Quem tem ceratocone pode se aposentar por invalidez?

Ceratocone é uma condição visual séria que pode evoluir e comprometer totalmente a visão. Mas será que quem tem ceratocone pode se aposentar por invalidez?

Imagem representando ceratocone pode se aposentar por invalidez.

O ceratocone dá direito à aposentadoria por invalidez?

Imagina enxergar o mundo de forma embaçada, distorcida, como se tudo estivesse fora de foco o tempo todo.

Agora, imagine enfrentar isso diariamente, sem saber se vai conseguir continuar trabalhando ou sustentando sua família.

Essa é a realidade de muitas pessoas que vivem com ceratocone, uma doença que afeta diretamente a visão e, com o tempo, pode comprometer até as tarefas mais simples do dia a dia.

Muita gente que convive com essa condição se pergunta se é possível se aposentar por invalidez por conta do ceratocone.

Afinal, quando a visão começa a falhar, o trabalho pode deixar de ser uma opção.

Mas será que o INSS reconhece essa limitação? Quais são os critérios? E o que é preciso apresentar para garantir esse direito?

Neste artigo, você vai entender, de forma clara e direta, quando o ceratocone pode justificar a aposentadoria por invalidez, como funciona a análise do INSS e o que fazer caso o benefício seja negado.

Se você ou alguém próximo passa por isso, vale a pena seguir com a leitura até o fim. Essa informação pode mudar sua vida.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato aqui!

O que é a ceratocone e o que causa?

O ceratocone é uma doença que afeta a córnea, parte transparente dos olhos.

Em vez de manter o formato arredondado, ela começa a ficar mais fina e com o formato de um cone, o que distorce a visão.

causa embaçamento, sensibilidade à luz e dificuldade para enxergar com nitidez, mesmo com óculos.

Muitas pessoas só descobrem que têm ceratocone depois de várias tentativas frustradas de corrigir a visão com óculos.

Como a doença costuma aparecer na adolescência e piorar aos poucos, muita gente convive com os sintomas sem saber.

Com o tempo, ações simples como ler, dirigir ou trabalhar no computador vão ficando cada vez mais difíceis.

As causas não são totalmente conhecidas, mas fatores como genética e coçar os olhos com frequência estão entre os principais gatilhos.

Em fases mais graves, nem óculos nem lentes comuns resolvem, e a perda da capacidade de trabalhar pode se tornar uma realidade — especialmente em profissões que exigem boa visão.

É por isso que, em alguns casos, o ceratocone pode ser analisado como motivo para aposentadoria por invalidez.

Quando o ceratocone é considerado PCD?

O ceratocone é considerado uma deficiência visual quando atinge um grau que compromete de forma significativa a capacidade da pessoa enxergar, mesmo com o uso de óculos ou lentes de contato.

Nesses casos, ele pode se enquadrar como PcD (Pessoa com Deficiência), o que garante alguns direitos legais, inclusive no INSS.

Mas atenção: não é todo caso de ceratocone que se encaixa nessa condição.

A classificação como PcD depende do nível de limitação funcional que a doença provoca.

Se a pessoa, mesmo com tratamento, continua com a visão muito comprometida a ponto de não conseguir realizar atividades básicas do dia a dia ou exercer sua profissão.

É possível que ela seja reconhecida como pessoa com deficiência visual de forma legal.

Para isso, o diagnóstico médico por si só não é suficiente.

É necessário passar por avaliação biopsicossocial, onde um perito analisa tanto o laudo oftalmológico quanto o impacto prático da doença na vida da pessoa.

Em outras palavras, o que vai ser levado em conta é quanto o ceratocone afeta de verdade a sua autonomia e capacidade de trabalho, e não apenas o nome da doença em si.

Esse reconhecimento como PcD é importante porque abre portas para direitos sociais e previdenciários, inclusive a aposentadoria por invalidez ou o BPC/LOAS, dependendo do caso.

Por isso, é fundamental ter laudos completos, exames atualizados e orientação jurídica desde o início.

A falta de documentos ou de uma boa fundamentação pode ser o motivo de uma negativa injusta do INSS.

Quem tem ceratocone têm direito a benefícios?

Quem tem ceratocone pode ter direito a benefícios do INSS, sim, mas não automaticamente. 

O que realmente importa para o INSS é se a doença causa incapacidade para o trabalho ou limitações severas no dia a dia.

