O que acontece quando o réu é denunciado? Descubra!
Quando o réu é denunciado, o Ministério Público formaliza a acusação e inicia o processo judicial, onde ele terá a oportunidade de se defender.
Quando o réu é denunciado, muita coisa muda, e entender esse momento é essencial para quem quer saber como funciona um processo penal no Brasil.
É a partir da aceitação da denúncia pelo juiz que o cidadão deixa de ser apenas investigado e passa a ser formalmente réu em uma ação penal.
Essa transição marca o início de um processo judicial completo, com prazos, direitos, deveres e a possibilidade de absolvição ou condenação.
Vamos entender, de forma simples e acessível, o que realmente acontece quando o réu é denunciado, como ele é notificado, quais são seus direitos, se ele pode ser preso, e quando precisa se defender.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
O que acontece quando o réu é denunciado?
A denúncia é o ato em que o Ministério Público (MP), após reunir provas, formaliza a acusação contra uma pessoa.
Isso significa que o MP acredita haver elementos suficientes para sustentar que o indivíduo cometeu um crime e apresenta essa denúncia ao juiz.
No entanto, ser denunciado não é o mesmo que ser condenado. A denúncia apenas dá início a um processo, garantindo ao acusado o direito de defesa.
Quando o juiz recebe a denúncia, ele faz uma análise inicial. Se identificar que há indícios mínimos de autoria e materialidade, ele “recebe a denúncia”, e o denunciado passa a ser réu.
A partir daí, o processo penal começa oficialmente, com a determinação da citação do réu para que ele seja informado da acusação e apresente sua defesa.
Essa etapa marca o ponto de partida para a fase de instrução, em que serão ouvidas testemunhas, produzidas provas e realizadas audiências.
É nesse momento que o processo deixa de ser apenas uma investigação e passa a ter caráter judicial.
Quais direitos o réu tem após ser denunciado?
Após a denúncia ser aceita, o réu tem direito a exercer plenamente sua defesa.
A Constituição Federal assegura o contraditório, a ampla defesa e o devido processo legal, permitindo que ele conheça as provas, apresente as suas e se manifeste sobre todas as etapas.
O réu tem também o direito de ser assistido por um advogado, e, se não puder pagar, terá um defensor público.
Esse profissional é essencial para garantir que cada passo do processo ocorra de forma correta, com a apresentação de argumentos técnicos e estratégicos.
Outros direitos incluem o direito ao silêncio, o de ser julgado por um juiz imparcial, o de recorrer de decisões desfavoráveis e o de produzir provas em sua defesa.
Todos esses direitos visam assegurar que o processo seja justo e equilibrado.
Como o réu é notificado que ele foi denunciado?
A notificação do réu ocorre por meio da citação, ato formal que o informa oficialmente de que está sendo processado.
A citação é diferente da intimação: é o que faz o réu integrar a relação processual e garante que ele tenha conhecimento da acusação.
Na prática, o juiz recebe a denúncia e manda citar o réu. Um oficial de justiça entrega um mandado de citação informando o conteúdo do processo e o prazo de dez dias para apresentar defesa.
Se o réu estiver preso, a citação é feita na prisão; se estiver em outra cidade, pode ocorrer por carta precatória. Quando não é encontrado, a citação pode ser feita por edital, publicada em jornal oficial.
A citação é indispensável: sem ela, o processo é nulo, pois ninguém pode ser julgado sem saber do que está sendo acusado.
Esse é um dos pilares do devido processo legal e garante que o réu tenha condições reais de se defender.
O réu pode ser preso logo após ser denunciado?
O simples fato de ser denunciado não leva automaticamente à prisão. A prisão só ocorre se houver decisão judicial fundamentada, baseada em motivos concretos.
O Código de Processo Penal permite que o juiz decrete prisão preventiva após a denúncia, mas apenas em situações excepcionais, como risco de fuga, ameaça a testemunhas ou destruição de provas.
A liberdade é a regra; a prisão é a exceção. Por isso, mesmo denunciado, o réu normalmente responde ao processo em liberdade.
Somente quando há elementos sérios que indiquem perigo à ordem pública ou à Justiça, o juiz pode determinar a prisão cautelar, sempre com justificativa formal.
O réu precisa se defender logo após ser denunciado?
Sim. Depois que o juiz recebe a denúncia e o réu é citado, começa o prazo para apresentar sua defesa.
Esse é um dos momentos mais importantes do processo penal, pois a defesa inicial define a estratégia do caso.
O réu tem dez dias para apresentar a chamada resposta à acusação, também conhecida como defesa prévia.
Nessa etapa, o advogado pode argumentar que a denúncia é injusta, indicar provas, arrolar testemunhas e até pedir absolvição sumária, se houver fundamentos legais.
Se a defesa não for apresentada dentro do prazo, o juiz nomeia um defensor público para garantir o direito de defesa.
Por isso, o acompanhamento de um advogado é fundamental desde o início do processo.
Após a defesa, o juiz analisa os argumentos apresentados. Se entender que há motivo para encerrar o processo, pode absolver sumariamente o réu.
Caso contrário, marca a audiência de instrução e julgamento para produção de provas.
Mesmo em caso de condenação, o réu mantém o direito de recorrer. Nenhuma pena é executada antes do trânsito em julgado, ou seja, enquanto ainda houver possibilidade de recurso.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.
O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura. Saiba como garantir o melhor apoio para suas decisões.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.
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