Quais transtornos mentais dão direito ao BPC LOAS?
Os transtornos mentais podem comprometer a vida social, profissional e até a autonomia da pessoa. Em casos mais graves, é possível conseguir o BPC LOAS!
Entender quais transtornos mentais podem dar direito ao BPC LOAS é essencial para quem enfrenta limitações que dificultam a autonomia e a participação na sociedade.
O benefício assistencial, previsto na Lei Orgânica da Assistência Social, garante um salário mínimo mensal a pessoas com deficiência, inclusive mental, que comprovem baixa renda e impedimentos de longo prazo.
Neste artigo, você vai encontrar informações claras e atualizadas para entender se o seu caso ou o de um familiar pode se enquadrar e quais são os passos necessários para solicitar o benefício.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- Transtornos mentais dão direito ao BPC LOAS?
- Quais transtornos mentais dão direito ao BPC LOAS?
- Como comprovar transtornos mentais para fins de BPC LOAS?
- Como é feita a solicitação do BPC LOAS por transtornos mentais?
- Menores de idade com transtornos mentais podem ter BPC LOAS?
- O que fazer se o INSS negar o BPC LOAS para transtornos mentais?
- Um recado final para você!
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Transtornos mentais dão direito ao BPC LOAS?
Os transtornos mentais podem dar direito ao BPC LOAS, desde que preencham os requisitos legais previstos na Lei Orgânica da Assistência Social.
O benefício não depende de contribuições ao INSS, mas sim da comprovação de deficiência de longo prazo e baixa renda familiar per capita de até ¼ do salário mínimo.
Isso significa que o simples diagnóstico não garante o direito automático ao benefício.
O que realmente importa é demonstrar que o transtorno mental traz limitações severas e permanentes na vida do requerente, dificultando ou impedindo a sua autonomia e participação social.
A avaliação é feita de forma individualizada, considerando documentos médicos, relatórios sociais e a situação econômica do grupo familiar.
Muitas pessoas acreditam que o BPC se restringe a idosos, mas a lei deixa claro que qualquer pessoa com deficiência, inclusive por doença mental, pode ser contemplada.
Reconhecer esse direito e agir rápido é fundamental, já que o benefício é essencial para garantir dignidade e subsistência em casos de incapacidade significativa.
Quais transtornos mentais dão direito ao BPC LOAS?
Os transtornos mentais que podem dar direito ao BPC LOAS são aqueles que geram deficiência de longo prazo e comprometem a capacidade de vida independente.
Não existe uma lista oficial fechada, mas na prática, algumas condições são frequentemente reconhecidas pelo INSS e pela jurisprudência.
Entre os principais diagnósticos, com seus respectivos CIDs, estão:
- Esquizofrenia (CID F20)
- Transtorno bipolar (CID F31)
- Depressão maior recorrente (CID F33)
- Autismo (CID F84)
- Deficiência intelectual (CID F70-79)
- Psicose não-orgânica (CID F29)
- Transtono de ansiedade generalizada (CID F41.1)
- Transtorno obsessivo-compulsivo (CID F42)
- Transtornos delirantes persistentes (CID F22)
- Transtorno de personalidade antissocial (CID F60.2)
Esses exemplos ilustram situações em que os tribunais e o INSS costumam reconhecer o direito.
Mas cada caso depende de análise técnica, pois nem todo diagnóstico implica incapacidade.
Por isso, o acompanhamento jurídico se torna essencial para comprovar corretamente o enquadramento legal.
Como comprovar transtornos mentais para fins de BPC LOAS?
Para comprovar transtornos mentais no pedido de BPC LOAS, não basta apresentar apenas um atestado médico.
É necessário um conjunto de provas documentais e sociais que demonstrem a deficiência de forma clara.
O principal documento é o laudo médico especializado, emitido por psiquiatra ou neurologista, com descrição completa do transtorno, código CID, evolução da doença, tratamentos já realizados e impactos no dia a dia.
