Quando usar mandado de segurança contra o INSS?
Quando o INSS demora ou nega um direito de forma injusta, o mandado de segurança pode ser a saÃda rápida e eficaz para garantir o benefÃcio.
O mandado de segurança contra o INSS é uma ação judicial para corrigir ilegalidade ou abuso de poder do INSS, como demora excessiva ou recusa de direito certo.
Diferente de uma ação comum, que pode levar anos para ser julgada, o mandado de segurança tem prioridade na justiça e costuma ter uma resposta muito mais ágil.
Isso ocorre justamente porque ele protege direitos que são claros e urgentes – aqueles que você consegue comprovar com documentos.
Quando o INSS nega seu pedido sem uma justificativa válida, demora demais para analisar sua situação, ou comete erros, você não precisa ficar esperando.
O mandado de segurança permite que um juiz analise seu caso rapidamente e obrigue o INSS a fazer o que é correto. Continue lendo para saber mais!
Sabemos que questões jurÃdicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- O que é um mandado de segurança?
- Quando usar mandado de segurança contra o INSS?
- Como funciona um mandado de segurança contra o INSS?
- Qual o prazo para ajuizar mandado de segurança contra o INSS?
- Documentos necessários para mandado de segurança contra o INSS
- O que acontece se o INSS descumprir um mandado de segurança?
- Um recado final para você!
- Autor
O que é um mandado de segurança?
O mandado de segurança é um remédio constitucional utilizado para proteger direitos lÃquidos e certos que estejam sendo violados ou ameaçados por autoridade pública.
Esse instrumento jurÃdico é cabÃvel quando não há outro meio eficaz e rápido para proteger o direito violado, em especial quando a demora do processo pode causar danos.
O direito lÃquido e certo, nesse contexto, é aquele que pode ser comprovado de forma imediata, por meio de provas documentais, sem necessidade de apuração complexa.
Diferentemente de outros tipos de ação, o mandado de segurança não busca uma indenização ou compensação financeira, mas a imediata correção de ilegalidades.
É bastante utilizado, por exemplo, em concursos públicos, no acesso a benefÃcios previdenciários, ou contra atos administrativos ilegais que prejudiquem o cidadão.
Como se trata de uma ação urgente, os prazos são mais curtos e a análise costuma ser mais rápida, o que torna o mandado de segurança uma ferramenta valiosa.
Quando usar mandado de segurança contra o INSS?
O mandado de segurança pode ser uma medida eficaz para proteger direitos dos segurados da Previdência Social quando o INSS age de forma errada.
O mandado de segurança não serve para discutir se o segurado tem ou não direito ao benefÃcio, mas sim para corrigir situações em que o direito já está claro e documentado.
Desse modo, são alguns exemplos do uso de mandado de segurança contra o INSS:
- Demora excessiva na análise de requerimentos
- Negativa de benefÃcio sem justificativa adequada
- Não cumprimento de decisões administrativas ou judiciais
- Cancelamento indevido do benefÃcio
- Exigência de documentos desnecessários
- Recusa de agendamento ou protocolo
Em todos esses casos, é essencial que o direito esteja claramente comprovado por documentos — como laudos, CNIS, requerimentos anteriores, entre outros.
O mandado de segurança não é o caminho adequado quando há dúvida ou necessidade de produção de provas, pois não admite instrução processual.
Por isso, contar com a orientação de um advogado especializado é essencial: ele saberá avaliar se o caso comporta essa ação e poderá estruturar o pedido corretamente.
Como funciona um mandado de segurança contra o INSS?
O mandado de segurança contra o INSS funciona como uma ação rápida e direta para garantir ao segurado seus direitos lÃquidos e certos.
Na prática, o primeiro passo é reunir toda a documentação que comprove de forma clara e objetiva o direito lÃquido e certo que está sendo violado.
Isso inclui cópias de requerimentos feitos ao INSS, protocolos, negativas administrativas, laudos médicos, decisões judiciais descumpridas, entre outros documentos.
Como esse tipo de ação não admite produção de provas durante o processo, é essencial que todas as evidências já estejam prontas desde o inÃcio.
