Estou devendo uma pessoa e não tenho como pagar

Estar devendo uma pessoa e sem dinheiro para pagar é uma situação comum, mas que gera dúvidas e medo. Saiba o que a lei permite e como agir para resolver a dívida da melhor forma.

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O que fazer se estou devendo e não posso pagar?

Estar devendo uma pessoa e não ter como pagar é uma situação delicada, que costuma gerar insegurança, medo e muita dúvida sobre o que pode acontecer.

Esse tipo de dívida, mesmo quando é informal, envolve regras jurídicas importantes e exige atenção para evitar prejuízos maiores.

Aqui, você vai entender de forma simples o que realmente pode acontecer, quais são seus direitos e como agir com segurança, mesmo sem renda no momento.

Continue lendo para aprender os passos essenciais e esclarecer as principais dúvidas sobre esse tipo de dívida.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

O que acontece se estou devendo e não posso pagar?

Se você está devendo e não consegue pagar, a dívida não some automaticamente.

Ela continua existindo e pode gerar cobranças, tentativas de negociação e, em alguns casos, medidas judiciais.

Na prática, o credor pode procurar você para tentar um acordo, enviar notificações ou, se houver comprovação da dívida, ingressar com ação de cobrança ou execução, conforme previsto no Código Civil.

Isso significa que, mesmo sem renda, você continua responsável pela obrigação. No entanto, nenhuma medida pode violar sua dignidade ou restringir seus direitos básicos.

Em situações de forte vulnerabilidade financeira, a Lei do Superendividamento protege o chamado mínimo existencial, impedindo que acordos ou cobranças comprometam o essencial para viver.

Imagine, por exemplo, alguém que perdeu o emprego e não consegue pagar um empréstimo feito com um conhecido: nesse caso, o mais comum é tentar renegociar prazo e valor antes de qualquer ação mais rígida.

Quanto mais cedo você agir, melhor para reduzir riscos e evitar que a dívida cresça.

Posso ser preso por estar devendo alguém?

Você não pode ser preso por dever dinheiro a uma pessoa, porque a Constituição Federal proíbe prisão civil por dívida, salvo em casos específicos como pensão alimentícia.

Dívidas comuns, incluindo empréstimos informais entre pessoas físicas, não autorizam prisão.

Isso significa que, se você não conseguiu pagar um valor emprestado, não existe risco de cadeia por causa disso.

Contudo, o credor pode buscar outras formas de cobrança, como ação judicial, protesto ou tentativa de penhora, desde que exista prova da obrigação.

Por exemplo, se você pegou dinheiro emprestado com um amigo e não conseguiu devolver no prazo, ele pode cobrar, negociar ou processar, mas não pedir sua prisão.

Embora não haja risco penal, deixar a situação parada aumenta juros, tensão emocional e possibilidade de medidas judiciais, por isso é importante resolver o quanto antes.

Quem estou devendo pode tomar meus bens?

A pessoa que você está devendo só pode tomar seus bens se houver processo judicial e ordem do juiz, após ser comprovada a existência da dívida.

A penhora segue regras da legislação processual e só ocorre quando há título executivo ou sentença.

Além disso, vários bens são considerados impenhoráveis, como salário, aposentadoria, objetos essenciais do lar e o chamado bem de família.

Isso significa que o credor não pode simplesmente “ir até sua casa e pegar algo”, pois isso seria ilegal.

Em uma situação prática: se você deve R$ 2.000 e não paga, o credor pode entrar com ação; se for reconhecida a dívida, o juiz pode penhorar valores de uma conta, mas não pode autorizar a tomada de itens essenciais ou comprometer sua sobrevivência.

Se você vive sem renda fixa ou depende de benefício social, a chance de penhora diminui, mas não desaparece totalmente.

Como negociar quando estou devendo sem renda?

Para negociar sem renda, você deve agir com transparência, realismo e foco na preservação do seu mínimo existencial.

Explique claramente a situação financeira e apresente uma proposta possível, mesmo que pequena. Veja um caminho prático:

Negocie sem renda com transparência e preservando o mínimo existencial.

Como negociar uma dívida sem renda?

Mapeie sua situação: renda atual, despesas básicas, dívidas abertas.

Comunique o credor: mostre boa-fé e explique por que não consegue pagar agora.

Faça uma proposta realista: valor simbólico, carência de alguns meses ou um parcelamento longo.

Formalize por escrito: defina prazo, valor e forma de pagamento.

Evite fazer nova dívida para pagar a anterior se você não tiver capacidade de arcar com parcelas.

Considere a Lei do Superendividamento se suas dívidas comprometerem totalmente seu orçamento.

Por exemplo, se alguém desempregado oferecendo R$ 20 por mês temporariamente, com previsão de reajustar quando conseguir trabalho.

Mostra boa-fé, reduz conflitos e evita medidas judiciais. A negociação é mais eficiente quando você demonstra organização e disposição em resolver.

Estar devendo afeta meu nome ou CPF?

Sim, a dívida pode afetar seu nome ou CPF, dependendo do tipo de obrigação e se o credor tem documentos que comprovem o débito.

Dívidas formalizadas podem ser registradas nos órgãos de proteção ao crédito, como Serasa e SPC, desde que atendidos os requisitos do Código de Defesa do Consumidor.

Isso reduz seu acesso a crédito, financiamentos e contratos futuros. Mesmo dívidas entre pessoas físicas podem resultar em negativação se houver contrato, comprovantes ou reconhecimento da dívida.

Em alguns casos, o credor pode protestar a dívida em cartório, o que também limita emissões de documentos e aumenta custos.

Por outro lado, cobranças abusivas são proibidas, e você tem direito à notificação prévia antes de qualquer registro.

Exemplo: se você assinou um papel reconhecendo que pegou R$ 1.000 emprestados, essa pessoa pode negativar seu CPF, desde que siga as regras legais.

Quanto mais cedo você regularizar, menores os impactos.

Quando devo procurar um advogado se estou devendo?

Você deve procurar um advogado quando a dívida começa a gerar riscos jurídicos reais ou quando você não entende exatamente seus direitos e limites.

Isso é essencial em situações como:

→ Recebimento de notificação formal, protesto ou ameaça de ação.

→ Dúvidas sobre juros abusivos, contratos inadequados ou cobranças irregulares.

→ Necessidade de renegociar com credores que se recusam a dialogar.

→ Risco de penhora, bloqueio de conta ou perda de algum bem.

→ Situações de superendividamento, quando todas as dívidas juntas impossibilitam sua sobrevivência.

Um advogado ajuda você a entender seu cenário, identificar ilegalidades e propor soluções estratégicas, evitando prejuízos maiores.

Em muitos casos, a consulta precoce evita ações judiciais e reduz impactos no CPF.

Quanto antes você buscar orientação jurídica, maiores as chances de controlar a situação antes que ela se torne mais grave.

Um recado final para você!

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Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica!

Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura. Clique aqui!

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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