Além dos laudos, é recomendável reunir exames complementares, relatórios psicológicos, históricos de internações e quaisquer registros de tratamentos prolongados.
Também é avaliada a realidade social e econômica do solicitante: a renda per capita familiar deve ser comprovada por meio do Cadastro Único (CadÚnico) e outros documentos financeiros.
Durante o processo, o INSS realiza perícia médica e avaliação social, podendo até visitar o domicílio. Isso reforça que o pedido precisa estar bem estruturado, para evitar negativas por falta de informações.
Como é feita a solicitação do BPC LOAS por transtornos mentais?
A solicitação do BPC LOAS por transtornos mentais segue etapas definidas pela legislação e regulamentos do INSS.
O primeiro passo é a inscrição ou atualização no Cadastro Único (CadÚnico), feita no CRAS do município.
Esse cadastro é obrigatório, pois serve para comprovar a condição socioeconômica da família.
Em seguida, o pedido deve ser feito pelo portal ou aplicativo Meu INSS ou pelo telefone 135.
No momento da solicitação, o segurado deve anexar documentos pessoais, comprovante de residência, laudos médicos, exames e comprovantes de renda.
O sistema digital permite acompanhar o andamento, evitando deslocamentos desnecessários.
Após o protocolo, o INSS agenda a perícia médica e a avaliação social, que analisam tanto os aspectos clínicos quanto as condições de vida e de vulnerabilidade.
Só depois dessa dupla análise é emitida a decisão. Caso haja pendências, o INSS pode solicitar novos documentos. Esse processo costuma demorar, e cada detalhe conta para a aprovação.
É aqui que o suporte jurídico faz diferença, pois orienta sobre quais documentos são indispensáveis, reduzindo o risco de negativa e poupando tempo precioso.
Menores de idade com transtornos mentais podem ter BPC LOAS?
O BPC LOAS também pode ser concedido a menores de idade com transtornos mentais, desde que preenchidos os requisitos da lei. A idade não é um impedimento.
O que importa é a comprovação de que a criança ou adolescente apresenta deficiência de longo prazo, que limita sua autonomia ou desenvolvimento social.
Nesses casos, os responsáveis legais devem apresentar os documentos médicos, laudos especializados e relatórios escolares ou terapêuticos que comprovem a gravidade do quadro.
Além disso, a família deve estar inscrita no CadÚnico e comprovar renda per capita inferior a ¼ do salário mínimo.
Um ponto importante é que a análise do INSS considera a incapacidade para a vida independente e para o trabalho futuro.
Por isso, diagnósticos como autismo severo, esquizofrenia infantil, deficiências intelectuais e depressão grave em adolescentes são frequentemente reconhecidos, quando associados a limitações permanentes.
Como o benefício é vital para o sustento de famílias em situação de vulnerabilidade, agir rápido e reunir documentos completos é essencial.
A falta de provas adequadas pode atrasar a concessão, comprometendo o acesso ao amparo financeiro.
O que fazer se o INSS negar o BPC LOAS para transtornos mentais?
Quando o INSS nega o BPC LOAS por transtornos mentais, é possível recorrer da decisão.
O recurso administrativo deve ser apresentado pelo próprio Meu INSS ou em agência da Previdência Social, geralmente no prazo de 30 dias após a negativa.
O recurso deve conter novos documentos ou argumentos que reforcem a existência da deficiência e a condição de vulnerabilidade.
Laudos médicos mais completos, relatórios de psicólogos, pareceres escolares e até declarações de assistentes sociais podem ser decisivos para reverter a decisão.
Caso o recurso seja indeferido novamente, ainda existe a possibilidade de ingressar com ação judicial.
Nesses casos, o juiz pode determinar nova perícia médica independente, além de analisar a documentação apresentada.
É importante não esperar. Quanto mais tempo passa, maior a dificuldade para organizar documentos e comprovar o histórico da deficiência.
Buscar ajuda especializada logo após a negativa pode evitar prejuízos, já que cada dia sem o benefício representa impacto direto na vida do requerente e de sua família.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista: clique aqui!
O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia
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