doença e seus efeitos se tornam um ponto crucial para o acesso aos direitos.

Quem tem DPOC pode se aposentar?

Sim, pessoas com DPOC podem ter direito à aposentadoria, mas apenas quando a doença impede o exercício de atividades remuneradas. Ter o diagnóstico registrado não garante automaticamente o benefício.

Ou seja, para o INSS, é necessário comprovar a incapacidade por meio de laudos médicos, exames recentes e relatórios detalhados, que demonstrem como a doença afeta a vida profissional.

Se você comprovar que não consegue mais trabalhar graças à doença, você pode conseguir a sua aposentadoria por invalidez. 

O INSS também oferece outros benefícios que podem ser solicitados, como

Cada benefício depende da comprovação médica e da avaliação do INSS, reforçando a necessidade de organização e documentação adequada.

Quais os tipos de aposentadoria por DPOC?

Quem apresenta DPOC pode ter acesso principalmente a duas modalidades de aposentadoria:

Imagem explicativa sobre quais os tipos de aposentadoria por DPOC.

Quais os tipos de aposentadoria por DPOC?

Aposentadoria por invalidez

A aposentadoria por invalidez é concedida quando a incapacidade é total e permanente, ou seja, a pessoa não pode mais exercer nenhuma atividade remunerada.

Para ter direito, é fundamental comprovar a incapacidade com laudos médicos detalhados, exames laboratoriais e relatórios que demonstrem a gravidade da doença.

A perícia médica do INSS irá avaliar cada caso individualmente para confirmar se o benefício é devido.

Aposentadoria por tempo de contribuição com doença grave

A legislação reconhece doenças graves que permitem antecipar a aposentadoria. A DPOC, dependendo da gravidade, pode se enquadrar nesta categoria.

Esse tipo de aposentadoria possibilita que o trabalhador se aposente antes de atingir o tempo completo de contribuição, desde que a incapacidade seja comprovada.

Em ambos os casos, a documentação médica completa é essencial. Exames recentes, histórico clínico detalhado e relatórios sobre limitações funcionais aumentam as chances de concessão do benefício.

Qual o valor da aposentadoria no INSS por DPOC?

O valor da aposentadoria por DPOC no INSS depende da média salarial das contribuições feitas ao longo da vida profissional.

Para aposentadoria por invalidez, o cálculo normalmente considera 100% da média salarial quando a incapacidade é total e permanente.

Se o trabalhador já recebeu auxílio-doença antes da aposentadoria, o valor do benefício será calculado considerando o período de contribuição e o valor do auxílio recebido.

É importante destacar que os valores são atualizados conforme o salário mínimo e políticas previdenciárias vigentes, o que pode impactar quem teve contribuições irregulares ou salários variados ao longo da vida.

Ter acompanhamento jurídico ajuda a garantir que todos os direitos sejam respeitados e que o cálculo do benefício seja correto.

Como faço para solicitar a aposentadoria por DPOC?

Solicitar a aposentadoria por DPOC exige organização e atenção aos detalhes. O processo segue etapas específicas:

1. Acesse o site do Meu INSS e faça o pedido

Com acesso ao Meu INSS, você pode fazer o pedido de aposentadoria online, sem sair de casa. Faça seu login com os dados do Gov.com, e selecione “Novo pedido”.

2. Anexe todos os documentos médicos e pessoais

Na solicitação, além de preencher todos os dados corretamente, anexe seus documentos médicos e documentos pessoais.

3. Acompanhe o processo

Através do site ou aplicativo do INSS, você pode acompanhar o status do seu pedido. Se aprovado, você terá seu benefício concedido. Se negado, você pode buscar alternativas para reveter o caso.

!

        Importante: A atuação de um advogado especialista pode aumentar suas chances de aprovação e orientar em casos de negativa. 

Ter os documentos organizados e completos aumenta consideravelmente as chances de aprovação do benefício e evita problemas que podem atrasar a concessão.

Como funciona a perícia da aposentadoria por DPOC?

A perícia médica do INSS é a etapa decisiva para determinar se o benefício será concedido. O médico perito analisa:

Se a perícia confirmar a incapacidade total e permanente, a aposentadoria será concedida.

Caso haja dúvidas sobre a gravidade ou progressão da doença, o INSS pode solicitar exames complementares ou novas avaliações.

Agir rapidamente para preparar a documentação antes da perícia é essencial, pois atrasos ou documentos incompletos podem comprometer a concessão do benefício.

Em geral, os documentos para criar um pedido robusto e apresentar a perícia médica são:

O que fazer se o pedido da aposentadoria for negado?

Quando o pedido da aposentadoria é negado pelo INSS, ainda existem alternativas legais para garantir o direito.

1. Recurso administrativo

Você pode solicitar revisão da decisão, apresentando novos laudos, exames ou relatórios médicos atualizados.

Essa etapa permite que o INSS reavalie o caso antes da judicialização.

2. Ação judicial

Se o recurso for negado, é possível entrar com ação judicial para reivindicar o benefício.

Todos os documentos médicos devem estar organizados e completos, demonstrando de forma clara a incapacidade total ou parcial para o trabalho.

É importante lembrar que quanto mais rápido você agir, maiores são as chances de reverter uma negativa ou evitar atrasos prolongados no recebimento do benefício.

Um advogado pode ajudar na aposentadoria por DPOC?

O acompanhamento de um advogado especializado em Direito Previdenciário é fundamental para quem busca aposentadoria por DPOC.

Um profissional responsável pode fazer o pedido da sua aposentadoria diretamente no site do INSS, sabendo quais os documentos necessários para conseguir o benefício.

Ele também acompanha todo o pedido, prevenindo exigências indevidas ou atrasos da instituição ao analisar sua aposentadoria.

Além disso, ele auxilia na preparação de recursos administrativos em caso de negativa. Ou, ainda, ingressa com ação judicial a fim de garantir seu benefício.

Ter acompanhamento jurídico aumenta a segurança do processo e evita erros que podem atrasar ou impedir a concessão do benefício, especialmente quando a doença tem impacto significativo na capacidade de trabalho.

Um recado final para você!

Imagem representando advogado.

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada em seu caso!

Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista: clique aqui!

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

5/5 - (1 voto)

Autor

  • rafa menor

    •Advogada Especialista em Diversas áreas do Direito. Pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui formação em Liderança pela Conquer Business School. Atualmente é coordenadora da equipe jurídica do VLV Advogados.

    Ver todos os posts
Olá, tudo bem?
Fale conosco no WhatsApp! Rápido e seguro.
Fale Conosco