Artrite reumatoide (CID-10 M05) aposenta pelo INSS?
Conviver com dores constantes não é escolha. Se a artrite reumatoide te impede de trabalhar, é hora de entender se você pode se aposentar.
Viver com artrite reumatoide é enfrentar uma batalha silenciosa todos os dias.
A dor constante, o inchaço, a rigidez nas articulações e o cansaço extremo transformam simples tarefas, como segurar uma xícara, abotoar uma roupa ou andar alguns metros, em verdadeiros desafios.
Enquanto o corpo pede socorro, a rotina de trabalho cobra desempenho.
E é justamente nesse ponto que surge a pergunta: quem tem artrite reumatoide (CID-10 M05) pode se aposentar pelo INSS?
A resposta é sim, mas o caminho para conseguir esse direito nem sempre é simples.
Muita gente sofre calada, sem saber que já preenche os requisitos para a aposentadoria por incapacidade, enquanto outros enfrentam negativas injustas do INSS mesmo com laudos e exames em mãos.
Aqui no escritório, já atendemos pessoas que conviviam há anos com a doença, sem conseguir mais trabalhar, mas sem orientação alguma sobre seus direitos.
E quando a dor se torna maior que a esperança, é preciso agir.
Se esse é o seu caso — ou o de alguém próximo, este conteúdo foi feito para você.
Aqui, vamos explicar de forma clara, humana e acessível como a artrite reumatoide pode justificar a concessão da aposentadoria por invalidez, quais provas são exigidas, o que diz a legislação, e o que fazer se o INSS negar.
Você não está sozinho. Seu sofrimento não é invisível. E seus direitos merecem ser respeitados.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: Clique aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- O que é a artrite reumatoide?
- A artrite reumatoide dá direito à aposentadoria?
- Como dar entrada na aposentadoria por artrite reumatoide?
- Documentos necessários para aposentadoria por artrite reumatoide
- Como é a perícia do INSS para aposentadoria por artirte reumatoide?
- Tive minha aposentadoria por artrite reumatoide negada, o que fazer?
- Preciso de advogado para aposentadoria por artrite reumatoide?
- Um recado final para você!
- Autor
O que é a artrite reumatoide?
A artrite reumatoide é uma doença autoimune, inflamatória e crônica, ou seja, uma condição em que o próprio sistema imunológico ataca as articulações como se fossem uma ameaça.
Com o tempo, isso causa dor, inchaço, rigidez e pode levar à deformidade das articulações, principalmente das mãos, punhos, joelhos e pés.
É uma doença progressiva, o que significa que tende a piorar se não for tratada corretamente, e pode até comprometer outros órgãos, como coração, pulmões e olhos.
Diferente da artrose, que é causada pelo desgaste natural das articulações com o passar dos anos, a artrite reumatoide pode aparecer em qualquer idade, inclusive em pessoas jovens, e afeta com mais frequência mulheres entre 30 e 50 anos.
A dor costuma ser simétrica (ou seja, atinge os dois lados do corpo ao mesmo tempo) e costuma vir acompanhada de fadiga intensa e dificuldade para realizar tarefas simples, como escovar os dentes, segurar objetos ou caminhar.
Embora não tenha cura, a artrite reumatoide tem tratamento, e quanto mais cedo for diagnosticada, maiores são as chances de controlar a doença e evitar danos permanentes.
Em casos mais graves, no entanto, a doença pode levar à incapacidade permanente para o trabalho, sendo possível, nesses casos, solicitar benefícios do INSS, como auxílio-doença ou aposentadoria por incapacidade.
A artrite reumatoide dá direito à aposentadoria?
Sim, a artrite reumatoide pode dar direito à aposentadoria pelo INSS, desde que fique comprovado que a doença compromete a capacidade de trabalho da pessoa de forma permanente.
Essa condição autoimune provoca dores intensas, inchaço e deformidades nas articulações, o que pode afetar gravemente a rotina profissional, especialmente em atividades que exigem esforço físico, movimentos repetitivos ou longas jornadas em pé.
Mas atenção: nem todo diagnóstico de artrite reumatoide gera direito automático à aposentadoria.
O que realmente importa para o INSS é o grau de incapacidade gerado pela doença e se ela impede o segurado de continuar exercendo sua atividade habitual — ou qualquer outra compatível com sua formação.
Em muitos casos, o trabalhador pode até ser afastado temporariamente com auxílio-doença, e só depois, se não houver melhora mesmo com tratamento, é que o benefício pode ser convertido em aposentadoria por invalidez (atualmente chamada de aposentadoria por incapacidade permanente).
Por isso, o ideal é reunir todos os laudos médicos, exames atualizados e relatórios que mostrem a evolução da doença e como ela interfere no dia a dia.
Se o INSS negar, mesmo com provas, é possível buscar a Justiça para garantir esse direito, muitas vezes com mais chance de êxito.
