Osteoporose dá direito à aposentadoria no INSS?
A osteoporose é uma doença que pode afetar a qualidade de vida e a capacidade de trabalhar, levantando dúvidas sobre a possibilidade de aposentadoria. Quando esse direito é garantido?
A osteoporose é uma doença silenciosa que atinge milhões de brasileiros, principalmente a partir dos 50 anos, e afeta diretamente a qualidade de vida de quem convive com ela.
Ossos frágeis, dor constante, risco aumentado de fraturas e, muitas vezes, perda da capacidade para o trabalho. Não é raro que pacientes se perguntem: “Será que a osteoporose dá direito à aposentadoria pelo INSS?”.
A resposta não é tão simples.
O diagnóstico por si só não garante o benefício, mas em casos mais graves, quando a doença compromete a sua autonomia ou impossibilita o exercício da profissão, a legislação previdenciária permite sim que você peça auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez.
Ao longo deste artigo, vamos te explicar o que é a osteoporose, quais são as causas, quando ela pode gerar direito à aposentadoria, como funciona o pedido no INSS, quais documentos apresentar, como se preparar para a perícia médica e o que fazer se o benefício for negado.
Nos baseamos nas normas atuais do INSS, nas informações dos artigos analisados e também na prática de escritórios especializados em Direito Previdenciário. Vamos juntos esclarecer tudo o que você precisa saber.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- O que é a osteoporose e o que causa?
- Quem tem osteoporose tem direito à aposentadoria?
- Qual o grau de osteoporose que dá direito à aposentadoria?
- Como solicitar aposentadoria por osteoporose no INSS?
- Como comprovar a osteoporose na perícia médica de aposentadoria?
- O que fazer se minha aposentadoria por osteoporose for negada no INSS?
- Um recado final para você!
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O que é a osteoporose e o que causa?
A osteoporose é uma doença silenciosa que enfraquece os ossos, deixando-os mais frágeis e propensos a fraturas.
Ela acontece quando há perda de densidade mineral óssea e o corpo não consegue repor a massa óssea na mesma velocidade em que ela é desgastada.
Essa condição costuma aparecer com mais frequência a partir dos 50 anos, mas pode surgir antes, dependendo de fatores individuais.
As principais causas da osteoporose envolvem o envelhecimento natural e alterações hormonais, como a menopausa e a andropausa, que reduzem a produção de estrogênio e testosterona, hormônios importantes para a saúde dos ossos.
Outros fatores também contribuem: deficiência de cálcio e vitamina D, sedentarismo, uso prolongado de corticoides e determinados medicamentos, tabagismo, alcoolismo e histórico familiar.
Com a evolução da doença, atividades simples podem se tornar arriscadas. Em casos graves, as fraturas ocorrem com impactos mínimos, o que compromete a mobilidade, a qualidade de vida e, muitas vezes, a capacidade para o trabalho.
Quem tem osteoporose tem direito à aposentadoria?
Ter osteoporose não garante automaticamente o direito à aposentadoria.
A legislação previdenciária não inclui a doença na lista de patologias que concedem benefício imediato. O fator decisivo não é o diagnóstico, mas sim o grau de incapacidade que a osteoporose causa.
Se a doença estiver em um estágio leve e você consegue desempenhar suas funções normalmente, dificilmente o INSS concederá o benefício.
Mas, quando a osteoporose provoca limitações importantes e impede o exercício da sua profissão, você pode ter direito a dois tipos de benefício: o auxílio-doença, quando a incapacidade é temporária, ou a aposentadoria por invalidez, quando a incapacidade é total e definitiva.
Para que isso aconteça, é fundamental comprovar a condição com exames, laudos médicos e relatórios detalhados.
O INSS vai analisar não apenas a presença da osteoporose, mas o impacto real dela na sua capacidade de trabalhar.
Qual o grau de osteoporose que dá direito à aposentadoria?
A lei não estabelece um grau específico de osteoporose que assegure a aposentadoria. O que realmente importa é como a doença afeta sua vida profissional.