Isso significa que só o diagnóstico da doença não garante, por si só, o acesso a aposentadoria, BPC ou auxílio.

Se o ceratocone estiver em estágio avançado, e mesmo com tratamento a pessoa continuar com a visão muito comprometida, é possível solicitar benefícios como:

Mas para isso, o segurado precisa comprovar a limitação real que o ceratocone está causando. É aí que muitos encontram dificuldades.

O INSS exige laudos médicos detalhados, exames atualizados e, principalmente, a perícia médica oficial.

E mesmo com tudo isso, há casos em que o benefício é negado, por falhas na documentação ou interpretação do perito.

Por isso, se você tem ceratocone e está enfrentando dificuldades para trabalhar, não ignore seus direitos.

Buscar ajuda especializada pode ser o caminho para reunir as provas certas e garantir um processo mais justo.

Quem tem ceratocone pode se aposentar por invalidez?

Ceratocone só gera aposentadoria por invalidez em casos graves com incapacidade total.

Quem sofre de ceratocone tem direito à aposentadoria por invalidez?

Quem tem ceratocone pode se aposentar por invalidez, mas apenas em situações específicas, onde a doença esteja em estágio avançado e provoque incapacidade total e permanente para o trabalho.

Isso significa que não basta ter o diagnóstico, é preciso comprovar que a visão foi comprometida de forma tão intensa que a pessoa não consegue mais exercer nenhuma atividade profissional.

Mesmo em outra função.

O INSS não considera o nome da doença como critério único. O que realmente pesa na decisão é o grau de limitação funcional.

Ou seja: se a visão está tão prejudicada que nem óculos, lentes ou cirurgias melhoram a ponto de permitir a volta ao trabalho, a aposentadoria por invalidez pode ser concedida.

Para isso, a pessoa precisa:

⮕ Estar afastada do trabalho por um período (normalmente após o auxílio-doença);

⮕ Passar pela perícia médica do INSS, que vai avaliar o impacto do ceratocone na sua capacidade laboral;

⮕  Comprovar que não pode ser reabilitada para outra função, ou seja, que não tem condições de exercer nenhuma outra atividade compatível com sua formação ou experiência.

Casos de profissionais que dependem diretamente da visão — como motoristas, vigilantes, professores e operadores de máquina — podem ter mais facilidade de demonstrar essa incapacidade.

Ainda assim, cada caso é analisado individualmente, e a concessão do benefício exige documentos sólidos, laudos oftalmológicos bem fundamentados e, muitas vezes, orientação jurídica para evitar injustiças.

Portanto, a aposentadoria por invalidez é possível para quem tem ceratocone, desde que fique claro que a doença eliminou a capacidade de trabalho de forma permanente.

Como dar entrada no pedido de aposentadoria por ceratocone?

Dar entrada no pedido de aposentadoria por ceratocone exige muito mais do que apresentar o diagnóstico.

O INSS não concede esse tipo de benefício apenas porque a pessoa tem a doença.

O que será analisado é se o ceratocone, no seu caso, realmente causou a perda permanente da capacidade de trabalhar.

Por isso, o processo precisa ser bem planejado, com provas médicas sólidas e atenção aos detalhes.

Cada etapa é decisiva e, se feita de forma incompleta, pode resultar em negativa — mesmo quando há direito.

Passo a passo para solicitar a aposentadoria por invalidez por ceratocone:

1. Agende o pedido no site ou aplicativo do Meu INSS

Acesse o portal meu.inss.gov.br ou use o aplicativo. No menu, escolha “Agendamentos/Solicitações” e depois “Aposentadoria por Invalidez”.

Preencha com seus dados e finalize a solicitação.

2. Anexe os documentos médicos atualizados

Inclua laudos oftalmológicos, exames (como topografia da córnea, acuidade visual, etc.), além de relatórios que comprovem a evolução da doença e o quanto ela compromete sua visão.

Quanto mais completo o material, melhor.

3. Comprove o vínculo com o INSS

É necessário demonstrar que você está contribuindo com a Previdência Social ou que ainda está dentro do período de graça.

Caso esteja afastado pelo auxílio-doença, isso já ajuda a construir o histórico.

4. Compareça à perícia médica obrigatória

Após a solicitação, o INSS marcará uma perícia médica.

É nesse momento que o perito avaliará se o ceratocone realmente impossibilita você de exercer qualquer atividade profissional.

Leve todos os documentos médicos e prepare-se para relatar sua rotina, limitações e tentativas de tratamento.

