Como funciona a separação homoafetiva? Bens, pensão e guarda

Como a separação homoafetiva é tratada pela lei? Saiba tudo sobre os direitos de casais homoafetivos na hora da separação.

Como funciona a separação homoafetiva? Bens, pensão e guarda

Como funciona a separação homoafetiva? Bens, pensão e guarda

A separação homoafetiva se refere ao processo de dissolução de uma união entre duas pessoas do mesmo sexo, seja através de casamento civil ou união estável

A legislação brasileira tem evoluído significativamente para garantir que os casais homoafetivos tenham os mesmos direitos que os casais heterossexuais, o que inclui a possibilidade de separação com a divisão de bens, definição de pensão alimentícia, guarda de filhos e outros direitos.

Embora ainda existam muitas dúvidas sobre o tema, é importante entender de forma clara como a lei trata a separação homoafetiva e quais são os direitos de cada parte envolvida.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: https://forms.gle/GmG5qjiVa2tpoejf7

O que é união homoafetiva?

A união homoafetiva é o relacionamento entre duas pessoas do mesmo sexo, baseado em afeto, convivência duradoura e o desejo de constituir uma família.

Embora o Código Civil não tenha uma definição específica de união homoafetiva, ela é reconhecida como uma entidade familiar pela Constituição Federal e pelas decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

O reconhecimento jurídico das uniões homoafetivas no Brasil se consolidou em 2011, quando o STF entendeu que essas relações devem ser tratadas de forma igualitária às uniões heterossexuais.

A união homoafetiva pode ser formalizada como união estável ou casamento civil. Ambos os tipos de união garantem aos casais direitos como a divisão de bens, herança, pensão alimentícia, entre outros, assim como ocorre em casais heterossexuais.

É permitido casamento homoafetivo no cartório?

Sim, desde 2013, o casamento homoafetivo é permitido no Brasil. Em uma decisão histórica, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que todos os cartórios do Brasil devem realizar o casamento civil de pessoas do mesmo sexo, garantindo-lhes os mesmos direitos de qualquer casal heterossexual.

Essa decisão assegura que os casais homoafetivos possam registrar sua união e obter os mesmos direitos legais que os casais heterossexuais, como a divisão de bens, pensão alimentícia, sucessão de bens, entre outros.

Quando ocorre a separação homoafetiva, o processo será tratado da mesma forma que o divórcio entre casais heterossexuais, podendo ser consensual ou litigioso, dependendo da situação.

O que diz a Constituição sobre casamento homoafetivo?

A Constituição Federal de 1988 não aborda diretamente o casamento homoafetivo, mas garante direitos fundamentais, como a dignidade da pessoa humana e a igualdade perante a lei, o que se aplica a todos os cidadãos, independentemente da orientação sexual.

A partir da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2011, as uniões homoafetivas passaram a ser reconhecidas como entidades familiares, o que implica em todos os direitos e deveres previstos para o casamento, incluindo a possibilidade de adoção, divisão de bens e pensão alimentícia.

Dessa forma, a Constituição protege a família homoafetiva, assegurando-lhe os mesmos direitos que uma união heterossexual.

Como funciona o casamento civil homoafetivo?

O casamento civil homoafetivo segue os mesmos passos de qualquer outro casamento.

O casal deve comparecer a um cartório de registro civil, apresentar os documentos necessários e fazer a solicitação para o casamento.

O procedimento inclui a escolha do regime de bens, podendo ser comunhão parcial de bens, comunhão universal ou separação total de bens.

Após a formalização no cartório, a união é registrada e o casal passa a ter os mesmos direitos e deveres legais de qualquer casamento heterossexual.

A partir da oficialização do casamento, a união homoafetiva é reconhecida legalmente em todo o Brasil, o que garante ao casal a possibilidade de partilhar bens adquiridos durante o casamento, herdar bens do parceiro falecido, acessar benefícios previdenciários, entre outros direitos.

Caso ocorra a separação homoafetiva, o processo será tratado de maneira similar ao divórcio de casais heterossexuais, incluindo questões como a divisão de bens e a guarda dos filhos, se houver.

Como funciona o sobrenome no casamento homoafetivo?

No casamento homoafetivo, assim como em casamentos heterossexuais, cada cônjuge tem o direito de manter seu sobrenome original ou adicionar o sobrenome do parceiro(a).

A legislação permite que os cônjuges escolham, ao formalizar o casamento, se desejam adotar o sobrenome do outro, uma prática comum em casamentos heterossexuais.

Essa escolha é feita de maneira consensual, sendo registrada no cartório de registro civil, e pode ser incluída em todos os documentos oficiais, como certidões de nascimento, identidade e passaporte.

Portanto, no casamento homoafetivo, a questão do sobrenome funciona exatamente da mesma maneira que em casamentos heterossexuais, com a diferença de que ambos os cônjuges têm a liberdade de decidir juntos se e como farão essa alteração.

É possível união estável homoafetiva?

Sim, a união estável homoafetiva é perfeitamente válida e reconhecida pela legislação brasileira desde 2011, quando o STF estendeu aos casais homoafetivos os direitos concedidos aos casais heterossexuais em união estável.

