Revogação da prisão preventiva: quando é cabível?

A revogação da prisão preventiva é o pedido feito à Justiça para liberar o réu quando a prisão deixa de ser necessária. Endenta como funciona!

imagem representando a revogação da prisão preventiva

Revogação da prisão preventiva: quando é cabível?

Muita gente pensa que, depois que a Justiça determina a prisão, não há mais o que fazer. Mas isso não é verdade!

O sistema jurídico oferece caminhos para rever a decisão, especialmente quando ela já não se justifica mais com o andamento do processo ou com a conduta do acusado.

O pedido de revogação da prisão preventiva é um requerimento feito ao juiz ou tribunal competente para demonstrar que os requisitos que justificaram a prisão cautelar não existem mais.

Também pode ser usado quando surgem fatos novos que tornam desnecessária a manutenção da prisão, como o fim da fase de instrução ou a existência de condições pessoais que afastam os riscos previstos na lei.

Esse pedido precisa ser bem fundamentado e, na prática, é o advogado quem irá demonstrar por que o acusado pode aguardar o julgamento em liberdade, sem colocar em risco a ordem pública, o andamento do processo ou a aplicação da lei penal.

Neste artigo, você vai entender de forma simples quando a prisão preventiva pode ser decretada, quando pode ser revogada, como funciona o pedido e mais!

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

Quando a prisão preventiva pode ser decretada?

A prisão preventiva pode ser decretada quando

Por sua vez, é uma medida excepcional e só deve ser usada quando outras formas de proteção do processo não forem suficientes.

A lei exige que a prisão preventiva só seja aplicada em crimes dolosos cuja pena ultrapasse 4 anos, ou em casos de violência doméstica, reincidência ou dúvida sobre a identidade do acusado.

Portanto, a decisão do juiz que decreta a prisão preventiva deve ser fundamentada em fatos concretos.

Alegações genéricas ou suposições não são suficientes para justificar a medida. Se a fundamentação for vaga ou automática, a prisão pode ser considerada ilegal.

Por isso, a prisão preventiva não é automática nem obrigatória. Ela precisa ser analisada caso a caso e decretada apenas quando realmente necessária.

Um advogado pode avaliar se ela está sendo aplicada de forma correta ou abusiva.

Quando é cabível a revogação da prisão preventiva?

A revogação da prisão preventiva é cabível a qualquer momento do processo, desde que os motivos que justificaram a prisão tenham deixado de existir.

quando é cabível a revogação da prisão preventiva

Quando é cabível a revogação da prisão preventiva?

Isso está previsto no artigo 316 do Código de Processo Penal e representa um importante mecanismo de controle da legalidade da prisão.

Se, por exemplo, a pessoa foi presa para evitar interferência na coleta de provas, mas a fase de instrução já foi encerrada, esse fundamento desaparece.

O mesmo vale para casos em que o risco de fuga já não existe mais ou a ordem pública já não está mais ameaçada. Nesses cenários, a manutenção da prisão se torna injustificável, e o juiz deve revogá-la.

O juiz pode revogar a prisão por iniciativa própria ou por provocação da defesa. Além disso, ele tem o dever legal de revisar a necessidade da prisão preventiva a cada 90 dias.

Se essa revisão periódica não for feita de forma fundamentada, a prisão se torna ilegal, e o acusado pode ser colocado em liberdade.

Portanto, a revogação da prisão preventiva se aplica sempre que cessam as razões que a originaram, e o juiz deve estar atento a isso durante todo o processo.

A atuação da defesa, especialmente por meio de um advogado, é fundamental para provocar essa análise e garantir que a liberdade seja restabelecida sempre que for possível.

Como funciona o pedido de revogação da prisão preventiva?

O pedido de revogação é feito por meio de uma petição apresentada ao juiz pelo advogado de defesa.

Nessa petição, devem estar expostos os motivos que demonstram que a prisão se tornou desnecessária, como

Além disso, é possível solicitar que o juiz substitua a prisão por medidas cautelares alternativas.

Por exemplo, como comparecimento periódico à Justiça, proibição de contato com vítimas ou testemunhas, ou o uso de tornozeleira eletrônica.

Essas medidas visam garantir a continuidade do processo sem a necessidade de manter o réu preso.

O juiz analisará o pedido, ouvirá o Ministério Público se necessário, e tomará uma decisão fundamentada. Se entender que os fundamentos da prisão preventiva já não existem mais, ele pode revogar a prisão e impor outras medidas, se for o caso.

A eficiência desse pedido depende da qualidade da argumentação jurídica apresentada pela defesa.

Por isso, é importante contar com um advogado experiente que saiba demonstrar que o acusado pode responder ao processo em liberdade sem prejudicar sua regularidade.

Qual a diferença entre liberdade provisória e revogação da prisão preventiva?

A liberdade provisória é concedida logo após a prisão em flagrante, quando o juiz entende que não há necessidade de converter a prisão em preventiva.

Ela permite que o acusado responda ao processo em liberdade, com ou sem o pagamento de fiança e aplicação de medidas cautelares.

Já a revogação da prisão preventiva acontece depois que a prisão já foi decretada e executada.

Neste caso, a defesa demonstra que os motivos que levaram à prisão deixaram de existir, e o juiz revoga a medida, libertando o réu.

Diferença entre liberdade provisória e revogação da prisão preventiva

Aspecto Liberdade provisória Revogação da prisão preventiva
Momento de aplicação Após prisão em flagrante Após decretação da prisão preventiva
Natureza da prisão Prisão em flagrante legal Prisão preventiva legal
Requisitos para concessão Ausência de requisitos para prisão preventiva Cessação dos motivos que justificaram a prisão
Possibilidade de fiança Sim Não se aplica
Medidas cautelares Podem ser aplicadas Podem ser substituídas por outras medidas

Em resumo, a liberdade provisória atua para evitar a prisão preventiva, enquanto a revogação liberta quem já está preso preventivamente.

Ambas são medidas legais que garantem a liberdade antes da sentença, mas cada uma ocorre em momentos diferentes do processo.

Mesmo com nomes parecidos, essas figuras jurídicas têm funções distintas.

Saber diferenciá-las ajuda a entender melhor os direitos do acusado e os caminhos disponíveis para preservar sua liberdade com o processo ainda está em andamento.

O que fazer quando o pedido de revogação da prisão preventiva é negado?

Se o juiz negar o pedido de revogação, a defesa ainda pode buscar a liberdade do acusado por outras vias legais!

A mais comum é o habeas corpus, que pode ser apresentado diretamente ao tribunal, alegando ilegalidade ou abuso na manutenção da prisão preventiva.

Outra possibilidade é formular um novo pedido de revogação, desde que haja fatos novos, como o

Além disso, é possível solicitar a substituição da prisão por medidas cautelares menos graves. Neste caso, é preciso que o juiz entenda que ainda há algum risco, mas que esse risco pode ser controlado com outras medidas que não envolvam a privação de liberdade.

Por fim, em alguns casos, pode-se analisar a possibilidade de um recurso em sentido estrito, caso a negativa do juiz seja passível de reexame conforme as regras do Código de Processo Penal.

A orientação de um advogado especializado faz toda a diferença nesse momento, para garantir a melhor estratégia e proteger os direitos do acusado.

Um recado final para você!

imagem representando advogado para revogação da prisão preventiva

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada.

Sabemos que o tema “revogação da prisão preventiva” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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