Se esse é o seu caso ou de alguém próximo, não enfrente isso sozinho.
Com o apoio jurídico certo, você pode ter o reconhecimento da sua condição e o acesso ao benefício que garante mais dignidade e segurança.
Qual o CID da artrite reumatoide que aposenta?
O CID (Código Internacional de Doenças) da artrite reumatoide geralmente utilizada nos casos de aposentadoria por incapacidade é:
M05: artrite reumatoide com fator reumatoide
Mais comum: M05.9 – artrite reumatoide com fator reumatoide, não especificada
M06: outras formas de artrite reumatoide
A mais usada é M06.9 – artrite reumatoide, não especificada
Como dar entrada na aposentadoria por artrite reumatoide?
Viver com artrite reumatoide não é fácil.
A dor constante, o inchaço nas articulações, a perda de força e mobilidade… tudo isso afeta a rotina, o trabalho e até mesmo a autoestima.
Quando a doença avança a ponto de impedir a pessoa de trabalhar, a aposentadoria por incapacidade passa a ser mais do que um direito — ela se torna uma necessidade.
Mas muita gente que precisa desse benefício não sabe por onde começar, tem medo de errar e sente que está sozinha na luta.
Se esse é o seu caso, saiba que você não está só. Com a informação certa e apoio adequado, é possível sim garantir esse direito e retomar a dignidade que a doença tentou tirar.
A seguir, veja o passo a passo completo para dar entrada na aposentadoria por artrite reumatoide — mesmo que você nunca tenha feito isso antes.
- Busque acompanhamento médico especializado – procure um reumatologista e mantenha consultas regulares.
O tratamento contínuo é fundamental não apenas para cuidar da sua saúde, mas também para comprovar a existência e a gravidade da doença junto ao INSS.
- Reúna toda a documentação médica – você vai precisar de:
- Laudo médico com CID da artrite reumatoide (geralmente M05.9 ou M06.9);
- Exames que comprovem a limitação física (radiografias, ressonâncias, exames laboratoriais);
- Relatório médico detalhado explicando por que você não consegue mais trabalhar;
- Atestados de acompanhamento, receitas de medicamentos e tudo que comprove a evolução do seu quadro.
- Verifique seu tempo de contribuição e carência no INSS – a regra geral exige:
- Pelo menos 12 contribuições (carência) para ter direito à aposentadoria por incapacidade;
- Ou estar isento da carência, se for considerado portador de doença grave com agravamento severo — o que pode ser discutido com apoio médico e jurídico.
- Acesse o portal Meu INSS – você pode dar entrada no benefício de forma 100% online:
- Acesse: meu.inss.gov.br;
- Faça login com CPF e senha;
- Clique em “Agendamentos/Solicitações” e depois em “Benefícios por incapacidade”;
- Selecione “Aposentadoria por incapacidade permanente” e preencha as informações solicitadas.
- Agende ou compareça à perícia médica – você será chamado para uma perícia médica do INSS, onde o perito avaliará seu estado de saúde e os documentos apresentados.
Aqui, é fundamental levar todos os laudos e exames organizados. Se você não conseguir se locomover até o local, poderá pedir perícia domiciliar.
- Acompanhe a resposta do INSS pelo portal – após a perícia, o INSS tem um prazo médio de 30 a 90 dias para analisar o pedido. Você pode acompanhar o andamento diretamente pelo Meu INSS.
- Caso o pedido seja negado, procure a via judicial – infelizmente, muitos pedidos são negados mesmo com documentação sólida.
Nesses casos, a Justiça pode reconhecer o direito e até garantir o pagamento retroativo desde o primeiro pedido.
Por isso, não desanime: com orientação jurídica, é possível reverter decisões injustas.
A artrite reumatoide é uma doença que, aos poucos, pode tirar sua força, sua independência e sua renda.
Mas ela não tira os seus direitos.
A aposentadoria por incapacidade existe para proteger quem já não consegue mais trabalhar por causa da dor e das limitações físicas.
Você não precisa passar por esse processo sem apoio.
Com documentos certos, orientação médica adequada e, se necessário, um advogado que compreenda o seu caso, você pode conquistar esse benefício e viver com mais segurança, tranquilidade e dignidade.
Se você ou um familiar enfrenta essa situação, o momento de agir é agora. Quanto mais cedo iniciar o processo, maior a chance de evitar sofrimento e garantir o que é seu por direito.
Documentos necessários para aposentadoria por artrite reumatoide
Quando a dor passa a fazer parte da rotina e trabalhar se torna impossível, o primeiro passo para garantir seu direito é estar com os documentos certos em mãos.
Muitas pessoas têm o pedido negado pelo INSS não por falta de direito, mas por falta de provas suficientes. Por isso, cada papel importa — e muito.