A união estável é caracterizada pela convivência duradoura e pública entre duas pessoas com o intuito de constituir uma família.

Ela pode ser formalizada em cartório, com a escritura pública de união estável, ou reconhecida judicialmente, caso não haja consenso sobre sua existência.

A união estável homoafetiva garante aos parceiros os mesmos direitos patrimoniais e sucessórios, incluindo a possibilidade de herança, partilha de bens adquiridos durante a união e outros direitos relacionados à convivência familiar.

Assim, quando ocorre a separação homoafetiva, os direitos patrimoniais e a divisão de bens seguem as mesmas regras aplicáveis a casais heterossexuais.

Como funciona a separação homoafetiva?

A separação homoafetiva ocorre de maneira muito semelhante ao processo de divórcio entre casais heterossexuais.

Se o casal estiver casado, o procedimento será o mesmo que o divórcio. Se a união for estável, a dissolução poderá ser realizada de maneira extrajudicial ou judicial, dependendo de fatores como a existência de filhos menores ou bens a serem partilhados.

O processo de separação envolve a divisão dos bens adquiridos durante a união, a definição de pensão alimentícia, se necessário, e a guarda dos filhos, caso existam.

Nos casos de separação amigável, a dissolução pode ser feita em cartório, de forma simples e rápida.

Porém, se houver disputas sobre a partilha de bens ou outros pontos, o processo deve ser conduzido judicialmente, assim como acontece no divórcio litigioso.

Como fica a divisão dos bens na separação homoafetiva?

A divisão de bens na separação homoafetiva segue as mesmas normas de qualquer outro casamento. O regime de bens escolhido pelo casal ao formalizar a união é determinante para a partilha. Existem três regimes principais de bens:

Caso não haja um regime formalizado, aplica-se automaticamente a comunhão parcial de bens, e a partilha se dará com base nos bens adquiridos durante a união. A divisão será justa, levando em consideração os direitos de cada um.

Como desfazer união estável homoafetiva?

O processo de dissolução de uma união estável homoafetiva pode ser feito de forma extrajudicial, quando não houver filhos menores ou bens a serem partilhados, ou judicial, quando houver disputas a serem resolvidas.

O procedimento extrajudicial é mais simples e pode ser realizado diretamente em cartório, com a lavratura de uma escritura pública. Caso o casal tenha disputas envolvendo filhos ou bens, será necessário recorrer ao judiciário para formalizar a dissolução.

É importante ressaltar que, mesmo no caso de dissolução amigável, é essencial que ambas as partes concordem com os termos da separação, incluindo a divisão de bens, pensão alimentícia, se houver, e a guarda dos filhos, quando aplicável.

Quais os direitos da união estável homoafetiva?

Os direitos de casais em união estável homoafetiva são iguais aos de casais heterossexuais.

Eles incluem a divisão de bens adquiridos durante a união, direito à herança, pensão alimentícia, possibilidade de adoção de filhos, direitos previdenciários e outros benefícios legais.

A união estável é reconhecida pela legislação brasileira como uma entidade familiar, e a separação ou dissolução de uma união estável homoafetiva deve respeitar os mesmos direitos garantidos a qualquer outro casal.

Existe pensão alimentícia na separação homoafetiva?

Sim, a pensão alimentícia pode ser solicitada durante a separação homoafetiva. Assim como ocorre no divórcio entre casais heterossexuais, a pensão é fixada com base nas necessidades de quem solicita e na capacidade de quem deverá pagar.

A pensão pode ser solicitada em casos de necessidade de um dos cônjuges para garantir sua subsistência, especialmente se o casal tiver um padrão de vida que seja mantido durante a convivência.

Como funciona a guarda dos filhos na separação homoafetiva?

A guarda dos filhos na separação homoafetiva segue os mesmos princípios aplicáveis a casais heterossexuais.

O juiz determinará a guarda com base no melhor interesse da criança, considerando fatores como a capacidade de cada um dos pais de oferecer um ambiente seguro e saudável.

Normalmente, a guarda será compartilhada, mas em situações excepcionais, pode ser unilateral. A decisão do juiz também poderá envolver a definição de visitas e o tipo de convivência dos filhos com cada um dos pais.

Conclusão

A separação homoafetiva é tratada da mesma forma que a separação entre casais heterossexuais, com os mesmos direitos e deveres assegurados pela Constituição e pelo Código Civil Brasileiro.

O reconhecimento das uniões homoafetivas, seja como casamento ou união estável, garante que casais do mesmo sexo possam dividir bens, ter acesso à herança, buscar pensão alimentícia, definir a guarda dos filhos e ter outros direitos em caso de separação.

Se você está enfrentando uma separação homoafetiva, é fundamental contar com o apoio de um advogado especializado para garantir que seus direitos sejam respeitados e que o processo transcorra de maneira justa e eficiente.

Um recado final para você!

Em caso de dúvidas, busque assistência jurídica especializada para o seu caso!

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Sabemos que o tema “separação homoafetiva” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

 

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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