Com esses documentos, o advogado ingressa com o mandado de segurança diretamente na Justiça Federal ou no Juizado Federal, dependendo do caso.
Após o ajuizamento, o juiz analisa se o pedido preenche os requisitos para a concessão de uma liminar. Ou seja, uma decisão provisória que agilize o benefÃcio.
O INSS é notificado e tem prazo para prestar informações. Em seguida, o Ministério Público é ouvido, e o juiz profere a sentença.
Como o processo é mais célere e baseado em documentos, muitas decisões saem em prazos curtos, especialmente quando há risco de prejuÃzo ao segurado.
Vale lembrar que o mandado de segurança não tem efeito retroativo: ele garante o cumprimento do direito a partir do momento em que a ordem judicial é concedida.
Qual o prazo para ajuizar mandado de segurança contra o INSS?
O prazo para ajuizar um mandado de segurança contra o INSS é de 120 dias corridos, contados a partir da ciência do ato ilegal ou abusivo praticado.
Isso significa que o prazo começa no momento em que o segurado toma conhecimento formal da negativa, omissão ou decisão administrativa que violou seu direito.
Esse limite está previsto no artigo 23 da Lei nº 12.016/2009 e é fatal, ou seja, uma vez ultrapassado, a pessoa perde o direito de propor o mandado de segurança.
É importante destacar que esse prazo de 120 dias não se aplica quando o problema é uma demora excessiva ou omissão do INSS.
Nesses casos, o mandado de segurança pode ser ajuizado a qualquer momento a partir do término do prazo razoável para resposta.
Ainda assim, é fundamental agir com agilidade, pois quanto mais o segurado demora para buscar seus direitos, mais difÃcil pode ser demonstrar a urgência e a necessidade da medida.
Documentos necessários para mandado de segurança contra o INSS
Para ajuizar um mandado de segurança contra o INSS, é fundamental apresentar documentos que comprovem de forma clara e imediata o direito que está sendo violado.
Não há espaço para produção de provas durante o processo. O juiz analisa exclusivamente os documentos apresentados no momento da ação.Â
Por isso, a qualidade e a completude da documentação são determinantes para o sucesso do mandado de segurança.
Veja os documentos mais importantes que devem ser apresentados:
- Documentos pessoais do segurado
- Procuração e documentos do advogado
- Protocolo de requerimento administrativo no INSS
- Resposta do INSS
- Laudos médicos e exames, se aplicável
- CNIS ou extrato previdenciário
- Cópias de e-mails, prints do Meu INSS e afins
A reunião cuidadosa desses documentos é o que fundamenta o mandado de segurança.
Sem provas suficientes e objetivas, o juiz poderá indeferir o pedido liminar ou até mesmo extinguir o processo por ausência de direito lÃquido e certo.
O que acontece se o INSS descumprir um mandado de segurança?
Quando o INSS descumpre um mandado de segurança, ou seja, deixa de cumprir a ordem judicial concedida pelo juiz, o órgão está violando uma determinação do Poder Judiciário.
O juiz responsável pelo caso pode ser provocado pelo advogado do segurado, por meio de uma petição, para comunicar o descumprimento.
A partir disso, o magistrado pode aplicar multa diária (astreintes) ao INSS até que a decisão seja devidamente cumprida.
Em muitos casos, a multa é direcionada à própria autarquia, mas também pode ser imposta de forma pessoal ao servidor ou gestor responsável.
Além da multa, o descumprimento pode gerar responsabilidade administrativa e penal para os agentes públicos envolvidos, dependendo da gravidade da conduta.
Isso porque a desobediência a ordem judicial, quando comprovada, é crime previsto no Código Penal (art. 330) e pode levar à responsabilização funcional do servidor.
O mais comum, no entanto, é que o próprio risco de penalização leve o INSS a cumprir rapidamente após ser notificado do descumprimento.
Por isso, é essencial que o segurado esteja acompanhado de um advogado, que saberá agir com rapidez para garantir o respeito à ordem judicial.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise especÃfica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.
O suporte jurÃdico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura. Fale conosco!
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia
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