Pacientes com osteoporose leve, que não apresentam fraturas ou perda de mobilidade, normalmente não têm direito ao benefício.
Já nos casos de osteoporose avançada, com múltiplas fraturas, dores constantes e dificuldade para realizar atividades simples, as chances de concessão do benefício aumentam.
Aqui, o INSS considera os exames complementares e os laudos médicos para determinar se há incapacidade total e permanente.
Se o segurado não consegue mais trabalhar na sua profissão e também não pode ser reabilitado para outra atividade, o cenário se fortalece para a concessão da aposentadoria por invalidez.
A análise é individual e depende de provas robustas que mostrem a gravidade do caso.
Como solicitar aposentadoria por osteoporose no INSS?
Se a sua osteoporose está em estágio avançado e limita suas atividades laborais, é possível dar entrada no pedido de benefício diretamente pelo aplicativo ou site Meu INSS.
O passo a passo funciona assim:
Primeiro, você precisa acessar o portal e fazer login com seu CPF e senha.
No menu principal, escolha a opção “Benefício por incapacidade” e selecione entre “auxílio por incapacidade temporária” ou “aposentadoria por incapacidade permanente”.
Depois, preencha seus dados pessoais, de contato e informações sobre o trabalho.
O próximo passo é anexar toda a documentação médica.
Aqui, é importante ser detalhista: inclua laudos, exames, relatórios e atestados atualizados. A densitometria óssea, por exemplo, é um exame essencial para comprovar o grau da doença.
Quanto mais robusto for o conjunto de provas, maiores são as chances de um resultado favorável.
Após o envio, o INSS vai agendar automaticamente uma perícia médica, que será o ponto central da análise.
Como comprovar a osteoporose na perícia médica de aposentadoria?
A perícia médica é o ponto central para quem solicita aposentadoria ou auxílio por osteoporose.
Para comprovar sua condição, o ideal é preparar um dossiê completo com toda a documentação médica relevante.
Os laudos especializados devem ser emitidos por ortopedistas ou reumatologistas e precisam detalhar o diagnóstico, o histórico de fraturas, os tratamentos realizados e a evolução da doença.
Também é fundamental apresentar exames como densitometria óssea, raios-X, ressonâncias e quaisquer relatórios que comprovem limitações motoras.
Durante a perícia, explique com clareza como a osteoporose afeta seu dia a dia e suas funções laborais. Relate, por exemplo, dificuldades para caminhar, pegar peso, permanecer em pé ou executar movimentos repetitivos.
Quanto mais detalhadas forem as informações, maiores são as chances de o perito reconhecer sua incapacidade.
Ter um advogado previdenciário acompanhando o processo pode fazer diferença. Ele pode te orientar sobre quais documentos incluir, como apresentar o histórico clínico e de que forma reforçar os argumentos perante o INSS.
O que fazer se minha aposentadoria por osteoporose for negada no INSS?
Negativas do INSS são comuns, mesmo quando a doença é grave. Mas isso não significa que tudo está perdido. Se a sua aposentadoria por osteoporose foi negada, você pode seguir três caminhos principais:
1. Pedido de reconsideração:
Você pode agendar uma nova perícia no próprio Meu INSS, apresentando exames mais recentes e laudos atualizados.
2. Recurso administrativo:
Se a reconsideração não funcionar, é possível recorrer dentro de 30 dias a partir da notificação da negativa. Nesse recurso, vale incluir documentos adicionais e reforçar os argumentos que comprovam a incapacidade.
3. Ação judicial:
Caso o recurso também seja indeferido, é possível ingressar com um processo na Justiça.
Nessa etapa, a análise médica é feita por um perito indicado pelo juiz, geralmente mais especializado do que o do INSS, e as chances de êxito costumam ser maiores.
Em todas essas etapas, ter o suporte de um advogado previdenciário pode ser decisivo.
Um profissional experiente sabe quais documentos são mais relevantes, como estruturar o pedido e como reforçar os argumentos técnicos diante do INSS e da Justiça.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.
O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura. Saiba como garantir o melhor apoio para suas decisões.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.
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