Se você vai solicitar aposentadoria por incapacidade devido à artrite reumatoide, veja os documentos indispensáveis:
- Documentos pessoais
- Documentos médicos
- Histórico de afastamentos (se houver)
- Requerimento oficial (pelo Meu INSS ou presencial)
Dica importante: leve tudo de forma organizada
No dia da perícia médica, leve todos os documentos em pasta identificada, separados por tipo. Isso facilita a análise do perito e mostra que você está preparado.
Não subestime a importância de relatórios médicos atualizados — muitas negativas do INSS acontecem por laudos antigos, incompletos ou genéricos.
Como é a perícia do INSS para aposentadoria por artirte reumatoide?
A perícia do INSS para aposentadoria por artrite reumatoide é o momento mais decisivo do processo.
É nessa consulta que o perito vai avaliar, com base nos seus documentos e na sua condição física, se você realmente está incapaz de continuar trabalhando.
Por isso, é fundamental chegar preparado.
Leve tudo organizado: laudos médicos atualizados com o CID correto (como M05.9 ou M06.9), exames que comprovem inflamação nas articulações, histórico de tratamentos, receitas de medicamentos e, se possível, um relatório bem detalhado do seu reumatologista explicando como a doença limita os seus movimentos no dia a dia.
Seja claro ao explicar sua rotina: conte, por exemplo, que você sente dores ao escovar os dentes, que não consegue mais abrir potes, segurar objetos ou subir escadas sem apoio.
Esses detalhes fazem diferença porque o perito precisa entender que sua limitação não é só técnica, ela afeta sua autonomia, sua dignidade e sua capacidade de sustento.
Infelizmente, muitos benefícios são negados porque o perito não percebe a gravidade real da doença, por falta de documentação ou de uma explicação clara.
Por isso, esse é o momento de mostrar sua verdade com firmeza e, se possível, com orientação profissional.
Afinal, você não está pedindo um favor, está lutando por um direito que protege quem deu tudo de si e agora precisa de apoio para seguir com dignidade.
Tive minha aposentadoria por artrite reumatoide negada, o que fazer?
Receber a notícia de que a aposentadoria por artrite reumatoide foi negada pelo INSS é frustrante e, para muitos, desesperador.
Depois de tanto tempo convivendo com dor, tomando medicamentos fortes, passando por exames, consultas e enfrentando as limitações no trabalho e na vida pessoal, ser tratado como se estivesse “bem o suficiente para trabalhar” é, no mínimo, injusto.
Mas saiba: isso acontece com muita frequência e não significa que você não tenha direito.
Na prática, o INSS costuma negar benefícios mesmo quando há provas médicas evidentes.
Aqui no escritório, por exemplo, o João, de 52 anos, teve o pedido negado mesmo apresentando laudos de três médicos diferentes, todos confirmando a incapacidade.
Só depois de buscarmos a via judicial é que ele conseguiu o benefício — com pagamento retroativo desde a data do pedido.
Ou seja: a negativa não é o fim do caminho, é apenas o sinal de que você pode — e deve — reagir.
Neste conteúdo, vamos te explicar quais os próximos passos, como reforçar sua documentação, quando vale a pena entrar na Justiça e por que contar com um advogado pode mudar tudo nesse momento.
Preciso de advogado para aposentadoria por artrite reumatoide?
Você não é obrigado a ter um advogado para pedir aposentadoria por artrite reumatoide, mas a verdade é que ele pode fazer toda a diferença, especialmente quando o INSS nega o benefício ou dificulta a aprovação.
Isso porque, mesmo com laudos médicos e exames em mãos, o INSS pode entender que você ainda está apto ao trabalho, o que é comum em doenças como a artrite reumatoide, que têm períodos de melhora e piora.
O papel do advogado, nesse caso, é justamente organizar sua documentação médica com foco jurídico, redigir petições claras e estratégicas e, se necessário, levar o caso à Justiça para garantir seus direitos.
Aqui no escritório, por exemplo, atendemos a dona Elza, de 47 anos, que já tinha sido afastada por auxílio-doença várias vezes, mas teve sua aposentadoria por incapacidade negada.
Com nosso apoio, mostramos por meio de um laudo técnico detalhado que ela não tinha mais condições de voltar ao trabalho, e conseguimos reverter a decisão.
Sem ajuda especializada, ela provavelmente teria desistido ou continuado recebendo valores muito menores do que teria direito.
Em resumo: ter um advogado especializado não é obrigatório, mas pode ser o que separa uma vida de incertezas de uma aposentadoria justa, digna e definitiva.
E o melhor: em muitos casos, esse atendimento pode ser feito à distância e com pagamento só no êxito, o que torna a ajuda acessível para quem mais precisa.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema “Artrite reumatoide (CID-10 M05) aposenta pelo INSS?” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. Clique aqui!
O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia
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