5. Acompanhe o resultado pelo Meu INSS

Após a perícia, o INSS informará se o benefício foi concedido ou não. Se for negado, ainda é possível recorrer ou entrar com ação judicial.

Muita gente com ceratocone severo tem o benefício indeferido por falhas simples, como ausência de laudos específicos, falta de detalhes na documentação ou má orientação durante a perícia.

E isso pode ser evitado.

Por isso, contar com a ajuda de um advogado especializado em Direito Previdenciário faz toda a diferença.

Esse profissional conhece os caminhos legais, sabe quais provas são realmente eficazes e pode acompanhar o processo desde o início — ou mesmo lutar judicialmente caso o pedido seja negado de forma injusta.

Se você está enfrentando o ceratocone e se vê limitado para trabalhar, não espere a situação piorar.

O direito à aposentadoria pode ser o passo necessário para resgatar sua dignidade, segurança e qualidade de vida.

Mas ele só se concretiza quando você está bem orientado e amparado.

Quais os documentos para comprovar ceratocone na aposentadoria?

Para comprovar o ceratocone em um pedido de aposentadoria por invalidez, é necessário apresentar documentos que provem não só a existência da doença.

Mas também o quanto ela compromete sua visão e sua capacidade de trabalho.

O INSS exige uma análise completa, e quanto mais bem fundamentado for o pedido, maiores são as chances de aprovação.

Veja os principais documentos:

Ter essa documentação bem organizada e atualizada é essencial para o sucesso do pedido.

Faltas ou imprecisões podem resultar em negativa, mesmo quando há incapacidade.

Por isso, contar com um advogado especializado pode fazer toda a diferença no processo.

O que fazer se meu pedido de aposentadoria por ceratocone for negado?

Se o seu pedido de aposentadoria por ceratocone foi negado pelo INSS, o primeiro passo é entender o motivo da recusa.

Que pode estar relacionado à falta de documentos, laudos médicos incompletos ou à conclusão da perícia de que você ainda pode trabalhar.

Ao identificar a causa, é possível corrigir as falhas: reunir novos exames, solicitar um laudo oftalmológico mais detalhado e reforçar a comprovação da incapacidade permanente para o trabalho.

Com esses documentos em mãos, você pode apresentar um recurso administrativo dentro do próprio INSS, no prazo de até 30 dias após a negativa.

Caso o recurso também não seja aceito, ainda há a possibilidade de ingressar com uma ação judicial, onde a avaliação será feita por um perito indicado pelo juiz, com mais imparcialidade e chances reais de reverter a decisão.

Nessa hora, contar com um advogado especializado faz toda a diferença, pois ele saberá exatamente quais provas apresentar, como conduzir o processo e garantir que seus direitos não sejam ignorados.

Por isso, se você sente que não tem mais condições de exercer sua profissão devido à perda visual, não desista.

A negativa do INSS pode ser apenas um obstáculo — e não o fim do seu direito de buscar uma vida mais segura e digna.

Um recado final para você!

Imagem representando um advogado.

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada em seu caso.

Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura. Clique aqui!

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

5/5 - (1 voto)

Autor

  • rafa menor

    •Advogada Especialista em Diversas áreas do Direito. Pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui formação em Liderança pela Conquer Business School. Atualmente é coordenadora da equipe jurídica do VLV Advogados.

    Ver todos os posts
Olá, tudo bem?
Fale conosco no WhatsApp! Rápido e seguro.
Fale Conosco

VLV Advogados

Online

Olá! Estou aqui para ajudar. Por favor, informe seu WhatsApp, sua profissão e compartilhe um pouco sobre sua situação para que possamos começar a ajudá-lo imediatamente!

POP UP BLOG GERAL ⤵

POP UP BLOG TRABALHISTA ⤵

VLV Advogados

Online

Olá! Estou aqui para ajudar. Por favor, informe seu WhatsApp, sua profissão e compartilhe um pouco sobre sua situação para que possamos começar a ajudá-lo imediatamente!

VLV Advogados

Online

Olá! Estou aqui para ajudar. Por favor, informe seu WhatsApp, sua profissão e compartilhe um pouco sobre sua situação para que possamos começar a ajudá-lo imediatamente!

VLV Advogados

Online

Olá! Estou aqui para ajudar. Por favor, informe seu WhatsApp, sua profissão e compartilhe um pouco sobre sua situação para que possamos começar a ajudá-lo imediatamente!