Guarda Alternada: Saiba porque essa modalidade deve ser evitada

A guarda alternada é um modelo de guarda a ser evitado, mas você sabe o motivo? Entenda, aqui, como escolher o melhor regime de guarda para os seus filhos!

Guarda Alternada: Saiba porque essa modalidade deve ser evitada

Guarda Alternada: Saiba porque essa modalidade deve ser evitada

A guarda alternada acontece quando você e sua esposa se sucedem. Ou seja, alternam o exercício exclusivo das responsabilidades parentais. Entretanto, esse modelo de guarda não está previsto no Código Civil brasileiro.

O bem-estar dos seus filhos deve ser prioridade durante o seu divórcio. Portanto, entre todas as questões que vocês precisam decidir está o regime de guarda adotado para a criação deles. Assim, uma das opções que você deve considerar é guarda alternada.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato:

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Como funciona a guarda alternada?

Considerando a dinâmica dos casais atuais, atrelado ao fato de que, às vezes, os pais nem mesmo viveram juntos de fato, a jurisprudência adotou um novo regime de guarda. Nele, os pais se revezam no exercício da guarda.

Assim, o objetivo da guarda alternada é garantir o bem-estar e a proteção das crianças. Contudo, você e sua esposa continuam tomando as decisões conjuntamente.

Entretanto, o Código de Processo Civil (CPC) traz apenas dois modelos de guarda: unilateral e compartilhada. Logo, a guarda alternada seria uma combinação entre guarda compartilhada e guarda unilateral.

Desse modo, você e sua esposa se sucedem. Ou seja, alternam o exercício exclusivo das responsabilidades parentais. Assim, há sucessivas trocas entre guardas unilaterais entre você e ela. 

Portanto, durante uma semana, você detém a guarda unilateral dos seus filhos. Em seguida, a mãe deles irá exercê-la por mais uma semana, e assim sucessivamente.

Contudo, por haver a possibilidade de confundir as crianças, devido a mudanças frequentes, bem como a falta de residência fixa, esse modelo de guarda é pouco requisitado ou recomendado.

Quais os tipos que existem?

Então, existem dois modelos de guarda: guarda unilateral e guarda compartilhada.

Unilateral

O juiz, geralmente, fixa a guarda unilateral quando não existe a possibilidade de haver guarda compartilhada.

Assim, neste caso, a guarda é exercida por apenas um dos pais. Ou seja, você ou sua esposa tomarão todas as decisões acerca da vida dos filhos.

No entanto, embora o guardião da criança seja o responsável por assegurar o cumprimento dos direitos e deveres do menor, você também tem a responsabilidade de supervisionar se os interesses dos seus filhos estão sendo garantidos.

Além disso, a escolha da guarda não é definitiva. Desse modo, por levar em consideração o melhor interesse das crianças, a guarda que hoje é unilateral poderá ser convertida em guarda compartilhada.

Compartilhada

A guarda compartilhada é regra no Brasil desde 2014, uma vez que, neste regime de guarda, a probabilidade de garantir os direitos dos filhos é maior.

Além disso, esse regime costuma ser adotado para que o processo de separação seja menos traumático para as crianças, evitando até a alienação parental.

Compreende-se por guarda compartilhada, portanto, a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, pertinentes ao poder familiar dos filhos comuns.

Desse modo, os juízes da vara de família dão prioridade a esse tipo de guarda por entenderem que este é o que supre as necessidades dos filhos de maneira mais realista.

Logo, na guarda compartilhada, você e a mãe de seus filhos são responsáveis por tomar decisões como:

Guarda compartilhada e alternada são a mesma coisa?

Não. Na guarda compartilhada, você e a mãe são responsáveis pelas decisões que serão tomadas acerca da criação de seus filhos. Já na guarda alternada, cada um terá essa responsabilidade durante o período de convivência com os filhos.

Por exemplo, se seu filho passar uma semana em sua casa e uma semana na casa da mãe, quando ele estiver em sua casa as decisões serão tomadas por você. No entanto, quando ele estiver na casa da mãe, as decisões serão tomadas por ela.

Portanto, funciona como uma guarda unilateral atribuída a um genitor diferente a cada semana.

Por conta disso, esse modelo de guarda não é comum, considerando que pode gerar muita confusão para as crianças. Além disso, torna a rotina delas instável.

Qual é a melhor opção para seus filhos?

Quando há consenso entre você e sua esposa sobre as questões que envolvem a guarda das crianças, a guarda compartilhada se torna a melhor opção.

Desse modo, seus filhos irão contar com uma rotina estável. Além disso, você terá poder de decisão sobre os assuntos que envolvem eles.

Porém, quando há litígio para definir qual regime de guarda será definido, a melhor opção pode ser a guarda unilateral, uma vez que apenas uma pessoa terá a responsabilidade quanto ao cumprimento dos direitos e deveres da criança. 

Assim, ao outro genitor caberá apenas supervisionar o exercício da guarda. Desse modo,  evita-se discussões e brigas.

Além disso, é importante lembrar que o regime de guarda unilateral não tira o seu direito de ver os seus filhos. Logo, ao definir qual será o modelo de guarda adotado, o juiz também definirá qual será o regime de visitação admitido.

Por fim, lembramos que a escolha do modelo de guarda deverá ser feita de modo que possa minimizar os efeitos negativos da sua separação em seus filhos. Por isso, você deve escolher um advogado especializado para cuidar do seu caso.

Porque a guarda alternada não é indicada?

A guarda alternada não é geralmente indicada por alguns motivos importantes relacionados ao bem-estar da criança. Aqui estão algumas razões principais:

  1. Instabilidade na Rotina da Criança: A guarda alternada envolve a criança morar alternadamente na casa de cada um dos pais, o que pode causar uma falta de estabilidade e previsibilidade na rotina. Isso pode afetar negativamente a sensação de segurança e bem-estar da criança.
  2. Dificuldade de Adaptação: Crianças, especialmente as mais jovens, podem ter dificuldades em se adaptar a ambientes diferentes de forma constante. Isso inclui diferenças nas regras da casa, hábitos, horários e até mesmo nas relações com familiares e amigos.
  3. Impacto Emocional: A constante mudança de ambiente pode levar a sentimentos de ansiedade e insegurança. A criança pode sentir que não tem um “lar fixo” e isso pode prejudicar seu desenvolvimento emocional.
  4. Conflitos entre os Pais: A guarda alternada exige um alto grau de cooperação entre os pais. Se os pais têm dificuldades de comunicação ou conflitos, isso pode tornar a situação ainda mais estressante para a criança.
  5. Interferência no Desempenho Escolar: A mudança frequente de casa pode afetar a concentração e o desempenho escolar da criança. As diferentes rotinas e ambientes podem dificultar o estabelecimento de uma rotina de estudos consistente.

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Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia 

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  • VLV Advogados

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